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PRINCIPAIS GRUPOS DO FITOPLANCTON
PRINCIPAIS GRUPOS DO FITOPLÂNCTON
ALGAS PROCARIÓTICAS
1. DIVISÃO PROCHLOROPHYTA
Características básicas: São algas descritas a partir de 1975 (Lewin), portanto bastante recente. O primeiro gênero descrito, Prochloron, foi encontrado em associação a tunicados marinhos. São algas procarióticas como as cianofíceas, no entanto, devido à presença de clorofila b e ausência de ficobilinas, já foram consideradas como uma divisão separada. Posteriormente foram descritos mais dois gêneros: Prochlorothrix e Prochlorococcus, os quais não são encontrados associados a invertebrados.
2.1 Ocorrência
São encontrados em ambientes aquáticos de água doce (Prochlorothrix) ou marinho (Prochloron e Prochlorococcus), fazendo parte do plâncton, ou associados com acídias coloniais.
2.2 Morfologia
Conhecem-se formas unicelulares e filamentosas.
Células de Prochloron
2.3 Organização celular
Apresentam parede celular semelhante à encontrada nas cianofíceas e bactérias Gran-negativas; possuem tilacóides associados com pigmentos (clorofilas a e b e carotenóides) e o DNA encontra-se geralmente na periferia da célula.
2.4 Reprodução
A única forma de reprodução conhecida é a bipartição.
2.5 Considerações evolutivas
A descoberta de um procarionte com clorofila b fez com que muitos pesquisadores acreditassem que este grupo pudesse ser o ancestral das algas verdes e outros vegetais “superiores”. Entretanto, trabalhos recentes incluindo estudos biomoleculares vêm demonstrando grande distância evolutiva entre estas algas e os plastos com clorofila b. Desta forma, alguns autores preferem não aceitar a Divisão Prochlorophyta, e sugerem que os gêneros desta divisão devam ser reclassificados em cianofíceas. 
2. DIVISÃO CYANOPHYTA
Esta é a denominação mais conservadora das Cianobactérias, também chamadas de algas azuis.
1.1 Características básicas
Estrutura celular tipicamente procariótica, não possuindo membrana nuclear nem qualquer organela rodeada por membranas. Presença de clorofila a; apresentam as ficobiliproteínas, c-ficocianina, aloficocianina (azuis) e ficoeritrina (vermelho) como pigmentos acessórios e reserva de nitrogênio; presença de xantofilas e carotenos (pigmentos amarelos, laranja e vermelhos); glicogênio (amido das cianofíceas); mucopolissacarídeos (presentes na bainha de mucilagem); não possuem flagelos; possui vacúolos de gás, só encontrados em cianofíceas, relacionados com a flutuabilidade, reservatório de nitrogênio e filtro de luz. São células bem menores do que as células eucarióticas. 
1.2 Ocorrência
As algas azuis podem viver em ambientes extremamente diversos. A maioria é aquática de água doce, podendo sobreviver a temperaturas de até 74º C em fontes termais (ex.: Synechococcus) ou a temperaturas muito baixas, de lagos antárticos, onde podem ocorrer sobre a calota de gelo. Existem formas marinhas que resistem a altas salinidades, ou a períodos de dessecamento, como as cianofíceas que habitam o supralitoral. As cianofíceas tanto podem ser autotróficas (assimilam CO2 com ajuda de energia solar) ou mixotróficas (assimilação de compostos orgânicos). Isto possibilita que estas algas possam viver nas partes profundas na ausência de luz, como é o caso da maioria das espécies de Oscilatória. Algumas formas são terrestres, vivendo sobre rochas ou solo úmido. Outras vivem em associação com fungos, como nos liquens Cora e Leptogonium, entre outros. Ainda existem algumas que se associam a outros vegetais (Azolla, pteridófita; Cycas, gimnosperma; Anthoceros, briófita) ou a protozoários.
1.3 Morfologia
A organização do talo da maior parte das cianofíceas é muito simples. Podem ser unicelulares, coloniais ou filamentosas. Os filamentos podem ser unisseriados não ramificados ou ramificados, podendo ser ainda, plurisseriados.
1.4 Organização celular
As células não apresentam um núcleo organizado ou organelas citoplasmáticas, estando o material genético (DNA) disperso no citoplasma. Possuem parede celular complexa formada por várias camadas de mucopolímeros e lipopolissacarídeos; bainha mucilaginosa (externa à parede celular) e seus pigmentos fotossintetizantes estão agrupados em microcorpúsculos (ficobilissomos), localizados em lamelas (tilacóides) que ficam soltos na periferia da célula.
1.5 Reprodução
Não se conhece reprodução gamética nas cianofíceas, podendo ser encontradas as seguintes formas de divisão assexuada:
Divisão celular simples: ocorre em formas unicelulares, filamentosas e coloniais;
Fragmentação: ocorre em formas filamentosas e coloniais;
Hormogônios: ocorrem em formas filamentosas. São fragmentos de tricoma que deslizam através da bainha, até a extremidade do filamento, desprendendo-se deste e dando origem a um novo indivíduo;
Endósporos: formação de esporos através de divisão endógena do protoplasto;
Exósporos: formação de esporos através de divisões sucessivas em uma das porções terminais de uma célula;
Acinetos: esporos que se desenvolvem a partir de uma célula vegetativa.
1.6 Aspectos ecológicos
Além de seu papel como produtores primários e da capacidade que muitas espécies tem de fixar o nitrogênio atmosférico (principalmente às que possuem heterocistos), várias delas produzem toxinas que podem contaminar águas de lagoas e reservatórios de abastecimento quando há episódios de explosão populacional, os quais geralmente ocorrem após um aumento da poluição orgânica pelo lançamento de esgotos (microcistina e anatoxina a, potentes agentes hepatotóxicos). Um gênero de alga azul que tem adquirido notória popularidade nos últimos anos é a Spirulina, devido ao seu alto conteúdo protéico, que chega a alcançar valores acima de 60% de seu peso seco, no entanto o custo de produção em larga escala ainda é muito alto.
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Spirulina
1.7 Classificação
Existem várias proposições de classificação das cianofíceas. Uma das mais simples é a seguinte:
Divisão: Cyanophyta
Classe: Cyanophyceae
Ordens: Chroococcales: unicelulares ou coloniais.
Nostocales: filamentosas.
Chamaesiphonales: reprodução por esporos, endósporos ou exósporos.
ALGAS EUCARIÓTICAS
1. DIVISÃO BACILLARIOPHYTA (diatomáceas)
1.1 Características básicas
Apresentam as clorofilas a, c1 e c2, xantofilas (fucoxantina) e carotenos (principalmente beta-caroteno). Como substâncias de reservas apresentam a crisolaminarina e lipídios. Sua parede celular é silicada e possuem flagelo no gameta masculino (ordem Centrales).
1.2 Ocorrência
As diatomáceas são os organismos mais importantes do plâncton marinho. Estão presentes também em ambientes de água doce ou em ambientes terrestres úmidos. Algumas formas são saprófitas, enquanto outras podem viver em simbiose.
1.3 Morfologia
A grande maioria das diatomáceas é unicelular, porém existem formas coloniais. São geralmente: marrom-amareladas, verde-amareladas ou marrom-escuras.
1.4 Organização celular
A parede celular é denominada de frústula, sendo formada por duas partes ou valvas, que se encaixam: epiteca (maior) e hipoteca (menor). O local de encaixe entre estas duas valvas é denominado de pleura. Muitas vezes ocorre a deposição de mais parede entre as duas valvas, formando bandas. Esta parede é constituída de sílica e substâncias pécticas (carboidratos). A sílica confere uma grande resistência a esta parede. As diatomáceas possuem geralmente dois cloroplastos parietais com um pirenóide central. O flagelo (um) só ocorre no gameta masculino na ordem Centrales.
1.5 Reprodução
Nas diatomáceas ocorre tanto a reprodução gamética quanto a vegetativa e espórica. A reprodução vegetativa ocorre através de divisão celular simples ou bipartição. Na reprodução vegetativa, após o aumento do protoplasto de uma célula, as duas valvas se afastam. No entanto, a divisão plasmática só ocorre após a divisão mitótica do núcleo diplóide. A seguir, cada célulafilha forma uma nova hipoteca que se encaixa na metade “materna” da carapaça. Desta forma, apenas uma célula filha mantém o tamanho da célula mãe, sendo a outra um pouco menor. Algumas diatomáceas podem formar estatósporos quando as condições ambientais tornam-se adversas, ocorrendo um espessamento da parede celular e perda do vacúolo, o que promove o afundamento da célula na massa d’água. Estas células podem voltar à atividade quando as condições melhoram. Na reprodução gamética (ordem Centrales), os organismos são haplobiontes diplontes e a reprodução é oogâmica, com a meiose ocorrendo na formação de gametas. O gameta masculino possui um flagelo, sendo denominado de anterozóide. Este penetra no oogônio (aflagelado) através de uma falha nas valvas ou após a oosfera ter sido liberada da parede. Na ordem Pennales, os organismos também são haplobiontes diplontes e a reprodução é isogâmica com meiose gamética. Duas células vegetativas transformam-se em gametângios, colocam-se paralelamente uma a outra e segregam substâncias gelatinosas (pectinas). Cada célula sofre meiose, dando origem a quatro núcleos haplóides, sendo que dois degeneram. Desta forma, cada célula fica com dois gametas, um imóvel e outro móvel (movimentos amebóides). As duas células abrem-se e o gameta móvel de cada célula migra para junto do gameta imóvel da outra célula, fundindo-se.
1.6 Classificação
Divisão: Bacillariophyta
Classe: Bacillariophyceae
Ordens: Biddulphiales e Bacillariales.
2. DIVISÃO DINOPHYTA (Pirrophyta = dinoflagelados)
2.1 Características básicas
Apresentam as clorofilas a e c2, xantofilas (peridinina, neoperidinina, dinoxantina, etc.) e carotenos (principalmente beta-caroteno). Como substâncias de reserva possuem o amido e óleo. A parede celular, quando aparece, é composta de celulose e as células possuem dois flagelos. Em muitas espécies de dinoflagelados ocorre o fenômeno da bioluminescência, emissão de luz pelos organismos que pode ser observada nas águas dos oceanos no período noturno.
2.2 Ocorrência
Estes organismos são importantes membros do plâncton tanto de água doce como de águas marinhas, embora a grande maioria seja de ambiente marinho. Geralmente ocorrem mais freqüentemente em águas quentes e pouco em águas temperadas e frias. Algumas ordens são essencialmente tropicais.
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2.3 Morfologia
Um dinoflagelado móvel típico consiste de duas capas, o epícone e o hipócone divididas por um sulco transversal. O epícone e o hipócone são formados por várias placas tecais, o número e arranjo dessas placas são características específicas de cada gênero. Existe também um sulco longitudinal perpendicular ao sulco transversal. Os flagelos, longitudinal e transversal emergem das tecas na região onde os sulcos se encontram. O flagelo longitudinal se projeta para fora da célula, enquanto o transversal é ondulado e intimamente aderido ao sulco transversal.
2.4 Organização celular
A parede celular é composta por celulose. Esta parede também é denominada de teça e é formada por unidades achatadas (placas poligonais). Os principais produtos de reserva são amido e óleo (lipídeos). Apresentam um núcleo mesocariótico onde os cromossomos permanecem constantemente condensados, inclusive na interfase.
2.5 Reprodução
A reprodução assexuada se dá por simples divisão longitudinal das células, com eliminação total ou parcial da carapaça. A reprodução sexuada apresenta casos de isogamia e de oogamia, e a meiose é zigótica, podendo os zigotos passar ou não por um processo de dormência antes de sua germinação. Dessa forma, os indivíduos são haplóides durante sua fase vegetativa.
2.6 Aspectos ecológicos
Alguns representantes desta divisão causam as marés vermelhas, que correspondem a manchas de coloração avermelhada ocasionadas devido a um aumento do número de indivíduos de uma dada espécie. Estes fenômenos ocorrem principalmente em águas costeiras ricas em nutrientes. Entre os principais gêneros causadores de marés vermelhas destacam-se: Prorocentrum, Ceratium, Cochlodinium, Gymnodinium e Gonyaulax. As marés vermelhas causam morte de peixes, pelo consumo exagerado de oxigênio e produção de toxinas, as quais agem no sistema nervoso. Os moluscos geralmente não são sensíveis, mas podem acumular estas toxinas, que podem atingir o homem e outros mamíferos através da alimentação.
2.7 Classificação
Divisão: Dinophyta ( = Pirrophyta)
Classe: Dinophyceae
Ordens: Dinotrichales/Dinophysiales/Peridiniales/Dinocapsales.
3. DIVISÃO EUGLENOPHYTA (euglenóides)
3.1 Características básicas
Possuem núcleo mesocariótico, clorofilas a e b, xantofilas (neoxantina e anteraxantina) e carotenos (principalmente beta-caroteno). A substância de reserva é o paramilo e não possuem parede celular. Apresentam manchas ocelares de cor alaranjada (estigma ou blefaroplasto) na porção anterior das células (carotenóides – astaxantina). Esta organela está ligada à captação de luz, permitindo ao organismo dirigir-se em direção à luz (fototaxia positiva). Possuem um ou dois flagelos por célula.
3.2 Ocorrência
São descritas cerca de 800 espécies que ocorrem em ambientes marinhos, de água doce ou salobra e até em solos úmidos e lodosos. Metabolicamente são bastante diversificadas, apresentando desde formas fotossintetizantes estritas até formas sem qualquer pigmento fotossintetizante e sendo, portanto, heterotróficas. As espécies sem pigmentos ingerem o alimento por fagotrofismo. Além disso, existem formas que são heterotróficas facultativas e que fazem fotossíntese, mas também podem viver no escuro se lhes forem fornecidas substâncias orgânicas.
3.3 Morfologia
A grande maioria é unicelular, existindo apenas um gênero colonial. Geralmente apresentam um flagelo anterior e mancha ocelar na porção anterior do citoplasma.
3.4 Organização celular
Não possuem parede celular, porém apresentam uma película protéica de forma espiral ao redor do protoplasto. Alguns gêneros apresentam um revestimento rígido, possivelmente de natureza péctica, chamado lórica, impregnado por sais de ferro ou manganês (Trachelomonas). Podem ocorrer pirenóides em algumas espécies. O produto de reserva está na forma de grãos de paramilo, que também é um carboidrato como o amido, mas que não apresenta reação com o iodo. Estes grãos acumulam-se no citoplasma. Apresentam núcleo mesocariótico, isto é, os cromossomos permanecem condensados mesmo durante a interfase.
3.5 Reprodução
Nas euglenófitas conhece-se apenas a reprodução vegetativa, através de divisão longitudinal da célula. Quando as condições ambientais tornam-se desfavoráveis, a célula se transforma em cisto, que permanece dormente até que apareçam condições favoráveis para sua sobrevivência.
3.6 Classificação
Classe: Euglenophyceae
Ordens: Existem seis ordens, entretanto as mais comuns são: Eutreptiales, Euglenales e Heteronematales.
4. DIVISÃO CHLOROPHYTA
4.1 Características básicas
Apresentam clorofilas a e b, xantofilas (principalmente luteína) e carotenos (principalmente beta-caroteno). A substância de reserva é o amido, possuem uma parede celular constituída principalmente de celulose e existem flagelos em alguma fase de seus ciclos de vida.
4.2 Ocorrência
 As algas verdes estão presentes nos ambientes mais diversos. A grande maioria das espécies (90%) é de água doce, apresentando uma distribuição cosmopolita, isto é, com ampla distribuição em todo o planeta. É o grupo predominante do plâncton de água doce. A maior parte das formas marinhas encontra-se em águas tropicais e subtropicais, fazendo parte dos bentos. Existem algumas formas terrestres, crescendo sobre troncos ou barrancos úmidos (ex.: Trentepholia). Outras crescem sobre camadas de gelo nos pólos (ex.: Chlamidomonas). Existem ainda, formas saprófitas (sem pigmentos) e formas que vivem em associação com fungos (liquens), protozoários, celenterados (ex: hidras) e mamíferos (ex:bicho-preguiça).
4.3 Morfologia
Existem desde formas microscópicas até formas que podem atingir 8 m de comprimento (ex: Codium). Podem ser unicelulares, coloniais, filamentosas e parenquimatosas. Algumas formas coloniais formam cenóbios e as filamentosas podem ser celulares ou cenocíticas.
4.4 Organização celular
A parede celular é constituída por uma estrutura fibrilar embebida em uma matriz não fibrilar (geralmente hemicelulose). A estrutura fibrilar é geralmente a celulose, porém em alguns gêneros podem ocorrer polímeros de xilose (ex.: Bryopsis e Caulerpa) ou polímeros de manose (ex.: Acetabularia). Alguns gêneros podem apresentar depósitos de carbonato de cálcio na parede (ex.: Udotea). Os pigmentos presentes nas algas verdes e o produto de reserva (amido) são muito semelhantes aos encontrados em plantas vasculares e briófitas. O amido é armazenado dentro do cloroplasto, associado aos pirenóides, quando estes existem.
4.5 Reprodução
Nas clorofíceas ocorre reprodução vegetativa, esporofítica e gametofítica. A reprodução vegetativa ocorre por divisão celular simples ou fragmentação. As algas verdes também podem reproduzir-se através de esporos (zoósporos ou aplanósporos). Na reprodução sexuada, pode existir a isogamia, anisogamia ou oogamia. Os gametas podem ser móveis (planogametas = zoogametas) ou imóveis (aplanogametas).
4.6 Classificação
Divisão: Chlorophyta
Classes: Micromonadophyceae, Charophyceae, Ulvophyceae e Chlorophyceae.
Ordens: Volvocales, Tetrasporales, Chlorococcales, Ulotrichales, Prasiolales, Microsporales, Chaetophorales e Ulvales.
5. DIVISÃO CRYPTOPHYTA
5.1 Características básicas
Estas algas são compostas por espécies flageladas. As células contêm as clorofilas a e c2, bem como ficobiliproteínas dentro dos tilacóides dos cloroplastos. Poucas espécies não possuem cloroplastos, sendo heterotróficas, mas a grande maioria possui um cloroplasto com um pirenóide central. O principal carotenóide é o alfa-caroteno e a principal xantofila é a diatoxantina. Existem três tipos de ficoeritrinas e de ficocianinas, todas diferentes das encontradas nas algas azuis e nas vermelhas. O produto de reserva, semelhante aos grãos de amido, é um alfa-1,4-glicano composto de 30% de amilose e amilopectina. Este tipo de amido é parecido com o encontrado na batata e nas algas azuis e dinoflagelado.
5.2 Ocorrência
Estas algas ocorrem tanto em águas marinhas como em águas continentais.
5.3 Morfologia
O corpo celular tem uma forma dorso-ventral, com as células achatadas em um plano.
5.4 Organização celular
Existem dois flagelos, apicais ou laterais, presos à base de uma depressão celular. Cada flagelo é aproximadamente do mesmo tamanho do corpo celular. Dependendo da espécie, existe uma ou duas fileiras de pêlos microtubulares presos ao flagelo. A outra porção da célula, o periplasto, é composta de uma membrana plasmática e uma placa ou séries de placas diretamente abaixo da membrana. O número e forma destas placas são importantes na taxonomia do grupo. Quando os cloroplastos estão presentes, existem dois lóbulos unidos por um pirenóide central. Entre as membranas interna e externa do cloroplasto estão presentes grãos de amido. Os tilacóides são agrupados em pares nos cloroplastos e não existem conexões entre os mesmos.
5.5 Reprodução
A reprodução sexuada ocorre em Cryptomonas sp. As células vegetativas atuam como gametas. Inicialmente, duas células se alinham da seguinte forma: a face ventral de uma próxima a face ventral da outra. A porção terminal posterior de uma das células se adere à porção média ventral da outra e a fusão se inicia. Quando as células se fundem completamente, se forma uma célula cônica quadriflagelada que posteriormente se torna esférica. Esta célula quadriflagelada se divide, possivelmente por meiose, para formar duas células vegetativas haplóides.
5.6 Classificação
Divisão: Cryptophyta
Classe: Cryptophyceae
Ordens: Cyatomonadales, Cryptomonadales e Thecomonadales.
6. DIVISÃO CRYSOPHYTA
6.1 Características básicas
As crisófitas ou algas dourada-marrons possuem um pequeno número de cloroplastos, os quais contêm as clorofilas a e c, fucoxantina e beta-caroteno. O produto de reserva é a crisolaminarina. Pelo menos um flagelo possui mastigonemas tubulares. Muitos membros deste grupo de algas produzem estatósporos com uma parede silicificada e um poro terminal.
6.2 Ocorrência
A maioria das espécies de Crysophyta é de água doce e ocorre em águas leves (baixo teor de cálcio). Muitas das espécies de água doce fazem parte do plâncton, onde estão presentes em abundância. A quase totalidade das espécies desta divisão é muito sensível a variações do meio ambiente, e quando as condições são desfavoráveis, sobrevivem como estatósporos.
6.3 Morfologia
São células cujas membranas celulares são constituídas por duas metades sobrepostas e impregnadas de sílica, podem possuir um, dois ou nenhum flagelo e viver solitárias ou associadas em colônias com formas definidas ou variáveis.
6.4 Reprodução
Nesta divisão ocorre reprodução assexuada e sexuada. A reprodução assexuada é realizada por esporos flagelados ou aflagelados. A reprodução sexuada geralmente é do tipo isogâmica, mas pode também ocorrer a anisogâmica ou oogâmica.
6.5 Classificação
Divisão: Crysophyta
Classes: Crysophyceae e Synurophyceae
Ordens: Ochromonadales, Chromulinales, Synurales, Pedinellales, Parmales, Dictyochales e Sarcinochrysidales.
7. DIVISÃO PRYMNESIOPHYTA
7.1 Características básicas
São organismos unicelulares flagelados caracterizados por possuírem um haptonema entre dois flagelos iguais. Os cloroplastos possuem as clorofilas a, c1 e c2 com a fucoxantina como principal carotenóide. A diadinoxantina e um derivado da fucoxantina, o 19’-hexanoilfucoxantina também ocorrem no grupo. O produto de reserva é a crisolaminarina que aparece em vesículas na região posterior da célula.
7.2 Ocorrência
Os organismos desta divisão são principalmente marinhos, embora existam alguns de água doce. Eles constituem a maior parte do nanoplâncton marinho e cerca de 45% do fitoplâncton nas médias latitudes do Atlântico Sul. Estes organismos decrescem em freqüência em direção aos pólos, no entanto alguns também ocorrem em águas polares.
7.3 Morfologia
São organismos unicelulares constituídos de dois flagelos iguais, com exceção da ordem Pavlovales, onde um dos flagelos é maior do que o outro. Possuem haptonema, um apêndice filamentoso que surge entre os flagelos. O significado funcional desta organela ainda não é completamente entendido, podendo estar envolvido temporariamente na fixação da célula a uma superfície, resposta sensorial a obstáculos, captação de alimento e natação. Usualmente existem dois cloroplastos discóides em cada célula, cada um circundado por quatro membranas.
7.4 Reprodução
Assexuada por esporos móveis, os quais possuem dois longos flagelos e um par de cloroplastos. Na reprodução sexuada, os gametas podem ser distinguidos dos esporos móveis, pelo seu pequeno tamanho e um reduzido número ou a ausência de cloroplastos (ordem Coccosphaerales).
7.5 Classificação
Divisão: Prymnesiophyta
Classe: Prymnesiophyceae
Ordens: Isocrhysidales, Prymnesiales, Coccosphaerales e Pavlovales.
8. DIVISÃO XANTHOPHYTA
8.1 Características básicas
Os organismos deste grupo são caracterizados por células móveis com um flagelo direcionado para frente e outro direcionado para a região posterior da célula. Os cloroplastos possuem a clorofila a e, no caso do gênero Vaucheria, a clorofila c. Não possuem fucoxantina e apresentam uma coloração verde-amarelada.
8.2 Ocorrência
A maioria dos organismos desta divisão ocorre em água doce com poucos representantes de águas marinhas.
8.3 Morfologia
Muitos dos organismos possuem paredes celulares compostas de duas metades que se juntamcomo um disco de Petri utilizado em bacteriologia.
8.4 Organização celular
A parede celular de dois gêneros desta divisão, Tribonema e Vaucheria, é composta de celulose. Em Vaucheria sp., a celulose compreende 90% da parede, sendo o restante composto de glicose e ácido urônico.
8.5 Reprodução
Os organismos desta divisão se multiplicam assexuadamente por fragmentação, zoósporos e aplanósporos. Além disso, eles têm a habilidade de formar esporos latentes. Existem pouquíssimos relatos de ocorrência de reprodução sexuada em Xanthophyta. Este tipo de reprodução só foi observado em três gêneros: Botrydium, Triboneme e Vaucheria. Nos dois primeiros, ambos os gametas são flagelados, enquanto no último a reprodução é oogâmica.
8.6 Classificação
Divisão: Xanthophyta
Classe: Xanthophyceae
Ordens: Heterochloridales, Heterogloeales, Mischococcales, Tribonematales e Vaucheriales.
9. DIVISÃO RAPHIDOPHYTA
9.1 Características básicas
Apresentam as clorofilas a e c, dois flagelos, um anterior e outro posterior, sendo o anterior estriado e o posterior liso. As espécies de água doce são verdes, enquanto as formas marinhas são amarelas e contém o carotenóide fucoxantina.
Também é uma divisão muito pequena apresentando uma única classe (Raphidophyceae) com cinco gêneros: Chattonella, Fibrocapsa, Heterosigma, Vacuolaria e Gonyostomum. Os três primeiros são de ambientes marinhos e os últimos são de águas continentais.
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Unidade 4. Estudo especial do fitoplâncton.

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