Buscar

@Larvicultura de Characiformes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LARVICULTURA DE CHARACIFORMES 
Prof. Renato César 
Larvicultura 2013.1 
Characiformes 
 
Grupo dominante de peixes dulcícolas da América do Sul. 
Compreende espécies com grande diversidade de hábitos 
alimentícios: 
herbívoras, onívoras, iliófagas, e carnívoras. 
 
Escamas que recobrem o corpo, 
 
Nadadeiras pélvicas ventrais geralmente situadas bem 
atrás da inserção das peitorais 
 
Raios das nadadeiras não 
transformados em espinhos 
 
Geralmente possuem nadadeira adiposa. 
 
Principais itens alimentares: plantas aquáticas, insetos, 
frutos, caranguejos, caramujos até outros peixes.; 
 
 
 
 
São peixes de piracema; 
 
 
 
Algumas espécies chegam a atingir até 20kg, enquanto 
outras mal chegam a 500g; 
 
Distribuição 
 
No Brasil existem cerca de 1300 espécies distribuídas 
em 16 famílias 
 
Muitas espécies apresentam grande valor econômico: 
pesca, piscicultura e para aquariofilia. 
 
Diversos estudos sobre os characiformes já foram feitos: 
-Autoecologia, 
-Biologia 
-Reprodução 
-Cultivo. 
 
 
Reino: Animalia 
Filo: Chordata 
Classe: Actinopterygii 
Ordem: Characiformes 
Família: Characidae 
Subfamília: Myleinae 
 
 
Gênero: Colossoma 
Espécie: Colossoma macropomum (TAMBAQUI) 
 
 Gênero: Piaractus 
 Espécie: Piaractus mesopotamicus (PACU) 
 
 
Outros characiformes com importância aquícola 
 
 
Curimatã (curimbatá ou curimba): Prochilodus lineatus 
 
 
 
 
Matrinxã: Brycon cephalus, 
 
 
 
 
Pirapitinga: Piaractus brachypomus 
HÍBRIDOS 
 
fêmea do Tambaqui + macho do Pacu =Tambacu 
HÍBRIDOS 
 
fêmea do Pacu + macho do Tambaqui = Paqui 
IMPORTÂNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL DOS 
REPRODUTORES 
 
Os characiformes são em sua maioria, peixes migratórios e 
de desova total. 
 
Em cativeiro, reproduzem-se somente com o uso de técnicas 
de reprodução artificial. 
 
 
 
 
O sucesso na larvicultura e alevinagem começa com os 
cuidados com os reprodutores, que deve começar 
imediatamente após a desova, durante os períodos de 
repouso e formação do vitelo (vitelogênese), que será muito 
importante como reserva nutritiva dos embriões. 
Reprodutores diminuem o consumo de alimentos no 
período final da maturação 
 
 
 
Boas práticas de manejo, especialmente nutricional 
 
 
 
Garantir gametas saudáveis e embriões com vitelo 
suficiente em quantidade e qualidade para nutri-los nos 
primeiros estágios do desenvolvimento larval. 
A nutrição dos reprodutores também afeta diretamente o 
desempenho reprodutivo, as taxas de fecundidade, 
eclosão, e de sobrevivência 
 
O manejo de reprodutores deve ser diferenciado de acordo 
com o ciclo reprodutivo da espécie. 
 
Para espécies de ciclo reprodutivo anual, as taxas diárias de 
alimentação dos reprodutores deve ser entre 1 e 1,5% do 
peso vivo (PV) nos três primeiros meses do ciclo, podendo 
ser reduzida de 0,4 a 0,75% do PV nos nove meses 
subseqüentes. 
 
Reprodutores de pacu, tambaqui, matrinxã podem receber 
dietas com maiores níveis de energia e menores níveis de 
proteínas, em relação à alimentação de alevinos 
Durante o período reprodutivo as dietas dos reprodutores 
podem conter maior nível de carboidratos:neste período o 
crescimento corporal é bastante diminuído, assim como o 
consumo alimentar. 
 
É importante atentar para a composição de ácidos graxos, 
especialmente o linoléico, uma vez que sua deficiência pode 
prejudicar a performance reprodutiva e conseqüentemente a 
larvicultura dos characiformes. 
 
De igual importância é o conteúdo vitamínico da alimentação 
dos reprodutores. A vitamina C (ácido ascórbico) é 
incorporado ao vitelo e transferido para as larvas, e contribui 
para o bom desenvolvimento embrionário e larval. A 
suplementação de dietas com vitamina C aumenta a 
viabilidade dos espermatozóides, melhora as taxas de 
eclosão e reduz a ocorrência de deformidades nas larvas de 
characiformes tropicais. 
Nutrição mineral, especialmente com fósforo, manganês e 
zinco, é importante para a performance reprodutiva. 
 
O papel de pigmentos carotenóides ainda não está 
completamente definido para a reprodução de characiformes, 
embora indícios apontem possíveis funções relacionadas com 
respiração e fotoproteção dos ovos. 
 
Outro aspecto nutricional importante é a ausência obrigatória 
de fatores antinutricionais como a mimosina e o gossipol, 
que prejudical a viabilidade dos gametas e a performance 
reprodutiva. 
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA LARVAL 
 
O processo de embriogênese e metamorfose larval dos 
characiformes segue o padrão geral dos teleósteos 
dulcícolas e inicia-se com a fecundação do óvulo pelo 
espermatozóide via micrópila. 
 
 
 
 
 
 
Durante a embriogênese os embriões nutrem-se das ricas 
reservas de vitelo que são utilizadas também pelas larvas 
até o início da alimentação exógena. A maioria das larvas 
eclode com a boca e mandíbula ainda não formadas, olhos 
não pigmentados e nadadeira primordial mediana. 
O estágio larval pode durar de dias a 
meses, conforme a espécie e a 
temperatura da água. 
 
Neste período a larva aumenta seu 
tamanho e peso em até cem vezes e 
ocorre a diferenciação progressiva dos 
caracteres adultos como os raios das 
nadadeiras e a mineralização do 
esqueleto e a pigmentação do sangue e 
da superfície corporal. 
 
A larva passa por um processo de 
metamorfose até o período juvenil, 
quando os caracteres merísticos 
tornam-se parecidos a um adulto de 
tamanho reduzido. 
Em geral, a fase de larvicultura dura de 20 a 30 dias e o 
sucesso deste processo dependerá diretamente de: 
 
(a)a quantidade de zooplâncton nos viveiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(b) a densidade das larvas estocadas, 
 
(c) a qualidade da água, especialmente o pH, a 
alcalinidade, a dureza, as concentrações de amônia e 
oxigênio dissolvido. 
Também é de fundamental importância a eliminação de 
predadores: 
 
-ninfas de odonata, 
 
 
-baratas d´água, 
 
-outras espécies de peixes 
 
Isto pode ser feito através de uma calagem após a 
despesca e o esvaziamento do viveiro. A calagem serve 
ainda para elevar a alcalinidade e a dureza da água, manter 
o pH, e também aumenta a disponibilidade de nutrientes 
para o fitoplâncton e aumenta fornece cálcio para o 
desenvolvimento do zooplâncton. 
Deve-se ter cuidado com a aplicação de cal uma vez que 
as pós-larvas são bastante sensíveis a valores de pH 
acima de 9 nos primeiros dias. 
IMPORTÂNCIA DO PLÂNCTON DURANTE A 
LARVICULTURA 
 
Fitoplâncton é importante pois: 
- Produz oxigênio 
- Remove a amônia da água 
- Favorece o crescimento e desenvolvimento dos peixes. 
 
 
 
 
 
 
 
Para tanto, as trocas d´água nesta fase devem ser 
diminuídas para favorecer o desenvolvimento planctônico, e 
também deve ser considerada a fertilização, especialmente 
por compostos nitrogenados, do ambiente de criação. 
Em geral, a densidade planctônica ideal para larvicultura 
pode ser medida através da transparência obtida pela 
visibilidade de 40 a 50cm do disco de Secchi. 
Preferência alimentar das larvas é por crustáceos 
zooplanctônicos, principalmente cladóceros, e também por 
larvas de insetos aquáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O pico de produção de alimentos ocorre aproximadamente 
entre 7 e 10 dias após o abastecimentoe adubação dos 
viveiros, e este é o momento ideal para a estocagem das 
larvas. 
Densidade de estocagem inicial das larvas: 100 larvas/m2, 
 
 
produtividade dos viveiros, do tipo de adubo utilizado, do 
inoculo de zooplâncton e alimentação artificial utilizada. 
 
As larvas de characiformes crescem muito rápido e tem 
grande exigência nutricional, e falta de nutrição 
adequada provocará problemas de crescimento e 
desenvolvimento. 
 
As larvas de muitas espécies como o pacu, o tambaqui e a 
matrinxã apresentam trato digestivo rudimentar e 
ausência de enzimas digestivas, e por isso não 
conseguem utilizar alimento artificial. Isto reforça o papel 
do zooplâncton como primeira alimentação larval, e a 
ingestão de zooplâncton estimula a secreção de algumas 
enzimas digestivas das larvas. 
Alguns dias após a estocagem inicial de larvas nos 
viveiros, a alimentação artificial pode ser iniciada, sendo 
ofertada à vontade, de 3 a 5 vezes por dia. 
 
Nesta fase as rações devem possuir textura fina e boa 
flutuabilidade, além de suplementação vitamínica e 
mineral. 
 
O uso de farinhas de origem animal e de boa qualidade 
aumenta a palatabilidade das rações, estimula o 
consumo rápido pelos peixes e diminui a perda de 
nutrientes, especialmente os hidrossolúveis 
Larvicultura 
 
Idade ideal para reprodução 
 
•A partir do 4º ou 5º ano de vida para o tambaqui e pirapitinga. 
•Em regiões com temperaturas médias anuais mais baixas, a 
maturação das gônadas destes peixes é mais lenta. 
 
•Lima et al (1994) observaram que as fêmeas de tambaqui 
cultivadas na Região Sudeste tiveram a sua primeira maturação 
sexual próxima ao 6º ano de vida. 
 
•Por outro lado, com 3 a 4 anos de idade o tambaqui atinge a 
maturidade sexual na região amazônica (Brasil, Colômbia e Peru). 
•Woynarovich (1987) sugere que a maturação sexual da 
pirapitinga na Região Nordeste ocorre mais cedo do que a 
maturação do tambaqui, ou seja, por volta do 2º ou 3º ano de vida. 
Época de reprodução 
 
 - A reprodução do tambaqui geralmente ocorre de outubro a março, 
sendo observada uma maior concentração das desovas no período de 
novembro a fevereiro. 
 
-No caso do tambaqui na Região Nordeste, é possível a realização de 
duas induções à desova no ano com a mesma fêmea. 
 
-Ramos et al 1998 demonstrou que os reprodutores de tambaqui 
mantidos em estufas no CEPTA/IBAMA (Pirassununga-SP) desovaram 
antecipadamente em outubro, cerca de 2,5 meses antes do período 
normal de desova. Na estufa, a temperatura média nos meses mais frios 
foi 4ºC superior a observada nos viveiros sem estufa (Ferrari et al., 1998). 
Fonte: Revista Panorama da Aquicultura, 
Seleção dos reprodutores para a 
indução da desova 
 
 - Os machos que liberam sêmen de cor 
branca e de aspecto denso após uma 
leve pressão no abdômen são os mais 
adequados para a reprodução. 
 
 
 
- Com relação às fêmeas, devem ser 
selecionadas aquelas com o abdômen 
distendido (volumoso) e macio ao toque, 
geralmente com a papila genital 
avermelhada e entumescida. 
Desova induzida 
 
 - O procedimento mais comum para a indução à desova é a 
aplicação de extrato de hipófise. 
 
-Nas fêmeas geralmente são aplicadas duas doses espaçadas 
entre 8 e 12 horas. Na primeira dose é aplicado 0,5mg de extrato 
de hipófise/kg e, na segunda, são aplicados 4,5 a 5,0 mg/kg. 
 
-No macho, uma única dose de 1,0 a 2,0mg/kg é aplicada no 
mesmo momento da segunda dose nas fêmeas. 
 
-O momento da ovulação e desova geralmente ocorre após 
acumuladas 220 a 280 horas-grau, ou seja, entre 8 a 10 horas 
após a aplicação da segunda dose de extrato de hipófise nas 
fêmeas com a temperatura média da água ao redor de 27 ºC. (Bock 
e Padovani, 2000). 
Extrusão e fertilização dos ovos 
 
-O corpo dos reprodutores deve estar seco no momento da 
coleta dos óvulos, em um recipiente plástico, e da coleta do 
sêmen, em um becker ou diretamente no recipiente plástico 
contendo os óvulos; 
 
-Para o procedimento de fertilização, pode-se utilizar o 
soro fisiológico a 0,9% ou uma solução sal-uréia (40 g 
NaCl, 30 g uréia em 10L de água), prolongando a 
motilidade dos espermatozóides; 
 
- A solução fertilizante deve ser utilizada em volume entre 
3-50% do volume dos óvulos; 
 
Incubação dos ovos 
 
Incubadoras de 200 e 60 L 
A vazão de água varia entre 2-10 L.minuto-1, de acordo com o 
volume das incubadoras, entre 60 e 200 litros; 
O tempo necessário para o início da eclosão dos ovos varia de 
acordo com a temperatura: 
 
 
 
24 oC  28 h; 
26-27 oC  18-22 h; 
28-29 oC  13-16 h; 
Os extremos comprometem a viabilidade dos embriões. 
 
A alimentação das pós-larvas 
 
-A absorção completa do saco vitelínico das pós-larvas pode levar de 4 a 6 dias, 
dependendo da temperatura da água na incubadora ou nos tanques de 
larvicultura(Bello et al1989; Valencia e Puentes 1989). 
 
-Durante esta etapa de desenvolvimento é uma prática comum a oferta de leite em 
pó,leveduras, gema de ovo cozido, ovo microencapsulado, farinha de 
sangue, entre outros tipos de alimentos, para as pós-larvas. 
 
-No entanto, estas ainda não possuem sistema digestivo capaz de aproveitar 
estes alimentos. 
 
-Nesta fase as pós-larvas começam a se alimentar de organismos planctônicos, 
rotíferos, os náuplios de copépodos e os pequenos cladóceros. Bello et al (1989) 
observaram um consumo entre 60 a 170 cladóceros por pós-larva diariamente. 
 
-Entre o 6º e 9º dia alimentar com náuplios de artêmia (Cestarolli e Salles, 2000). 
 
- Somente após o 16o dia de estocagem nos viveiros foi possível registrar mais de 
50% das pós-larvas com ração no trato digestivo (Senhorini e Fransozo, 1994). 
 ok

Outros materiais