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Aula_08_Ascaridiase_GD

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Aula 08 
15/02/2013 
Ascaridíase ou Ascaríase 
Ascaris lumbricoides 
Nematodeo estenoxeno que infecta exclusivamente seres humanos 
Ascaris suum – parasita de suínos 
O maior nematódeo do trato digestivo humano 
Vermes 
-cilíndricos, afilados nas extremidades anterior e posterior 
Fêmeas: 
-adultas podem chegar a 40 cm 
-um par de túbulos genitais que compreendem o útero, receptáculo seminal 
-ovários enovelados 
-vulva no terço anterior 
-cauda retilínea 
Machos: 
-maduros medem de 15 a 31cm 
-testículo enovelado único 
-canal ejaculador único 
-cauda enrolada no sentido ventral 
-dois espículos 
Habitam o lúmen do intestino delgado (jejuno e às vezes íleo) onde se alimentam e copulam. 
A fêmea deposita cerca de 200.000 ovos por dia que são eliminados nas fezes. 
Os ovos férteis recém eliminados são ovoides e são geralmente recobertos por uma casca 
externa albuminosa espessa, uma camada intermediária também espessa e uma membrana 
vitelina interna muito pouco permeável. São extremamente resistentes ao meio externo, 
podendo durar até 3 anos. Quando a camada albuminosa está ausente nos ovos férteis, são 
chamados de ovos decorticados. 
As fêmeas também eliminam ovos inférteis que não tem a camada albuminosa. Estes são 
frequentemente eliminados nas fezes e se degeneram no meio externo sem se tornarem 
infectantes. 
Quando ingeridos, os ovos liberam uma larva L3, que penetram na parede intestinal, atingindo 
vênulas ou vasos linfáticos. Através da circulação portal, atingem o fígado, coração direito e 
pulmões. Essas larvas rompem os capilares na luz dos alvéolos. Através dos branquíolos e 
brônquios vão para a traquéia e a glote. Ao serem deglutidas, chegam ao esôfago, estômago e 
intestino delgado. Na mucosa intestinal ocorre uma muda originando as larvas L4, que são 
liberadas no lúmen intestinal, onde se transformam em adultos com sexos separados. 
Larvas: patogenia e sintomas 
-Fígado: foco hemorrágico, hepatite larvar e necrose 
-Pulmões duas semanas após a infecção: infiltração intersticial eosinofílica e síndrome de 
Loeffer (tosse não produtiva, febre, dispneia e eventualmente obstrução brônquica e sibilos) 
Vermes adultos: patogenia e sintomas 
-maioria das infecções é assintomática 
-dor abdominal vaga, discretas alterações inflamatórias na mucosa intestinal, que podem 
acarretar alterações na motilidade intestinal, resultando em diarreia, redução da absorção de 
nutrientes (principalmente vitamina A), intolerância à lactose e perda de apetite. 
-gravidade dos sintomas proporcional à carga parasitária: em infecções maciças pode haver o 
bloqueio do intestino delgado (muitos vermes!!) podendo levar à isquemia e necrose da 
parede intestinal. 
Diagnóstico 
-Clínico 
-Laboratorial: hemograma, exame parasitológico de fezes, ultrassom nas regiões ectópicas 
(incomun) 
Complicações 
-volvo, 
-obstrução intestinal 
-perfuração intestinal 
-colecistite 
-colelitíase 
-pancreatite aguda 
-abcesso hepático 
Tratamento 
-Mebendazol, Albendzol, Piperazina, Lavamizol (Ascaridil®) 
Epidemiologia 
-Helminto mais frequente nas regiões pobres 
-Clima quente e úmido – trópicos 
-condições sócio-economicas baixas

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