Buscar

RESUMO SEMIOTÉCNICA 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
1 
RESUMO SEMIOTÉCNICA 2° BIMESTRE 
SEMIOLOGIA PEDIATRICA 
O objetivo da consulta pediátrica é o acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento de um ser, que precisa ser assistido integralmente e de modo 
particular, uma vez que o ambiente emocional, físico e social vai interferir na 
constituição orgânica e psíquica deste, com repercussões para toda sua vida. 
ETAPAS DA INFÂNCIA: 
Divisão etária da pediatria 
 Recém-nascido: 0 a 28 dias 
 Lactente: 29 dias a 1 ano e 11 meses 
 Pré-escolar: 2 anos a 6 anos e 11 meses 
 Escolar: 7 anos a 9 anos e 11 meses 
 Adolescência: 10 anos a 20 anos 
ANAMNESE 
Anámnesis = relato dos padecimentos 
 “Perguntar bem é saber muito” saber a forma de realizar perguntas, 
deixando na maioria das vezes uma anamnese não orientada, mas 
passiva ( com os pais falando a vontade) 
 “Pressa: inimiga da competência” deve-se realizar sem pressa, e com 
cuidado 
 “Quem não sabe o que procura, não entende o que acha (Claude 
Bernardi)” 
 É causa usual de erro diagnóstico uma história clinica mal realizada. 
 Diagnóstico: História: 60% - anamnese já 60% do diagnóstico 
o Anamnese + Exame Físico 75-90% 
o Apenas com a história (anamnese) bem colhida e realizada 
chegamos ao diagnóstico em 60% das vezes, quando 
associamos a anamnese ao exame físico corresponde de 75 a 
90% do diagnóstico, sem a necessidade da realização de exames 
complementares 
História clínica: 
 Completa incluir todos os dados, alimentação, rendimento escolar (em 
crianças em idade escolar) 
 Sequencial 
 Detalhada 
 Estabelecer um bom vínculo médico-paciente 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
2 
Na anamnese exploram-se as dúvidas e preocupações dos pais. A partir de 3-4 
anos, deve-se estabelecer também um diálogo com a criança durante a 
consulta. 
O exame físico da criança deve ser sempre realizado com paciência e 
gentileza, desde a fala em tom e momentos adequados até o modo de 
manipular ou conter o paciente 
O desenvolvimento deve ter um enfoque especial na consulta da criança nessa 
faixa etária e pode ser abordado nos conteúdos afetivo e cognitivo 
ANAMNESE 
 Identificação 
 Queixa e duração 
 História clínica (HPMA) 
 Interrogatório sobre diversos aparelhos (ISDA) 
 Historia da gestação, parto e nascimento 
 Heredograma 
 Antecedentes mórbidos pessoais 
 História alimentar 
 Crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor 
 Antecedentes vacinais 
 Antecedentes mórbidos familiares 
 Fatores socioeconômicos 
 
Identificação 
 Nome completo 
 Idade e data de nascimento 
 Cor 
 Sexo 
 Naturalidade 
 Procedência, endereço, tipo de residência 
 Religião 
 Escolaridade 
 Profissão e ocupação dos pais 
Queixa e duração(QD) 
 Motivo que levou a procurar o médico e tempo de início 
 
História pregressa da moléstia atual (HPMA) 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
3 
Regras da HPMA 
 Modo de interrogar sóbrio, afetivo, sério e atencioso. 
 Anamnese passiva não fazer dirigida, pois pode-se perder detalhes 
importantes ao interromper a história contada pelos pais 
 Nunca aceitar passivamente os diagnósticos fornecidos pelos familiares. 
 Todos os caracteres propedêuticos dos sintomas devem ser referidos na 
HPMA, afirmando ou negando. 
 Referir tratamentos já realizados e resultados. 
o Na história pregressa da doença atual deve-se colher 
informações de como começou, se antes de teve alguns sinais e 
sintomas 
o Não aceitar diagnóstico dado pelos pais de forma alguma 
História da gestação, parto e nascimento. 
Essa é a história do paciente (da criança) 
 PRÉ-NATAIS: infecções, medicamentos, sangramentos, hipertensão. 
 NATAIS: tipo de parto, intercorrências, APGAR (choro ao nascer), peso, 
comprimento. 
o Informações do nascimento, de como nasceu, se teve algum 
problema, se chorou, se ficou na UTI, se nasceu de baixo peso.... 
 PERÍODO NEONATAL: alojamento conjunto, aleitamento materno, UTI, 
medicamentos, icterícia (fototerapia). 
o Informações logo após o nascimento, se teve icterícia, se ficou 
em alojamento conjunto ou UTI, se mamou na mãe, por quanto 
tempo, se tomou algum medicamento qnd nasceu. 
Antecedentes mórbidos pessoais - da criança 
 Doenças próprias da infância. 
o Cachumba, sarampo, catapora 
 Outras doenças, alergias, internações, cirurgias 
Antecedentes nutricionais 
 Sumamente importante na pediatria 
 Tempo de aleitamento materno 
 Aleitamento materno complementado 
 Início de aleitamento artificial 
 Aleitamento artificial qlq outro leite que não seja o materno (em pó, de 
vaca....) 
 Qnt mais tempo a criança recebe o aleitamento materno, menor a 
chance de qnd adulto desenvolver doenças degenerativas (como 
diabetes, ateroesclerose, hipertensão....) 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
4 
 Crianças que começaram cedo a ser alimentadas com leite de vaca 
desenvolvem muito mais cedo essas doenças 
 Época de introdução de outros alimentos 
 Modo de preparo 
 Alimentação da família 
 Dia alimentar (recordatório de 24 horas) 
 
Crescimento e desenvolvimento 
 Sustentação da cabeça, virar na cama, dentição, sentar, engatinhar, 
andar, primeiras palavras, controle de esfincteres. 
 Desempenho escolar 
 Sociabilidade 
Antecedentes vacinais 
 Carteira vacinal (sempre solicitar) 
 Eventos adversos 
Antecedentes familiares (ascendentes e descendentes) 
 Hipertensão 
 Diabetes 
 Infecto-contagiosas 
 Mortes súbita 
 Dislipidemia familiares 
 Cardiopatias graves (óbito < 50 anos) 
 Doenças neuro-comportamentais 
 Atopias – tendência familiar à desenvolver IgE contra alérgenos ambientais 
o Asma, Rinite alérgica, dermatite atópica 
 Convulsões 
 Anemias hereditárias 
o falciforme 
 Consanguinidade 
Fatores socioeconômicos 
 Características do domicílio 
 Saneamento básico 
 Animais domésticos 
 Renda familiar 
 Escolaridade e profissão dos pais 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
5 
EXAME FÍSICO 
ROTEIRO: 
 ANTROPOMETRIA 
 EXAME FÍSICO GERAL 
 EXAME FÍSICO ESPECIAL 
O exame físico da criança deve sempre ser realizado com paciência e gentileza 
(fala em tom gentil, forma de manipular ou conter a criança). 
Procedimentos finais são os mais temidos e “dolorosos”, por isso devem 
sempre ser explicados e previamente informados. 
Em toda a consulta (inicial, retorno, emergência) o exame físico deve ser 
completo. 
 Tem início no recebimento do paciente observando seu estado geral: 
o Grau de atividade ou prostração, 
o Fácies, 
o Desconforto respiratório, 
o Irritabilidade e choro fácil, 
o Cianose e edemas 
 Lactentes exame com o paciente em decúbito dorsal 
o Ausculta respiratória é realizada em região torácica anterior 
o Só passa para o decúbito ventral quando fez avaliação do estado 
geral e de todos os sistemas possíveis em decúbito dorsal. 
 Criança maior 2 anos é capaz de sentar e compreender ordens 
simples 
o Exame físico semelhante ao do adulto 
 Por aparelhos e sistemas e não em decúbitos 
ANTROPOMETRIA 
 Peso 
 Comprimento 
 Altura, 
 Perímetro encefálico e abdominal 
Peso 
 Crianças menores de 2 anos ou até 16 kg se pesa em balança pediátrica 
 Crianças maiores de 2 anos balança plataforma 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
6 
 
Comprimento 
 Antropometro horizontal para crianças muito pequenas que não ficam 
em pé 
o Cabeça na parte fixa e pernas na móvel 
o Tentar esticar ao máximo as pernas (lembrar que recém nascidos 
apresentam uma maior tonicidade muscular, com isso as pernas 
ficam mais arqueadas)LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
7 
Antropômetro vertical crianças maiores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perímetro cefálico 
 Fita métrica passada pela parte mais saliente do frontal (glabela) e 
occipital 
 Pode medir até o adolescente, mas é obrigatório até os 3 anos de 
idade, pq ajuda a determinar o desenvolvimento encefálico 
 Microcefalia abaixo de 32 cm no perímetro cefálico 
 
Perímetro torácico 
 < 3 anos: deitado 
 > 3 anos: em pé 
 A fita métrica deve passar na altura dos mamilos 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
8 
Perímetro abdominal 
 Fita métrica passada na altura da cicatriz umbilical 
EXAME FÍSICO GERAL 
 Impressão geral 
 Pele e anexos 
 Mucosas 
 Ritmo respiratório 
 Nível de consciência 
 Estado nutricional 
Técnicas básicas para exame físico 
 Inspeção 
o Processo de observação 
o Ferramentas: olhos e nariz 
o A inspeção é feita pelos olhos e nariz (sentir odores)..... 
o Processo continuo durante a anamnese e o exame físico 
o Cuidados: iluminação básica e iluminação tangencial 
o Iluminação tem que ser natural (luz natural, não artificial), sem 
cores, para não atrapalhar. 
o Ela já começa na hora que o paciente adentra o consultório – 
observar fácies, estado de atenção, nutrição.... 
 Palpação 
Para determinar Usar 
Posição, textura, tamanho, consistência, 
liquido, crepitação, forma de uma massa 
ou estrutura 
Superfície palmar dos dedos e coxins dos 
dedos 
Vibração Superfície ulnares dos dedos e mãos 
Temperatura Superfície dorsal das mãos 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
9 
 
 Percussão 
o Percutir tórax ant nos espaços intercostais, de 3 a 5 percutidas 
o Movimento de punho 
o Maioria das crianças não consegue percutir nos espaços 
intercostais pq estão gordinhas 
o Sempre comparativa 
 Ausculta 
o A mais usada 
o Ausculta cardíaca e abdominal 
o P.A toda criança acima de 3 anos tem que aferir pressão arterial 
 É mais baixa que do adulto 
 
SEMIOTÉCNICA DE RECÉM NASCIDOS 
DIVISÃO ETÁRIA DA PEDIATRIA 
 Recém-nascido: 0 a 28 dias 
 Lactente: 29 dias a 1 ano e 11 meses 
 Pré-escolar: 2 anos a 6 anos e 11 meses 
 Escolar: 7 anos a 9 anos e 11 meses 
 Adolescência: 10 anos a 20 anos 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
10 
 Em pediatria tem 2 seguimentos importantes recém nascidos (até 28 dias de 
vida), e os acima de 2 meses de idade 
 
 Período perinatal: 22 semanas – 7 d 
o Antes do nascimento (22 semanas completas de gestação – 154 
dias – 5 meses e meio) até os 7 dias completos após o 
nascimento 
 Período neonatal: 0 - 28d 
o Precoce: 0-7d 
 7 dias completos após o nascimento 
 É hj o responsável por 50% das taxas de mortalidade 
infantil do país 
 Depende da assistência pré-natal e assistência ao recém-
nascido 
 Tem poucos leitos para recém-nascidos 
o Tardio: 8-28 d 
 Do 8 dia após o nascimento até 28 dias 
 
 A semiotécnica começa no período neonatal, com a medida do 
crescimento uterino. Nota-se a diferença entre crianças prematuras e 
criança com dificuldade no crescimento. 
 Semiotecnica é diferente para os recém nascidos pq tem algumas 
características que levam o pediatra a examinar principalmente com os 
olhos 
o Inspeção é o mais importante na semiotc do recém nascido, do 
que a palpação 
 
IDADE GESTACIONAL 
OMS 
Cada idade gestacional apresenta uma característica especifica 
 Pré-termo: menor ou igual 36 semanas e 6 dias 
Prematuro – todo RN que nasce antes da 37ª semana 
Características 
o Pele lisa e fina, não queratinizada. 
 Quanto mais enrugada e queratinizada maior a idade 
gestacional, 
o Unhas compridas 
o Quanto mais prematura a criança menos dobras no pavilhão 
auricular, menor a curvatura, porque o processo de formação de 
cartilagem ainda está incipiente no prematuro. 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
11 
o Prematuro praticamente não tem glândula mamária (abaixo do 
mamilo), não sente nada (carocinho) 
 Quanto maior a glândula mamária maior a idade 
gestacional 
o Auréola também é menor em mais novos (idade gestacional) do 
que os mais velhos. 
o Existem fatores respiratórios no bebe que não estão presentes 
até 36smn, que tem em 37 
 Então insuficiência respiratória tem hipótese diagnóstica 
diferente na 34 semn do que na 37 semn 
 Termo 37ª semana a 41ª semana e 6 dias 
 Pós-termo maior ou igual 42 semanas 
 
CLASSIFICAÇÃO POR PESO AO NASCER 
 Precisa saber o peso da criança para fazer medicação, saber nutrição 
 Primeira coisa é pesar e medir a criança - antropometria 
 Baixo peso menor 2500g - desnutrida 
o Pode ser por ser prematura e nasceu antes do tempo, ou chegou 
na gestação completa de 40 semn com peso de 2500g, é por 
baixa perfusão plascentária 
 Tem hipoglicemia, hipocalcemia, distúrbios respiratórios. 
 Muito baixo peso menor que 1500g 
 Extremo baixo peso menor 1000g 
 GIG excesso de peso, filho de mãe diabética 
 
ANAMNESE 
A anamnese do recém-nascido (RN) inclui as etapas anteriores ao seu 
nascimento. 
Os fatores gestacionais e as condições periparto apresentam grande 
importância nessa faixa etária. 
Identificação 
 Inicia-se a avaliação pela identificação com o nome, sexo, idade, etnia, 
naturalidade (nesta faixa etária, geralmente coincide com a 
procedência), filiação, endereço 
 A queixa principal e a anamnese são informadas pelo responsável 
o Ficar atento ao fato de que, muitas vezes, a queixa dos 
responsáveis pode induzir a um falso diagnóstico. 
 Bebe chorando – mãe acha que é dor, mas quando o 
alimenta para de chorar (era fome). 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
12 
Dados maternos 
 Idade, estado civil 
 Data da última menstruação (DUM – Regra de Naegele) 
o Para determinar idade gestacional 
o Regra de Naegele: Adicionar a data da DUM sete dias e somar 
nove meses (ou diminuir 3 meses) 
 Exemplo: 
 DUM: 02/08/2004 
 Data provável do parto: 09/05/2005 (40 sem – 280 dias) 
o Precisa saber idade gestacional pelo ultrassom, pela Naegele, 
pelo exame físico neonatal (semiotécnica) e pelo capurro. 
o Capurro ex somático 
 Textura da pele 
 Forma da orelha 
 Glândula mamaria 
 Formação dos mamilos 
 Pregas plantares 
 Número de gestações 
 Paridade 
 Abortos 
 Doenças maternas durante a gestação 
o Tem correlação com a avaliação inicial do bebe, pq podem causar 
doenças no feto. 
 Pré-natal 
 Uso de drogas e medicamentos 
o Talidomida causa malformações das extremidades 
 Numero de consultas pré-natais 
 Exames sorológicos 
 Exames ultrassonográficos 
o Detecta defeitos no tubo neural (meningocele...) ajuda a 
determinar oq vai encontrar qnd o nenê nasce 
 
Parto 
 Tipo de parto, indicação de cesárea, Anestesia. 
 
 Tipo de parto normal pode causar alterações somáticas decorrente 
desse tipo de parto (por ter fratura de clavícula, tração muito forte 
durante o parto e causa lesão no plexo braquial) 
o A fisiologia do parto normal favorece o trato respiratório do bebe 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
13 
 Indicação de cesárea só pode ser feita quando esta em trabalho de 
parto, se não pode causar danos à criança, retardo da absorção do 
liquido alveolar 
 
 Uso de anestesia pode causar alterações respiratórias no bebe 
AMBIÊNCIA DO RECÉM-NASCIDO 
CALOR E UMIDADE preservação do calor do RN, e retirar umidade para 
evitar perda de temperatura (enxugar rapidamente) 
 Preservação do calor, bebe esta dentro da barriga da mãe a 37°, e na 
sala obstétrica está cerca de 26°, deve preservar esse calor 
 Ele nasceu e deve ser enxugado rapidamente,para não perder 
temperatura 
o Se cair muito a temp cai o O2, e causa hipoxemia na criança 
 Deve clampear o cordão dp de 1 a 3 min depois de sair da barriga da 
mãe 
o Aumenta as concentrações iniciais de hemoglobina e os estoques 
de ferro nos bebês 
o Conduta de manter a criança mais tempo sem clampear é para 
aumentar fluxo sanguíneo vindo da placenta, e previne anemia 
depois do 3 mês 
o Pré termo (nasce anteriormente aos nove meses) deve ficar 
apenas de 30 a 60 segundos junto à mãe e o pós termo nasce 
com o olhar de vigília 
 Examinar a criança em ambiente fechado sem ventilação pq a 
criança tem uma perda de água muito grande criança de 3 kg perde 
0,5ml/Kg/hora de água 
o Por isso fechado sem ventilação para não acontecer hipotermia 
 
SONS E RUÍDOS deve manter o ambiente silencioso 
 Criança na barriga da mãe está em ambiente quente e silencioso 
o Barulho grande criança faz reflexo de moro (levanta a mão em 
susto), pq pode deixar a criança em vigília e causar insuficiência 
respiratória 
 
LUZ E CLARIDADE estimula vigília 
 Recém nascido dorme cerca de 16 h por dia 
o Deve deixar escuro, pra maior conforto 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
14 
Ambiente da sala de parto: campo estéril, aquecido, sala de parto a 23 graus. 
Envolver o bebe em um pano, para preservação do calor após o nascimento. 
Frio pode provocar acidose, isquemia, hipóxia. Manter a criança de um a três 
minutos próxima da mãe (antes de cortar cordão), e somente após esses 1-
3min cortar o cordão umbilical, situação que resulta em menos situações de 
anemia e menos riscos de hemorragia futuramente. Pediatra junto ao obstetra, 
observando, pois se o recém-nascido não estiver bem deve haver intervenção 
imediata. Três a quatro ordenhas do cordão umbilical em recém-nascido está 
relacionado com menor mortalidade do neonato precoce (em pesquisa ainda). 
Criança não suporta muita claridade, e ambientes barulhentos. Manipulação 
rápida da criança e a luz deve ser apagada, baixa ventilação, luminosidade e 
bem aquecido. 
 
CUIDADOS IMEDIATOS AO RN 
 Inspeção 
o Cor 
o Tônus 
o Choro ou esforço respiratório 
o Atividade espontânea mto importante, pq já determina que a 
criança não esta bem apenas pela inspeção. 
Avaliação inicial da saída da barriga da mãe é importante 
 Deve avaliar cianose e tonicidade, e choro (sinal de que a criança 
promoveu a primeira inspiração) 
Cor 
 Criança nasce cianótico (pelo menos de extremidade), 
o Pq a saturação sanguínea da criança e em torno de 65 a 67% 
dentro da barriga da mãe 
o Mas até o 1 a 5 min o bebe está cianótico 
o Todo bebe nasce com cianose de extremidades, depois ele vai 
oxigenando e ficando rósea 
Tônus 
 Todo bebe nasce com certo grau de tonicidade 
o Pernas e braços fletidos 
o Criança não pode nascer hipotônica, se nascer hipotônica tem 
que reanimar 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
15 
Choro 
 Pelo choro sabe que a criança está respirando adequadamente, se 
nascer sem choro tem que reanimar. 
 Em seguida deve avaliar freq. cardíaca é o parâmetro que vai 
determinar as diferentes manobras de reanimação neonatal 
o A freq. cardíaca deve ser avaliada por meio do cordão umbilical 
(tem 1 veia e 2 artérias – veia maior e artéria menor) 
o Conta qnts batimentos tem em 6 seg e multiplica por 10, pelo 
cordão umbilical 
o Depois só determina pelo estetoscópio por um minuto 
Atividade espontânea 
 Irritabilidade reflexa todo bebe que estiver bem vai reagir, em 
criança com depressão não vai reagir 
o Determinado pelo espirro e tosse 
 Ve qnd vai aspirar a criança (primeira manobra que vai 
tocar na criança até ai só inspecionou) 
Cuidados com o RN: inspeção da cor (geralmente nasce cianótico), tônus 
(geralmente contraído), choro ou esforço respiratório, atividade espontânea. 
Crianças que se movem pouco na UTI, é perigoso, pois sempre estão em 
estado de vigília. Hipoativa é sinônimo de problema em RN. 
Proteger bem a cabeça do neném, porque perde muito calor. Cabeça para a 
lateral, no momento do nascimento, pode designar asfixia. Pode nascer com 
mecônio (escórias do intestino) se houve falta de oxigenação dentro do útero, 
pois a criança estava em acidose e relaxa o esfíncter, excretando mecônio e se 
impregnando com ele. 
MECÔNIO subst. presente no tubo intestinal que tem suco pancreático, 
intestinal, bile, resto de céls intestinais 
 Formado a partir da 16ª a 18ª semana, presente no tubo intestinal até o 
período que a criança nasce, e após nascimento elimina mecônio. 
o Eliminado após o nascimento 
 Eliminação antes (intra uterino) por supressão respiratória 
intrauterina (sofrimento do feto) ou por maturidade do feto 
o Mecônio dentro do liq aminiotico é complicado, pq o feto deglute e 
aspira liquido amniótico, que entra no pulmão, causando grandes 
problemas. 
 Crianças que passam do tempo de nascer pós datismo – pós-termo 
o Motilina (um peptídeo intestinal que estimula o peristaltismo) é 
eliminada na criança e aumenta as contrações intestinais e a 
criança elimina o mecônio no liquido amniótico. 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
16 
o Criança pode nascer toda manchada de verde, cordão umbilical 
verde, por estar impregnado com mecônio. 
o Em determinadas situações, nasceu com mecônio, e hipotônica 
tem que reanimar- insuficiência resp. 
o Se nasceu com mecônio e esta chorando bem, não precisa 
clampear imediatamente, pq não aspirou mecônio. 
LESÃO DE PLEXO BRAQUIAL mão virada para trás 
 Pq obstetra puxou muito a cabeça da criança durante o parto. 
FRATURA DE CLAVÍCULA pela manobra de alavanca no parto normal – 
puxou muito 
 Essa é percebida com o lado fraturado com hipoatividade, edema e mão 
voltada para trás. 
ARQUEADURA DOS PÉS E PERNAS  Criança nasce com perna arqueada 
e com pé virado para dentro –normalmente 
 Se tiver muito torto tem que avaliar se é pé torto congênito ou não 
 Crianças com pés virados pra dentro (má formação da musculatura, 
posição, infecção). Pode haver necessidade de prótese devido à 
displasia de quadril. 
FREIO LÍNGUAL CURTO língua forma um V - língua contraída (observar 
enquanto a criança está chorando) 
 
FREQUENTE NO RN: 
BOSSA SEROSSANGUINOLENTA extravasamento de liquido no 
subcutâneo decorrente da pressão exercida na hora do parto, cabeça protusa 
(por compressão da cabeça) 
 Está no subcutâneo, é um edema mole indolor e desaparece em 2 a 3 
dias até no máximo 1 semn 
 Acúmulo de líquido no subcutâneo 
 Por compressão da cabeça durante o parto 
CEFALO-HEMATOMA 
 Decorrente da compressão no canal de parto, mais frequentemente por 
uso do fórceps no parto. 
 Lesão do periósteo causando sangramento entre o periósteo e a calota 
craniana 
o Sangue acumulado pode ser degradado, produz bilirrubina, 
causando ICTERÍCIA, e pode ir ao SNC (principalmente núcleos 
da base) da criança e causar lesão neural irreversível. 
o Leva a um aumento de hemólise levando a icterícia 
 Pode levar a um quadro fatal e limita os ossos craniais. 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
17 
 Fica limitado aos ossos do crânio, é um edema limitado, doloroso, e 
elástico, pq o periósteo é elástico 
 Doloroso 
 Demora meses para reabsorção total e forma um calo ósseo (fibrose). 
 
CONDIÇÕES DE EXAME: 
 Tempo de exame: 5 a 10 minutos (forma rápida). 
o Tem que examinar mto depressa pq qnt mais tempo fica com ele 
mais ele chora, e mais ele perde calor 
 Condições ambientais: Tem que tirar a roupa do bebe, fecha-se as 
janelas devido a intolerância ao frio (ar condicionado com aquecimento). 
o Ambiente aquecido 
 Manipulação do recém nascido:ultimo exame é na boca e penúltimo 
no ouvido (otoscópio). Pede para os pais seguraram o braço e coloca a 
espátula na língua e abaixa (criança maior). 
o Bebe só encosta a ponta da espátula no lábio superior que por 
reflexo ele abre a boca. 
o Escrever coisas que são observadas para passar aos pais. 
o Não manipular demais pq a criança chora mto, e com isufic resp 
causa baixa perfusão sanguinea 
 FR 40- 80 
 Criança chorando não consegue resp as 80x por min, e 
causa baixa oxigenação 
 Presença dos pais: menos no momento de pesar, se não a criança se 
joga ou a mãe segura e altera a pesagem da criança. 
o O bebe pode ser pesado tranquilamente porque ele não rola até o 
quinto mês de vida. 
Deve o exame ser sempre na presença dos pais, para diminuir ansiedade, 
deixar mais tranquila a mãe e criança. 
Problemas detectados: 
Afundamento no apêndice xifóide: insuficiência respiratória grave, porque a 
criança utiliza o abdome para respirar, o afundamento mostra um aumento do 
esforço respiratório (avaliação da FR observando o abdome em geral). 
Observar quantos vasos são encontrados no cordão umbilical. Falta de uma 
artéria pode designar má formação renal. 
 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
18 
EXAME FÍSICO 
MENSURAÇÃO DA CRIANÇA: antropômetro 
 Não tentar esticar as pernas, então deve ser mensurado com a flexão 
das pernas 
 A parte fixa do antropômetro fica na cabeça, e a móvel nas pernas 
Parte fixa na cabeça e parte móvel no pé, entretanto o bebê está com tônus em 
flexão (devido a posição fetal dentro da barriga da mãe). 
Por convenção, esse é tamanho da criança ao nascer, depois há o relaxamento 
da musculatura e torna-se mais fácil a mensuração (por isso criança cresce 3 
cm na primeira smn). 
 Perímetro cefálico: avaliado no maior diâmetro da cabeça, a 1 cm 
acima do pavilhão auricular, passando pela parte mais alta do occipital 
(microcefalia- abaixo de 32 cm). 
o Criança com aumento muito rápido pode designar hidrocefalia 
 
 Perímetro torácico: feito bem na reg mamilar, no período médio da insp 
e expiração (não pode ser inspirado nem totalmente expirado) 
o É menor que o cefálico 
 cefálico maior 2 cm em relação ao torácico e se igualam no quinto mês 
de vida. O cérebro no primeiro ano de vida cresce muito e precisa de 
espaço. O tórax cresce até atingir a simetria. 
 No 6 mês o perímetro cefálico e torácico devem se igualar, para saber 
se tem patologia 
 No primeiro ano de via até os 12 meses o cérebro da criança atinge 75% 
do tamanho da vida adulta, e ate 04 ano de vida chega a 85% 
 
AUSCULTA: 
 Estetoscópio próprio para criança (campânula menor, com proteção 
lateral). 
o Se a criança estiver chorando deve-se esperar que ela se acalme 
(chupeta com glicose para acalmar). 
 Não tem divisão típica como no adulto, pq o coração é mto pequeno, e 
deve usar esteto com campanula pequena de recém nascido. 
 Ausculta do lado direito é sempre mais intensa que a esquerda, pq o 
broncofonte direito é mais retificado e então é mais nítido no lado direito 
que o esquerdo. 
 
PERCUSSÃO 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
19 
PALPAÇÃO: com a polpa digital, não usa palma da mão como no adulto. 
 Feita com o coxim dos dedos. 
 Palpação do abdome de baixo pra cima. 
o Levanta a perninha da criança, e ela deve estar tranquila (feita no 
fim). 
o Bebe tem respiração predominantemente abdominal, então 
preciso acompanhar a respiração da criança, e não devo palpar 
na inspiração, só na expiração 
 Dificilmente ocorre palpação do baço e fígado 
o Fígado é palpável cerca de 2 cm a 2,5cm do rebordo costal 
o Baço não é palpável normalmente 
REFLEXOS: 
Reflexo tônico cervical reflexo do arqueiro 
 Viro a cabeça ela ergue a mão contra lateral 
 Feito para avaliar problemas de origem neurológica. 
Reflexos primitivos devem estar presentes 
Reflexo da pressão palmo-plantar pressiona a mão e o dedo inverte, flete 
em cima do nosso dedo 
 Reflexo de pressão  colocar o dedo na palma da mão do bebe 
 
Reflexo de busca (procura o seio da mãe) 
 Reflexo de extrusão da língua (eleva a língua) 
 Obs.: sem esses movimentos deve-se procurar uma fono. 
Reflexo da sucção ela suga tudo que coloca na boca, não é fome 
Reflexo da marcha coloca em pé e empurra pra frente (como se andasse) 
Reflexo de moro balança o neném e ele levanta as mãos em susto, 
importante para avaliar o neném 
o Reflexo de descer e subir a criança e ela abre os braços Moro 
 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
20 
Maioria dos reflexos vão até a 7 meses de idade, dp desaparecem 
 
AVALIAÇÃO DE DISPLASIA DE QUADRIL: manobra de ortolani para detectar 
 Manobras de BARLOW-ORTOLANI e ORTOLANI primeiros 15 dias 
 
 Displasia do quadril posicionamento da cabeça do fêmur para o 
acetábulo está fora de posição, e o fêmur não encaixa e da atrofia da 
cabeça do fêmur e acetábulo, se feito essas manobras detecta cedo, e 
tem como corrigir (mov de abertura e deixar a criança nessa posição por 
6 meses até o osso se encaixar), agora se não detectar por essa 
manobra após 1 meses e já é tarde para tratar 
 
 Ortolani: Cabeça do fêmur fora da posição ideal no acetábulo. 
o Recolocação da cabeça do fêmur no acetábulo – reduz a cabeça 
do fêmur 
o Positivo qnd ouve estalido – indica que a cabeça do fêmur entrou 
no acetábulo 
o Adução das perninhas, empurrando-as pra frente (dentro do 
acetábulo), então abre-se as perninhas (abdução) e ouve uma 
crepitação. Deve ser investigado. Esta é a melhor manobra. 
 O examinador segura as pernas dos lactentes de modo que seus 
polegares posicionem-se na parte medial das coxas e dos dedos na 
parte lateral das coxas do lactente. As coxas são abduzidas 
delicadamente, e o examinador aplica uma força leve nos trocanteres 
maiores com os dedos de cada mão. O examinador sentirá resistência a 
cerca de 30º de abdução e, se houver deslocamento, sentirá um estalido 
na redução do deslocamento. 
 
 Manobra de Barlow: (deslocamento) 
o Manobra é realizada ao se aduzir o quadril (trazendo em direção 
à linha média) enquanto se aplica uma pequena pressão sobre o 
joelho, direcionando a força posteriormente 
o Positiva qnd ouve o estalido indica que o fêmur saiu da 
articulação. 
o É mais chata de fazer e é menos utilizada 
 
 Manobras podem ser feita de 15 a 30 dias, pois não há correção apos 
esse período. 
 Displasia de quadril Mais comum em meninas, e normalmente quadril 
esquerda, parto pélvico. 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
22 
APARELHO GENITAL MASCULINO 
O aparelho genital masculino compreende pênis (prepúcio + glande + freio + 
corpo), bolsa escrotal, que armazena os testículos, epidídimos, cordão 
espermático, próstata e vesículas seminais. 
A uretra é uma estrutura comum aos aparelhos genital e urinário. 
 
PRÓSTATA 
 Faz parte dos órgãos genitais internos da genital masculina. 
 É uma glândula acessória da reprodução. 
o É uma parte do aparelho reprodutor masc serve para 
reprodução 
o Principal função consiste em criar um meio de transporte líquido 
adequado para os espermatozoides. 
 É atravessada pela porção prostática da uretra, em curva suave 
 Situa-se abaixo da bexiga 
 No homem adulto, o tecido glandular da próstata é constituído 
principalmente de duas glândulas fundidas em um só corpo, 
denominadas zona periférica e zona central 
o Zona periférica é onde ocorrem mais as neoplasias 
 Funciona como um compressor, que comprime uma esponja e esvazia 
todo o conteúdo do canal, por isso qndse tem mais de uma relação 
genital o conteúdo ejaculado é menor a cada ejaculação. 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
23 
 A próstata localiza-se de tal maneira que sua face posterior fica bem 
próxima do reto, o que toma possível palpá-la pelo toque retal. 
 Câncer de próstata US abdominal não serve para nada pq não vê a 
base da próstata, só o toque mesmo 
o PSA ex de sangue mostra o funcionamento da próstata, e não 
se tem ou não tumor, se tiver ele elevado pode ser por inflamação 
tb, então não é fiel para detecção de neoplasia. 
 
 Após cirurgia para retirada da próstata pode desenvolver incontinência 
esfincteriana 
o Porque o músculo é atingido durante a cirurgia 
o Se for muito conservador, para preservar o músculo, porque a 
próstata se acha muito próxima à ele, pode deixar câncer. 
URETRA 
 Compreende 3 partes: prostática, membranosa e esponjosa. 
o Na uretra prostática, deságuam os ductos ejaculatórios. 
 Na parte inicial da uretra bulbar, desembocam os ductos das glândulas 
de Cowper (bulbouretrais produzem secreção mucoide 
esbranquiçada, rica em albumina, que serve para lubrificar a uretra 
distal). 
 A uretra constitui o conduto para a eliminação da urina, estendendo-se 
do orifício interno da bexiga ao meato uretral 
 No homem tem importante participação na função sexual, pois serve 
para eliminar as secreções prostáticas e as glândulas de Cowper, além 
de ser responsável pela ejaculação do esperma 
 
 Qnd tem trauma de bacia pode rasgar a uretra, e dar uma estenose de 
uretra 
o Estenose de uretra diminuição da luz da uretra 
 Queda cavalete cai bate o escroto e ocorre estreitamento no ducto, 
urina vem passa pela próstata, passa pelo esfíncter, mas sai pouca, por 
causa de um estreitamento do ducto (estenose de uretra) – fibrose 
cicatricial 
PÊNIS 
 Formado pela raiz do pênis (parte fixa) 
o Situada no períneo 
o Composta de 3 massas de tecido erétil e uma parte livre, 
chamada corpo do pênis (tb de tec erétil) 
 3 tubos  1 esponjoso e 2 cavernosos 
o Corpo Esponjoso envolve a uretra peninana 
 É atravessado em toda sua extensão pela uretra 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
24 
 Aloja-se na parte inferior dos cavernosos 
 Envolvido pela túnica albugínea 
o Corpos cavernosos (2) envolvidos por uma membrana fibrosa 
e separados entre si por um septo são 2 que se 
intercomunicam 
 Durante ereção o sangue entra nesses tubos (corpos) e os vasos se 
contraem e o sangue não sai - mantendo a ereção 
 A ereção do pênis é um fenômeno essencialmente vascular. 
o O sangue penetra rapidamente nos espaços cavernosos através 
das artérias causando distensão dos corpos cavernosos. 
 A ereção pode ser iniciada por estímulos locais, que alcançam os 
centros lombossacros, via nervos pudendos, ou por estímulos 
puramente psíquicos nascidos no cérebro, com grande participação dos 
centros hipotalâmicos. 
 
 Trauma pode romper a cápsula do corpo cavernoso, ou face ant ou post 
(normalmente a ant), parecendo um osso quebrando 
 
GLANDULAS SEMINAIS 
 Situados acima da próstata e atrás da bexiga 
 As vesículas seminais são glândulas secretoras de um líquido 
albuminoso e alcalino, capaz de ativar os movimentos dos 
espermatozoides, graças à sua riqueza em frutose. 
 A secreção seminal, cujo pH é alcalino, protege os espermatozoides 
contra a acidez do meio vaginal durante algum tempo após o coito. 
 As vesículas seminais são produtoras de prostaglandinas - substância 
de múltiplas ações farmacológicas. 
 Suas funções são reguladas pela testosterona 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
25 
ALTERAÇÕES 
PRÓSTATA E GLANDULAS SEMINAIS 
 O exame desses órgãos é feito pelo toque retal (seminais não costumam 
ser palpáveis) 
o Próstata na face anterior do reto, logo acima, de cada um dos 
lados, as gandulas seminais, 
 Exame de Toque toca pelo reto a parte posterior da próstata. 
o Normal consistência fibroelástica 
 Se faz o PSA e está normal há menos de 5% de chance do paciente ter 
câncer de próstata. 
 
 Incontinência urinária diagnóstico clínico 
o Paciente elimina urina sem perceber e quase continuamente. 
o Observado nas manifestações completas de epispadia, em lesões 
raquimedulares e esfincterianas. 
 Retenção urinária diagnóstico é feito, basicamente, por anamnese e 
exame físico, sendo importante tentar definir o tipo de retenção e seu 
agente causal. 
o Se a próstata contrai a bexiga sofre, pq não consegue expelir a 
urina. 
 
 Hiperplasia prostática benigna 
o Causa obstrução da bexiga, porque a próstata tem 6 lobos, dois 
laterais, um anterior, um posterior, e um mediano (comissural e 
cervical), que podem obstruir o ureter e levar a um problema renal 
o A hiperplasia prostática impede o alargamento do lúmen 
uretral, a diminuição de seu comprimento e a redução da 
tensão de suas paredes contra o lúmen durante o início da 
micção, alterando completamente a urodinâmica. 
o Obstrução bexiga doente perde ureter perde massa 
renal insuficiência renal 
 
 
 Câncer de próstata externo e interno 
o Interno só percebe após o toque e PSA 
o Sistema de estadiamento TNM 
o Metástase em gânglios ilíacos e osso 
o Pede cintilografia óssea e tomo de osso para ver metástase 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
26 
PÊNIS 
Estruturas arterial e venosa do pênis 
 As artérias que levam o sangue para os espaços cavernosos - artérias 
helicinas - são ramos da artéria profunda e das artérias dorsais do 
pênis. 
o Durante a excitação elas enchem os corpos cavernosos de 
sangue. 
 As veias convergem para o dorso do pênis para formar a veia dorsal, a 
qual drena o sangue para o plexo prostático. 
o As veias que drenam o sangue que foi colocado no corpo 
cavernoso pelas artérias dorsais e profunda. 
o Durante a ereção, como os corpos cavernosos ficam cheios de 
sangue a veia dorsal se achata, e sai pouco sangue de dentro 
dos corpos cavernosos, mantendo assim a ereção. 
 
 Os nervos penianos originam-se do 2°, 3° e 4° nervos sacros, por meio 
dos pudendos e do plexo pélvico. 
 
 Doença de Peyronie fibrose idiopática dos corpos cavernosos e do 
septo que os separa 
o Fibrose ocorre na túnica albugínea dos corpos cavernosos 
o Dor à ereção e encurtamento do pênis, impedindo as vezes o ato 
sexual 
 Na hora de ereção puxa pro lado (pênis torto) 
 Curvatura do pênis se faz no sentido da lesão 
o Diagnóstico pela palpação dos corpos cavernosos sente 
presença de nódulos fibrosos 
o Tratamento é cirúrgico em casos mais graves (mas perde cerca 
de 1 cm do tamanho) ou implante de prótese peniana 
 
 Priapismo ereção prolongada e dolorosa 
o Por alta oferta de sangue (arterial), ou por problema de fuga 
desse sangue (venoso) 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
27 
o O mecanismo básico do priapismo é essencialmente vascular, 
mas as causas são várias – 
 neurogênicas, 
 infecciosas 
 traumáticas 
 hematológicas (leucemia e anemia falciforme) 
 uso de injeções intracavernosas de papaverina e 
prostaglandina. 
o Contudo, em boa parte dos pacientes, não se consegue 
determinar o fator etiológico. 
 
 Todos os tipos de tratamento para aumento peniano são todos 
picaretagem. 
 
 Fratura peniana pelo rompimento dos corpos cavernosos 
o Proveniente de trauma no ato sexual (com o pênis erétil) 
o Rompe a túnica albugínea do cavernoso e as veias de baixo 
 
 Disfunção erétil perda da capacidade vascular da ereção 
o O sangue entra e sai, não ocorre achatamento das veias 
o Diabeticos, fumantes.... 
 
 Fimose afecção na qual o orifício prepucial é tão pequeno que não se 
consegueexpor a glande. 
o Pode ser congênita (+ comum) ou adquirida 
o Adquirida de corrente de processo inflamatório acompanhado 
de edema e formação de tecido cicatricial. 
 Inflamação por infecção com cândida - má higiene 
o É precursor do câncer peniano é um fator de irritação crônica 
que conduz ao aparecimento do carcinoma do pênis 
 Carcinoma do pênis é raramente observado em 
pessoas circuncisadas na infância 
 
 Hipospádias são depressões 
o Deformidade congênita na qual a uretra se abre na face ventral 
do pênis, fora de sua posição normal, porém ao longo do seu 
trajeto. 
o É a anomalia congênita mais comum da uretra 
o Fusão incompleta das pregas ou dobras uretrais. 
o Constitui uma barreira anatômica, podendo levar a dificuldade de 
fertilização 
o Tem que suturar até os 2 anos de idade 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
28 
 Câncer peniano disseminação hematogênica e linfática 
o Morre por choque hipovolêmico 
 Rompe artéria femoral do paciente 
 
 Escroto ou bolsa testicular (não existe bolsa escrotal) 
o Bolsa cutânea que contém os testículos, os epidídimos e a parte 
mais proximal dos cordões espermáticos 
o De fora para dentro, o escroto é formado pela: 
 Pele 
 Túnica de Dartos 
 Fáscia espermática externa 
 Músculo cremaster 
 Fáscia espermática interna 
 Túnica vaginal própria. 
 
 Serve de sustentação para os testículos e tem importante papel na 
regulação da temperatura com relação ao ambiente. 
 
 Varicocele varizes do plexo panpiniforme que envolve o cordão 
espermático 
o Mais comuns no lado esquerdo veia espermática é tributária da 
renal e não tem válvulas 
 Mais comum do lado esquerdo do que direito pq a 
drenagem para a veia renal é por ângulo reto, do lado 
direito leva em ângulo obliqua a veia lombar. 
o Do lado direito a veia espermática desagua na cava 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
29 
 Toda vez que se constata varicocele direita deve-se 
pesquisar um tumor retroperitoneal 
 Se acontecer do lado direito tem que pesquisar se não tem 
obstrução 
o Leva a infertilidade 
o Precisa de cirurgia 
 Tratamento resseca as veias 
o Causa mais reversível de infertilidade se tratar volta a ser fértil 
 
 
 Distopias testiculares (criptoquirdia) 
o É o posicionamento congênito do testículo fora do escroto, por 
falha de sua migração a partir de seu local de origem embrionária 
abdominal até a bolsa testicular. 
o Pode causar esterilidade (temperatura da parede abdominal é 
mais elevada que do saco testicular) 
 
Sinais e sintomas das alterações no trato urinário: 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
30 
Alterações na micção, edema, dor, febre, alterações no ritmo urinário e no 
aspecto da urina. Sendo que as alterações são: 
 Oligúria excreção de um volume urinário menor que as necessidades 
fisiológicas, sendo a causa principal lesão renal 
 Poliúria diurese maior que 2500 ml, insuficiência renal crônica 
moderada 
 Anúria diurese menor que 100ml, obstrução das artérias renais e 
ureteres ou necrose cortical bilateral 
 Disúria dor, ardor causado por inflamações no ureter e alergias 
 Urgência necessidade incontida de ir ao banheiro 
 Polaciúria  necessidade de urinar varias vezes no intervalo de duas 
horas 
 Noctúria  necessidade de urinar durante a noite devido a perda da 
capacidade de concentrar a urina 
 Retenção urinária incapacidade de esvaziar a bexiga devido a 
obstrução no ureter 
 Incontinência eliminação involuntária da bexiga, causado por bexiga 
neurogênica 
 Piúria números anormais de leucócitos na urina, geralmente devido a 
infecções urinárias e pielonefrite aguda 
 
Aspecto normal: urina transparente, amarelada. 
Alterações são: 
 Hematúria (sangue na urina) 
 Hemoglobinúria (hemólise intravascular) 
 Mioglobubinúria (destruição muscular) 
 Porfirinúria (porfirina na urina—marrom) 
Vasectomia- não tem espermatozóide no ejaculado, mas continua ejaculando, 
sendo que problema no testículo, próstata ou vesícula seminal pode dificultar a 
ejaculação. 
Exame do testículo – palpação, sendo que se deve verificar a consistência 
deste. 
 O paciente deve estar em decúbito dorsal ou posição ortostática. 
 Verificar o tamanho, características da pele e aspectos vasculares. 
 Se o escroto estiver aderido anteriormente ao testículo diagnostico de 
goma sinfilitica e posteriormente seria tuberculose epididimária. 
 A sequência de palpação é: testículo, túnica intima, epidídimo, 
cordão espermático e anel inguinal externo. 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
31 
Varicocele dor testicular, infertilidade e manobra de Vasalva para detectar, 
visto que a veia dilata, quando se prende a respiração. 
Causas de Infertilidade: ósteo externo da uretra no local errado (hipospádia), 
testículo acima (criptoquidismo), varicocele 
Hiperplasia prostática benigna crescimento benigno da próstata, atrapalha 
saída de urina 
 Próstata é um obstáculo pra saída da urina. 
 Crescimento concêntrico da próstata interfere na excreção 
 Células renais não se regeneram devido a uma obstrução prostática 
pode se afetar células renais. 
 
Câncer de próstata- crescimento excêntrico, não interfere na ida ao banheiro. 
 Câncer só vai afetar depois de 67 anos. 
 Paciente com suspeita de câncer, este ocorre na zona periférica da 
próstata por isso, a importância do toque retal, é imprescindível 
destacar que ultrassom não detecta câncer de próstata, desde que seja 
transrretal. 
 Além disso, só o exame de sangue não serve pra substituir o toque 
porque o tumor pode estar dormente. 
 O toque depende da posição correta, da lubrificação e introdução do 
dedo por movimentos giratórios. 
 Deve-se examinar o tamanho da próstata, a consistência, o sulco 
mediano, sua mobilidade, seus contornos e sua superfície. 
 
Câncer peniano relacionado com má higiene – fimose por inflamação 
 Principal fator de mortalidade choque hipovolêmico por 
comprometimento da artéria femoral 
Fimose não exposição da glande do pênis, sendo que fimose, estenose de 
meato uretral geram um jato urinário fraco e lento. 
Priapismo- ereção persistente, prolongada e dolorosa, sem desejo sexual. 
 Pode ser causado por infecções, traumatismo, leucemia e anemia 
falciforme. 
. 
Hipospadias a uretra se abre fora daposição normal, mas dentro do trajeto 
Hemospermia presença de sangue no esperma, causado por cirrose, 
esquistossomose 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
32 
SEMIOTÉCNICA OFTALMOLÓGICA 
Todo médico deve saber fazer um exame oftalmológico básico, obtendo e 
interpretando corretamente os dados fundamentais. 
Doenças oculares podem refletir-se em outros setores, da mesma maneira que 
as de outros sistemas podem ter importantes manifestações nos olhos. 
 Exemplos: o exoftalmo (olhos saltados) sugere sempre hipertireoidismo 
o blefaroptose (Ptose palpebral olho caído) pode ser uma 
manifestação de miastenia gravis. 
 
 Observar a maneira do paciente andar (por ai já ve se tem boa visão), 
exame já inicia com a entrada do paciente 
 Ver se tem supercílio, tamanho da pupila, simetria dos olhos, cor da 
pele, abertura do olho 
 Fazer anamnese bem feita (remédios, inicio, duração...) 
 O que é importante na oftalmologia ver acuidade visual do paciente 
o A acuidade visual é testada em cada um dos olhos 
separadamente. 
o Ao se ocluir o olho que não está sendo examinado, deve-se evitar 
pressioná-lo, pois isto pode provocar distorção na imagem com 
diminuição da acuidade visual. 
o Se o paciente usar óculos, esta acuidade deve ser avaliada com a 
correção óptica.MEDIDA DA VISÃO 
OPTOTIPOS: são símbolos usados para medir a acuidade visual 
 ESCALA DE LANDOLT outro tipo de escala que tem como base um 
anel (coroa circular) incompleto, negro , que lembra um C 
o A largura do anel e a abertura é um quinto do diâmetro exterior 
o Menos usado 
 
 ESCALA DE SNELLEN Método mais usado 
o Há letras de diferentes tamanhos, equidistantes 5 cm. 
o Figuras (“E”) – tipo iletrado para adultos e crianças que não 
sabem ler 
o O paciente fica sentado a aproximadamente 6 m (20 pés) de 
distância da escala 
 Quanto mais afastado estiver o quadro, menor é a imagem 
na retina. 
 Combinando estes dois fatores, tamanho das letras e 
distância entre o paciente e o quadro, é possível 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
33 
determinar o ângulo visual mínimo que corresponde à 
melhor acuidade visual. 
o A acuidade visual normal por convenção é 20/20. 
 Se o paciente é capaz de ler somente a linha 20/30, isso 
deve ser registrado 
o A medida é feita a seis metros de distância 
o Um olho de cada vez, normalmente primeiro o direito e depois o 
esquerdo - precisa tampar o olho 
o Deve ficar sempre com o óculos pra realizar o teste 
o Uso de projetor 
ÂNGULO VISUAL (α) 
 Considera-se normal todo olho capaz de perceber separação de no 
mínimo 1 minuto de arco (sexagésima parte do grau) 
ACUIDADE VISUAL 
 A acuidade visual remota ( para longe), é realizada a 6 m, ou 20 pés de 
distância 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
34 
 20 corresponde à distância que é feito o exame 
 200  corresponde ao tamanho da letra 
 20/200 significa que a letra maior é vista a 200 pés como se estivesse 
a 20/20 
 20/20 a 20/40 considerada visão útil, acima disso já não é visão útil 
 
 20/200 6 /60 0,1 
 20/100 6/30 0,2 
 20/20 6/6 1,0 
 20/10 6/3 2,0 
Acuidade visual 
 Se uma pessoa não enxerga nenhum dos optotipos deve-se deve-se 
caminhar na sua direção até o ponto em que este consiga identificar 
quantos dedos o examinador está mostrando (acuidade visual- dedos a 
3 m). 
 SPL sem percepção de luz cegueira total 
 PL (PJ) percepção de luz, se tem ou não projeção de luz 
 M/M movimento de mão 
 C/D conta dedos (erguer os dedos e ver se o paciente sabe quantos 
tem) 
 20/400 (corresponde 6/120m)  0,05 (meio de visão) 
 20/200 (6/60) 0,1 
Biomicrospópio Lâmpada de Fenda 
 Microscópio de 400x de aumento 
1. Exame da pálpebra 
o Investiga –se a cor, textura, posição e os movimentos das 
pálpebras, além de eventual edema 
2. Exame da conjuntiva 
o Conjuntiva é uma membrana mucosa, transparente e fina, que 
reveste a esclerótica até o limbo e a superfície posterior da 
pálpebra. 
o Esclera normal tem cor branco-porcelana 
3. Exame da córnea e íris 
o A superfície corneana normal é tão regular que forma excelente 
área de reflexão, de modo que pequenas alterações são 
facilmente observadas com uma boa iluminação 
o O examinador deve avaliar, em primeiro lugar, seu tamanho 
normal é 10,6 mm (parte vertical) por 11,7 mm (parte horizontal). 
 Megalocórnea sugere glaucoma congênito, já a 
microcórnea faz pensar em rubéola. 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
35 
o Verificar opacidade, irregularidades 
o Para o exame detalhado da córnea, da câmara anterior, da íris e 
do cristalino, necessita-se da lâmpada de fenda; é um exame da 
alçada do oftalmologista 
4. Exame da câmara anterior 
5. Exame do Cristalino 
o Pequena lente transparente situada entre a íris, à frente, e o 
vítreo, atrás, presa ao corpo ciliar por um conjunto de fibrilas - a 
zônula. 
o Examinado com pupilaa em midríase (dilatada) e lâmpada de 
fenda 
o Ver deslocamento 
o Perda de transparência (catarata) 
o 
6. Exame do seio camerular 
7. Exame do vítreo anterior 
8. Tonometria de aplanação 
9. Exame do vítreo posterior 
10. Exame de retina 
OFTALMOSCÓPIO para ver o fundo de olho 
 Paciente muito jovem, de retina grossa, o fundo do olho é meio azulado 
 Parte branca papila ou disco óptico de onde sai o nervo óptio, 
cabeça do nervo óptico 
 Riscos vermelhos grossos são veias, e finos são arteríolas 
 Mácula é a região mais nobre da retina 
 
SEMIOTÉCNICA ORTOPÉDICA 
ANAMNESE 
 Identificação (idade, raça, sexo..) 
 Queixa e duração dos sintomas (características da dor) 
 História pregressa das queixas atuais 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
36 
 Interrogatório sobre outros aparelhos(digestório, respiratório) 
 Antecedentes mórbidos pessoais, familiares e hereditários 
(perguntas sobre atividade física, alimentação) 
 
 Maioria dos diagnósticos são feitos através da anamnese, por isso ela é 
fundamental 
 Paciente na maioria das vezes já chega com exames prontos, 
encaminhado por outro profissional. 
 Perguntar a queixa principal, que direciona para o problema, se é 
crônico ou agudo 
 História prévia da doença atual nessa parte destrincha mais sobre a 
principal queixa, principal problema 
o Normalmente a procura por atendimento na ortopedia é por dor 
ou deformidade 
 Principal sinal e sintoma da ortopedia dor e deformidade 
 A consulta não deve ser prolongada, a anmnese deve ser direcionada, o 
que diminui muito o tempo 
 História da pratica de exercícios é muito importante. 
EXAME FÍSICO 
Inspeção estática O exame físico começa sempre com a inspeção estática 
do paciente (paciente em pé com menor quantidade de roupa possível) 
Observa atrofias, aumento de volume, assimetria do tronco, hipertrofias 
 Simetria corporal (ombro mais alto que o outro, sifotico) 
 Deformidades (joelho valgo ou varo, atrofias, lesões dos tornozelos ou 
desvio lateral da coluna vertebral – alteram a marcha (inspeção 
dinâmica)) 
 Posições viciosas 
 Lesões cutâneas 
 Atitudes 
Inspeção dinâmica 
 Marcha 
o Observa a marcha, o tipo de marcha, as fases da marcha (fase de 
apoio, balanço....) cada fase pode ter uma alteração. 
Palpação 
 Informações subjetivas e objetivas 
 Palpação é fundamental, deve-se palpar grupos musculares, 
articulações, 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
37 
 Palpação dá sinais subjetivos e objetivos, se é dolorosa ou não, móvel, 
consistência. 
 Deve incluir tecidos adjacentes ao osso. 
 Observar: 
o Aumento de volume 
o Consistência 
o Formato 
o Localização 
o Tamanho 
o Relação com os tecidos moles 
o Sinais flogísticos (dor, edema, calor, rubor) 
Mensuração 
 Sempre comparativa, podendo ser circunferencial (hipertrofia ou 
atrofia) e longitudinal 
o Pra fazer mensuração longitudinal do membro inferior usa ponto 
de referencia proximal o trocanter maior, mas não é um ponto 
preciso, então usa espinha ilíaca como ponto de referência 
o Medida circunferencial tb é comparativa, e escolhe o local que 
quer medir 
 Diferenças entre membro inferior são necessários de verificação 
(escanograma) 
o A verdadeira mensuração só é feita com escaneograma  coloca 
uma régua de ferro e radiografa todo o membro (em várias 
tiradas) e mede, ou de forma digital, e no próprio comp o 
radiologista mede. 
Mobilidade passiva 
 Eixo sempre na articulação 
 Amplitude de movimentos 
o Amplitude articular toda articulação tem uma amplitude normal 
 Precisa conhecer de cada articulação 
o Muitas patologias do quadril limitam rotação interna do quadril, 
por isso precisa saber como se faz. 
o Articulação do ombro (manguito rotador) dor irradia para braço 
o Articulação do quadril  dor irradia para permas e joelho 
 Bloqueio na extensão (ex: -20 para extensão) 
o Extensãovai de 0 ate o máximo, qnd falta 20 grauspra chegar 
na extensão total (0), fala menos 20° 
o Paciente com dor perde um pouco da extensão ativa (que ele 
mesmo faz), mas mantem a passiva (profissional que faz) 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
38 
Exame ortopédico nunca pode terminar sem o exame neurovascular 
precisa ver como está perfusão, está perfundindo bem? 
o Temperatura da perna, ver se é ortopédico ou vascular 
Mobilidade ativa (médico pede e paciente executa) : 
Amplitude e força muscular (0 a 5) 
 0 - sem contração nenhuma 
 1 - com contração mas sem movimento 
 2 - com movimento mas não vence a gravidade 
 3 - não vence resistência, mas vence gravidade 
 4 - vence resistência, mas não é uma força normal 
 5 - é uma força normal 
Manobras especiais 
 São testes com atos específicos utilizados para evidenciar lesões 
determinadas. 
 A maioria das patologias ortopédicas tem manobras especiais para 
diagnóstico 
o Teste da síndrome do túnel do carpo se comprimir a região 
por um tempo e o paciente falar que tem formigamento 
(parestesia) no nervo mediano 
o Confirmação por eletroneuromiografia (exame para ver lesão 
muscular) 
Informações adicionais 
 espasmo muscular pode ser detectado imobilizando um músculo e 
mexendo outro adjacente. 
 escoliose idiopática (sem causa aparente) típica do adolescente, 
escoliose postural (devido a uma perna mais curta que a outra por 
exemplo, sendo a escoliose compensatória). 
o Na escoliose, pode-se realizar um teste e há observação que um 
lado fica mais alto que outro (manobra de Adams). 
o Maioria das escolioses estão associadas a retificação da cifose 
torácica, diminuindo a capacidade respiratória. 
 Teste para ligamento cruzado rodar a perna internamente e fletir o 
joelho, (sente uma parada brusca). 
o Na lesão de cruzado o diagnostico é clinico. 
 Lesão de menisco sentida no espaço articular (falseia, sente algo que 
sai do lugar) 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
39 
Exames complementares 
 Os exames subsidiário são para auxiliar o diagnóstico 
 Exames de imagem  são os mais utilizados 
o Radiografia 
 É fundamental 
 Pedir 2 incidências para mudar ângulo e diminuir 
sobreposição - RX de frente e de perfil 
o Tomografia Computadorizada 
 Excelente para tecido ósseo, pobre para tecido mole 
 Ótimo para traumas 
o Vantagens em relação ao RX: 
 Possibilidade de imagem tridimensional, 
 Medida precisa do coeficiente de atenuação tecidual 
(possibilitando distinguir entre estruturas diferentes) 
 Natureza não invasiva 
 Quase sempre diminuição da exposição à radiação. 
o Ressonância Magnética 
 Melhor para ver tecidos moles (articulações) - dá detalhes 
 Pode ser usada para o diagnóstico de alterações 
osteoarticulares 
o Ultrassonografia 
 Usado para tecidos moles 
 Alterações de partes moles, sobretudo 
periarticulares 
 É um método inócuo, rápido e econômico 
 Ótimo para ver musculo, ligamento, tendão, articulação (vê 
derrame articular) 
o Cintilografia óssea 
 Usa contraste fosforo com tecnécio, é inespecífico, é 
usado para estadiar (detecção de metástase, tumores, 
avaliação de traumas...) 
o Eletromiografia para ver lesão muscular 
o Artroscopia para diagnóstico e para cirurgia. 
 Quando não se chega ao diagnóstico por outros meios 
 Recurso no diagnóstico e tratamento de lesões traumáticas 
do joelho, pode ser utilizada nas afecções mono articulares 
dessa articulação, possibilitando biopsia dirigida. 
 Exames laboratoriais pouco usados em ortopedia 
o São exames inespecíficos 
o Mais em suspeita de infecções 
 Hemograma 
 Velocidade de hemossedimentação 
 Fator reumatoide 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
40 
 FAN (fator anti-núcleo) 
 Ácido úrico (gota) 
 Dosagem o cálcio e do fósforo séricos e urinários 
 Aumento da atividade osteoclástica com o 
consequente aumento da calcemia 
 Ou perda de cálcio elevada pela urina 
 Fosfatase alcalina e ácida 
 Para avaliar e monitorar o grau de neoformação 
óssea e proliferação osteoclástica 
SEMIOTÉCNICA NEUROLÓGICA 
Quando estamos diante de um paciente, precisamos seguir algumas etapas 
para chegarmos ao diagnóstico: 
 4 passos para se chegar ao diagnóstico neurológico 
 
1- Reconhecer função comprometida 
a. Verificar se há uma função neurológica comprometida 
b. Depende de uma boa história e um bom exame neurológico 
 A primeira etapa para se chegar ao diagnóstico é reconhecer se há 
alguma função comprometida, e isso se dá através de uma boa 
anamnese e um bom exame neurológico 
 Essa é a etapa mais importante do processo diagnóstico em neurologia 
 
2- Identificar o local do Sistema Nervoso que foi afetado 
a. Depende do conhecimento de neuroanatomia 
 
3- Definição da etiologia mais provável – hipóteses diagnósticas 
a. Depende do conhecimento das doenças e como elas podem se 
manifestar 
 
4- Métodos complementares 
 Se começar direto por métodos complementares a possibilidade de 
erros no diagnóstico é muito maior 
 Ex: Paciente com cefaleia com características de migrânea (enxaqueca 
diagnóstico é só clinico), realiza Eletroencefalograma (EEG) que 
evidencia a presença de distúrbio epileptifome. A paciente não tem 
epilepsia!! 
o Muitas vezes enxaqueca rece o diagnóstico de uma doença 
desmielinzante por alterações do exame de imagem, mesmo que 
ela nunca tenha apresentado quadro clínico compatível com 
doença desmielinizante. 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
41 
Caso clínico: 
Sexo masculino, 25 anos. Ao despertar notou fraqueza em membro superior 
direito de predomínio distal, associada a hipoestesia no mesmo. 
 Hipóteses diagnósticas 
 Déficit focal de início súbito 
 Comprometimento do sistema nervoso central – AVE? 
 Comprometimento do sistema nervoso periférico – Neuropatia aguda 
compressiva? 
Precisa saber diferenciar um comprometimento central de um periférico, para 
poder direcionar melhor o diagnóstico: 
 Comprometimento central: 
o Além da fraqueza em MSD: 
 Desvio de rima para esquerda 
 Fraqueza em MID 
 Alteração da linguagem - afasia 
o Histórico de cardiopatia, vasculites 
o Exame físico 
 Hipertonia, hiperreflexia, sinal de Babinski (reflexo plantar). 
 
 Comprometimento periférico 
o Na noite anterior, ingesta excessiva de bedida alcoolica, dormiu 
sobre o MSD. 
o Exame físico 
 Comprometimento de grupamento muscular específico 
 Alteração sensitiva em território nervoso específico 
 Hipotonia, hiporreflexia. 
 
 Áreas associativas estão localizadas junto às áreas corticais 
primárias. 
o Aprimoram a função das áreas corticais primárias. 
 Córtex pré-motor (área 6) planeja o movimento que será executado 
pelo cortex motor primário (executa o movimento) (área 4) 
o O córtex pré-motor armazena processos motores aprendidos. 
 
 O movimento é realizado pela coordenação de dois sistemas – sistema 
piramidal e o sistema extrapiramidal. 
o O sistema piramidal é o responsável pela motricidade 
voluntária. 
 
 O trato córtico-espinhal une o córtex motor cerebral aos neurônios 
motores da medula espinhal. 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
42 
 O trato córtico-nuclear une o córtex aos motoneurêuronio dos núcleos 
dos pares cranianos. 
FRAQUESA NMS (central) E NMI (periférico) 
 
Sinal de Babinski sinal reflexo plantar patológico, com extensão do hálux 
 Indica lesão neurológica 
 
RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO 
 História clínica e exame físico – um depende do outro 
o Coleta da história é uma arte 
o Anos de aperfeiçoamento 
o Cada paciente tem uma maneira diferente de se expressar. 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA43 
 História – Diagnóstico em 76-82% 
o A história isoladamente é responsável por 76-82% dos 
diagnósticos em neurologia. 
 Exame físico 
o Estreitar relação médico-paciente; 
o Complementa história (história clínica + exame físico) – 
acurácia diagnóstica – 90% 
o Exame físico isoladamente foi capaz de diagnosticar 1% dos 
casos 
ANAMNESE 
 Deve ser paciente e bem conduzida 
 Pode-se deixar o paciente falar livremente de 5-10 min sem interromper 
 Em alguns casos o paciente precisa de maior intervenção – anamnese 
dirigida 
o Pacientes com queixas múltiplas, vagas 
o Importante excluir informações irrelevantes 
 “Tenho essa dor há anos. Fiz uma ressonância e o neuro 
da minha cidade falou que era uma veia entupida...” 
o E as características da dor? Instalação, localização, fatores 
desencadeantes, sintomas relacionados. 
 
 Determinar um sintoma predominante no quadro clínico 
o Queixa motora 
o Queixa sensitiva 
 Dor – inclui cefaleia 
 Modalidades sensitivas gerais 
 Modalidades sensitivas especiais 
o Queixa relacionada à coordenação e equilíbrio 
 Tontura 
 Dificuldade de marcha 
o Sintomas paroxísticos 
 Síncope 
 Crises epilépticas 
o Queixa relacionada a funções mentais superiores 
 Memória, comportamento, função executiva 
o Em algumas ocasiões, o acompanhante dará mais 
informações do que o paciente. 
 Epilepsia, declínio cognitivo 
 
 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
44 
 Início e progressão dos sintomas 
o Ictal, agudo, crônico 
 EX: Cefaléia 
 Jovem com cefaleia recorrente e com mesmas 
características 
 Adulto jovem com cefaleia que atingiu o máximo da 
dor em 1 hora 
o Piora contínua, em degraus 
o Doença monofásica, com melhoras e recaídas 
 
 Sintomas associados 
o Queixa relacionada à motricidade, mais queixas sensitivas 
relacionadas. 
 
 Queixas motoras, sensitivas 
o Qual o segmento acometido 
 Cranial, bulbar, cervical, membros. 
 Sintomas unilaterais ou bilaterais. 
 Simétricos ou assimétricos. 
 Predomínio distal ou proximal 
 
 Coordenação e equilíbrio 
o Sintomas são piores com os olhos fechados? Queixas sensitivas 
associadas? 
o Disartria? Diplopia? 
 
 Perda da consciência paroxística 
o Episódios estereotipados? 
o Sugerem crises epilépticas? 
o Importante a presença do acompanhante. 
 
EXAME FÍSICO 
 O exame neurológico é extenso 
 Inclui: 
o Motricidade 
o Sensibilidade 
o Equilíbrio e marcha 
o Nervos cranianos 
o Neuropsicológico 
o Sinais meníngeos 
 Com a ênfase dada dependendo de cada caso 
 Não existe uma sequencia por onde começar o exame e como guia-lo. 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
45 
MOTRICIDADE 
 Motricidade voluntária 
o Movimentos ativos 
o Força muscular 
 Manobras deficitárias 
 Avaliação por grupamento muscular 
 Motricidade passiva – Tônus 
 Reflexos 
o Superficiais 
o Profundos 
 Movimentos involuntários 
MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA – Força muscular 
1- MANOBRAS DEFICITÁRIAS 
 Manobras específicas para determinar déficit 
 São mais rápidas e superficiais 
 
 MMSS: Braços estendidos, Raimiste 
 MMII: Mingazzini, Barré 
o Avaliação mais rápida – suspeita de AVE 
Manobra de braços estendidos 
 1 minuto 
 Membro parético (paresia – perda parcial de motricidade) apresenta 
oscilações e tende a baixar-se lentamente e progressivamente. 
o Útil para avaliar, além da fraqueza, distúrbios de movimentos, 
alterações cerebelares, vestibulares. 
o Alguns autores consideram tal prova como Manobra deficitária de 
Mingazzini de Membros superiores 
 Complementa o estudo com motricidade voluntária 
Manobra de Raimiste 
 Decúbito dorsal, braços apoiados no leito fletidos a 90º, palmas voltadas 
umas para as outras. 
 Na fraqueza de predomínio distal, evidencia-se inicialmente a queda dos 
dedos, seguido por mão e antebraço. 
Manobra de Mingazzini 
 Decúbito dorsal. 
 Flete as pernas em ângulo reto sobre as coxas e estas sobre a bacia. 
 Se déficit, tal posição não se mantém por muito tempo, sofrendo 
oscilações ou queda 
o Perna – quadríceps 
o Coxa – Psoas 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
46 
o Ambos – quadríceps e Psoas 
Manobra de Barré 
 Décúbito ventral. 
 Pernas fletidas formando um ângulo reto com as coxas. 
 Déficits – oscilações e quedas. 
 
2- AVALIAÇÃO POR GRUPAMENTO MUSCULAR 
o Quando tem queixa específica 
o É mais refinada 
 Refina a avaliação da motricidade voluntária 
o Ex: Pé caído para um dos lados: 
 Radiculopatia L5 
 Neuropatia do fíbular 
Radiculopatia L5 
 Fraqueza do tibial anterior (flexão dorsal), fibular longo (eversão), tibial 
posterior (inversão) 
Neuropatia do fibular 
 Fraqueza do tibial anterior (flexão dorsal), fibular longo (eversão). 
 
Avaliação da força – segmentos 
 Cervical 
o Flexão, extensão, flexão lateral e rotação do pescoço 
 Braquial 
o Abdução do ombro, flexão e extensão do antebraço, flexão e 
extensão do punho, preensão palmar, abdução dos dedos 
 Crural 
o Flexão e extensão da coxa, perna, pé e hálux. 
Como graduar a força – Escalas de força 
Medical Research Council (MRC) 
 0  nenhuma contração 
o “Não vejo contração muscular” 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
47 
 1  esboço de contração 
o “Vejo contrair o músculo mas não exerce movimento” 
 2  Move a articulação se a gravidade é eliminada 
o “Movimenta a articulação sobre o plano da maca – não vence a 
gravidade” 
 3  Move a articulação – vence a gravidade 
o “Vence a gravidade, mas não vence resistência” 
 4  Vence a resistência 
o 4 -  Vence pequena resistência 
o 4  Vence resistência moderada 
o 4+ Vence resistência forte 
 5  Força normal 
Classificação dos déficits motores 
 Plegia  déficit total da função (ausência total de movimento) 
o MRC 0 e 1 
 Paresia déficit parcial da função 
o Mono – um membro afetado 
o Hemi – Dimídio (lado do corpo) afetado 
 Diparesia ou diplegia  paralisia de segmentos simétricos. 
o Pode afetar face, membros superiores e membros inferiores. 
 Paraparesia ou paraplegia fraqueza de membros inferiores 
 Tetraparesia ou tetraplegia  paralisia dos 4 membros. 
 
MOTRICIDADE PASSIVA – TÔNUS 
 Estado de tensão permanente dos músculos. 
o É a resistência reflexa que se opõe à distensão dos músculos. 
o Fácil de examinar e difícil de avaliar – exames repetitivos. 
o Paciente tenso – resistência voluntária ao movimento passivo. 
 Exame – paciente relaxado, em decúbito dorsal. 
o Inspeção 
o Palpação 
o Mobilização passiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
48 
Mobilização passiva 
 Em condições anormais, pode estar aumentado (hipertonia) ou 
diminuído (hipotonia) 
 Hipertonia se divide em 
o Elástica – Espasticidade 
 Secundária à comprometimento do trato piramidal 
 Resistência inicial com facilitação posterior Sinal do 
canivete 
 Velocidade dependente aumenta com o aumento na 
velocidade do movimento passivo 
 Predomina nos músculos flexores (MMSS) e extensores 
(MMII) 
 Resulta na postura de Wernicke-Mann 
 Predomina nos músculos distais 
 
o Plástica – Rigidez 
 Comprometimento do trato extra piramidal 
 Durante toda a amplitude do movimento apresenta, de 
maneira alternada, resistência e facilitação do 
movimento  Sinal da Roda denteada 
 Doença de Parkinson, impregnação por neurolépticos 
REFLEXOS 
 É uma das etapas mais importantes do exame neurológico 
 Pode ser obtido em crianças, pacientes confusos, torporosos ou 
inconscientes. Dois grandes grupos 
o Musculares ou profundos 
o Cuteneomucosos ou superficiais 
Reflexos profundos 
 São avaliados através da percussão tendínea. 
o Martelo de percussão 
 Estímulo no ponto certo e velocidade adequada 
o Estiramento súbito dos receptores musculares aferentes de 
tração 
 Limiar varia individualmente 
 Paciente deve estar o mais relaxado possível. 
o Contração excessiva bloqueia o reflexo. 
 Manobra de Jendrassik – facilita a avaliação do reflexo. 
o Pede pro paciente segurar as mãos, fazendo tração com os 
dedos, que distrai e facilita avaliação do reflexo 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
49 
 Respostas 
o Abolido = 0 
o Diminuído = + 
o Normal = ++ 
o Vivo = +++ 
o Exaltado = ++++ 
 Toda assimetria é anormal. Nem toda simetria é normal 
 Podem ser avaliados em segmento cranial, membros superiores e 
inferiores 
 
 Biciptal 
o Reposta adequada – flexão do antebraço. 
o Nervo musculocutâneo; Raíz de C5 e C6 
o Paciente sentado, com o médico segurando o tendão do bíceps 
 
 Triciptal 
o Resposta adequada – extensão do antebraço. 
o Nervo radial; Raízes de C6-C7-C8 
 
 Estiloradial 
o Resposta – flexão com supinação do antebraço. 
o Nervo radial; Raízes de C5 e C6 
 
 Patelar 
o Resposta adequada é a extensão da perna por contração do 
quadríceps. 
o Nervo femoral; Raízes L3 e L4 
 
 Aquileu 
o Ligeira flexão dorsal. 
o Nervo tibial; Raízes S1 e S2 
 
 
Reflexos Superficiais 
 São obtidos em resposta a estímulo cutâneo ou mucoso 
o Representa mecanismo de defesa 
 Podemos avaliar os reflexos superficiais 
o Extremidades superiores 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
50 
o Abdome 
o Extremidades inferiores 
 
Reflexo palmomentoniano 
 Ao estímulo tátil na região palmar - tênar, ocorre contração do mento e 
porção do músculo orbicular da boca. 
 Pode ser encontrado em indivíduos normais. 
o Quando assimétrico conota lesão em lobo frontal ou 
comprometimento cortical difuso. 
 
Reflexo cutâneo abdominal 
 Estímulo mecânico da pele do abdômen, por toque leve, provoca 
contração visível dos músculos abdominais, resultando em desvio lateral 
do umbigo. 
 Estímulos 
 Supraumbilical – T7-T8-T9 
 Umbilical – T9-T10 
 Infraumbilical – T11 – T12 
o Abolido nas lesões medulares dos respectivos segmentos 
o Abolição transitória em lesões encefálicas contralaterais. 
 Finalidade do reflexo é proteger órgãos abdominais de qualquer injúria 
externa. 
 Normalmente ausente – primeiro ano de vida, idosos, obesos, paciente 
com abdome flácidos, em avental, submetidos a lipoaspiração. 
 
 
 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
51 
Reflexo cutâneo plantar 
 É o reflexo superficial mais importante! 
 Estímulo plantar com objeto de ponta romba, passando pela borda 
externa, desde o calcanhar até a porção média dos metatarsos e base 
do hálux. 
 Respostas 
o Sem resposta – neuropatias, síndromes cordonais posteriores 
o Flexão - normal 
o Extensão – Sinal de Babinski – lesão no SNC 
 
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS 
 Na maioria das vezes, os transtornos de movimento são secundários a 
lesões nos gânglios da base (sistema extrapiramidal). 
 Contudo, podem ocorrer por comprometimento de outras estruturas do 
sistema nervoso central – sistema piramidal, cerebelo ou periférico. 
 Podem ser positivos (hipercinesias) ou negativos (hipocinesias, 
bradicinesias) 
Tremores 
 Oscilações rítmicas, involuntárias. 
 Resultam de contração alternada de grupos musculares opostos – 
agonistas e antagonistas. 
 Envolvem todo ou parte do corpo. 
 Importante avaliar 
o Ritmo, amplitude, frequência, local 
o Circunstância de aparecimento 
 Repouso – aparece com o relaxamento muscular quase 
completo 
 Ex: Parkinson 
 Tremor de ação 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
52 
 Postural – depende da manutenção de uma atitude 
corporal. Quando há o tônus de postura 
 Cinético – Aparece no decurso do movimento. 
 Tremor em movimento por medicamento 
o Influência de estímulos externos – frio, emoção, medicamentos. 
SENSIBILIDADE 
MODALIDADES SENSITIVAS 
Modalidades gerais 
 Dor 
 Temperatura 
 Tato 
 Vibração 
 Posição segmentar (propriocepção) 
Classificação de Sherrington 
 Sensibilidade exteroceptiva 
o Diz ao organismo o que está ocorrendo no meio ambiente 
 Sensibilidade proprioceptiva 
o Nos fornece informação a respeito da tensão nos músculos e 
tendões ou 
o Posição das articulações ou a respeito da força muscular. 
Fibras sensitivas 
 Finas – pouca mielina/sem mielina 
o Sensibilidade superficial 
 Fibras grossas – ricas em mielina 
o Sensibilidade profunda 
Informações chegam no corno posterior (aferente), e saem pelo anterior 
(eferente) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
53 
 
Alteração de sensibilidade 
Dor e temperatura 
 Dor, temperatura chegam no corno posterior, as fibras cruzam, e vão 
para SNC (tálamo giro pós) trato espinotalâmico lateral 
 Sistema nervoso central - Via espinotalâmica 
 Via espinotalâmica lateral cruza a linha média e se direcionam ao 
tálamo. 
o Do tálamo vão até o giro pós central; 
o A via espinotalâmica anterior também cruza a medula, 
anterioremente. 
 Lesão na medula causa perda da sensibilidade contralateral. 
 Sistema Nervoso Periférico – fibras finas 
 
Vibração e posição segmentar 
 Vibração e pressão, toque, propriocepção chegam no corno 
posterior, não cruzam, e vão direto para o tálamo e córtex cerebral 
colunas posteriores 
 Tato de pressão as fibras cruzam, e vão para SNC  trato 
espinotalâmico anterior 
 Sistema nervoso central: Cordão posterior – fascículo grácil e 
cuneiforme 
o Fibras que não cruzam 
 Fibras “cruzam” a nível do bulbo. 
o Lesão abaixo do bulbo, perda da modalidade sensitiva ipsilateral 
à lesão. 
o Lesão acima do bulbo, perda da modalidade sensitiva 
contralateral à lesão. 
 Sistema Nervoso Periférico – fibras grossas 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
54 
 
SEMIOTÉCNICA 
 Paciente deitado confortavelmente, com os olhos fechados. 
 Comparar áreas simétricas, porção proximal e distal. 
Sensibilidade exteroceptiva 
Dolorosa, térmica e tátil 
 Tátil 
o Toque leve – chumaço de algodão, polpa digital, pincel com pelos 
finos. 
o Sem provocar pressão no tecido subcutâneo. 
 Dolorosa 
o Ponta de palito de madeira. 
 Térmica 
o Tubos de ensaio contendo água quente (40-45ºC) ou fria (5-10ºC) 
o Acima ou abaixo disso – sensibilidade dolorosa. 
Proprioceptiva 
 Batiestesia – percepção de posição segmentar 
 Palestesia – percepção de estímulo vibratório 
Posição segmentar - Batiesteria 
 Senso de movimentação articular – depende de impulsos originados no 
movimento das articulações ou encurtamento muscular. 
o Movimenta a articulação do paciente 
 Olhos fechados, dedos relaxados e sustentados lateralmente com a 
menor pressão possível. 
 Se abolidos nos dedos – avaliamos articulações maiores. 
 
LÍGIA LAVEZO FERREIRA 
55 
Percepção Estímulo vibratório- Palestesia 
 Capacidade de perceber estímulo vibratório quando colocamos diapasão 
de 128Hz sobre proeminências ósseas. 
o Profunda - sensibilidade 
 Proeminências ósseas – maléolos, tíbias, patelas, cristas ilíacas, 
processos estiloides do rádio e ulnar, clavículas. 
 Percepção vibratória e quando o instrumento para de vibrar. 
Guilan Barré perde sensibilidade profunda, pq atinge fibras grossas 
Receptores profundos que manda a inf do SNC onde está a posição do Halux

Outros materiais