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PATOLOGIA - degenerações celulares; cicatrização e reparo

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Degenerações celulares – lesões, acúmulos e morte celular.
Uma célula normal, ao receber um estimulo nocivo sofre uma lesão celular, que pode ser reversível (degenerações) ou irreversíveis (necrose e apoptose). Uma lesão reversível pode tornar-se uma lesão irreversível, a partir de um ponto de não-retorno, onde pode haver perda da permeabilidade seletiva, dano permanente a mitocôndrias e danos ao DNA.
A lesão pode ser causada por injurias físicas (choques, traumas, variação de temperatura), químicas (agente estimula a inflamação), infecção, hipóxia/anóxia, sistema imune e etc.
As degenerações são lesões reversíveis decorrentes de alterações bioquímicas que resultam no acumulo e sustâncias no interior da célula. Esse termo restringe a alterações morfológicas das células (não incluindo as alterações do interstício), e são agrupadas de acordo com a substancia acumulada: acumulo de água e eletrólitos, acumulo de ptn, acúmulo de lipídios, acúmulos de carboidratos.
Degenerações hidrópicas: acumulo de água e eletrólitos. É o tipo de degeneração mais comum. Pode ser uma degeneração vacuolar, degeneração granular (aspecto granuloso do citoplasma), tumefação turva (células tumefeitas são mais turvas, fica + escura) e degeneração acidófila.
Degeneração hialina: o material acumulado é proteico, por isso há uma birrefringência. A proteína pode vim do citoesqueleto da célula, vírus ou endocitose. Geralmente ocorre a condensação de filamentos intermediários, acumulo de material de origem virótica e proteínas endocitadas.
Exemplo: corpúsculo hialino de Mallory, onde há a condensação de filamentos do citoesqueleto por ação tóxica do álcool nos hepatocitos (hepatite não alcoólica, cirrose, carcinoma hepatoceluçar). O mecanismo de formação é através de radicais livres que atuam na citoqueratina do esqueleto induzindo sua peroxidação.
Exemplo 2: corpúsculos de Russel, que são gotículas hialinas (imunoglobulinas em plasmocitos), é uma inflamação crônica (por isso tem plasmocito que produz ptn que se acumula no citoplasma), eosinofilicos, e costumam ser vistos em pares, trios ou pequenos cachos, e quando a célula morre esses corpúsculos são liberados.
Exemplo 3: corpúsculos hialinos de Councilman e Rocha Lima, onde temo fragmentos dos hepatocitos mortos (mas o tecido é vivo).
Esteatose: deposição de gorduras (mono, di ou triglicerídeos) no citoplasma de células que não as armazenam. Comum em fígado, epitélio tubular renal e miocárdio. Pode ter causas dietéticas, onde dietas ricas em gorduras, hipercalóricas ou ricas em colesterol aumentam o suprimento de gorduras para o fígado, e na desnutrição ocorre um aumento da mobilização de gordura dps depósitos para aproveitamento energético, causando acumulo no hepatócito, pela carência protéica; causas tóxicas, onde atuam modficando o metabolismo celular, causando defeitos na síntese e/ou secreção de lipoproteínas; ou por causas anóxicas, onde provocam a diminuição do fornecimento de oxigênio, com diminuição da capacidade de oxidação dos ácidos graxos e diminuição do fornecimento de energia necessária para a síntese protéica do hepatócito. Inicialmente, o acumulo de gordura é dentro de vesículas (esteatose microvesicular), mas depois essas vesículas se unem e leva o núcleo para a periferia (esteatose macrovesicular). As conseqüências da esteatose são: ruptura dos hepatócitos formando lagos de gordura, inflamação, fibrose, embolia gordurosa e insuficiência hepática.
Lipidose: acumulo intracelular de outros lipídios que não triglicerídeos, mais complexos, como colesterol e seus ésteres. 
Arterosclerose: deposito de colesteróis na intima de artérias e no interior de macrófagos e cels. musculares lisas. O LDL é um corpo estranho dentro do vaso então o macrófago espumoso ativa a inflamação, e as células musculares passam a fagocitar também, virando espumosas.
Xantomas: aparecem em condições de hipercolesterolemia, são lesões na pele, sobre placas ou nódulos amarelados. Microscopicamente são acúmulos de macrófagos espumosos repletos de colesteros.
Glicogenoses: doenças genética caracterizadas pelo acumulo de glicogênio nas cels do fígado, rins, músculos esqueléticos e coração. Ocorre por deficiências enzimáticas e disponibilidade excessiva de glicogenio (diabetes Mellitus).
Necrose: morte celular ocorrida em organismo vivo por fenômenos de autólise, que causa destruição celular e ruptura da membrana celular. Nem toda morte celular é precedida de lesões degenerativas.
NECROSE: temos perda da integridade da membrana, floculação da cromatina, inchaço celular seguido de lise, lise completa sem formação de vesículas e desintegração das organelas. APOPTOSE: sem perda da integridade da membrana, agregação da cromatina a membrana celular, encolhimento celular, formação de vesículas com membrana (corpos apoptóticos) e sem desintegração das organelas.
Podem ser causadas por infecções, respostas imunitárias, lesões físicas (variação de temp, radiações) e principalmente por hipóxia e anóxia. 
Como alterações citoplasmáticas celulares, pode haver formação de ácido lático, caindo o pH. Com a acidificação do citoplasma há o desaclopamento dos ribossomos, desintegração dos polissomos, a proteólise parcial que expõe um grande numero de radicais livres acídifilicos nas moléculas citoplasmáticas. As alterações células fazem diminuir a síntese protéica. Com a queda do pH há o desprendimento dos ribossomos do RER, o que diminui a produção de proteínas. Há também o edema celular, tumefação do reticulo endoplasmático, alterações do citoesqueleto e alterações funcionais da mitocôndria. 
A necrose faz com que ocorra alterações citoplasmáticas celulares, como picnose (condensação da cromática dentro do núcleo, devido ao pH baixo), cariorexe (fragmentação do núcleo, tb por causa do pH baixo) e cariólise (o núcleo some, devido ao Ph baixo). Histologicamente podemos perceber eosinofilia, aparência vítrea, ascepto corroído, calcificações e saponificações.
As necroses podem ser de coagulação ou isquêmica, necrose de liquefação, necrose caseosa e esteatonecrose (necrose gordurosa).
NECROSE DE COAGULAÇÃO OU ISQUEMICA: geralmente ocorre devido a acidose intracelular ocasionada pela morte celular. Essa acidose desnatura as proteínas estruturais e as enzimas, bloqueando assim o processo de proteólise. Macroscopicamente aparece uma necrose isquêmica, área esbranquiçada, região saliente e um halo avermelhado. Microscópicamente, o citoplasma tem aspecto coagulado (acidófilo e granuloso), tem alterações celulares, e inicialmente, os aspectos básicos do tecido se mantem, e tardiamente são perdidos. A isquemia diminui a síntese de ATP, fazendo com que a cel passe a fazer glicolise anaeróbica, portanto produz acido que cai o pH, assim as ptns são desnaturadas, mas a estrutra se mantem, apesar de alterada.
Uma região necrosada pode voltar a se regenerar dependendo do tamanho da região necrosada, do tecido necrosado e manutenção do arcabouço tecidual.
NECROSE DE LIQUEFAÇÃO: é uma zona necrosada com consistência mole, semifluida ou liquefeita. Muito comum no tecido nervoso e supra renal. Causada por uma grande quantidade de enzimas lisossômicas de leucócitos inflamados; ocorre principalmente devido a infecção bacteriana, o tecido perde sua estrutura, e quando o tecido nervoso central morre sofre uma liquefação.
NECROSE CASEOSA: macroscópicamente se parece com uma massa de queijo, microscopicamente há uma transformação das células necróticas em uma massa homogenia (acidófila, periferia –nucleos pcnoticos e cariorexe), AS CÉLULAS PERDEM TOTALMENTE SEUS CONTORNOS E DETALHES ESTRUTURAIS. Tem uma destruturação acidófila e uma massa s/ contorno celular que não é fagocitada, virando uma inflamação granulomatosa.
ESTEATONECROSE: é a necrose enzimática do tecido adiposo, onde ácidos graxos sofrem processo de saponificação na presença de sais alcalinos, criando um deposito esbranquiçados (pingos de vela). Há morte celular principalmente próximo ao pâncreas, que libera enzimas digestivas que destrói adipócitosformando ácidos graxos que associados com Ca da necrose saponifica.
A necrose pode evoluir para uma regeneração, dependendo do seu tamanho, manutenção do seu arcabouço e do tecido necrosado. Na regeneração os restos celulares são reabsorvidos e há liberação de fatores de crescimento (células vizinhas e leucócitos exudados), causando a replicação das cels parenquimatosas.
A necrose também pode gerar uma cicatrização, onde há substituição por tecido cicatrical, limpando o tecido necrótico e proliferando fibroblastos, originando um tecido conjuuntivo vascularizado neoformado a partir do tecido vizinho não lesado.
Pode também ocorrer o encistamento, que ocorre em necrose volumosa onde tem fatores que impeçam a migrção de leucocictos, e há uma reação inflamatória apenas na periferia da lesão, onde há uma proliferação conjuntiva e formação de uma cápsula que encista o tecido
Ocorre eliminação quando a zona de necrose atinge a parede de uma estrutura canalicular que liga ao meio externo, e a tuberculose é o materail caseoso eliminado nos brônquios. Algumas necroses tendem a se calcificar, como a caseosa. Embora os níveis de Ca estejam aumentados nos tecidos necróticos. 
GANGRENA: é a evolução resultante da ação de agentes externos. A gangrena seca é uma região necrótica em contato com o ar, que ocorre principalmente em extremidades, como dedos, ponta de nariz. Tem aspectos de pergaminho, mumificação. A gangrena úmida é invasão por bactérias anaeróbias, onde ocorre liquefação do tecido necrótico, odor fétido, formação de bolhas, localizada em regiões onde tem condições de umidade favoráveis (como tubo digestivo, pulmão e pele), pode levar a choque séptico. A gangrena gasosa é uma contaminação secundaria por germes do gênero Clostridium, que produzem enzimas proteolíticas e lipolíticas, formando gás.
Apoptose: é a morte celular programada, onde a célula progride para a morte, sem que seu conteúdo seja disperso para o meio extracelular, não levando, portando, a destruição tecidual de tecido vizinho e sem a promoção de inflamação.
Pode ser por processos fisiológicos, como na embriogenese, indução hormônio dependente, tolerância imunológica e morte das células inflamatórias residentes; ou por processos patológicos, como danos ao DNA, acumulo de ptns deformadas, infecções (sobretudo as causadas por microorganismos intracelulares) e atrofia patológica.
As causas mais comuns de apoptose são infecções virais, hipoxia, substancias químicas, agressão imunitária e radiações.
Seu mecanismo pode ser por via intrínseca (mitocondrial) onde a retirada de fatores de crescimento e/ou hormonios estimulem moléculas pro-apoptoticas (como o citocromo C) que estimula caspases iniciadora, que estimula as caspases efetoras, que ativam endonucleases e fazem um olapso do citoesqueleto, que forma um botão citoplasmaatico com ligantes para receptores de células fagocitárias, que se ligam e fagocitam. Pode ser também por uma via extrínseca, onde ocorre interações receptor-ligante(fas e ligantes), fprmando um sitio onde se ligam as ptns adaptadoras que ativam as caspases iniciadoras que ativam as caspases efetoras que causam colapso do citoesqueleto e ativação de endonucleases e forma um botão citoplasmaatico com ligantes para receptores de células fagocitárias, que se ligam e fagocitam.
Morfologicamente, não é fácil seu reconhecimento pois acometem as células individualmente, por não estimularem a inflamação, mas há um redução citoplasmática, condensação da cromatina que se torna disposta em grumos acoplados à carioteca (núcleos em meia lua, em ferradura ou em lança), fragmentação celular (cariorexe), formação de corpos apoptotico.
Mecanismo da carcinogênese: neoplasias benignas e malignas.
Tumor é o aumento de volume tecidual;
Neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo, não coordenado aqueles dos tecidos normais, e que persiste mesmo após o termino do estimula inicial.
Cancer é uma neoplasia maligna.
O tumor benigno tem seu crescimento contido, enquanto que o maligno se infiltra nos tecidos e pode levar a metástases. Eles são diferenciados pela biologia dos tumores:
Anaplasia e diferenciação: anaplasia é a perda da diferenciação celular, e diferenciação se parece com o tecido normal. Quanto menor a diferenciação mais agressivo é, e a indentificação do sitio primário é importante para saber se a célula pertence a esse lugar ou é uma metástase. 
Histologicamente, há um aumento de núcleo (hipercromia, fica mais roxo), perde diferenciação celular (organização), tem células gigantes, de tamanhos e formas diferentes (pleomorfismo), se divide e multiplica material, tem muita mitose atípica, células gigantes (com múltiplicação do material genético, mas não se divide).No epitélio há perda da camada basal, forma uma perola córnea (dentro do tecido conjuntivo), aumenta a celularidade, mas quanto maior essas características, mais maligno é.
O lipoma é um exemplo de tumor benigno onde o adipocito esta no tecido errado, é diferenciado e geralmente tem cápsula. O ritmo de crescimento depende do tempo de duplicação de cada célula, da fração de crescimento (percentual de células que se replicam). Na fase inicial o crescimento é maior (pois tem maior quantidade de nutrientes disponível), e na fase tardia é menor, com exceção de alguns tumores que se dividem mais quando estão mais mutados. A quimioterapia e a radioterapia atuam em células que se multiplicam, portanto em tumores que crescem mais rápido. Para tumores de crescimento lento, normalmente faz-se cirurgia que remove grande parte dele e ele começa a se multiplicar, tendo efeito na quimio e radio. O tecido envolta pode sofrer isquemia, as células morrem e depositam seus restos, o que provoca uma inflamação que inicialmente é aguda mas vira crônica, gerando uma fibrose (cápsula) e é benigno. Geralmente no maligno não da tempo de formar cápsula.
Invasividade: é um critério de malignidade. Corresponde a invasão de tecidos adjacentes e cápsulas.Tem ressecabilidade (benefícios da cirurgia).
Metástase: é a formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira, mas sem continuidade entre as duas. Pode ser por três vias: linfática, sanguinea ou direto para a cavidade. A via linfática é a principal via de disseminação inicial (por isso metástase em linfonodo é comum); a via sanguinea é reconhecida como fonte de disseminação, no entanto, a maioria das células que penetram na corrente sanguinea são destruídas.
A nomenclatura é de acordo com o nome da célula ou tecido + oma (quando benigno) ou sarcoma (quando maligno), mas há exceções. Os fatores ambientais, genéticos e a idade são importantes. 
CARCINOGÊNESE: é a base molecular do câncer. 
Lesão genética não letal, adquiridas por ações ambientais, agentes químicos, radiações, vírus ou herdada na linhagem germinativa.
Um tumor é formado pela expansão clonal de uma célula precursora que sofreu lesão genética.
Quatro principais classes de genes reguladores são alvos da lesão genética, como protooncogênese (genes promotores do crescimento), genes inibidores do crescimento/supressores de tumor, genes que regulam a apoptose e genes envolvidos no reparo do DNA.
Na autossuficiência nos níveis de crescimento, temos capacidade de sintetizar os mesmo fatores de crescimento à que respondem. Há ativação de receptores sem que sejam efetivamente estimulados por fatores de crescimento. PROTOONCOGENESE, ONGOGENE E ONCOPTNS. Pode tornar-se insensível aos fatores de crescimento, onde o P53 mutado compete com o P53 normal (reparador de mutações), impedindo a sua atividade. Vírus como HPV pode promover a degradação do P53. Isso ocorre em 50% dos tumores.
Podem ser inibidos também pela via APC/beta catenina, onde o excesso de betacatenina é degradado por APC, e a mutação nesse APC disponibiliza beta catenina que estimula neoplasias.
Outro mecanismo é a evasão da apoptose, onde pode haver superexpressao de BCL-2 e P53. Na superexpressão, as células com BCL-2 aumentado tem sobrevida aumentada devido proteção da apoptoseprovocada pelo BCL-2 (linfomas de crescimento lento). A P53 aumenta a transcrição de genes pró-apoptoticos como o Bax, portanto, a falta de P53 diminui Bax que aumenta a sobrevida.
Além disso, pode haver defeitos de reparo de DNA (instabilidade genomica), onde ocorre mutações hereditárias das proteínas de reparo, levando a um pareamento errado. Ex: síndrome do câncer sem polipose hereditário, onde ocorre mutações em genes de reparo que levam a pareamento errôneo de G com T ao invés de A com T. Pode ter também mutações hereditárias das proteínas de reparo, como o xeroderma pigmentoso, onde a luz UV causa uma ligação cruzada dos resíduos de pirimidina (C,G,U) impedindo a replicação do DNA, o reparo por excisão de nucleotídeos causa carcinomas. Como defeito no reparo temos também mutações hereditária das proteínas de reparo, como mutações em genes BRCA1 e BRCA2, onde a verificação da fase G1/S atrasa o ciclo celular e permite reparo da lesão do DNA.
Outro mecanismo é o potencial de replicação ilimitado, devido a telomerase que não deixa o telômero encurtar, portanto a célula não sofre apoptose. A atividade da telomerase é encontrada em 90% dos tumores humanos. O desenvolvimento da angiogenese é mantida, onde novos vasos, mais tortuosos, irregulares, que não se diferenciam em arteríolas capilares e vênulas são mais permeáveis. Essa permeabilidade é atribuída principalmente a produção aumentada de VEGF; o p53 regula a produção de VEGF e quando a P53 esta inativada os níveis de VEGF aumentam. Os tumores não podem aumentar seu diâmetro além de 1 a 2 mm a menos que estejam vascularizados. Além disso pode ocorrer invasão e metástase pois diminui a expressão de proteínas de ligação, perdendo sua adesão e expressa receptores para ptns diferentes (de outros tecidos) e produz proteases (quebra matriz extracelular) e acessa a circulação, onde se aglomera com plaquetas e evita contato com leucócitos (proteção) até chegar em um tecido onde liga com seus receptores. Aumenta a mortalidade. Apesar de milhões de células serem liberadas na circulação a cada dia, poucas tem perfil metastasico (capacidade p/ romper a membrana basal, capacidade p/ atravessar o tecido intersticial e capacidade para acessar a circulação.
Por que alguns tumores se dissemina para regiões que não pertencem as vias de drenagem natural? Células endoteliais de diversos tumores se diferem na expressão de ligantes para as moléculas de adesão; algumas células tumorais expressam receptores de quimiocinas e essas células neoplásicas vão para os tecidos que expressam essas quimiocinas e; alguns tecidos podem apresentar solo desfavorável para o aparecimento do tumor; como por exemplo os músculos esqueléticos.
A inflamação crônica é uma condição predisponente não hereditária, pois processos inflamatórios podem resultar na produção de citocinas, que estimulam o crescimento das células transformadas, aumento do numero de células-tronco tissulares e instabilidade genomica através da produção de espécies reaticas ao oxigênio, predispondo assim a uma tranformação maligna. Os agentes químicos também são predisponente não hereditárias, e exemplos são os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (cigarro), nitrosaminas (alimentos), aflatoxinas (aspergillus) e asbestos (câncer bronco-pulmonar) e podem causar mutações genicas, aberrações cromossômicas e aneuploidias. Infecções virais tambme, já que o vírus inibe o P53 e faz com que a célula se divida mais e mutações pode ocorrer por agregação também. As radiações é um agente ionizante que forma íons e destrói, causando mutações.
Cicatrização e reparo:
Regeneração é a restituição do tecido perdido por conjuntivo, enquanto que cicatrização envolve a deposição de colágeno e formação de cicatriz (o órgão fica exatamente como era antes). O que determina se o tecido passa por regeneração ou cicatrização é a extensão da lesão e o tipo de tecido lesado (quanto maior a lesão, maior a chance de cicatrização).
Os tecidos lábeis tem uma alta capacidade proliferativa, portanto a reposição celular é intensa e muitas células tronco na camada basal, o que propicia a regeneração.
Nos tecidos estáveis há muita replicação, porem podem se replicar mediante estímulos. A célula do ciclo ou do G0 s]ao estimuladas a entrar em G1, mas precisa de estimulo e tem capacidade de regeneração (tipos celulares: fibroblastos, músculo liso, endotélio vascular, linfócitos, condrócitos e osteócitos).
Nos tecidos permanentes as células são muito diferenciadas e não saem da fase G0, e quando lesadas são substituídas por outros tipos celulares. Estudos recentes indicam que pode existir alguma reposição devido a diferenciação de células tronco. Ex: células musculares esqueléticas, células miocárdicas e neurônios. 
Uma célula normal, ao sofrer injuria, pode regenerar (órgãos labeis) e voltar a ser oq era; pode cicatrizar (com formação de tecido conjuntivo) e fibrose (inflamação crônica acumula macrófago que pode estimular cicatrização e o colágeno é depositado, levando a uma grave seqüela). 
Todo tecido tem células tronco, e pode sofrer diferenciação, apoptose ou se multiplicar. Essas células tronco são diferentes da embrionária, que é totipotente, essa é multipotente, direcionada a um tecido especifico (tissular). As células tronco se mantêm, pois quando se divide da origem a uma celula diferenciada e outra tronco (estocástica), ou então hora se divide como duas diferenciadas ou 2 tissular (assimétrica) e assim, a população é mantida no tecido.
 Os fatores de crescimento são usados para varias funções, inclusive proliferação celular. São responsáveis pelo desencadeamento da proliferação celular, mas também pela locomoção, contratilidade, diferenciação e angiogênese. 
EGF (fator de crescimento epidérmico): é responsável pela proliferação de células epiteliais, hapatocitos e fibroblastos. Estão muito presente em secreções (líquidos teciduais, suor, saliva, urina e conteúdos intestinais), produzido pelos queratinocitos, macrófagos e células inflamatórias.
HGF (fator de crescimento do hepatocito): responsável pela proliferação de células epteliais e hepatocitos. Atua como morfogênico no desenvolvimento embrionário e é produzido pelos fibroblastos, células endoteliais e células hepáticas. 
VEGF (fator de crescimento endotelial vascular): é indutor da formação de vasos, na vasculogênese (desenvolvimento inicial de vasos) e angiogenese (cria novos vasos), produzidos por diversas células mesenquimais. Tem a função de promover angiogenese, aumenta a permeabilidade vascular, estimula a migração endotelial, estimula a proliferação endotelial e induz a hiperplasia da vasculatura linfática.
PDGF (fator de crescimento derivado das plaquetas): armazenados em grânulos plaquetários, liberado durante a ativação plaquetária, produzida por plaquetas, macrófagos, células endoteliais, células musculares lisas e células tumorais. Tem função de migração e proliferação de fibroblastos, células musculares lisas e monócitos. Inicio da inflamação crônica e aguda.
FGF (fator de crescimento dos fibroblastos): se associam ao sulfato de heparan na MEC. Tem formação de novos vasos sanguineos, cicatrização (migração de macrófagos, fibroblastos e células endoteliais), desenvolvimento (apresenta função no desenvolvimento musculares esqueléticos e na maturação pulmonar) e hematopoiese (diferenciação de linhagens de células sanguineas e no desenvolvimento da medula óssea). 
TGF-beta (fator transformador de crescimento beta): sintetizados por plaquetas, células endoteliais, linfócitos e macrófagos. Tem funções de bloquear o ciclo celular de muitos tipos celulares epiteliais e leucócitos, estimulam a proliferação de fibroblastos e de células musculares lisas, agente fibrinogênico que estimula a quimiotaxia fibroblástica, intensifica a produção de colágeno, fibronectina e proteoglicanos, e tem um forte efeito anti-inflamatório.
Os fatores de crescimento podem ser liberados por meio autocrino (onde ela mesma se auto estimula), parácrino (que células secretoras estimulam célulasalvos adjacentes) e por fim, endócrino, onde eles ativam células alvo distantes.
MATRIZ EXTRACELULAR: da suporte mecânico, mantem a diferenciação, microambientes teciduais, base para regeneração e reparo, armazenamento de moléculas reguladoras e controle do crescimento. As metaloproteinases quebram colágeno e a elastase quebram fibras elásticas (neutrófilos).
CICATRIZAÇÃO: é a forma mais comum de cura dos tecidos inflamados, caracterizada pela reposição tecidual (estroma) e a anatomia e função do local comprometidos não são restituídas. Para que ocorra é fundamental eliminação do agente agressor, irrigação, nutrição e oxigenação suficientes.Os eventos que compõe a cicatrização pode ser dividida didaticamente em 3 etapas: fase inflamatória, fase proliferativa, fase de maturação.
A fase inflamatória dura de 0-4 dias e corresponde à ativação do sistema de coagulação sanguinea e liberação de mediadores químicos (fator de ativação de plaquetas, fator de crescimento, serotonina, adrenalina e fatores de complemento). Na fase inflamatória inicial há edema e infiltrado de neutrófilos, mais ou menos uma hora após a injuria aproximadamente.
Na dinâmica celular da inflamação, os primeiros leucócitos que migram para o sitio inflamatória são os neutrófilos mas são substituídos por monócitos/macrófagos/linfócitos. Razões: numero de neutrófilos, respostas mais rápidas as quimiocinas e sobrevida curta.
A quimiotaxia é a migração de leucócitos nos tecidos devido ao gradiente químico, todos os granulócitos (monócitos, neutrófilos, linfócitos e eosinófilos), agentes exógenos (produtos bacterianos – LPS, peptídeos que possuem o aminoácido terminal N-formil-metionina e F-Met-Leu-Phe, os agentes endógenos são componentes do sistema complemento (C5a, C3a), produtos da via lipoxigenase (Leucotrieno B4) e citocinas, quimiocinas (IL-8).
O macrófago ativado, na lesão tecidual produz metabolitos tóxicos do oxigênio, proteases, fatores quimiotáticos dos neutrófilos, fatores de coagulação, metabólicos do acido aracdônico e oxido nítrico. Na fibrose o macrófago ativado tem fatores de crescimento (PDGF, FGF, TGBbeta), citocinas fibrogênicas, fatores da angiogenese e colafenases de remodelamento.
Cicatrização-fase proliferativa: tem tecido de granulação. Tem o coagulo, produz MEC (processo inflamatório) com plaquetas, plasma e neutrófilos. Os fatores de crescimento PDGF e FGF, citocinas fibrogênicas e fatores de angiogênese estimulam a neoformação epitelial e a angiogenese. Para formação do colágeno são necessárias a hidroxipolina e hidrolisina. O cobre, ferro e a vitamina C são como Co-fatores nas reações que as geram. Assim, pode-se hidrolisar o colágeno e formar a cicatriz. Há formação de tecido de granulação. A epitelização também esta presente na fase proliferativa, onde há perda da inibição de contato e metaloproteinases.
Nessa fase tem a formação de novos vasos e pode se dar por duas vias, a quimiotaxia: onde os precursores as atraídos para a área afetada e atrai novos vasos que vão se ligando uns aos outros.
Na fase de remodelamento há equilibro entre a produção de colágeno e atuação das metaproteinases. A reorganização do colágeno é em feixes paralelos e compactos, os vasos sanguineos vão se tornando menos proeminentes e há o aumento a síntese de proteoglicanos e glicosaminoglicanos sulfatados (que retem líquido, mantendo o equilíbrio hídrico e favorecendo a maturação e diferenciação). Essa modificação na composição da matriz extracelular favorece a fixação e imobilidade das células favorecendo a diferenciação delas para fenótipos mais maduros.
Tipos de cicatrização: primeira intensão, é quando há um corte profundo e limpo, mas é fechado (como no caso de cirurgias) e a cicatriz é linear. As condições requeridas são a coaptação das bordas e dos planos anatômicos. A cicatrização de segunda intenção é quando as bordas da ferida não contatam entre si, por perda tecidual excessiva. O espaço é preenchido por tecido de granulação, cuja superfície posteriormente irá reepitalizar. Pode ou não ter infecção.
Há fatores locais que interferem na cicatrização, como as características da ferida (dimensão e profundidade da lesão, localização, presença de secreções, hematomas, edemas e corpos estranhos). Alguns cuidados devem ser adotados, como o tipo de técnica cirúrgica adotada, material, técnica de sutura e curtativo. A isquemia tecidual é a falta de oxigenação que dificulta a chegada de células inflamatórias à zona lesada, logo vão existir menos fatores que estimulem a proliferação dos fibroblastos e a síntese de colágeno.
Alguns fatores sistêmicos também interferem na cicatrização, como a faixa etária (a idade avançada diminui a resposta inflamatória), estado nutricional (interfere em todas as fases da cicatrização, a hipoproteinemia diminui a resposta imunológica, síntese de colágeno e função fagocitária), doenças crônicas (enfermidades metabólicas sistêmicas podem interferir no processo cicatricial) e a terapia medicamentosa associada (a associação medicamentosa pode interferir no processo cicatricial, como, por exemplo, anti-inflamatórios, antibióticos, esteróides e agentes quimioterápicos.
CICATRIZ HIPERTRÓFICA: respeita os limites da lesão
QUELOIDE: ultrapassa os limites da lesão.

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