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Cartilha de patologias em Teresina

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A falta de fiscalização nas obras de Teresina-PI, é sem via das dúvidas um dos principais fatores das patologias que ocorrem nas edificações desta cidade. A fiscalização diz respeito não somente aos órgãos públicos competentes a isto, mas também aos encarregados das obras, principalmente os empregadores, e uma boa execução dos empregados. Abaixo obras que foram paradas em Teresina sob suspeita de irregularidades, tanto financeiras como na execução:
Controle de enchentes do Rio Poty - O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou no dia 06/11/2013, ao Congresso a paralização, com bloqueio de recursos federais, esta que foi acolhida, da obra do controle de enchentes do Rio Poty, na Avenida Marginal Leste.
Centro de Convenções de Teresina - Por denúncias de irregularidades, a obra de requalificação do Centro de Convenções de Teresina, com recursos do Ministério do Turismo foi paralisada primeiramente em 2009, e também em 2011, ano em que passou a ser conduzida pela Setur (Secretaria de Turismo do Piauí).
Na primeira das paralisações, em abril de 2009, o TCU afirmou que viu possíveis falhas na falta de planilha orçamentária para serviços de instalações além de pareceres técnicos.
Shopping Rio Poty – de acordo com o laudo técnico do Crea – PI, as causas do desabamento do Shopping Rio Poty, localizado na Avenida Castelo Branco, no ano de 2013, foi devido a erros de escoramento do prédio, o que levou ao desabamento de cerca de 50 % da obra.
Este foi um exemplo claro da falta de fiscalização dos empregadores da obra, que se tivesse sido feita não teria acontecido. 
 Para se evitar problemas como os citados nos três exemplos, uma obra deve conter os seguintes requisitos, além de outros, para atender as condições de regularidade estabelecidas pelo Crea-Confea, e fiscalizadas pelo Crea-PI:
ART’S nas obras/serviços – uma via ou cópia da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) deve estar está na obra, isto é obrigatório, para evitar notificações e facilitar a fiscalização do Crea – PI.
Selo de obra/serviço – para toda obra/serviço abre-se um processo denominado “Processo de Obra”, e no local que estar sendo executada a obra, deve-se conter um selo, referente a este processo.
Placa nas obras/serviços – a placa que deve ter no mínimo 1m², é de essencial para especificar o que estar sendo construído, o gasto da obra e seus responsáveis técnicos. Na mesma deve haver, nome do autor(es) e/ou co-autor(es) do(s) projeto(s) e do(s) responsável(eis) técnico(s) pela execução da obra, instalação ou serviço, de acordo com o(s) seu(s) registro(s) ou visto(s) no CREA-PI; 
título, número da carteira e/ou do(s) "visto(s)" do(s) profissional(ais) no Crea-PI;
atividade(s) técnica(s) específica(s) pela(s) qual(ais) o profissional(ais) é(são) responsável(eis); nome da empresa executora da obra, instalação ou serviço, se houver, com a indicação do respectivo número do registro ou "visto" no Crea-PI.
Lei Complementar n° 29, de 14/06/1996 - Lei que instituiu o Código Municipal do Meio Ambiente. Está prescrito de que é obrigação do proprietário a execução de adequadas instalações de abastecimento, armazenamento, distribuição e esgotamento de água. Orienta ainda que os esgotos sanitários devam ser coletados, tratados e receber destinação adequada, de forma a evitar-se a contaminação de qualquer natureza. Para isso, é necessário instalar dois equipamentos (fossa séptica e filtro anaeróbio), onde apenas o engenheiro saberá dimensioná-los para tal fim. Quando da existência da rede coletora de esgoto sanitário passando pela rua, não será mais permitido o uso destes equipamentos, sendo obrigatória a desativação dos mesmos e a efetiva ligação das instalações à rede pública coletora. Lembrando que por este serviço o proprietário passará a pagar à concessionária mais 80% sobre a taxa de consumo de água;
A água é um importante componente do concreto e tem basicamente duas funções: provocar a reação de hidratação dos compostos do cimento e aumentar a trabalhabilidade para que possa preencher adequadamente as fôrmas, sem causar vazios ou nichos. Em certo ponto, pode-se dizer que: a água é tão importante quanto o cimento, pois ela determinará a dosagem dos aditivos químicos plastificantes que serão misturados no concreto. Abaixo o que pode causar a adição de água além do determinado no concreto:
Quantidades de água acima da dosagem especificada prejudicam o rendimento do concreto, aumentando a porosidade, diminuindo a resistência e ampliando o risco de patologias.
O adicionamento da água além da quantidade estipulada na dosagem pode aumentar o abatimento acima do limite especificado. Embora aparentemente facilite a aplicação, faz com que o volume de vazios dentro da massa do concreto também aumente, diminuindo sua resistência mecânica e comprometendo, muitas vezes, o próprio desempenho da estrutura, facilitando a entrada de agentes agressivos ao concreto.
Outra patologia provocada pela adição de água em excesso é que caso a cura não seja feita adequadamente, poderá ocasionar o aparecimento de fissuras, comprometendo toda a estrutura, fazendo-se necessário bastante atenção na realização desta etapa.
Infelizmente existem obras/serviços em Teresina que usam desta artimanha para “render” na linguagem informal, o concreto.
Portanto, diante dos fatos apresentados, é importante enaltecer a relação água/cimento, que 
estabelece uma dependência entre os mesmos, no qual para as estruturas, são os dois materiais mais utilizados no mundo. Com isso a melhor prevenção que se deve tomar é não adicionar água no concreto além do que é realmente preciso, afim de evitar gastos com mais material, e um futuro desgaste e consequências até bem sérias com esta atitude.
 
A armadura mal posicionada é uma patologia que dela se derivam outras bem complicadas e que podem causar problemas sérios as estruturas. Logo abaixo alguns dos vários problemas ocasionados por este erro, que se deve principalmente a falta de fiscalização:
Ferrugem aparecendo no concreto;
Fissura de flexão em vigas;
Fissura de cisalhamento;
Fissura de flexão em vigas de marquise;
Fissuras de flexão em vigas e escorregamento da armadura;
E a maioria destas se dar pelos erros seguintes:
Cobrimento de armaduras insuficientes;
Sobrecargas não previstas para a armadura;
Armadura insuficiente;
Má aderência da armadura ao concreto;
Como prevenir estes incidentes ou até mesmo repara-los é possível, os reparos são:
Remoção do concreto desagregado;
Regularização das bordas da abertura;
Apicoamento das paredes internas da abertura;
Limpeza das barras de aço da armadura;
Proteção catódica galvânica das barras da armadura, usando Nitoprimer Zn da Fosroc ou similar;
Preenchimento da abertura com concreto ou argamassa de alta resistência;
Cura, umidecendo o reparo por 7 dias;
Porém quando a armadura está bastante exposta é preciso mudar o método de reparo, estes que são:
Remoção do concreto de forma que possa ser feita adesão de área suplementar de aço;
Substituição das barras afetadas;
Acabamento superficial e cura;
Proteção catódica galvânica das barras de aço;
Reconstituição da área de concreto;
Contudo o melhor método de prevenção para estes incidentes, é a fiscalização rigorosa nesta parte de uma edificação, pois esta patologia pode comprometer uma pequena como grande parte da obra, e evitar problemas grandes como o ocorrido no Shopping Rio Poty.
A cura é a fase de secagem do concreto. Nessa fase o concreto deve ser mantido bem hidratado de modo a manter água suficiente para que todo o processo de reação química do cimento se complete. É um processo fundamental na construção civil, pois visa fazer com que o concreto alcance um melhor desempenho. 
Se não houver a cura do concreto ou a cura for mal executada, este possuirá sérios problemas, tais como:
Carbonatação, esta reação é catalisada pela umidade do ar; se manifesta do exterior parao interior da estrutura do concreto, acarretando uma diminuição progressiva da alcalinidade da estrutura. A velocidade da carbonatação do concreto se dar pela natureza do cimento, dosagem do cimento, quantidade de água, clima, umidade relativa elevada, umidade relativa baixíssima, conteúdo de CO2 na atmosfera, compactação dentre outros.
Permeabilidade;
Fissuras em sua superfície que provocam menor resistência e menor durabilidade para o concreto, o que vem a prejudicar toda a obra.
Em Teresina, um dos fatores agravantes para a cura do concreto é o clima quente e seco que a cidade apresenta. Além disso em alguns pontos da cidade os ventos são fortes, o que torna ainda mais complicado a cura.
As formas de se evitar os problemas com a cura do concreto é os seguintes fatores:
São utilizadas várias formas para a secagem do concreto. Pode ser pela cura úmida que visa aplicar água no concreto durante tempo determinado ou mantê-lo parcialmente ou totalmente imerso em água; 
Outra alternativa seria a cura química que utiliza um produto na superfície do concreto que impede a evaporação da água; 
a cura térmica que é realizada em câmaras às quais o concreto é aquecido e mantido úmido, sendo esta, considerada a mais eficiente e mais rápida.
Um outro modo de cura é o ar do concreto, na qual não são tomados cuidados especiais. Esta porém não garante um bom resultado.

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