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DISFONIAS Ana Carolina Constantini DISFONIA FUNCIONAL Relembrando - Disfonias Funcionais DISFONIAS FUNCIONAS Inadaptações vocais Inadaptações Funcionais FENDAS GLÓTICAS Fendas glóticas Podem ocorrer por incoordenação ou por alterações miodinâmicas Behlau et al, 2001 Fendas glóticas Behlau et al, 2001 • POSTERIOR • MÉDIO POSTERIOR • ANTERO POSTERIOR TRIANGULAR • POSTERIOR • ANTERIOR • ANTERO POSTERIOR FUSIFORME DUPLA AMPULHETA PARALELA IRREGULAR TA AA CT CAL CAP Corpo da prega vocal Aduz, abaixa, encurta, engrossa abdutor Adutor Coaptação glotica adutor adutor Fendas Triangulares Sugerem insuficiência muscular; Hipotonia ou hipertonia; Geralmente: Região anterior das ppvv coaptadas – TA e CAL Região posterior – atividade maior do CAP Fenda triangular posterior Relaciona-se ao formato mais circular da cartilagem cricóidea na mulher e a proporção 1:1 As mulheres têm a região anterior da glote relativamente menor que a região posterior, o que caracteriza um padrão anatômico de laringe feminina diferente do padrão masculino No homem a cartilagem cricóidea é oval e proporção 2:1 Behlau et al, 2001 Fechamento normal Fenda triangular médio posterior FENDA triangular posterior Restrita a área posterior O TMF pode ser encurtado Alteração muscular da atividade do feixe transverso do AA Voz “normal”: ADAPTADA Pode evoluir para triangular médio-posterior Fenda médio posterior Tensão e contração intensa do CAP Isometria laríngea Comum em tensão musculoesquelética Voz rugosa-soprosa, fadiga vocal Pode ter tensão em Prega vestibular TMF menor que 10s Pode evoluir para NÓDULOS Triangular médio-posterior Fenda triangular ântero-posterior Hipocinesia do CAL e AA Não observa-se constrição do vestíbulo Afonia de conversão, parkinson, miastenia gravis presbifonia, psicogenia. Voz sussurrada, soprosa, astênica, pouca intensidade TMF baixo Behlau et al, 2001 Triangular ântero-posterior Fenda triangular ântero-posterior FENDA FUSIFORME Formação de fuso à fonação que pode restringir-se à região anterior da prega vocal (fenda fusiforme anterior 1) ou ao longo de toda prega vocal (fenda fusiforme antero-posterior 2) ou limitar-se a parte posterior (fenda fusiforme posterior 3) 1 2 3 Deficiência do CT Voz com F0 discreta e elevada Qualidade vocal rouca soprosa FENDA FUSIFORME ANTERIOR Fenda fusiforme ântero-posterior o Pode sugerir: sulcos o Há compensação do vestíbulo dependendo do caso o Lesão associada: pólipo, nódulos, cisto o Voz desagradável, soprosidade, aspereza Behlau et al, 2001 Fusiforme ântero-posterior Fuso ao longo da prega vocal Fenda fusiforme posterior o Deficiência do CT o Voz levemente soprosa o Hipocinesia Fenda dupla o Geralmente são triangulares AP + lesão o Voz rouco-soprosa o Fadiga vocal o potência e projeção FENDA ampulheta Tem aproximação da região AA Pode ter lesão de massa junto Surgem em AEMs Voz áspera, soprosa, rouca Pode ter participação de pregas vestibulares Fenda irregular Coaptação insuficiente Comum em RGE Atrofias de PPVV Leucoplasia Pós RxT Fenda paralela Redução de mucosa AEM discreta Voz com astenia leve DISFONIAS ORGANO-FUNCIONAIS DISFONIAS ORGANO-FUNCIONAIS Nódulos Pólipos Edema de Reinke Úlcera de contato Granuloma Leucoplasia Disfonias organo-funcionais Alterações vocais com lesões benignas Comportamento vocal alterado Diagnóstico tardio das DF Não-valorização do sintoma NÓDULOS NÓDULOS processo inflamatório nas PPVV massa sólida na junção do 1/3 anterior e 1/3 médio das PPVV, margem livre bilateral, simétrico, diferentes tamanhos, forma fusiforme e arredondada Podem ser edematosos e fibróticos* * impacto na onda mucosa? Nódulos Edematosos Macios e flexíveis trauma continuado: Edema e vascularização fibrose espesso, rígido, fibrótico Nódulos - histologia Desorganização da ZMB (Zona da Membrana Basal) na PV com nódulos Maior depósito de Colágeno IV (resposta ao fonotrauma) Nódulos NÓDULOS - DEFINIÇÃO associados à fenda triangular médio-posterior, e dupla etiologia: abuso / mau uso vocal + stress emocional NÓDULOS - INCIDÊNCIA infância: sexo masculino adulto: - incomum nos homem - 18 aos 35 anos predomínio em mulheres configuração laríngea - média: 30 a 34 anos NÓDULOS - DIAGNÓSTICO História da disfonia, presença de abuso vocal + exame laringológico Diagnóstico diferencial: cisto bilateral cisto + reação contralateral Videoestroboscopia: mínimo impacto na vibração muco- ondulatória Evidência de refluxo - 35% NÓDULOS: IDADE X SEXO N = 181 FUGITA e Col 0 5 10 15 20 25 30 05 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 Homens Mulheres NÓDULOS - SINTOMATOLOGIA QV rouca, rouco-soprosa em graus extensão vocal, modulação restrita, pitch grave ou agudo loudness excessiva, velocidade fala aumentada, tensão fonatória, respiração superior/apical tensão músculo esquelética: dor região laríngea, dor na cintura escapular laringe elevada stress às situações cotidianas PÓLIPO Lesões nas pregas vocais contendo sangue, denominadas pólipos. De caráter benigno, as principais causas de sua ocorrência são : o esforço vocal – sussurrar, falar muito alto, falar demasiadamente. Acredita-se que processos alérgicos e refluxos gastroesofágicos também podem propiciar este quadro. Ocupando área variável e apresentando-se solitários ou em conjunto, são de massa lisa, gelatinosa e translúcida. Atingem as mais diversas faixas etárias, em ambos os sexos. PÓLIPO Fonotrauma; evento agudo, esforço vocal intenso Geralmente no 1/3 médio ou metade anterior CSLP Rigidez variável de acordo com o conteúdo: fibrótico ou mais flexível Localização, volume e forma: VARIADOS 10% bilaterais assimétricos Proliferação de fibras colágenas Modificação do padrão de fibras elásticas (eram longitudinais e ficam perpendiculares: dificulta vibração) PÓLIPO Frequente em homens > 40 anos Configuração glótica masculina: sem fenda, favorece disparo do pólipo após fonotrauma Histórico longo de disfonia + fatores irritativos: álcool, tabagismo, aspiração substâncias químicas RGE PÓLIPO - tipos Gelatinoso (transparentes): - freqüente, tecido conj. frouxo, poucos vasos sanguíneos, - rigidez Fibrótico(amarelado): + freqüente, tecido conj. Vascularizado, pode ser evolução do anterior, + rigidez Hemorrágico (vermelhos): grande quantidade de vasos sanguíneos, + rigidez séssil Soprosidade variável Rouquidão Aspereza? Incoordenação pneumofônica Tensãocervical PÓLIPO – que voz esperar? Opção: cirurgia Orientação: refluxo, fumo Diminuição edema Pode reabsorver com fono: raro LIMITAÇÃO: quando tem AEM associada. PÓLIPO – tratamento PÓLIPO Tratamento fonoterápico - Sons vibrantes - Escalas musicais - Som basal - Movimento cervicais sonorizados Tratamento fonoaudiológico pode ser pré e pós cirurgia PÓLIPO Larynx - Lehman, Pidoux, Widman. Microlaringoscopie et Hitologie, Inpharzam Medical Publication. EDEMA DE REINKE INCHAÇO CRÔNICO DAS PREGAS VOCAIS, CAUSADO POR CIGARRO, REFLUXO E USO VOCAL ABUSIVO DURANTE ANOS. Edema extenso, geralmente bilateral massa QV ?? rigidez Aumento de fluido na CSLP, aumento da vascularização Irritação crônica + Fonotrauma EDEMA DE REINKE A VOZ DA MULHER TORNA-SE MASCULINIZADA POR CAUSA DA VIBRAÇÃO MAIS LENTA DAS PREGAS VOCAIS. Associado ao tabagismo Maior incidência no sexo feminino Lesão lenta e progressiva diagnóstico por volta de 45-50 anos Características vocais Rouquidão Pitch grave grau leve de aspereza (associação com leucoplasia) e soprosidade CT: pouco utilizado Modulação restrita RESUMAO – inadaptações funcionais FENDAS TRIANGULARES posterior Medio posterior Antero posterior FENDAS FUSIFORMES anterior antero posterior posterior Fenda dupla Fenda paralela Fenda ampulheta Fenda irregular RESUMAO – Disfonias Organo funcionais nódulo Pólipo Edema de Reinke
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