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Lançamento do Dardo
Considerações Gerais
	O lançamento do dardo tem uma longa história, pois, a princípio era usado como arma de caça e guerra, e para o seu adestramento era realizadas competições, antes mesmo da instituição dos jogos Olímpicos pelos gregos. No início eram realizadas competições de lançamento à distância e, também a um alvo, visando o aperfeiçoamento da portaria numa competição bastante utilitária.
	No nosso século devemos muito a suecos e finlandeses pelo estágio que se encontra o lançamento do dardo. Aos suecos pôr parte de sua regulamentação e princípios técnicos empregados até hoje, e aos finlandeses pela grande dedicação que este povo tem oferecido ao lançamento do dardo convertendo-o em um esporte nacional.
	A evolução da técnica de lançamento esteve sempre ligado ao desenvolvimento do próprio dardo. Desde o antigo dardo de madeira, com todos os problemas inerentes ao material, até aos atuais de metal ( alumínio e aço ) e fibra de vidro com qualidades aerodinâmicas, houve uma grande revolução na técnica e no rendimento.
	Em 1953, o americano Bud Held, em Los Angeles, com um lançamento de 80,41 metros obteve o recorde mundial com um dardo de alumínio de sua fabricação, despojando os finlandeses de um recorde mundial que havia estado em seu poder desde 1928. Após o seu sucesso Bud Held industrializou o seu produto com a marca Dick Held. Depois deste sucesso os suecos surgiram com o dardo de aço Sandik com as qualidades aerodinâmicas superiores ao seu antecessor . Atualmente o domínio técnico na fabricação do dardo está, praticamente ao alcance de todos, e portanto os dardos modernos tem quase todos a mesma qualidade.
	Com a margem de variação nas medidas ( mínima e máxima ), permitida pelo regulamento, tais como: comprimento, diâmetro, ponteira, distância da ponta ao centro de gravidade, os fabricantes podem produzir dardos adequados as possibilidades de cada lançador, assim, encontramos dardos para as mais variadas distâncias ( 60m, 70m, 80m, 90m, especiais, etc. ). 
Características do Lançador 
	Comparando-se com os outros três lançamentos, no dardo a massa corporal e a força absoluta tem menor importância que a velocidade, flexibilidade e aplicação de força correta.
	Com relação ao biótipo podemos afirmar que, sendo todos os outros fatores iguais ( contratibilidade muscular, flexibilidade, coordenação neuromuscular, processos mentais, etc. ), vencerá o lançador que for maior e mais forte. Os melhores lançadores de dardo de todos os tempos são indivíduos de tipo médio.
Técnica
	O lançamento do dardo possui características especiais, que o distingue dos demais lançamentos ( peso, disco, e martelo ).
	Enquanto que, nessas disciplinas o arremesso e os lançamentos são feitos de uma zona muito restrita ( círculo ), o dardo possui corredor delimitado em seu final pôr um arco, com um raio de 8 metros, formado de madeira ou metal ao nível do piso.
	As possibilidades de se executar uma corrida prévia para o lançamento e mais as seguintes regras restritivas:
O dardo deve ser seguro pela empunhadura ( encordoamento ).
Entre a partida da corrida de aproximação e a saída do dardo ( soltura ) o corpo não pode virar-se contra o sentido de lançamento ( de costas para o setor ).
O dardo deve tocar o solo, primeiramente com a ponta metálica.
Podemos dividir todo o ato de lançamento do dardo nos seguintes elementos técnicos ( fases ).
Empunhadura e o transporte do implemento.
A corrida de aproximação
O recuo do dardo ( condução a posição de lançamento )
O passo de impulso ( passada cruzada ou galope )
A posição de lançamento
O Lançamento propriamente dito
A recuperação do equilíbrio
Empunhadura
	O dardo repousa sobre o eixo longitudinal da palma da mão (palma para cima), sendo pego pela parte posterior do encordoamento, para que a força seja transmitida pôr detrás do seu centro de gravidade e aproveitar o bom ponto de apoio que lhe oferece o início do encordoamento.
	A forma que os dedos submetem o dardo pela parte posterior do encordoamento, determina o tipo de empunhadura, que são basicamente três. 
Empunhadura Americana – O polegar e as duas últimas falanges do indicador ficam pôr detrás do encordoamento. O dardo assenta na palma da mão.
Empunhadura Finlandesa – O polegar e as duas últimas falanges do dedo médio ficam pôr detrás do encordoamento, e o indicador sustenta-o pôr baixo.
Empunhadura Ortodoxa ou ferradura – O indicador e o dedo médio ficam pôr detrás do encordoamento, um de cada lado. O dardo permanece na palma da mão, passando entre os dois dedos ( indicador e médio ).
Transporte
	O dardo é transportado a altura da testa, acima do ombro e paralelo ao solo, contudo tem pouca importância se a ponta vai um pouco para cima ou para baixo. Sua ponta normalmente, durante o transporte toma uma posição um pouco voltada para dentro ( a ponta do dardo fica direcionado para o interior da pista ).
	O objetivo desta posição é proporcionar uma corrida suave e uma condução do dardo à posição de lançamento, rápida e segura.
Corrida de aproximação
	A corrida tem um papel importante, pois um atleta de alto nível ela acrescenta de 25 a 29 metros ao lançamento sem corrida. Tem como objetivo oferecer ao lançador uma velocidade ideal, que lhe permita transmitir ao dardo uma máxima aceleração.
	Sua velocidade é alcançada de forma progressiva, evitando-se qualquer quebra de ritmo ( arrancada ). Bons lançadores usam de 8 a 10 passadas ( 16 a 20 metros ) antes de iniciarem a fase final de lançamento. Os atletas de baixo rendimento desenvolvem uma velocidade inferior aos de alto rendimento.
Recuo do dardo
	Essa fase se da momento da ultima passada da corrida, antes de iniciar as passos cruzados ( galope ), onde os lançadores realizam um sobre passo da direita para esquerda projetando o dardo para trás, fazendo uma extensão total dos braços, tomando uma posição lateralizada ao setor de lançamento, o dardo já posicionado a sua ponta metálica fica na altura dos olhos do lançador.
Passada de impulso (cruzada)
	A passada de impulso corresponde a passada da fase final, constituindo-se numa passada rápida, ativa e rasante. Sua amplitude é maior que a passada anterior, esta passada devido as suas características já citadas faz com que o corpo do lançador tenha uma inclinação maior braço estendido para trás e a torção do entre ombro e quadril aumente.
Posição de lançamento
	Toma-se a posição de lançamento, na última passada da fase final no momento que lançador apoia o seu pé esquerdo no solo ( com relação a essa afirmação há divergências), ou seja, no momento em que toma a posição de duplo apoio. Isto permitirá uma ação ativa, pois, somente em duplo apoio pode-se acelerar adequadamente o implemento.
	O contato do pé esquerdo é feito pelo calcanhar, e neste momento a posição do braço de lançamento não sofreu nenhuma modificação apenas a mão direita realiza uma rotação voltando a palma para cima.
Lançamento propriamente dito
	O lançamento inicia-se com uma extensão para frente e para cima da perna direita, pelas articulações do joelho e tornozelo, conduzindo para frente o quadril direito.
	Os eixos dos ombros e quadris, estão agora paralelos um ao outro e quase em ângulo reto com a direção do lançamento.
	O braço de lançamento ainda não está estendido. O arqueamento dorsal atinge a máxima amplitude. A perna esquerda continua sua extensão, logo que o centro de gravidade entre na sua esfera de ação (transferência do peso corporal do apoio da perna direita para a esquerda). Neste momento o braço de lançamento inicia a sua atuação. A perna esquerda, apenas, completa sua extensão, quando o centro de gravidade estiver sobre si. Quando o braço de lançamento inicia-se seu trabalho, seu cotovelo é levantado ao nível da cabeça, apontando na direção de lançamento. Nesta altura, o braço e o antebraço encontram-se em ângulo reto.
	Durante o lançamento o lado esquerdodo corpo deve conservar uma posição fixa, o que se consegue pôr uma súbita detenção do movimento do braço esquerdo, exatamente no instante que o lado direito do corpo ultrapassa o esquerdo.
Recuperação do equilíbrio ( reversão )
	A passada de recuperação do equilibrio, não terá influência na distância do lançamento, apenas impede que o corpo do atleta, ainda com velocidade horizontal, ultrapasse a linha final do corredor de lançamento, anulando a tentativa. Depois da soltura do dardo, o pé direito é conduzido à frente numa espécie de salto. Para executar-se a reversão com sucesso será necessário:
O pé direito assenta-se transversalmente a direção do lançamento, e a perna flexiona-se.
O tronco inclina-se para frente ( abaixando o centro de gravidade )
A perna esquerda é levantada e puxada atrás.

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