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2014-08-28 8ª Aula de Direito Constitucional - I

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Faculdade de Direito 
Semestre 2014/2 
 
Direito Constitucional ­ I  Professor Carlos Eduardo Dieder Reverbel 
Aula 8  Data: 28/08/2014 
 
 
[] ENTREGOU SYLLABUS  [x] CONTINUAÇÃO MATÉRIA ANTERIOR  [] NÃO VIM À AULA 
[] NÃO TEVE AULA  [] CONTEÚDO COPIADO  [] TEM TAREFA PENDENTE 
 
 
Formas de eliminar o hiato constitucional 
 
­ por mutação: visto na aula passada 
­ por revolução (segundo Sieyès): se convoca uma nova assembleia constituinte                     
para conceber uma nova constituição. É mais provável que constituições extensas                     
se afastem da realidade social ­ aumentando o hiato ­ e é menos provável em                             
constituições sintéticas. 
­ por reforma (emendas constitucionais): com o aumento das emendas,                   
começa­se a se pensar se é adequado manter aquele texto. 
 
 
[Professor comentou a criação da CFRB/88. Havia 8 comissões, cada                   
qual com 3 subcomissões, que tratavam de assuntos diferentes. Isto                   
criou um problema. As comissões não ‘se conversavam’ e acabaram                   
gerando textos prevendo gastos sem que houvesse textos prevendo                 
arrecadação para aqueles gastos. 
Constitucionalização do Direito Civil. Civilização do Direito             
Constitucional: texto civil estava se fortalecendo, enquanto a               
constituição estava enfraquecendo. 
Constituinte exclusiva: encarregar os parlamentares (uma comissão)             
para fazer a Constituição, e então os parlamentares se tornariam                   
inelegíveis após a norma feita. 
Klaus Stern, alemão, criticou a doutrina da Constitucionalização do                 
Direito Civil. 
Constituição de Portugal ­ Canotilho. Queria que a constituição                 
representasse a transição do país para alguma ideia. Tese da                   
Constituição Dirigente.] 
 
 
Poder Constituinte Originário 
(FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 39ªed. 2013.p.                   
56ss) 
 
É o poder de criar a Constituição. Características: 
­ inicial: instaura uma ordem jurídica nova, rompendo com a ordem anterior. 
­ autônomo: A estrutura vai ser determinada autonomamente por quem detém o                       
poder de fazer esta nova Constituição. 
­ ilimitado juridicamente: não há limites impostos pela ordem jurídica anterior. 
1 
  
Faculdade de Direito 
Semestre 2014/2 
 
Direito Constitucional ­ I  Professor Carlos Eduardo Dieder Reverbel 
Aula 8  Data: 28/08/2014 
 
­ incondicionado e soberano na tomada de suas decisões: não tem fórmula                       
prefixada nem forma estabelecida para a sua manifestação 
­ é um poder de fato ­ um poder político: a doutrina diz que o poder vem da força                                     
social. Tem natureza pré­jurídica. 
­ é permanente: o poder não se esgota com a feitura da Carta Constitucional. Ver                             
Art. 28 de Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. “não se esgota com a                               
constituição, no sentido de que o homem embora tenha tomada uma decisão pode                         
revê­la posteriormente.”  1
 
Há duas correntes doutrinárias que abordam o Poder Constituinte Originário: 
­ Direito naturalista: há premissas e fundamentos mais importantes que devem                     
restringir o Poder Constituinte Originário na sua autonomia e limitações: limitado                     
pelo direito natural. 
­ Direito Positivista: não nenhum tipo de limitação, já que o direito que vale é o                               
direito positivo; não existindo este, não há limites. 
 
Poder Constituinte Derivado 
(FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 39ªed. 2013.p.                   
58) 
 
Também conhecido como poder constituinte instituído, constituído, subordinado,               
secundário e condicionado. Tem as seguintes características: 
­ derivado: sua força deriva do Poder Constituinte Originário 
­ limitado: é limitado pela constituição 
­ condicionado: só pode agir sob as normas estabelecidas pela Constituição. 
 
O Poder Constituinte Derivado pode ser dividido em três formas: 
1. reformador: é aquele que permite as emendas constitucionais art 59, inc I, art                           
60. CFRB88. Há limitações para o exercício deste poder:  
a. formais ou procedimentais: deve­se respeitar o quorum qualificado de                   
⅗ dos membros, em dois turnos, nas duas Casas. Art. 60 §2 
b. circunstanciais: é proibido alterar a Constituição na vigência de Estado                     
de Sítio, Defesa ou intervenção federal. Art 60§1 
c. materiais: cláusulas pétreas ­ é proibido abolir voto direto, forma                     
federativa, separação dos poderes, liberdades individuais. Art 60§4 
d. implícitas: é a impossibilidade de se alterar o titular do poder constituinte                         
originário e o do poder constituinte derivado reformador, bem como a                     
proibição de se violar as limitações expressas, não tendo o Brasil adotado a                         
teoria da “dupla revisão”: uma primeira revisão acaba com a limitação                     
expressa e a segunda reforma aquilo que era proibido. 
 
1 http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/dec1793.htm 
2

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