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2◦ Lista de A´lgebra Linear II 29 de abril de 2014 Professor: Aldo Baza´n Universidade Federal Fluminense 1 Espac¸os com produto interno 1. Seja V = Mm×n(C). Prove que a func¸a˜o f : V × V −→ C definida como f(A,B) := tr(B∗A), onde B∗ = Bt, e´ um produto interno em V . 2. A func¸a˜o f : R2 × R2 −→ R definida como f(u, v) := 1 9 u1v1 − 1 4 u2v2 e´ um produto interno em R2?. Justifique sua resposta. 3. Seja V o espac¸o vetorial das sequeˆncias infinitas de nu´meros reais (a1, a2, ...), satisfazendo ∞∑ i=1 a2i < +∞, isto e´, a soma dos quadrados converge. Adic¸a˜o e multiplicac¸a˜o por escalar sa˜o definidas componente a componente: (a1, a2, ...) + (b1, b2, ...) := (a1 + b1, a2 + b2, ...) k(a1, a2, ...) := (ka1, ka2, ...) Prove que, se u, v ∈ V , enta˜o a func¸a˜o f : V × V −→ R definida como f(u, v) := ∞∑ i=1 uivi e´ um produto interno em V . 4. Seja g : P × P −→ R uma func¸a˜o definida como g(u, v) := ∫ 1 0 u(x)v(x)dx, onde P e´ o espac¸o dos polinomios com coeficientes reais. Esta func¸a˜o define um produto interno em P? 1 5. Sejam u = (u1, u2) e v = (v1, v2) vetores em R2. a. Prove que (u, v) := 1 9 u1v1 + 1 4 u2v2 define um produto interno em R2. b. Esboce o c´ırculo unita´rio no sistema de coordenadas xy em R2, usando a distaˆncia obtida a partir do produto interno em a. c. Esboce o c´ırculo unita´rio no sistema de coordenadas xy em R2, usando a distaˆncia obtida a partir do produto interno usual. d. Ha´ alguma diferenc¸a entre os c´ırculo obtidos em a. e em b.? 6. Prove que a norma em um espac¸o com produto interno satisfaz os seguintes axiomas: a. ||u|| ≥ 0; e ||u|| = 0 se, e somente se, u = θ. b. ||ku|| = |k|.||u|| c. ||u+ v|| ≤ ||u||+ ||v|| 7. Prove que a seguinte identidade vale para quaisquer vetores u e v de um espac¸o com produto interno: ||u+ v||2 + ||u− v||2 = 2||u||2 + 2||v||2. 8. Seja {v1, v2, ..., vn} uma base de um espac¸o com produto interno V . Prove que o vetor nulo de V e´ o u´nico vetor de V que e´ ortogonal a todos os vetores da base. 9. Seja V um espac¸o com produto interno. Prove que se u e v sa˜o vetores ortogonais de V tais que ||u|| = ||v|| = 1, enta˜o ||u− v|| = √2. 10. Seja {v1, v2, ..., vn} um conjunto ortogonal de vetores de um espac¸o com produto interno. Prove que ||v1 + v2 + ...+ vn||2 = ||v1||2 + ||v2||2 + ...+ ||vn||2. 11. Seja V um espac¸o com produto interno. A distaˆncia entre dois vetores u e v em V e´ definida como d(u, v) := ||u− v||. Prove que a. d(u, v) ≥ 0; b. d(u, v) = 0 se, e somente se u = v; c. d(u, v) = d(v, u); d. d(u, v) ≤ d(u,w) + d(w, v). 12. Seja V um espac¸o com produto interno, e sejam u e v vetores em V . Prove que u = v ⇐⇒ < u,w >=< v,w >, ∀w ∈ V. 13. Seja {e1, e2} a base canoˆnica em R2. Ache um produto interno em R2 tal que < e1, e2 >= 2. 14. Prove que vale a igualdade na desigualdade de Cauchy-Schwarz se, e somente se, u e v sa˜o linearmente dependentes. 2 15. Use a desigualdade de Cauchy-Schwarz para mostrar, para quaisquer valores reais de a, b e θ, (acosθ + bsenθ)2 ≤ a2 + b2. 16. Considere R4 com o produto interno euclidiano. Seja W o subespac¸o de R4 formado por todos os vetores que sa˜o ortogonais a (1, 0, 1,−1) e (2, 3,−1, 2). Ache uma base para W . 17. Considere o espac¸o C3, com o produto interno usual. Ache uma base ortonormal para o subespac¸o gerado por (1, 0, i) e (2, 1, 1 + i). 18. Considere R4 com o produto interno usual. Use o processo de Gram-Schmidt para transformar as seguintes bases em bases ortonormais a. v1 = (0, 1, 1, 1), v2 = (1, 1, 0, 1), v3 = (2, 0,−1,−1), v4 = (1, 1,−1, 0). b. v1 = (0, 2, 1, 0), v2 = (1,−1, 2,−2), v3 = (1, 2, 0,−1), v4 = (1, 0, 0, 1). 19. Seja V o subespac¸o de R[x] dos polinoˆmios de grau menor ou igual a 3. Considerando o produto interno em V < f, g >= ∫ 1 0 f(t)g(t)dt, use o processo de Gram-Schmidt para obter uma base ortonormal de V a partir da base { 1, x, x2, x3 } . 20. Seja W um subespac¸o de V . Mostre que W ⊂W⊥⊥, e que W = W⊥⊥ quando V tem dimensa˜o finita. 21. Seja V um espac¸o vetorial com um produto interno, e U e W subespac¸os vetoriais de V . Prove que a. (U +W )⊥ = U⊥ ∩W⊥ b. (U ∩W )⊥ = U⊥ +W⊥ 22. Seja V = C([−1, 1];R), com o produto interno definido como < f, g >= ∫ 1 −1 f(x)g(x)dx. Se W e´ o subespac¸o de V das func¸o˜es ı´mpares, ache o complemento ortogonal de W . 23. Seja W o subespac¸o de R4 gerado pelos vetores v1 = (1, 1, 1, 1), v2 = (1,−1, 2,−2), v3 = (−1,−5, 1,−7). Ache a projec¸a˜o ortogonal de v = (1, 2,−3, 4) em W . 2 Operadores Lineares e o produto interno 1. Seja V = C2, definido com o produto interno usual. Se T ∈ L(V ) e´ definido por: T (e1) = (1,−2); T (e2) = (i,−1). Se α = (x1, x2), ache T ∗(α). 2. Prove que T ∗T = θ implica que T = θ. 3 3. Seja V um espac¸o vetorial finito dimensional com produto interno, e T ∈ L(V ). Prove que a imagem de T ∗ e´ o complemento ortogonal do nu´cleo de T . 4. Seja V um espac¸o vetorial finito dimensional com produto interno, e T ∈ L(V ). Se T e´ invert´ıvel, prove que T ∗ e´ invert´ıvel, e (T ∗)−1 = (T−1)∗. 5. Prove que o produto de dois operadores autoadjuntos e´ autoadjunto se, e somente se, os dois operadores comutam. 6. Seja V = Mn×n(C), com o produto interno < A,B >= tr(AB∗). Seja P uma matriz invert´ıvel fixa em V , e seja TP o operador linear em V definido por TP (A) = P −1AP . Ache o adjunto de TP . . 7. Prove que as seguintes condic¸o˜es sobre um operador P sa˜o equivalentes: a. P = T 2, para algum operador auotadjunto T . b. P = S∗S, para algum operador S. c. P e´ autoadjunto e < P (u), u >≥ 0, para todo u ∈ V . 8. Prove que qualquer operador T e´ a soma de um operador autoadjunto e de um operador antiadjunto. 9. Prove que o produto e a inversa de matrizes unita´rias sa˜o unita´rias. 10. Prove que se uma matriz ortogonal e´ triangular, enta˜o e´ diagonal. 11. Seja V um espac¸o vetorial com produto interno. Prove que as seguintes condic¸o˜es sobre um operador U sa˜o equivalentes: a. U∗ = U−1. b. < U(v), U(w) >=< v,w >, para quaisquer v, w ∈ V . c. ||U(v)|| = ||v||. 12. Seja V um espac¸o vetorial de dimensa˜o finita, T ∈ L(V ) e W um subespac¸o invariante de dimensa˜o k ≤ n. Prove que existe uma representac¸a˜o matricial de T da forma( A B 0 D ) . onde A e´ uma matriz quadrada de ordem k, B e´ uma matriz de ordem k × (n− k), e D e´ uma matriz de ordem (n− k)× (n− k). 13. Seja V um espac¸o vetorial de dimensa˜o finita e T ∈ L(V ). Suponhamos que W1 e W2 sa˜o subespac¸os invariantes de dimensa˜o k e n− k respectivamente, tais que V = W1 ⊕W2. Enta˜o, prove que existe uma representac¸a˜o matricial de T da forma( A 0 0 D ) . onde A e´ uma matriz de ordem k e D e´ uma matriz de ordem n− k. 4 14. Seja U um operador unita´rio em V , e W um subespac¸o invariante sob U . Prove que W⊥ e´ tambe´m invariante sob U . 15. Se A e´ uma matriz, prove que as seguintes condic¸o˜es sa˜o equivalentes a. A e´ unita´ria. b. As linhas de A formam um conjunto ortonormal. c. As colunas de A formam um conjunto ortonormal. 16. Se A e´ uma matriz ortogonal, prove que |A| = ±1. 17. Seja V = Mn×n(C), com o produto interno < A,B >= tr(AB∗). Para cada M em V , seja TM o operador linear definido por TM (A) = MA. Prove que TM e´ unita´ria se, e somente se, M e´ uma matriz unita´ria. 18. Seja V = C o espac¸o vetorial real dos nu´meros complexos. a. Prove que < α, β >:= Re(αβ) define um produto interno em V . b. Para cada θ ∈ V , seja Mθ o operador linear em V definido por Mθ(α) := θα. Prove que (Mθ)∗ = Mθ. c. Para quais nu´meros complexos θ, Mθ e´ autoadjunto? d. Para quais nu´meros complexos θ, Mθ e´ unita´rio? e. Para quais nu´meroa complexos θ, Mθ e´ positivo? 19. Seja P um operador sobre um espac¸o vetorial comproduto interno V . Suponhamos que P e´ positivo e unita´rio. Prove que P = I. 20. Seja V = C o espac¸o complexo dos nu´meros complexos, com o produto interno usual, e T um operador autoadjunto em V . Prove que a. ||α+ iTα|| = ||α− iTα||, para todo α ∈ V . b. α+ iTα = β + iTβ se, e somente se, α = β. c. I − iT e´ na˜o singular. d. Assumindo que V e´ finito-dimensional, prove que U := (I − iT )(I + iT )−1 e´ um operador unita´rio. (U e´ chamada a transformac¸a˜o de Cayley de T ) 21. Seja T um operador sime´trico. Prove que a. O polinoˆmio caracter´ıstico de T e´ um produto de polinoˆmios lineares sobre R. b. T tem um autovetor na˜o nulo. c. Autovetores de T pertencentes a autovalores distintos sa˜o ortogonais. 22. Seja a matriz A ∈ M3×3(R), onde a11 = a22 = a33 = 2 e aij = 1 para i 6= j. Encontre uma matriz ortogonal real P ∈M3×3(R) tal que P tAP seja uma matriz diagonal. 5 23. Encontre uma matriz ortogonal cuja primeira linha seja a. (1/ √ 5, 2/ √ 5). b. um mu´ltiplo de (1, 1, 1). 24. Encontre uma matriz sime´trica ortogonal cuja primeira linha seja (1/3, 2/3, 2/3). 25. Seja V = C2 um espac¸o complexo com o produto interno usual, e T ∈ L(V ) com a matriz associada a` base canoˆnica AT := ( 1 i i 1 ) . Prove que T e´ normal, e ache uma base ortonormal para V , formada pelos vetores caracter´ısticos de T . 26. Prove que toda matriz positiva e´ o quadrado de uma matriz positiva. 27. Seja T um operador normal, demonstre: a. T − λI e´ normal. b. Se T (v) = λv, enta˜o T ∗(v) = λv. c. Se T (v) = λ1v e T (w) = λ2w, onde λ1 6= λ2, enta˜o < v,w >= 0. 28. Prove que, se T e´ normal, enta˜o T e T ∗ teˆm o mesmo nu´cleo e a mesma imagem. 29. Prove que as seguintes condic¸o˜es sobre um operador P sa˜o equivalentes: a. P = T 2, para algum operador auotadjunto T . b. P = S∗S, para algum operador S. c. P e´ autoadjunto e < P (u), u >≥ 0, para todo u ∈ V . 3 Formas bilineares, coˆnicas e qua´dricas 1. Seja A ∈Mn×n(R). Prove que a seguinte transformac¸a˜o f e´ uma forma bilinear em Rn: f(x, y) = xTAy. 2. Seja f a forma bilinear em R2 definida por f((x1, x2); (y1, y2) := 2x1y1 − 3x1y2 + x2y2. a. Ache a matriz A de f na base [α] {= (1, 0); (1, 1)}. b. Ache a matriz B de f na base [β] {(2, 1); (1,−1}). c. Ache a matriz de transic¸a˜o P da base α para a base β, e verifique que B = PTAP . 3. Prove que qualquer forma bilinear f em V e´ a soma de uma forma bilinear sime´trica e de uma forma bilinear anti-sime´trica. 4. Seja q a forma quadra´tica associada a` forma bilinear sime´trica f . Verifique a seguinte forma polar alternada de f : f(u, v) = 1 4 [q(u+ v)− q(u− v)]. 6 5. Seja f a forma bilinear sime´trica associada a` forma quadra´tica real q(x, y) = ax2 + bxy + cy2. Prove que a. f e´ na˜o-degenerada se, e somente se, b2 − 4ac 6= 0. b. f e´ definida positiva se, e somente se, a > 0 e b2 − 4ac < 0. 6. Seja A uma matriz complexa na˜o-singular. Prove que H = A∗A e´ hermitiana e definida positiva. 7. Nas equac¸o˜es seguintes, identifique e ache a forma canoˆnica das coˆnicas a. 11x2 − 24xy + 4y2 − 40x+ 80y + 5 = 0. b. 9x2 − 4xy + 6y2 − 12x− 4y + 4 = 0. c. xy = −4 d. x2 − y2 + 2y − 1 = 0. 8. Identifique e ache a forma canoˆnica das seguintes superf´ıcies qua´dricas a. 3z2 + 2xy + x− 1 = 0. b. (3/2)y2 + (3/2)z2 + yz + 3x− 5√2y +√2z − 7 = 0. c. xy + xz + yz = 0. d. xy + x+ y = 0. e. x2 + 4y2 + 9z2 + 4xy − 6xz − 12yz = 0. f. xy + x+ y + 1 = 0. g. 4x2 + 4y2 + 4z2 + 4xy + 4xz + 4yz = 0. h. 2xy − 6x+ 10y + z − 31 = 0. 7
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