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Proc Civil - A1

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1 
 
Direito Processual Civil 
 
Definição 
 
Direito Processual Civil e direito material são autônomos. O historicismo ao longo dos 
séculos demonstra, e, à partir de 1903, com Chiovenda e Carnelutti, temos uma maior 
diferenciação entre as duas disciplinas. 
 
Desde que o Estado monopolizou o uso da força para a consecução de sues objetivos, 
necessitou de ferramentas que lhe auxiliassem nesse mister. 
 
Portanto: principal instrumento do Estado para o exercício do Poder Jurisdicional, 
regulamentando a função pública, tido enquanto ramo do direito público, como aquele 
em que os processos não considerados especiais são de sua ordem. 
 
Natureza 
 
Pertence ao ramo do direito público, pois regula uma das funções do Estado: a jurisdição. 
 
Relações com outros ramos do Direito 
 
Estreita-se com o Direito Constitucional, pois na Carta Política Republicana encontram-se 
os limites da função Estatal, na medida em que, o texto maior da Nação, trata de regras de 
tratamento igualitário das partes (art. 5°, inc. I), assegura a todos acesso ao Poder 
Judiciário (art. 5°, inc. XXXV), proclama a intangibilidade da coisa julgada (art. 5°, inc. 
XXXVI), proíbe a prisão por dívida (art. 5°, inc. LXVII), juízos de exceção (art. 5°, inc. XXXVII), 
e as provas ilícitas (art. 5°, inc. LVI), garante o devido processo legal (art., inc. LIV), o 
contraditório e a ampla defesa (art. 5°, Inc. LV), o juiz natural (art. Art. 5°, inc. LIII), a 
razoável duração do processo e os meio para assegurar a celeridade de sua tramitação 
(art. 5°, inc. LXXVIII). 
 
Relaciona-se com o direito administrativo (quando os auxiliares do juiz exercem no 
processo a função de administradores, de depositário), ou para apuração de falta 
funcional. 
 
2 
 
Também detém estreita relação com o processo penal, do trabalho, pois são todos 
variações de um ramo maior: a ciência processual, onde estão locados os princípios do 
direito processual. 
 
Também tem relação direta com o direito privado, pois falência e insolvência civil, por 
exemplo, são áreas do direito material que prescindem de regras processuais para que 
possam ser realizadas. 
 
Objetivo 
 
Da autonomia do direito processual surge o este ramo do direito que procura resguardar a 
ordem jurídica, tutelando a situação jurídico-material subjetiva em situação de crise, 
lesão ou ameaça. 
 
Novos rumos do Direito Processual Civil 
 
Os estudos voltam-se aos resultados efetivamente alcançados pela prestação jurisdicional. 
A doutrina tem se ocupado em da respostas a melhoria dos serviços forenses. 
Instrumentalidade e efetividade, são a tônica de um processo justo. 
 
Novos métodos de solução dos litígios foram criados com o intuito de enfrentar o litígio 
jurisdicionalizado, a demora do curso do processo instituído pelo Estado (Ex. Lei 9.307/96 
que instituiu a arbitragem). 
 
Os Juizados Especiais criados pela Lei 9.099/95 são outra forma de encaminhamento da 
solução do litígio de forma alternativa. 
 
A instituição da audiência preliminar no âmbito do Código de Processo Civil (art. 331) é 
outro exemplo claro desta vertente do avanço da matéria. 
 
Universalidade dos problemas do processo moderno 
 
Em todo o Ocidente onde se apregoa as raízes romanísticas, há a tendência desta 
orientação para reforma: a) Itália – movimento pelo processo justo; b) Alemanha – 
medidas destinadas a descongestionar os Tribunais; c) França: solução alternativa dos 
litígios. 
 
3 
 
Fontes do Direito Processual Civil 
 
São as mesmas de onde provém o Direito em geral. Lugar de onde provêm os preceitos 
jurídicos. 
 
Lei Processual 
 
Para alguns, fonte primária, abrangendo desde a Constituição Federal até os regimentos 
internos dos tribunais. 
 
É toda aquela que disciplina a função jurisdicional desenvolvida pelos juízos e Tribunais. 
 
Nos Países modernos e civilizados, o Processo Civil está compilado em leis que constam de 
Códigos (entre nós o Código de Processo Civil, de 11.01.1973, por diversas vezes alterado). 
 
Com a tarefa de suprir subsidiariamente as lacunas da lei, temos leis extravagantes que 
regulam também a tutela jurisdicional confiadas (alimentos, desapropriação, recuperação 
judicial e falência, etc.). 
 
A União competência privativa para legislar sobre Direito Processual (CF, art. 22, I). Os 
Estados têm competência para suplementar a legislação federal sobre procedimentos em 
matéria processual, bem como sobre a criação, o funcionamento e o processo do juizado 
de pequenas causas (CF, art. 24, X e XI). 
 
Constituição Federal 
 
O direito constitucional aumenta a categoria das normas jurídicas, onde a legalidade é o 
principal tom. Os princípios constitucionais, no que se convencionou de chamar Direito 
Processual Constitucional. 
 
Na Constituição estão previstos os direitos e garantias, e por isto, mesmo, estes 
estendem-se aos tratados internacionais que ingressam no País, por intermédio da Cara 
Política. 
 
Assim, o Brasil, por força do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e na 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos, afastou a prisão por dívida civil (STF, 
Pleno, RE n° 349.703/RS, Rel. Min,. Ayres Brito, AC. 03.12.2008, DJe 04.06.2009). 
4 
 
A lei processual no tempo 
 
Não diferem das demais, quanto à vigência, subordinam-se à LICC - Lei de Introdução ao 
Código Civil (Dec. - Lei 4.657/42). 
 
Assim, salvo disposição em contrário, a lei processual entra em vigor 45 dias depois de 
publicada, tendo efeito imediato e geral (art. 1o). 
 
Não sendo temporária vige até que outra venha para revogá-la. 
 
Respeita o direito adquirido, a coisa julgada e o ato jurídico perfeito (CF, art. 5°, inc. 
XXXVI e Lei de Introdução, art. 6°). 
 
Irretroatividade: Quando a lei nova atinge um processo em andamento, não tem 
nenhum efeito sobre os atos praticados sobre o império da nova lei. (Ex. art. 745-A do 
CPC – pagamento parcelado torna-se possível, quando outra lei processual e anterior não 
permitia). 
 
A lei processual no espaço 
 
Aplicação de normas processuais sujeita-se ao princípio da territorialidade, previsto no art. 
1o, do CPC, pelo qual a norma processual se aplica apenas no território do Estado que a 
elaborou. 
 
Vértice da soberania, pois, disciplinando o direito processual a atuação de função estatal, 
não se admite que norma processual de outro Estado, seja aqui aplicada. 
 
Enquanto no direito processual vige o princípio da territorialidade absoluta, o direito 
material é regido pela territorialidade mitigada, pois, em alguns casos, o juiz brasileiro 
solucionará o conflito de interesses aplicando a norma de direito material estrangeiro, 
conforme critérios estabelecidos pelos arts. 7o e seguintes da LICC (processo segue a lei 
nacional, mas a sentença aplicará a lei material alienígena). 
 
 
Interpretação das leis processuais 
 
 
5 
 
Às normas processuais aplicam-se as normas comuns de hermenêutica legal. Mas, na 
aplicação do direito instrumental, a lei deve atender aos “fins sociais a que ela se dirige e 
às exigências do bem comum” (art. 5° da LICC). 
 
A fiel interpretação das normas processuais, deve ser encontrada à luz dos princípios 
informativos que estruturam o processo dentro da ciência jurídica. Ex. art. 244 do CPC – 
muito embora o Réu deva ser citado pessoalmente porque requereu na ação o Autor, 
outra forma de integralizar a participação do Réu no processo é válida – seu 
comparecimento espontâneo. 
 
A função do juiz é de aplicador da lei e não de legislador, de reformador da legislação 
existente. Somentequando não encontrar teto expresso de lei é que pode socorrer-se da 
analogia (aplicar a um caso não expressamente regulamentado pela norma, uma regra 
que se destina a disciplinar caso similar), costumes e dos princípios gerais (normas 
jurídicas dotadas de maior grau de abstração e maleabilidade que servem de vetores 
introdutórios, no mundo jurídico, dos valores predominantes no meio social do Direito 
para preencher lacunas) – art. 126 do CPC. 
 
Princípios Informativos do Direito Processual 
 
As leis processuais se apóiam, antes de tudo, nos princípios gerais observáveis em todo o 
direito. 
 
São eles 
 
a) Legalidade: (CF, art. 5°, II): que limita o poder estatal garantido a inviolabilidade pessoal 
e patrimonial (art. 5°, caput, CF). 
b) Lógico: impõe aos atos e decisões das autoridades púbicas uma sustentação racional, 
pois, ao aplicar a lei, deve fazer o juiz dentro de um critério de racionalidade. Tal princípio 
se exterioriza na obrigatoriedade das decisões fundamentadas (art. 93, inc. IX, da CF). 
 
c) Dialético: se realiza pelo contraditório imposto pela Constituição, (art. 5°, inc. LV), 
traduzindo-se na ampla discussão entre as partes e o juiz em torno das questões (fatos e 
fundamentos jurídicos propostos pelas partes). O juiz exerce autoridade no comando do 
processo, mas não o faz de maneira autoritária. 
 
d) Político: sujeição do juiz em dar cumprimento aos atos decisórios, com enfoque no 
prisma Constitucional que valoriza os elementos encartados e que revelam o Estado 
6 
 
Democrático de Direito. Ex.: por excesso de preciocismo no campo do direito de família, o 
magistrado pune o pai que retire a criança para passar com ele o aniversário, sem que tal 
data comemorativa não conste do título homologado divórcio consensual. 
 
Princípios Informativos e relacionados ao Processo 
 
Devido Processo Legal 
 
O processo é uma garantia individual da pessoa humana (art. 5°, inc. XXXV). 
 
Jurisdição e processo são dois institutos indissociáveis. O direito a jurisdição é, também o 
direito ao processo, como meio indispensável à realização da justiça. A justa composição 
da lide só pode ser prestada dentro das normas processuais traçadas pelo direito (CF. Art. 
5º, incisos, XXXV, LIV, LV). 
 
A par da regularidade formal, o processo deve adequar-se a realizar o melhor resultado 
concreto, em face dos desígnios do direito material. Por isto modernamente diz-se que o 
processo que devidamente é legal, o é, porque é justo. 
 
Assim, o processo justo em que se transformou o antigo devido processo legal, é o meio 
concreto de se praticar o processo judicial delineado pela Constituição Federal, para 
assegurar-se o pleno acesso à justiça e a realização das garantias fundamentais (direito 
de acesso à Justiça, direito de defesa, contraditório e paridade de armas, independência e 
imparcialidade do juiz, obrigatoriedade de motivação das decisões judiciais, garantia da 
razoável duração). 
 
Instrumentalidade Efetiva e Celeridade Processual 
 
Há uma urgência na simplificação dos dispositivos colocados como instrumentos da tutela 
estatal (o CPC necessita de reforma). Óbice e armadilhas processuais somente prejudica à 
parte que tem razão, de maneira que, sem pré que possível, é necessário que se aumente 
as chances do processo terminar e julgar a causa. 
 
As reformas processuais devem ir além d alei, alcançando o espírito de que julga. 
 
7 
 
Modernamente se discute que os Tribunais vêm editando súmulas para regular matérias 
que à princípio, seriam reservadas à lei, mas, acredita-se que só assim se poderia restringir 
à atividade das partes ao processo efetivo (que tenha um fim). 
 
Outros assentam que muito se julga com apoio em cláusulas gerais legisladas, que 
afrontam as bases jurisprudências já sedimentadas, e, às vezes em sentido contrário. Ex. o 
artigo que dá chance ao juiz de extinguir a causa por falta de amparo legal (sem citar o 
Réu). 
 
Princípio Dispositivo e Inquisitivo 
 
Caracteriza-se o princípio inquisitivo pela liberdade da iniciativa conferida ao juiz, tanto 
na instauração da relação processual, como no seu desenvolvimento. Por todos os meios, 
ao seu alcance, o juiz procura descobrir a verdade rela – independente de colaboração das 
partes. 
 
O princípio dispositivo, atribui às partes toda iniciativa do processo, seja no seu impulso, 
seja no tocante as provas que só podem ser produzidas pelas próprias partes. 
 
Consagra o Código de Processo o princípio dispositivo, mas reforça a autoridade do Poder 
Judiciário, para prevenir ou reprimir qualquer ato atentatório à dignidade da justiça. 
 
Se o interesse em conflito é das partes – podem elas renunciar a sua tutela, como o fazem 
com qualquer direito patrimonial privado, entretanto, uma vez deduzida a pretensão em 
juízo, já existe outro interesse que passa a ser público, consistente na preocupação com a 
justa composição do litígio. CPC. Art. 262. 
 
Também em matéria de prova, a regra é a iniciativa das partes, o juiz por sua posição de 
árbitro imparcial, não deve se transformar num investigador de fatos incertos, cuja 
eventual comprovação, possa, por acaso, beneficiar um dos litigantes. Só 
excepcionalmente, portanto, caberá ao juiz determinar a realização de provas de ofício. 
CPC. Art. 130. 
 
Contraditório 
 
O processo está sob o prisma da igualdade de ambas as partes da lide. Confere-lhes, 
pois, iguais poderes e direitos. 
8 
 
Desdobramento do tratamento igualitário entre as partes. 
 
O princípio do contraditório reclama, que se dê oportunidade à parte não só de falar 
sobre as alegações do outro litigante, como também de fazer prova contrária. 
 
Necessidade de ouvir a pessoa perante a qual será proferida a sentença, garantindo-lhe 
pleno direito de defesa e de pronunciamento durante todo o curso do processo. Não há 
privilégios, de qualquer sorte. 
 
Embora os princípios processuais, possam admitir exceções, o do contraditório é absoluto, 
e deve ser sempre observado, sob pena de nulidade do processo. 
 
Decorrem 3 conseqüências básicas desse princípio: 
 
 A sentença só afeta as pessoas que forem partes no processo, ou seus sucessores; 
 Só há relação processual completa após regular citação do demandado; 
 Toda decisão só é proferida depois de ouvida ambas as partes; 
 
Princípio da Recorribilidade e do Duplo Grau de Jurisdição 
 
Todo ato jurisdicional que traga prejuízo à um direito ou interesse da parte deve se 
recorrível, como meio de evitar ou emendar os erros e falhas que são inerentes ao 
julgamento humano. 
 
Os recursos, todavia, obedecem às formas e oportunidades prescritas em lei, para não 
tumultuar o processo e frustrar o objetivo da tutela jurisdicional em manobras caprichosas 
e de má-fé. 
 
Complementa o princípio, a garantia de que que outro órgão se encarregue da revisão –
(dualidade de instâncias ou do duplo grau de jurisdição). 
 
 
Princípio da Verdade Real 
 
Não há mais provas de valor previamente hierarquizado no direito processual moderno, 
a não ser naqueles atos solenes em que a forma é de sua própria substância. CPC. Art. 131. 
 
9 
 
Não quer dizer que o juiz possa ser arbitrário, pois a finalidade do processo é a justa 
composição do litígio e está só pode ser alcançada quando se baseie na verdade real ou 
material, e não na presumida por prévios padrões de avaliação ou elementos 
probatórios. 
 
A liberdade de convencimento, nos termos do artigo 131, fica limitada ao juiz, para 
garantia das partes, em dois sentidos: 
 
Sua conclusão deverá basear-se apenas em fatos e circunstânciasconstantes dos autos. 
 
A sentença necessariamente deverá conter os motivos pelo qual lhe formaram o 
convencimento (m0tivação das decisões). 
 
Princípios Informativos do Procedimento 
 
Princípio da oralidade 
 
A discussão oral da causa em audiência é tida como fator importantíssimo para concentrar 
a instrução e julgamento no menor número possível de atos processuais. 
 
Caracterizam, o princípio da oralidade, em sua pureza conceitual: 
 
 Identidade da pessoa física do juiz, de modo que este dirija o processo desde seu 
início até o julgamento; 
 Concentração, isto é, que em uma ou em poucas audiências próximas se realize a 
produção de provas e o julgamento da causa; 
 Irrecorribilidade das decisões interlocutórias; evitando a cisão do processo ou a sua 
interrupção continua, mediante recursos, que devolvem ao tribunal o julgamento 
impugnado. 
 
A oralidade em nosso Código foi mitigada, em face das peculiaridades de nossa realidade 
e restrições ao uso do princípio. 
 
Quanto à irrecorribilidade das decisões, nosso CPC foi contrário ao princípio, pois, admite 
recurso de agravo de instrumento (art. 522), de todas as decisões interlocutórias 
preferidas oralmente. 
 
 
10 
 
Princípio da Economia Processual 
 
O processo civil deve se inspirar no ideal de propiciar às partes uma justiça barata e rápida. 
 
Deve tratar-se de obter o maior resultado com o mínimo de emprego da atividade 
processual. 
 
Ex.: denegação de provas inúteis, coibição de incidentes irrelevantes; arrolamento de 
testemunhas fora da Comarca onde tramita o feito, sem que tenha ela qualquer 
identidade com a causa. 
 
Não é justo que uma causa se arraste indefinidamente pelo foro, desanimando a parte e 
desacreditando o aparelho Judiciário. 
 
Princípio da Duração Razoável do Processo 
 
A duração exagerada de processos decorre da inobservância e da indiferença e tolerância 
dos juízes e tribunais diante de desvios procrastinatórios impunemente praticados por 
aqueles à quem aproveita o retardamento do litígio. 
 
Hoje a Constituição Federal insere o princípio enquanto princípio fundamental, garantia de 
acesso à justiça, e ao processo justo. 
 
Princípio da Eventualidade ou da Preclusão 
 
O processo caminha sempre para a frente, sumo à solução do mérito, sem dar ensejo a 
manobras de má-fé de litigantes inescrupulosos ou maliciosos. 
 
Deve o processo ser dividido numa série de fases e momentos, formando compartimentos 
estanques, entre os quais se reparte o exercício das atividades, tanto das partes, como do 
juiz. 
 
Dessa forma cada fase prepara a seguinte e, uma vez passada à posterior, não mais é dado 
retornar à anterior. 
 
11 
 
Pelo princípio da eventualidade ou da preclusão, cada faculdade processual deve ser 
exercitada dentro da fase adequada, sob pena de se perder a oportunidade de praticar o 
ato respectivo. 
 
PRECLUSÃO: consiste na perda da faculdade de praticar um ato processual, quer porque já 
foi exercitada a faculdade no momento processual oportuno, quer porque a parte deixou 
escapar a fase processual própria, sem fazer uso de seu direito.

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