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Dto Penal Parte Geral Questões

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ART. 15 - DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E 
ARREPENDIMENTO EFICAZ 
 
1) Configura-se a desistência voluntária ainda que 
não tenha partido espontaneamente do agente a 
ideia de abandonar o propósito criminoso, com 
o resultado de deixar de prosseguir na execução 
do crime. 
 
2) Denomina-se arrependimento eficaz a 
reparação do dano ou a restituição voluntária da 
coisa antes do recebimento da denúncia, o que 
possibilita a redução da pena, em se tratando de 
crimes contra o patrimônio. 
 
3) A desistência da tentativa inacabada deve ser 
entendida como arrependimento eficaz. 
 
4) O agente que tenha desistido voluntariamente 
de prosseguir na execução ou, mesmo depois de 
tê-la esgotado, atue no sentido de evitar a 
produção do resultado, não poderá ser 
beneficiado com os institutos da desistência 
voluntária e do arrependimento eficaz caso o 
resultado venha a ocorrer. 
 
 
Gabarito: 1C - 2E - 3E – 4C 
 
ART. 16 - ARREPENDIMENTO POSTERIOR 
 
5) Aquele que, por ato voluntário, porém não 
espontâneo, devolve a coisa furtada antes do 
recebimento da denúncia não pode beneficiar-
se do arrependimento posterior. 
 
6) Situação hipotética: André, que tinha praticado 
crime de roubo e subtraído, na ocasião, R$ 
1.000 de Bruno, restituiu voluntariamente o 
referido valor a este antes do recebimento da 
denúncia. Assertiva: Nessa situação, a 
restituição do dinheiro subtraído configura 
arrependimento posterior, o que incorre no 
reconhecimento de causa de diminuição de 
pena. 
 
7) Ocorre tentativa qualificada na desistência 
voluntária, no arrependimento eficaz e no 
arrependimento posterior. 
 
8) Em se tratando do delito de furto, havendo 
subsequente arrependimento do agente e 
devolução voluntária da res substracta antes do 
oferecimento da denúncia, fica caracterizado o 
arrependimento eficaz, devendo a pena, nesse 
caso, ser reduzida de um a dois terços. 
 
Gabarito: 5E – 6E – 7E – 8E 
 
ART. 17 – CRIME IMPOSSÍVEL 
 
9) Configura crime impossível a tentativa de 
subtrair bens de estabelecimento comercial que 
tem sistema de monitoramento eletrônico por 
câmeras que possibilitam completa observação 
da movimentação do agente por agentes de 
segurança privada. 
 
10) Com relação ao crime impossível, o legislador 
penal brasileiro adotou a teoria subjetiva. 
 
11) A jurisprudência do STJ pacificou-se no 
sentido de que a presença de sistema eletrônico 
de vigilância no estabelecimento comercial 
torna o agente completamente incapaz de 
consumar o furto, a ponto de reconhecer 
configurado o crime impossível, pela absoluta 
ineficácia dos meios empregados. 
 
12) O Brasil adota, em relação ao crime impossível, 
a teoria objetiva temperada, segundo a qual os 
meios empregados e o objeto do crime devem 
ser absolutamente inidôneos a produzir o 
resultado idealizado pelo agente. 
 
Gabarito: 9E - 10E - 11E – 12C 
 
ART. 18 - CRIME DOLOSO E CRIME 
CULPOSO 
 
13) Age com dolo eventual o agente que prevê 
possíveis resultados ilícitos decorrentes da sua 
conduta, mas acredita que, com suas 
habilidades, será capaz de evitá-los. 
 
14) Ricardo, com o objetivo de matar Maurício, 
detonou, por mecanismo remoto, uma bomba 
por ele instalada em um avião comercial a 
bordo do qual sabia que Maurício se 
encontrara, e, devido à explosão, todos os 
passageiros a bordo da aeronave morreram. 
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Nessa situação hipotética, Ricardo agiu com 
dolo direto de primeiro grau no cometimento do 
delito contra Maurício e dolo direto de segundo 
grau no do delito contra todos os demais 
passageiros do avião. 
 
15) A culpa inconsciente distingue-se da culpa 
consciente no que diz respeito à previsão do 
resultado: na culpa consciente, o agente, 
embora prevendo o resultado, acredita 
sinceramente que pode evitá-lo; na culpa 
inconsciente, o resultado, embora previsível, 
não foi previsto pelo agente. 
 
16) De acordo com a legislação penal vigente, toda 
conduta de quem prevê o resultado é 
considerada dolosa. 
 
Gabarito: 13E - 14C - 15C - 16E 
 
ART. 20 - ERRO SOBRE O ELEMENTO DO 
TIPO 
 
17) Configura erro de tipo essencial a conduta de 
um indivíduo que, após estrangular outro, 
crendo que ele esteja morto, enforque-o para 
simular suicídio, com comprovação posterior 
de que a vítima tenha morrido em decorrência 
do enforcamento. 
 
18) Considerando o disposto no Código Penal 
brasileiro, quanto à matéria do erro, é correto 
afirmar que, em regra, o erro de proibição recai 
sobre a consciência da ilicitude do fato, ao 
passo que o erro de tipo incide sobre os 
elementos constitutivos do tipo legal do crime. 
 
19) Erro de pessoa e aberratio ictus são espécies de 
erro na execução do crime, não tendo nenhuma 
relação com a representação que o agente faz 
da realidade. 
 
20) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal 
de crime exclui a culpa, mas permite a punição 
por crime doloso, caso previsto em lei. 
 
Gabarito: 17E - 18C - 19E - 20E 
 
 
 
 
 
 
 
 
ART. 21 - ERRO DE PROIBIÇÃO 
 
21) O erro de proibição pode incidir sobre a 
existência e a validade da lei penal, mas não 
sobre sua interpretação. 
 
22) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, 
isenta de pena; e, se evitável, poderá diminuí-
la, de um sexto a um terço. Tal modalidade de 
erro, segundo a doutrina penal brasileira, pode 
ser classificada adequadamente como erro de 
tipo e pode, em circunstâncias excepcionais, 
excluir a culpabilidade pela prática da conduta. 
 
23) Caracterizada a ocorrência de erro de proibição 
indireto inescusável, o agente responderá pelo 
crime doloso, com pena diminuída de um sexto 
a um terço. 
 
24) Na ocorrência de erro de proibição inevitável, 
deste deve-se excluir a culpabilidade, em razão 
da falta de potencial consciência da ilicitude, e, 
na ocorrência de erro evitável, deve-se, 
obrigatoriamente, atenuar a pena. 
 
Gabarito: 21E - 22E - 23C - 24C

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