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A Liderança nas Marinhas do Século XXI

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A Liderança nas Marinhas do Século XXI
A liderança e a guerra estão interligadas e presentes na vida do homem, desde as mais remotas eras, sendo de vital importância a escolha do líder para a sobrevivência do grupo. Com o passar do tempo, o termo sobrevivência não necessariamente manteve o significado de sobrevivência física, passando a significar a sobrevivência do grupo, de acordo com a finalidade para a qual foi formado. A liderança insere-se no campo das ciências humanas, o que permite percepções, abordagens e desenvolvimentos teóricos diversos, sendo que o tema somente passou a ser estudado em profundidade a partir da segunda metade do século XX, em grande parte fruto das lições aprendidas da aplicação prática da liderança, no desenrolar da II Guerra Mundial. Se antes a hereditariedade era o fator de maior peso, o meio ambiente passou a ter um papel fundamental na formação do líder. Atualmente, as empresas gastam todos os anos bilhões de dólares em treinamento, desenvolvimento e consultoria para suas equipes de liderança. A principal prioridade das organizações hoje é identificar, desenvolver, e reter lideranças, cabendo destacar que iniciativas de desenvolvimento de pessoas e gestão de talentos são as que mais deverão receber investimentos no futuro próximo, o que mostra a importância da liderança para as empresas. Se o tema liderança tem essa importância para as empresas, quando se passa para a área militar, a liderança tem seu valor em muito aumentado. A liderança militar é de extrema importância, pois, na profissão militar pode ser exigido o sacrifício da própria vida, e deste modo, a liderança pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Inicialmente, a influência inglesa marcou a liderança na Marinha do Brasil, porém, com a contratação da Missão Naval Americana, em 1922, a influência norte-americana passou 71 a predominar, e pode-se creditar, em parte, a esta Missão o excelente desempenho observado pela Força no decorrer da II Guerra Mundial. A influência norte-americana começou a declinar a partir de 1977, quando foi denunciado o Acordo de Assistência Militar, assinado em 1952. A Marinha do Brasil sempre cultivou a liderança entre seus membros, desde o seu nascimento, após a independência do Brasil, o que se mostrou fundamental para que a mesma pudesse alcançar os expressivos resultados nos conflitos onde foi empregada, e o prestígio que hoje desfruta no seio da sociedade, porém, o tema liderança nem sempre foi tratado em profundidade e nem de forma sistemática pela Instituição, ao longo dos anos. A Diretoria de Ensino da Marinha promoveu em 1994, na Escola Naval, o primeiro Simpósio de Liderança, que teve como um dos resultados a criação ou o redimensionamento, nos diversos cursos do Sistema de Ensino Naval, da disciplina liderança, dando ênfase aos aspectos considerados sensíveis naquele Simpósio, sendo que, em 1996, foi criado o Curso Expedito de Qualificação de Oficiais Instrutores de Liderança. Por muito tempo o ensino da liderança somente dispôs de manuais estrangeiros, apostilas e folhas de informações, até que, em 1996, foi publicado o DEnsM-1005, Manual de Liderança, em 1999, o DEnsM-1006, Liderança-Estudo de Casos, que realmente foram avanços no ensino da liderança, e, finalmente, em 2004, foi editado o primeiro documento de alto nível sobre o tema, pelo Estado-Maior da Armada (EMA), que é o setor responsável pela doutrina na Marinha do Brasil. Este documento, EMA-137, trata da Doutrina de Liderança da Marinha, e realmente foi um marco na evolução do tema liderança na Marinha do Brasil. Outro documento importante sobre o tema são as Orientações do Comandante da Marinha (ORCOM), onde, em 2007, foi incluído, pela primeira vez, um item específico sobre liderança (item P-7), e este item tem passado a fazer parte de todas as ORCOM, até o presente ano. 72 Como pontos comuns nas ORCOM, desde 2007 até 2010, relativos à liderança, constam que, no âmbito de todos os Órgãos de Direção Setoriais (ODS), deverão ser buscados: reforço, em todos os níveis hierárquicos, do culto ao exemplo; incentivo à delegação de autoridade e, em decorrência, à iniciativa, em todos os níveis hierárquicos; inserção do tema Liderança nos Programas de Adestramento (PAD) das OM, e, quando julgado necessário, promoção de estudos em comum, sempre que possível, na forma de Estudos de Casos; e incentivo à divulgação de experiências positivas no tocante à liderança. Na ORCOM 2010 consta que deverá ser implementado o “Programa de Treinamento de Instrutores de Liderança”, a fim de dar continuidade ao aprimoramento da capacitação dos Corpos Docentes Integrados dos estabelecimentos de ensino da MB, e que deverá ser aprimorado o “Portal de Liderança”, implantado em 2009, de modo a ampliar suas possibilidades de interatividade. Consta, também, na ORCOM 2010, que deverão ser realizados Simpósios de Liderança regionais, com uma participação significativa de Comandantes/Diretores e Imediatos/Vice-Diretores, além do envolvimento de todos os ODS na proposição e discussão de temas. Nas Orientações Setoriais do Comandante-Geral do CFN, de 2010, consta que ao Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN), especificamente, caberá coordenar a realização do Simpósio de Liderança do CFN–2010, onde deverão ser apresentados estudos de casos ocorridos no Haiti, desde o início da participação do Brasil, em 2004. Outro importante documento sobre o tema liderança é a Política de Ensino da Marinha (PoEnsM), aprovada pelo Comandante da Marinha em 2004. Dentre os objetivos do Ensino da Marinha, estabelecidos na PoEnsM, consta “Desenvolver a capacidade de liderança do pessoal da MB, de forma a possibilitar a postura correta e as condições essenciais para o seu exercício, de acordo com o respectivo nível hierárquico”.
Cidadania: direito e deveres
A "cidadania" designa, de modo geral, tudo aquilo que tange a posse de direitos e deveres de um povo num território.
A cidadania é a expressão máxima do direito, pois este existe para os cidadãos. Estes atributos, de toda forma, são direitos civis, direitos políticos e direitos sociais.
Contudo, cidadania também significa obedecer às leis e as normas nas quais se baseiam os direitos dos cidadãos.
Portanto, os cidadãos, ou civis, possuem os direitos civis, políticos e sociais que emanam da nação.
É importante notar que a cidadania é um processo contínuo e em constante transformação (quase sempre cumulativas)
Fica claro o fato de a nacionalidade ser um pressuposto da cidadania. Atualmente, esta também identifica-se com a maioridade, pois está fundamentada no processo educativo que forma o cidadão, tornando-o apto à cidadania.
Desse modo, aqueles que muito jovens e, muitas vezes os estrangeiros, não estão preparados para o exercício da cidadania num determinado território ou cultura.
Devido ao fato de estar intrinsecamente ligado à noção de direitos, a cidadania pressupõe, em contrapartida, deveres.
Ou seja, para que tenhamos o direito à saúde, educação, moradia, trabalho, previdência social, lazer, temos o dever de cumprir as leis, eleger os governantes e pagar impostos.
Podemos ainda classificar os direitos do cidadão (T.H. Marshall, 1950) como sendo de natureza civil, ou seja, aqueles inerentes à liberdade individual, liberdade de expressão e de pensamento; o direito à propriedade e à justiça.
Existem aqueles de natureza política, como o direito de participação do exercício do poder político elegendo e sendo eleito. Por fim, os diretos de caráter social, como o bem-estar econômico e social.
De modo ideal, a cidadania seria o exercício pleno dos direitos políticos, civis e sociais, numa completa liberdade participativa, posto que a cidadania não acorde com individualismo ou a passividade.
Direitos
- Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações
- Saúde, educação, moradia, segurança, lazer, vestuário, alimentação e transporte são direitos dos cidadãos.
- Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
- Ninguém deve ser submetidoà tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
- A manifestação do pensamento é livre, sendo vedado o anonimato.
- A liberdade de consciência e de crença é inviolável, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto.
Deveres
- Votar para escolher nossos governantes.
- Cumprir as leis.
- Respeitar os direitos sociais de outras pessoas.
- Educar e proteger nossos semelhantes.
- Proteger a natureza.
- Proteger o patrimônio público e social do País.
- Colaborar com as autoridades.
As Forças armadas na garantia da lei e da ordem
Realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República, as missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ocorrem nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem. 
Reguladas pela Constituição Federal, em seu artigo 142, pela Lei Complementar 97, de 1999, e pelo Decreto 3897, de 2001, as operações de GLO concedem provisoriamente aos militares a faculdade de atuar com poder de polícia até o restabelecimento da normalidade. 
Nessas ações, as Forças Armadas agem de forma episódica, em área restrita e por tempo limitado, com o objetivo de preservar a ordem pública, a integridade da população e garantir o funcionamento regular das instituições. 
A decisão sobre o emprego excepcional das tropas é feita pela Presidência da República, por motivação ou não dos governadores ou dos presidentes dos demais Poderes constitucionais. 
Exemplo de uso das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem foi o emprego de tropas em operações de pacificação do Governo estadual em diferentes comunidades do Rio de Janeiro. Também, recentemente, o uso de tropas federais nos estados do Rio Grande Norte e do Espírito Santo, devido ao esgotamento dos meios de segurança pública, para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
As Forças Armadas também atuaram nos limites legais da GLO durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável do Rio de Janeiro (Rio + 20), em 2012; na Copa das Confederações da FIFA e na visita do Papa Francisco a Aparecida (SP) e ao Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013; na Copa do Mundo 2014 e nos Jogos Olímpicos Rio 2016, ambos no Brasil.
Além disso, operações de GLO são adotadas para assegurar a tranquilidade e lisura de processos eleitorais em município sob risco de perturbação da ordem. 
No início de 2014, o Ministério da Defesa publicou o Manual de GLO, confeccionado por assessores civis e militares, com o objetivo de padronizar as rotinas e servir de instrumento educativo e de doutrinação para as forças preparadas para atuar nesse tipo de ação.
A crise na Venezuela e o Brasil
A crise econômica e humanitária que atinge a Venezuela, que vive clima de tensão na véspera das eleições para uma Assembleia Constituinte, transborda das próprias fronteiras e atinge o Brasil. Nos primeiros seis meses de 2017, 7600 venezuelanos pediram refúgio ao governo brasileiro, conforme dados da Polícia Federal (PF). O número é maior do que a soma de todos os pedidos nos cinco anos anteriores.
A maioria dos migrantes entra pela fronteira entre os dois países em Pacaraima, no norte de Roraima, vindos de Santa Helena de Uairén. A rota continua por mais 200 quilômetros até Boa Vista onde se pode fazer o registro posto da PF e encontrar comida e trabalho — mesmo que seja para limpar vidros nos semáforos da cidade. Ao contrário da onda imigração haitiana, poucos são os venezuelanos que saem de Roraima. Muitos mantêm as famílias na Venezuela e desejam voltar quando a situação do país melhorar.
“A fome é o principal motivo para a vinda deles. Não há comida. E quando tem é muito cara”, diz a Irmã Telma Santos, que atua no Centro de Migração e Direitos Humanos da Cáritas na região.
Outro motivos citados por Telma são a falta de trabalho, a violência e o medo da Guarda Nacional Bolivariana, um dos organismos de segurança usados na repressão contra manifestantes.
A demanda por trabalho e por atendimento médico dos novos moradores locais vêm sobrecarregando o sistema de saúde local. Segundo a ONG Human Rights Watch, o hospital geral de Roraima atendeu em média 300 pacientes venezuelanos por mês em 2017. A busca pela UTI Neonatal também aumentou, já que as mulheres temem que os filhos morram por falta de atendimento adequado no lado caribenho da fronteira.
Em Manaus, a prefeitura precisou improvisar um sistema para abrigar os cerca de 600 índios da etnia Warao que cruzaram a fronteira, também por fome. “A situação aqui é preocupante. A pressão sobre nós vai continuar”, diz Arthur Virgílio, o prefeito da cidade. Para o político, o ideal seria que o governo brasileiro instalasse um centro humanitário na fronteira.
Crise brasileira dificulta ação
“É do interesse brasileiro que os nossos vizinhos estejam bem, porque com eles em crise sempre acaba tendo um impacto na gente”, diz o embaixador e vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Luiz Augusto Castro Neves.
Para Neves, o Brasil tem dificuldade de lidar com a Venezuela por diversos fatores. O primeiro obstáculo é a crise econômica brasileira, que já atingiu 14 milhões de desempregados, e dificulta a absorção dos imigrantes no mercado de trabalho. Se o aumento do fluxo de venezuelanos mantiver a tendência de crescimento, vai pressionar ainda mais o sistema.
Além disso, o governo brasileiro não consegue influenciar os eventos na vizinhança por meio da ação diplomática. Apesar da censura de Brasília ao regime de Nicolás Maduro, a diplomacia brasileira se mostrou incapaz de tomar medidas mais enérgicas para ajudar na resolução do conflito — seja na tentativa de conciliação entre chavistas e oposição, seja na aplicação de sanções econômicas impostas pelo Mercosul. Para o embaixador, a dificuldade de operar é motivada pela situação interna: “O governo Temer tem outra prioridade, que é a sobrevivência. Como que vai falar grosso lá fora?”.
Risco de calote
No âmbito econômico, impacto da crise também foi sentida: o volume de exportações do Brasil para a Venezuela em abril deste ano foi o mais baixo desde setembro de 1989. “As exportações nacionais caíram como um todo, mas para o regime chavista, em comparação, foi muito pior”, diz o economista e professor do Insper, Otto Nogami.
No acumulado de 12 meses, as vendas brasileiras chegaram ao auge de 5,4 bilhões de dólares em agosto de 2012. Desde então vem caindo até chegarem 987 milhões de dólares em junho deste ano. “Nós vendemos para lá feita em dólares e, no momento, a Venezuela quase não tem mais a moeda americana em estoque, o que dificulta o pagamento de seus compromissos”.
Com a falta de dinheiro da Venezuela, os setores brasileiros que mais perderam foram o de máquinas e equipamentos e produtos farmacêuticos. A Coca Cola, por exemplo, parou de operar no país porque não consegue mais ter acesso a açúcar. Para piorar, as notas das agências crédito para o país também vem caindo. Em junho, a S&P rebaixou a nota da Venezuela de CCC para CCC- e fez uma alerta: existe risco de calote.
Para Nogami, contudo, uma eventual implosão econômica do país caribenho não teria grande impacto no Brasil. Primeiro, porque a economia da Venezuela é muito pequena em comparação com a brasileira. Segundo, porque o país se tornou um parceiro comercial muito pequeno para ter um impacto profundo. “Felizmente, hoje temos uma baixa exposição”, diz.
O terrorismo no ciberespaço
A presença das organizações terroristas no ciberespaço e o problema que elas trazem para a segurança dos atores internacionais necessitam de atenção. Suas ações se realizam de diferentes formas, algumas facilmente identificáveis, e mobilizam discussões e curiosidade na sociedade. A pesquisa se inicia de forma a apresentar o ciberespaço, poder cibernético e a internet, conceitos básicos para entender como as organizações terroristas atuam nesse meio, quais sãosuas capacidades e a importância delas no contexto internacional atual. Assim, é possível perceber que o ciberespaço é um domínio cada vez mais presente na sociedade e, consequentemente, os atores internacionais utilizam-se do espaço cibernético como mais uma forma de exercer poder. Ao mesmo tempo em que é um novo campo de atuação para as questões internacionais, possui um alto número de usuários, baixos custos de entrada, capacidade de mudanças rápidas e comdiciona a difusão de poder, o que acaba resultando na dificuldade de manter esse espaço totalmente seguro. Essa mesma difusão de poder que possibilita atores menores exercerem um papel maior no contexto internacional de forma positiva e com mais visibilidade, também possibilita a atuação de atores com intenções criminosas, os quais beneficiam-se das falhas nos sistemas de segurança. No caso das organizações terroristas, elas encontram no ciberespaço a possibilidade de divulgar e propagar seus ideais em uma escala mundial. O aperfeiçoamento dos grupos nas questões cibernéticas resultam na utilização do poder no ciberespaço de uma forma mais eficaz para seus objetivos, o que torna ainda mais importante a discussão desta questão para as relações internacionais, devido à ameaça que elas trazem para o cenário mundial. Assim, sendo a presença das organizações terroristas um fenô- meno crescente no ciberespaço, o problema da pesquisa era indagar de que maneira estas organizações utilizam-se do espaço ciberné- tico como ferramenta de atuação. Como resposta, foi identificada a atuação por meio de propaganda, financiamento, treinamento, planejamento, execução e ataques cibernéticos. A propaganda é a forma de atuação mais conhecida e facilmente identificada, utilizada para recrutar novos membros, disseminar ideias e incitar ações terroristas. O financiamento se torna mais Mayara Gabrielli Gardini 30 • Belo Horizonte, v. 13, n. 25 e 26, p. 7 - 33, 2014 fácil pelas ferramentas disponíveis no ciberespaço, assim como o treinamento, proporcionado pela troca rápida de informações e a disponibilidade de manuais e vídeos para a transmissão de conhecimento, sem precisar atravessar fronteiras para isso. O planejamento e a execução, assim como as outras formas de atuação, tomam uma nova proporção, pois é possível ter acesso a uma grande quantidade de informação e pessoas, o que concede aos grupos terroristas mais poder para atingir seus objetivos. Já os ataques cibernéticos são uma forma de poder só praticável neste domínio, que ainda não representa uma grande ameaça se comparado aos atos terroristas fora do mundo virtual. Com os objetivos delimitados alcançados, é possível perceber que as maneiras que os grupos terroristas se utilizam do poder no ciberespaço intensificou-se nos últimos anos e, se seguir nesta direção, a situação pode se agravar. É difícil controlar o que acontece no espaço cibernético, ainda mais no caso das organizações terroristas. No caso de uma página na internet de um desses grupos, se a mesma for derrubada, a possibilidade de aparecerem mais cinco para o mesmo propósito é grande; e quando não querem ser encontrados, o problema fica ainda mais complexo de resolver (mesmo não sendo impossível), pois existem inúmeras formas de camuflar- -se nesse meio e não chamar a atenção. Outro ponto compreendido foi o terrorismo cibernético, o qual, de acordo com a definição citada, ainda não é praticado. Existem muitas variáveis que precisam ser analisadas para a existência deste fenômeno e mais informações são necessárias para tal afirmação, porém, se não existir um sistema de segurança mais eficaz, é possível que com o aumento das capacidades técnicas e de recursos financeiros dessas organizações, o terrorismo cibernético seja praticável. Existem muitas questões relacionadas com o espaço ciberné- tico, um ambiente complexo e com inúmeras possibilidades de atuação, onde os grupos terroristas são apenas uma pequena parte do problema, que necessitam de mais atenção por parte da academia, em especial na área das Relações Internacionais. Quanto mais conhecimento sobre o assunto, maior a capacidade de lidar com as ameaças futuras neste meio.
Brasil que eu quero ajudar a construir
A primeira é corretiva. Corrigir os danos já feitos e minimizar ações que tornam o mundo “pior”. Campanhas contra a poluição, de todas as formas, é uma das formas. Selecionar o lixo entre reciclável e orgânico é uma realidade cada vez mais visível, além de ser altamente rentável.
A segunda é preventiva. Criar ações que inibam as pessoas, individualmente ou coletivamente através das organizações, é uma forma positiva de “construir um mundo melhor”. 
Mas tudo isso se resume em ações sobre e com as pessoas. São essas que criaram ou criam um “mundo pior” como esse que está aí. A violência, real ou simbólica, só existe nas ações das pessoas.  Só vamos construir um mundo melhor se construírmos pessoas melhores, estruturas sociais mais justas e comprometimento com os valores humanos acima dos valores econômicos. Você quer “construir um mundo melhor” para seus filhos, comece se construindo, com ações e atitudes melhores, com sua família e amigos. O não-fazer nada, entrincheirar-se  em um individualismo egoísta e alienado, já é contribuir para “um mundo pior”.
Veja também: 7 aplicativos que te ajudam a mudar o mundo
Fazer o bem
Quanta coisa essa expressão pode significar! Pode representar ações de amor ao próximo, oriundas de convicções pessoais, religiosas, filosóficas ou ideológicas. É a constatação e a compreensão que fazer o bem é construir pontes entre o real e o ideal da concretitude social. Milhares de pessoas, em qualquer ambiente, precisam de ajuda. Ajuda que pode vir na forma de um simples prato de comida, até um medicamento ou uma orientação para um problema vivenciado.
Muitas vezes se pensa que fazer o bem é desenvolver assistência social. É inegável que ações sociais, especialmente as emergenciais, tem o seu lugar e relevância. Mas não se limita e nem se esgota nisso.
Fazer discurso sobre natação para quem está se afogando é, no mínimo, demagógico e  infame.
Fazer o bem, pode significar, e muitas vezes significa, criar uma oportunidade, capacitar para uma ação mais duradoura. Fazer o bem tem de ser entendido como a construção social através de uma intervenção nas estruturas que dificultam a vida das pessoas. Essas estruturas pode em ser sociais, econômicas, emocionais, relacionais e/ou psicológicas. Se faz o bem ajudando alguém a sair das ruas e tendo um teto, roupas e comida para uma vida com um mínimo de decência. Se faz o bem capacitando alguém para conseguir um emprego e um salário que lhe permita ter dignidade/autonomia econômica para suas necessidades básicas. Mas também, significa ajudar as pessoas a  encontrarem caminhos para impactos emocionais degradantes, disfunções relacionais ou psicotraumas que impedem as pessoas  de serem pessoal e socialmente ativas.
Quantas pessoas, não tendo necessidades materiais, precisam de ajuda para vencer problemas com doenças, traumas familiares, nós emocionais/pessoais e não encontram, a não ser nos programas profissionais pagos, muitas vezes mais preocupados nos resultados financeiros da ação que no real bem estar das pessoas?
Fazer o bem e construir o mundo melhor é aquela disposição individual e coletiva que ao  conduzir para ações, geralmente, faz mais bem a quem pratica que ao “próximo”. Quantas pessoas já se encontraram realizando ações sociais e comunitárias? Num mundo egoísta e individualista, existem muitos apelos para despreocupar-se da construção social. Aqueles que conseguem romper o casulo, descobrem um novo modo de vida, mais gratificante e socialmente relevantes.

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