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direito imobiliario tombamento

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Emerenciana é proprietária de uma casa localizado no chamado Centro Histórico Município de Terras Altas, cidade que nasceu na época da exploração do ouro no interior do Estado de Minas Gerais. O imóvel, que foi construído no século XVIII, possui linhas arquitetônicas e técnicas construtivas coloniais, está deteriorado com o tempo, apresentando riscos á integridade física de seus moradores e necessita de uma grande reforma.
Diante da situação-problema apresentada, pergunta-se:
1: O imóvel em questão pode ser considerado um patrimônio histórico?
Sim pode como o imóvel é do século XVIII, possuindo características coloniais conforme o artigo 1ª do decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937.
Artigo 1ª: Constitui o patrimônio histórico nacional o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no pais e cuja conservação seja de interesse público, que por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.
2: Por ser propriedade privada, pode o mesmo ser tombado e por quais modos o pode sê-lo?
Pode ser tombado os bens imóveis da seguinte maneira:
Artigo 6ª O tombamento de coisa pertencente á pessoa natural ou a pessoa jurídica de direito privado se fará voluntariamente ou compulsoriamente.
Artigo7ª proceder-se-á ao tombamento voluntario sempre que o proprietário o pedir e a coisa se revestir dos requisitos necessários para constituir parte integrante do patrimônio histórico e artístico natural a juízo do conselho consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ou sempre que o mesmo proprietário anuir por escrito a notificação que se lhe fizer para a inscrição da coisa em qualquer dos livros do tombo.
Artigo 8ª Proceder-se-á ao tombamento compulsório quando o proprietário se recusar a anuir a inscrição da coisa.
Artigo 9ª O tombamento compulsório se fara de acordo com o seguinte processo:
1: O serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por ser órgão competente notificara o proprietário para anuir ao tombamento dentro do prazo de 15 dias a contar do recebimento da notificação ou para se o quiser impugnar oferecer dentro do mesmo prazo as razões de sua impugnação.
2: No caso de não haver impugnação dentro do prazo assinado que e fatal o diretor do serviço do patrimônio mandara por simples despacho que se proceda a inscrição da coisa no competente livro do tombo.
3: Se a impugnação for oferecida dentro do prazo assinado far-se-á vista a mesma dentro de outros quinze dias fatais ao órgão de que houver emanado a iniciativa do tombamento independentemente de custas será o processo remetido ao Conselho Consultivo do serviço do Patrimônio Histórico e Artístico nacional que proferira decisão a respeito dentro do prazo de sessenta dias a contar do seu recebimento dessa decisão não caberá recurso .
Artigo 10ª O tombamento dos bens a que a que se refere ao artigo 6ª desta leis era considerado provisório ou definitivo conforme esteja o respectivo processo iniciado pela notificação ou concluída pela inscrição dos referidos bens dos tombos.
Conforme o paragrafo único o artigo 13ª desta lei o tombamento provisório se equipara ao definitivo.
Pressuposto que o imóvel foi tombado pelo IPHAN pergunta-se:
1: Na qualidade de proprietária do imóvel, Emerenciana pode fazer a qualquer tempo as reformas necessárias que o imóvel requer ?Por quê?
Não poderá fazer reformas conforme o artigo 17 ª As coisas tombadas não poderão em caso nenhum serem destruídas, demolidas ou mutiladas sem previa autorização especial do IPHAN ser reparadas restauradas ou pintadas sob pena de multa de 50% do dano causado.
4: Como deve proceder Emerenciana se não dispuser dos recursos financeiros necessários a reforma do imóvel ?
Artigo 1ª O proprietário da coisa tombada que não dispuser de recursos para proceder as obras de conservação e reparação que a mesma requerer levara ao conhecimento do IPHAN a necessidade das mencionadas obras sob pena de multa correspondente ao dobro da importância em que for avaliado o dano sofrido pela mesma coisa.
5: Ainda na qualidade de proprietária do imóvel Emerenciana pode vender o imóvel? E como deve proceder para concretizar a possível venda?
Pode Emerenciana vender o imóvel desde que sege levado m conta o direito de preferencia exercido pela União o Estado e municípios conforme o artigo abaixo:
Artigo 22ª Em face de alienação onerosa de bens tombados pertencentes a pessoas naturais ou a pessoas jurídicas de direito privado a União o estado e os municípios em que se encontrarem.
O proprietário devera notificar os titulares do direito de preferencia a usa-os dentro de 30 dias sob pena de perdê-lo.

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