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DIREITO AMBIENTAL – PONTO 14

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DIREITO AMBIENTAL – PONTO 14
Proteção química das culturas e meio ambiente
ATUALIZADO EM AGOSTO/2012 – ALEXEY S. PERE
INTRODUÇÃO
A modernização da agricultura determinou a sua mecanização e a crescente utilização de insumos modernos, como fertilizantes químicos e agrotóxicos. Entretanto, essa utilização quando não devidamente regulada implica na contaminação de alimentos e, por via de conseqüência, de animais e dos seres humanos que os consomem. 
A manipulação de produtos tóxicos mata milhares de agricultores por ano, atingindo também sua prole, que sofre de problemas de saúde das mais diversas ordens, além de atingir o meio ambiente, com reflexos na água, no solo e no ar. O Brasil é o quarto maior consumidor de agrotóxicos no mundo e responde por 50% de todo o consumo de agrotóxico na América Latina.
A constituição não se omitiu ao prever a obrigatoriedade do Poder Público controlar os agrotóxicos, tendo sido mais abrangente ao não mencionar expressamente o termo “agrotóxico”, mas sim “substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente” (art. 225, § 1º, V, da CF).
COMPETÊNCIA
No que atine ao seu aspecto legislativo, a regulação dos agrotóxicos insere-se na competência concorrente do art. 24 da CF, no que atine à competência para legislar sobre produção e consumo. 
A proteção química das culturas e meio ambiente lei de agrotóxicos em vigor é a Lei 7.802/89, esta que dispõe:
Art. 9º No exercício de sua competência, a União adotará as seguintes providências:
I - legislar sobre a produção, registro, comércio interestadual, exportação, importação, transporte, classificação e controle tecnológico e toxicológico;
II - controlar e fiscalizar os estabelecimentos de produção, importação e exportação;
III - analisar os produtos agrotóxicos, seus componentes e afins, nacionais e importados;
IV - controlar e fiscalizar a produção, a exportação e a importação.
Art. 10. Compete aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos dos arts. 23 e 24 da Constituição Federal, legislar sobre o uso, a produção, o consumo, o comércio e o armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como fiscalizar o uso, o consumo, o comércio, o armazenamento e o transporte interno.
Art. 11. Cabe ao Município legislar supletivamente sobre o uso e o armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins.
Art. 12. A União, através dos órgãos competentes, prestará o apoio necessário às ações de controle e fiscalização, à Unidade da Federação que não dispuser dos meios necessários.
Há previsão em leis estaduais da necessidade de prévio cadastramento do produto agrotóxico e outros biocidas em órgãos estaduais, assim como há constituições estaduais que, na linha da Constituição Federal, mencionam a obrigação do Poder Público de fiscalizar e controlar os agrotóxicos.
O STF na Representação - RP 1153 de 2006 estabeleceu, em face do ordenamento constitucional anterior, que se trata de competência constitucional da União para legislar sobre normas gerais de defesa e proteção a saúde, e, supletivamente, dos Estados, ressaltando a supremacia da lei federal. 
O STJ, por sua vez, destacou que no que atine ao âmbito regulamentar a competência é de órgãos hierarquicamente superiores, e não de órgãos descentralizados, destacando a impossibilidade de gerências regionais do IBAMA regulamentarem o tema:
DIREITO AMBIENTAL E ADMINISTRATIVO. EDIÇÃO DE INSTRUÇÃO NORMATIVA 02/03 POR GERÊNCIA REGIONAL DO IBAMA. AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA. ATO ILEGAL. Inexistindo norma expressa que confira às Gerências Regionais do IBAMA a competência para expedição de atos de caráter normativo, forçoso concluir que, ainda que se reconheça a competência do Poder Público Federal e, em especial, do Instituto para regulamentar a matéria, a expedição de atos normativos situa-se na esfera de competência de órgãos hierarquicamente superiores, e não de órgãos descentralizados. O caráter federal da autarquia, a legislação de regência e, em particular, o seu regimento interno, denotam que as instruções normativas, instrumentos da política ambiental governamental, estão afetas à esfera de conveniência e oportunidade de órgãos superiores. (STJ - RESP 200802469737 RESP - RECURSO ESPECIAL - 1103913 Relator(a) FRANCISCO FALCÃO Órgão julgador PRIMEIRA TURMA Fonte DJE DATA:01/04/2009)
Como regra as ações penais que versam sobre agrotóxicos são de competência da Justiça Estadual, mas em havendo a importação, transporte, guarda de agrotóxico de ingresso proibido, contrabando, haverá a competência da Justiça Federal.
PENAL E PROCESSO PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. IMPORTAÇÃO DE AGROTÓXICOS DE INGRESSO PROIBIDO NO BRASIL. MODALIDADE ESPECIAL DE CRIME DE CONTRABANDO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. DESCLASSIFICAÇÃO PARA A FIGURA TÍPICA INSERTA NO ART. 56 DA LEI 9.605/98. 1. A importação de agrotóxicos de ingresso proibido no Brasil amolda-se à figura típica inscrita no art. 56 da Lei 9.605/98, competindo à Justiça Federal processar e julgar o feito. Precedentes desta Corte. (TRF4 - RSE 200470100006706 Relator(a) GERSON LUIZ ROCHA Órgão julgador SÉTIMA TURMA Fonte D.E. 18/02/2009)
O Decreto 4.074/2002, que regulamenta a lei de agrotóxicos, estabelece uma competência (valeu-se aqui da expressão utilizada pela norma regulamentar, em oposição à mais adequada que seria atribuição) conjunta dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Saúde e do Meio Ambiente, também trazendo competências particulares desses ministérios no que concerne aos agrotóxicos. Há também um comitê técnico de assessoramento para agrotóxicos, composto por representantes de cada ministério.
CONCEITO DE AGROTÓXICO
O conceito de agrotóxico é trazido pela Lei nº 7.802/89, que regula a matéria, em seu art. 2º, I, tendo abandonado o uso do termo “defensivo agrícola” que distorcia a definição e cuja denominação fugia da linha da terminologia internacional (que é pesticida ou praguicida), dispõe o referido artigo in verbis:
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se:
 	I - agrotóxicos e afins:
 	a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos;
 	b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento;
Também importa saber o conceito de componentes que seriam: os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias-primas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins.
REGIME JURÍDICO
O tratamento jurídico dos agrotóxicos, em todas fases da questão (registro, produção, comercialização, importação e exportação, utilização) deve levar em conta os princípios gerais do Direito Ambiental, especialmente os princípios da prevenção e da precaução.
REGISTRO DE AGROTÓXICOS
A Lei 7.802/89 exige o registro em órgão federal (art. 3º caput), estabelecendo o seu decreto regulamentador ser esse ato privativo de órgão federal (art. 1º, XLII). Mas destaca Paulo Afonso Leme Machado que não havendo previsão constitucional de ser essa uma competência privativa, nada obsta que os estados estabeleçam seus próprios registros e cadastros de agrotóxicos.
No procedimento de registro, estabelecido pelo decreto regulamentar, há duas fases, a primeira é a de avaliação técnico-científica, e a segunda é a da concessão ou indeferimento do registro. 
O registro deve ser feito em um dos três ministérios já mencionados, devendo-se atender as exigências dos demais. 
Protocolado o pedido de registro, será publicado um resumono DOU. O que destaca o caráter público do procedimento de registro, bem como a observância do princípio da informação ambiental.
No registro o ônus da prova é do registrante, que deve comprovar que o seu produto é adequado e não-perigoso.
A decisão administrativa é vinculada aos critérios legais e regulamentares, não se revestindo de discricionariedade.
Segundo a Lei os agrotóxicos, seus componentes e afins, só poderão ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura. 
Ressalte-se que para cada uma das fases - produção, comercialização, exportação, importação e utilização - exige-se o prévio registro do agrotóxico.
O registro para novo produto agrotóxico, seus componentes e afins, somente será concedido se a sua ação tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor do que a daqueles já registrados, para o mesmo fim, segundo os parâmetros fixados nesta lei.
Fica proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins:
Para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e saúde pública;
Para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil;
Que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica;
Que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com os procedimentos e experiências atualizadas da comunidade científica;
Que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados;
Cujas características causem dano ao meio ambiente.
Quando organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos e convênios, alertarem para riscos ou desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, caberá à autoridade competente tomar imediatas providências, sob pena de responsabilidade.
As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins (são as que exercem trabalhos de prevenção, destruição e controle de seres vivos, considerados nocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e afins), ou que produzam, importem, exportem ou comercializem, ficam obrigadas a promover os seus registros nos órgãos competentes, do Estado ou do Município, atendidas as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis que atuam nas áreas da saúde, do meio ambiente e da agricultura.
Possuem legitimidade para requerer o cancelamento ou a impugnação, em nome próprio, do registro de agrotóxicos e afins, argüindo prejuízos ao meio ambiente, saúde humana e dos animais.
- As entidades de classe, representativas de profissões ligadas ao setor;
- Partidos políticos com representação no Congresso Nacional;
- Entidades legalmente constituídas para a defesa dos interesses difusos relacionados proteção do consumidor, do meio ambiente e dos recursos naturais
Para efeito de registro e pedido de cancelamento ou impugnação de agrotóxicos e afins, todas as informações toxicológicas de contaminação ambiental e comportamento genético, bem como os efeitos no mecanismo hormonal, são de responsabilidade do estabelecimento registrante ou da entidade impugnante e devem proceder de laboratórios nacionais ou internacionais.
O decreto regulamentar admite o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins, para uso em emergências, nesse caso sendo concedido por prazo determinado, observadas diretrizes e exigências dos órgãos responsáveis. (art. 18). Também por prazo determinado é o registro para fins de pesquisa e experimentação (art. 24), nesse uso os produtos agrícolas não podem ser utilizados para alimentação humana ou animal.
Não existe previsão de renovação obrigatória do registro de agrotóxicos junto à Administração Federal, os registros na sua atual configuração possuem certa perenidade. A possível reavaliação a ser determinada pelos órgãos federais, na prática, ocorrerá somente quando os danos à saúde humana e ao meio ambiente já tiverem ocorrido e tais tenham sido noticiados (art. 13 do Dec. 4.074/2002).
EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS:
As embalagens de agrotóxicos e afins deverão atender aos seguintes requisitos:
“Devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir vazamentos, evaporação, perda ou alteração de seu conteúdo e de modo a facilitar as operações de lavagem, classificação, reutilização e reciclagem;
“Os materiais de que forem feitas devem ser insuscetíveis de ser atacados pelo conteúdo ou de formar com ele combinações nocivas ou perigosas;
devem ser suficientemente resistentes em todas as suas partes, de forma a não sofrer enfraquecimento e a responder adequadamente às exigências de sua normal conservação;
“Devem ser providas de um lacre que seja irremediavelmente destruído ao ser aberto pela primeira vez;
O fracionamento e a reembalagem de agrotóxicos e afins com o objetivo de comercialização somente poderão ser realizados pela empresa produtora, ou por estabelecimento devidamente credenciado, sob responsabilidade daquela, em locais e condições previamente autorizados pelos órgãos competentes.
Os usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão efetuar a devolução das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, no prazo de até um ano, contado da data da compra, ou prazo superior, se autorizado pelo órgão registrante, podendo a devolução ser intermediada por postos ou centros de recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente. No caso de produto importado, assumirá a responsabilidade a pessoa física ou jurídica responsável pela importação.
As embalagens rígidas que contiverem formulações miscíveis ou dispersíveis em água deverão ser submetidas pelo usuário operação de tríplice lavagem, ou tecnologia equivalente.
Após a devolução das embalagens de agrotóxicos feita pelos usuários, as empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados. São responsáveis também pelos produtos apreendidos pela ação fiscalizadora, dos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas a sua reutilização, reciclagem ou inutilização.
Para serem vendidos ou expostos venda em território nacional, os agrotóxicos e afins são obrigados a exibir rótulos próprios e bulas, redigidos em português, que contenham, entre outros, os seguintes dados: indicações para identificação do produto, instruções para utilização, informações relativas aos perigos potenciais, recomendação para que o usuário leia o rótulo antes de utilizar o produto.
Dentre as informações acerca da utilização se destaca a necessidade de indicação do intervalo de segurança, assim entendido o tempo que deverá transcorrer entre a aplicação e a colheita, uso ou consumo, a semeadura ou plantação e a semeadura ou plantação do cultivo seguinte, conforme o caso.
Caso as informações exigidas não caibam no rótulo, devido as dimensões reduzidas da embalagem, deverá ser anexado, MEDIANTE APROVAÇÃO DO ÓRGÃO COMPETENTE, um folheto complementar que amplie os dados do rótulo . Neste caso deverá haver uma recomendação no rótulo externo para a leitura do folheto e os símbolos de perigo, o nome do produto, as precauções e instruções de primeiros socorros, nome e endereço do fabricante devem estar presentes no rótulo e no folheto.
O descumprimento das regras sobre o rótulo e a embalagem ode ser argüido através da impugnação do registro, como pode ser detectado de ofício pelopróprio servidor público.
PROPAGANDA e VENDA
A propaganda comercial de agrotóxicos, componentes e afins, em qualquer meio de comunicação, conterá, obrigatoriamente, clara advertência sobre os riscos do produto saúde dos homens, animais e ao meio ambiente, e observará o seguinte:
1.Estimulará os compradores e usuários a lerem o rótulo e folheto (se houver).
2.Não conterá nenhuma representação visual de práticas potencialmente perigosas, tais como a manipulação ou aplicação sem EPI, etc.
A venda de agrotóxicos e afins aos usuários, será feita através de receituário próprio, prescrito por profissionais legalmente habilitados, salvo casos excepcionais previstos na regulamentação da lei. O Decreto 4.074 previu a possibilidade dos órgãos responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente dispensarem a exigência do receituário para produtos agrotóxicos e afins considerados de baixa periculosidade.
As pessoas físicas e jurídicas que comercializem agrotóxicos e afins são obrigadas a promover os seus registros nos órgãos competentes do Estado e do Município. Destaque-se que o registro não equivale à autorização de instalação e de funcionamento do estabelecimento comercial.
RESPONSABILIDADE
As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a produção, a comercialização, utilização, transporte e destinação de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, não cumprirem o disposto na legislação pertinente, cabem:
Ao profissional, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida;
Ao usuário ou prestador de serviço, quando proceder em desacordo com o receituário ou as recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitários ambientais;
Ao comerciante, quando efetuar venda sem respectivo receituário ou em desacordo com a receita ou recomendações do fabricante e orgãos registrantes e sanitários ambientais;
Ao registrante que, por dolo ou culpa, omitir informações ou fornecer informações incorretas;
Ao produtor, quando produzir mercadorias em desacordo com as especificações constantes do registro do produto, do rótulo, da bula, folheto e da propaganda ou não der destinação as embalagens vazias em conformidade com a legislação pertinente;
Ao empregador, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentos adequados proteção da saúde dos trabalhadores ou dos equipamentos na produção, distribuição e aplicação dos produtos.
A PENA PELO NÃO CUMPRIMENTO DO PREVISTO NA LEGISLAÇÃO SUJEITA O INFRATOR A PENA DE RECLUSÃO DE 2 À 4 ANOS, ALÉM DE MULTA.
Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infração de disposições da lei acarretará isolada ou cumulativamente as seguintes sanções:
Advertência;
Multa, dobrando em caso de reincidência;
Condenação do produto;
Inutilização do produto;
Suspensão de autorização, registro ou licença;
Cancelamento de autorização, registro ou licença;
Interdição temporária ou definitiva do estabelecimento;
Destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, com resíduos acima do permitido ou nos quais tenha havido aplicação de agrotóxicos não autorizados, a critério do órgão competente.
O usuário do agrotóxico pode aplicar o produto ou contratar prestador de serviços para esse fim, nesse caso deverá o usuário subscrever “guia de aplicação”, expedida pelo prestador, o que manifesta sua adesão à conduta.
O servidor público que deixar de atentar para a exigência de publicação prévia no procedimento de registro comete o crime do art. 15, § 2º, da Lei 6.938/81, com redação dada pela Lei 7.804/89. Com amparo nesse mesmo dispositivo a autorização para uso emergencial de agrotóxicos, sem o devido e prévio registro, implica responsabilidade civil, administrativa e penal do servidor público que autorizar.
A pessoa física que possibilitar a utilização de produtos agrícolas provenientes de áreas tratadas com agrotóxico e afins em pesquisa e experimentação responde criminalmente na forma do art. 56, § 1º, da Lei 9.605/98, da mesma forma a pessoa jurídica (art. 3º e 21), ou aquele que compra e recebe.
Pessoa física ou jurídica em atividade de comercialização de agrotóxico sem registro do estabelecimento comercial, poderá ser processada com incuras no art. 56 da Lei 9.605/98.
O transporte de agrotóxico tem regulamentação específica (Decreto 96.044/88 que trata de do transporte de produtos perigosos), aplicando-se o mesmo dispositivo da lei de crimes ambientais. Transportar agrotóxicos juntamente com animais ou com alimentos é crime, da mesma forma: sem os documentos exigidos pela norma regulamentar; sem contratar previamente o seguro contra acidentes; sem estar a carga adequadamente acondicionada. Pertinente destacar a desnecessidade de que ocorra qualquer dano a pessoas e ao meio ambiente para que o crime reste configurado.
É interessante ainda anotar a responsabilidade do usuário de agrotóxico em “efetuar a devolução das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data da compra”. Não pode o usuário dar outra destinação à embalagem senão devolvê-la à pessoa física ou jurídica de quem comprou ou ao produtor do agrotóxico. O comerciante e o produtor que se recusarem a receber as embalagens vazias apresentadas são passíveis de responsabilização cível e penal (art. 15 da Lei 7.802/89).
VEDAÇÃO AO USO DE DDT
A Lei nº 11.936/09 proibiu a fabricação, a importação, a exportação, a manutenção em estoque, a comercialização e o uso de diclorofeniltricloroetano – DDT, no Brasil.
Tanto a Anvisa quanto a Secretaria de Vigilância em Saúde do Mistério da Saúde manifestaram-se favoravelmente à disposição legal. O DDT é um agrotóxico altamente persistente no meio ambiente e na cadeia alimentar, além de possuir características carcinogênicas e de alteração endócrina.
De acordo com a lei, todos os estoques de DDT deverão ser incinerados em um prazo de 30 dias. Além disso, o governo deve realizar, em dois anos, estudo de avaliação do impacto ambiental e sanitário causado pelo uso de DDT, para controle de seus efeitos.
CONVENÇÃO DE ROTERDÃ
A Convenção de Roterdã sobre o Procedimento de Consentimento Prévio Informado para o Comércio Internacional de Certas Substâncias Químicas e Agrotóxicos Perigosos, conhecida simplesmente como “Convenção PIC”, insere-se no contexto de combate contra a poluição do meio-ambiente por meio da regulamentação das substâncias químicas.
A Convenção PIC, juntamente com a Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POP) e com a Convenção de Basiléia sobre Movimento Transfronteiriço de Resíduos Tóxicos, constitui o tripé das normas que regulam o campo de produção, comércio e transporte internacional de certas substâncias químicas.
A Convenção PIC adota o procedimento de fazer constar, em particular no anexo III, uma listagem das substâncias químicas regulamentadas, objeto da convenção, e normas relativas à aprovação e emendas dos anexos. O procedimento de emendas dos anexos decorre da necessidade de manter a listagem das substâncias químicas reguladas em concordância com os avanços científicos e tecnológicos, sem a necessidade de renegociar toda a Convenção.
A Convenção prevê a possibilidade de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão por Estados e organizações regionais de integração econômica, sem o direito de impor reservas ao seu texto, mediante depósito do instrumento respectivo no Secretariado geral da Organização das Nações Unidas.
Exclui-se da abrangência da convenção os entorpecentes e as substâncias psicotrópicas; os materiais radiativos; os resíduos; as armas químicas; os produtos farmacêuticos, incluídos os medicamentos humanos e veterinários; as substâncias químicas utilizadas como complementos alimentares; os alimentos; os produtos químicos importados em quantidades mínimas para fins de pesquisaou para uso pessoal.
O Anexo III traz uma listagem das substâncias químicas sujeitas ao procedimento de consentimento prévio informado, e, portanto, submetidos ao regime jurídico da Convenção. As Partes da Convenção deverão adotar leis ou medidas administrativas apropriadas para assegurar uma tomada de decisão em tempo hábil, que poderá consistir em uma decisão final consentindo ou não a importação.
No caso de exportação de uma substância química proibida ou estritamente regulamentada a partir de seu território, o país exportador deverá dirigir uma notificação de exportação ao país importador, antes da primeira exportação, contendo diversas informações acerca do produto exportado. Ademais, o produto químico exportado deverá obedecer a padrões de rotulagem que assegurem a difusão das informações relativas aos riscos para a saúde das pessoas ou para o meio-ambiente, considerando-se as normas internacionais aplicáveis à matéria, independentemente das exigências do país importador.
Os Estados Partes solucionarão suas controvérsias por meio da negociação ou de qualquer outro modo de solução pacífica, ou então por um modo jurisdicional de solução de controvérsias, mediante obrigação recíproca de submeter a controvérsia à arbitragem ou ao mecanismo institucional da Corte Internacional de Justiça. As organizações internacionais Partes poderão resolver suas controvérsias por qualquer meio pacífico ou pela arbitragem.
O princípio básico da Convenção PIC consiste em que a exportação de uma substância química proibida ou severamente restringida, incluída em seu Anexo III, apenas possa ter lugar com o consentimento prévio informado da Parte importadora. É estabelecido um procedimento para a obtenção e divulgação das decisões dos países importadores no sentido de consentir a importação de determinado produto químico e para assegurar o respeito destas decisões pelos países exportadores.
O outro pilar da Convenção diz respeito ao intercâmbio de informações entre as Partes sobre substâncias químicas potencialmente perigosas que possam ser objeto do comércio internacional. Nesse sentido, a Parte exportadora de um produto químico proibido ou severamente restringido para uso no seu território será obrigada a informar a Parte importadora de que essa exportação terá lugar, antes do primeiro envio.
Referências:
MACHADO, Paulo Affonso Leme. DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO. 17ª Ed. Malheiros 2009.
http://www.conteudo.org/direito-ambiental/apostila-lei-de-agrotoxicos-direito-ambiental/
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