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1 DISCIPLINA: INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E GÁS PROFESSOR: LUIZ HENRIQUE POLEY FICHA DE ESTUDO 1 (“RESUMÃO 1”) TÓPICO I: FORMAÇÃO DO PETRÓLEO O petróleo é formado a partir da matéria orgânica de origem vegetal e animal depositada junto com outros sedimentos em uma BACIA SEDIMENTAR; Para a formação do petróleo são necessárias pressão, temperatura e condições geológicas apropriadas; Por condições geológicas apropriadas, entende-se a presença de uma rocha geradora; As condições necessárias para uma rocha geradora de petróleo são: presença de matéria orgânica, baixa permeabilidade e baixa concentração de oxigênio; Uma vez formado o petróleo ele é expulso da rocha geradora. Isso se chama migração primária. A migração do petróleo desde a expulsão da rocha geradora até sua acumulação na rocha reservatório denomina-se migração secundária. A migração do petróleo continua até o encontro de uma barreira (“trapa”) e conseqüente acumulação do mesmo em uma rocha reservatório. As barreiras armadilhas ou trapas podem ser estratigráficas, estruturais ou combinadas. VER FIGURAS 1, 2, 3 E 4 PÁGINAS 18 E 19 DO MATERIAL O reservatório de petróleo é essencialmente uma rocha contendo óleo, gás e água em diferentes proporções. Os fluidos ocupam os espaços vazios da rocha. A quantidade de espaços vazios da rocha é a porosidade da rocha. Ela é definida como sendo a razão entre o volume dos espaços vazios e o volume total da rocha. A medida da facilidade de escoamento através da rocha denomina-se permeabilidade da rocha. 2 TÓPICO II: MÉTODOS DE PROSPECÇÃO Perfurar um poço de petróleo é muito caro. Por isso antes de se perfurar são conduzidos estudos geológicos e geofísicos. Entre os exemplos de estudos geológicos, citamos os levantamentos aéreos, as análises de feições de superfície. Esses resultados são geralmente apresentados em mapas; A partir das informações levantadas em superfície (tipos de rochas presentes, contatos entre as rochas, etc), é possível levantar algumas características de subsuperfície (“o que não se vê”); Outras características de subsuperfície podem ser identificadas com base nos métodos geofísicos. Basicamente nos métodos geofísicos estuda-se com o auxilio de equipamentos adequados uma propriedade física das rochas. No método gravimétrico, estuda-se as variações locais do campo gravitacional produzida pelas rochas em função das diferentes densidades dos minerais que as compõem. No método magnetométrico estuda-se as variações locais de campo magnético produzidas pela presença de minerais com propriedades magnéticas nas rochas; Nos métodos sísmicos estuda-se a variação nas velocidades de propagação de ondas sonoras (elásticas) refletidas e refratadas nas diferentes camadas de rochas. Os métodos sísmicos permitem fazer uma “imagem” nítida da subsuperfície, sendo os mais empregados na indústria do petróleo; Resumidamente, o levantamento geofísico consiste de três grandes etapas: aquisição dos dados, tratamento dos dados e interpretação dos dados. Os mapas são muito empregados para apresentar as informações. VER FIGURA 5 DA PAGINA 22 DO MATERIAL TÓPICO III: TIPOS DE PLATAFORMAS A função de uma plataforma é servir de apoio as atividades ligadas a exploração e produção de petróleo. As plataformas contêm os equipamentos industriais necessários ao tipo de atividade a ser desenvolvida (perfuração ou produção), os alojamentos, os equipamentos dos serviços de apoio e segurança (guindastes, equipamentos de salvatagem, etc.). Plataformas fixas: são apoiadas no fundo do mar por estacas; São utilizadas em lâminas d´água rasas. VER FIGURA 16 PAGINA 35 DO MATERIAL 3 Plataformas submersíveis: são apoiadas em flutuadores. São rebocadas até o local de posicionamento, sendo os flutuadores lastreados no local (ou seja, tanques no interior dos mesmos são preenchidos com água para que os mesmos “afundem”). São utilizadas em águas rasas; VER FIGURA 17 PAGINA 36 DO MATERIAL Plataformas auto-elevatórias (jack-up rigs): Possuem a capacidade de flutuar até o local de posicionamento. Então suas “pernas” são desdobradas e movimentadas, atingindo o fundo do mar. Também são utilizadas em lâminas d´água rasas. VER FIGURA 18 PAGINA 37 DO MATERIAL Plataforma semi-submersiveis: são apoiadas sobre flutuadores e não ficam em contato com o fundo do mar. Quando em seu local de origem são ancoradas ou mantidas em sua posição por um sistema de posicionamento dinâmico (Nesse caso, existem propulsores que são acionados automaticamente para compensar os movimentos do mar). VER FIGURA 19 PAGINA 38 DO MATERIAL FPSO (Floating, production, storage and offloading): navios projetados para as necessidades da industria do petróleo (exploração, armazenamento e produção). VER FIGURA 20 PAGINA 39 DO MATERIAL Plataformas Tension leg: Similares às semi-submersíveis. São utilizadas para desenvolvimento de campos. Suas pernas principais são ancoradas ao fundo do mar por meio de cabos. VER FIGURA 21 PAGINA 40 DO MATERIAL 4 TÓPICO IV: PERFURAÇÃO DE POÇOS Perfurar significa abrir caminho na crosta com o uso de equipamentos específicos. A perfuração de poços é conduzida para: verificar definitivamente a existência de óleo (poço pioneiro), delimitar a extensão dos campos (poços de extensão e delimitação), produzir os fluidos (poços de produção) e permitir a recuperação secundária através de injeção de água (poços de injeção). Os equipamentos de perfuração podem ser montados no mar ou em terra. Resumidamente ocorre a abertura de caminho da crosta com o auxílio de uma broca de perfuração, que desce ao longo de uma coluna (seqüência de tubos rosqueados entre si) – coluna de perfuração. Essa coluna é descida através do sistema de movimentação de carga. A coluna de perfuração é composta por: tubos de comando (para dar rigidez à coluna), tubos pesados (transmitem parte da rigidez para os tubos de perfuração) e tubos de perfuração. Por dentro da coluna ocorre um fluxo de fluidos destinados a lubrificar e limpar e limpar a broca, bem como sustentar as paredes do poço. São os fluidos de perfuração. Os fluidos de perfuração consistem de aditivos dissolvidos em água ou óleo, sendo por isso classificados em fluidos à base água e fluidos à base óleo. Os fluidos injetados no poço retornam a superfície, passando por tratamento e sendo recuperados para nova circulação. VER FIGURA 14 PAGINA 33 DO MATERIAL VER FIGURA 22 PAGINA 44 DO MATERIAL VER FIGURA 23 PAGINA 45 DO MATERIAL Os poços podem ser verticais (caso mais comum), direcionais ou horizontais. Um equipamento possui grande importância nas operações de perfuração: o BOP ou Blow-out preventer. Esse equipamento é composto de um conjunto de válvulas que fecham o poço, evitando o chamado BLOW-OUT, fluxo descontrolado de fluidos podendo causar danos as instalações e às pessoas. O BOP é acionado sempre que ocorre um Kick (fluxo dos fluidos das formações (reservatórios) para dentro do poço.) TÓPICO V: OPERAÇÕES ESPECIFCAS DE POÇO Perfilagem (Well logging): operações de descida de ferramentas especiais para medida de propriedades físicas das rochas em função da profundidade. Entre as propriedades medidas citamos a radioatividade natural, a resistividade elétrica, a velocidade de ondas sismicas. Esses dados permitem identificar o tipo de rocha, a porosidade e permeabilidade das mesmas. 5 Revestimento do poço (casing): Descida de revestimentos, que nada mais são do que colunas (camisas) metálicas padronizadas. O espaço entre a coluna de revestimento e o poço, chamado de anular é preenchido com cimento,em uma operação conhecida como cimentação de poços. Completação de poços (Well completion): Conjunto de operações destinadas a equipar o poço para a produção de óleo ou gás. Compreende a descida do revestimento de produção, o canhoneio do mesmo e a instalação da coluna de produção e dos equipamentos de cabeça do poço. O principal equipamento de cabeça do poço é a chamada árvore de natal, que é um conjunto de válvulas destinadas ao controle de produção e segurança. No caso de poços no mar a árvore de natal pode ficar na plataforma (árvore de natal seca) ou no mar (árvore de natal molhada) VER FIGURAS 26 E 27 PAGINA 51 DO MATERIAL Testemunhagem: consiste na obtenção de amostras de rocha de subsuperfície para estudo.
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