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Área de Proteção Ambiental

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
APA DO RIO TIETÊ
Mogi das Cruzes
2014
Ana Carla Góes Oliveira
RGM:11141102535
Michele Castilho Torsani
RGM:11141100153
Ricardo Morgado
RGM:1114110768
APA DO RIO TIETÊ
 
Seminário – Dispositivos Urbanísticos – Aspectos Legais apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes, como requisito parcial para a aprovação na disciplina Macropaisagismo, sob a orientação do Prof. Fernando Claret.
Mogi das Cruzes
2016
Área de Proteção Ambiental - Várzea do Rio Tietê
Localização: municípios de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba, Guarulhos, São Paulo, Osasco, Barueri, Carapicuíba e Santana de Parnaíba. Corresponde à faixa de várzea que acompanha o rio Tietê, desde a Represa Ponte Nova, em Salesópolis, até a represa Edgard de Souza, em Santana de Parnaíba.
A Área de Proteção Ambiental (APA) foi criada pela Lei Estadual nº 5598, de 06 de janeiro de 1987, e regulamentada pelo Decreto Estadual nº 42.837/08, de 03 de fevereiro de 1998, que estabeleceu o zoneamento ambiental, as diretrizes para uso dos recursos naturais da área e o Conselho Gestor da APA Várzea do Rio Tietê. Sua área é de 7.400,00 ha. 
•Decreto Estadual n°42.837/98: APA VVRT -objetivo -proteção e recuperação do rio Tietê e planícies aluvionares; ecossistema associados; o controle da ocupação de áreas de várzea. 
A APA Tietê está localizada em uma região de antiga ocupação cafeeira, responsável pelo intenso desmatamento, depauperamento dos solos e assoreamento dos cursos d’água. A APA foi decretada compreendendo os limites do município de Tietê, posteriormente, com a emancipação do distrito de Jumirim, sua abrangência permaneceu sobre o novo município.
É uma categoria de unidade de conservação voltada para a proteção de riquezas naturais que estejam inseridas dentro de um contexto de ocupação humana. Os principais objetivos são a conservação de sítios de beleza cênica, a utilização racional dos recursos naturais, a manutenção da diversidade biológica e a preservação dos ecossistemas em seu estado original.
A característica marcante das APA`s é a possibilidade de manutenção da propriedade privada e do estilo de vida tradicional da região, onde programas de proteção à vida silvestre podem ser implantados sem haver necessidade de desapropriação de terras. Esta estratégia é compatível com a realidade brasileira, uma vez que a falta de recursos financeiros para a desapropriação de terras limita a implantação e consolidação de outros programas de conservação. 
A bacia do Alto Tietê (a montante da Barragem da Penha) tem grande influência no controle de inundações da metrópole por dois fatores: primeiro porque o trecho a jusante do Rio Tietê atravessa os centros urbanos expandidos, está bastante urbanizado, tendo suas várzeas ocupadas por edificações e pelo sistema viário. O segundo fator refere-se à possibilidade de adoção de medidas preventivas de uso e ocupação do solo na área à montante da Barragem da Penha, que apresenta ainda uma urbanização incipiente e áreas de várzea não ocupadas na sua totalidade, que cumprem o imprescindível papel de amortecer os picos de cheias que atingem algumas áreas centrais.
Municípios
Abrange parte dos 12 municípios da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP, ao longo do rio Tietê: Santana do Parnaíba, Carapicuíba, Barueri, Osasco, São Paulo, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Poá, Suzano, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis. Esta APA está dividida em dois setores distintos: o setor Leste, que vai da Barragem Ponte Nova, divisa municipal entre Biritiba Mirim e Salesópolis, até a Barragem da Penha, divisa entre o município de São Paulo e Guarulhos; e o setor Oeste, do Município de Osasco até a barragem do reservatório Edgard de Souza no município de Santana do Parnaíba.
 
Participação das cidades pertencentes a APA da Várzea do Rio Tietê:
Salesópolis: nascente do Rio Tietê
Biritiba – Mirim: atividade agrícola em área de planície fluvial do Rio Tietê.
Mogi das Cruzes: atividade minerária em planície fluvial, remanescentes de meandros do Rio Tietê ( canais ativos e abandonados). 
Itaquaquecetuba: ocupações irregulares em cinturão meândrico do rio, fragmentos de vegetação nativa. Presença de aterro de inerte irregular em áreas de planície fluvial do Rio Tietê.
São Paulo: ocupações irregulares em cinturão meândrico. 
Guarulhos/São Paulo: Barragem da Penha – Parque Ecológico
Carapicuíba: lagoa de Carapicuíba – trecho retificado do rio
Santana de Parnaíba: Represa Edgar de Souza – fim do oeste da APA da Várzea do Rio Tietê 
Instrumentos Legais de Criação da APA Várzea do Rio Tietê
O Parque Ecológico do Tietê, com área a cerca de 14Km2, localiza-se dentro do perímetro da APA da Várzea. É um Parque Estadual, criado pelo Decreto Estadual nº 7.868, de 30 de abril de 1976, e gerenciado pelo DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica. A finalidade deste parque é preservar a capacidade de amortecimento das cheias das áreas de várzeas do Rio, a montante da barragem da Penha, e de aproveitar as áreas lindeiras para atividades de lazer e para a preservação da flora.
Atributos ambientais protegidos
O objetivo de criação desta APA é a proteção das várzeas localizadas na planície fluvial do rio Tietê. As várzeas do Rio Tietê possuem uma configuração físico-territorial longitudinal, apresentando uma extensa área plana com declividades, em média, inferiores a 5%, e larguras variando entre 200 e 600 metros, podendo atingir até mil metros em alguns pontos, e correspondem aos terrenos sujeitos às inundações anuais do rio, na época das chuvas.
O Rio Tietê, nasce no município de Salesópolis, percorre por aproximadamente 1.100 km dentro do Estado de São Paulo e deságua no rio Paraná. A APA constitui-se em dois setores distintos: o leste, que vai da barragem Ponte Nova até a barragem da Penha, e o oeste, de Osasco até a barragem do reservatório Edgard de Souza. No primeiro, o objetivo principal é garantir a função reguladora das cheias do rio, e, no setor oeste, o objetivo é manter as características do Parque Tamboré, um referencial de qualidade ambiental para a região.
No quadro atual de degradação, essas áreas oferecem um abrigo para uma fauna restrita, principalmente para as aves migratórias, como as garças e quero-queros, bastante comuns na paisagem.
A ausência de controle sobre a ocupação das áreas ao redor do rio Tietê resultou na proliferação de indústrias, residências, loteamentos, dos quais muitos clandestinos. As consequências desse processo sempre foram dramáticas para o meio ambiente local, em especial pela ocorrência de desmatamentos, depósitos de lixo e favelização, levando à degradação da qualidade das águas e agravando o problema das enchentes na Região Metropolitana de São Paulo.
As planícies fluviais do Rio Tietê, incluindo todos os setores da planícies de inundação (cinturão meândrico, lagos em ferradura e outras morfologias típicas), constituem sistemas geomorfológicos regionais singulares dos mais suprimidos historicamente;
APA da Várzea do Rio Tietê abriga os últimos remanescentes de planícies fluviais meândricas com morfologia contínua e com conectividade na RMSP, representando perto de 10% da área total correspondente à paisagem original, portanto, oportunidade histórica para a restauração de processos ecológicos de paisagens regionais e deformações vegetais em extinção, notadamente as Florestas Paludosas e as Florestas de Várzeas.
Os remanescentes de planícies fluviais meândricas apresentam importante potencial para a prestação de serviços ambientais relevantes à RMSP.
Código de Água de 32 
O referido Código assegura o uso gratuito de qualquer corrente ou nascente de água para as primeiras necessidades da vida e permite a todos usar as águas públicas, conformando-se com os regulamentos administrativos.Impede a derivação das águas públicas para aplicação na agricultura, indústria e higiene, sem a existência de concessão, no caso de utilidade pública, e de autorização nos outros casos; em qualquer hipótese, dá preferência à derivação para abastecimento das populações.
O Código de águas estabelece que a concessão ou a autorização deve ser feita sem prejuízo da navegação, salvo nos casos de uso para as primeiras necessidades da vida ou previstos em lei especiais.
Estabelece, também, que a ninguém é lícito conspurcar ou contaminar as águas que não consome, com prejuízo a terceiros.
Ressalta ainda, que os trabalhos para a salubridade das águas serão realizados à custa dos infratores que, além da responsabilidade criminal, se houver, responderão pelas perdas e danos que causarem e por multas que lhes forem impostas pelos regulamentos administrativos. Também esse dispositivo é visto como precursor do princípio usuário-pagador, no que diz
respeito ao uso para assimilação e transporte de poluentes. 
CAPÍTULO I
ÁGUAS PÚBLICAS
 Art. 1º As águas públicas podem ser de uso comum ou dominicais.
 Art. 2º São águas públicas de uso comum:
 a) os mares territoriais, nos mesmos incluídos os golfos, bahias, enseadas e portos;
 b) as correntes, canais, lagos e lagoas navegáveis ou flutuáveis;
 c) as correntes de que se façam estas águas;
 d) as fontes e reservatórios públicos;
 e) as nascentes quando forem de tal modo consideráveis que, por si só, constituam o "caput fluminis";
 f) os braços de quaisquer correntes públicas, desde que os mesmos influam na navegabilidade ou flutuabilidade.
 § 1º Uma corrente navegável ou flutuável se diz feita por outra quando se torna navegável logo depois de receber essa outra.
§ 2º As correntes de que se fazem os lagos e lagoas navegáveis ou flutuáveis serão determinadas pelo exame de peritos.
 § 3º Não se compreendem na letra b) deste artigo, os lagos ou lagoas situadas em um só prédio particular e por ele exclusivamente cercado, quando não sejam alimentados por alguma corrente de uso comum.
 Art. 3º A perenidade das águas é condição essencial para que elas se possam considerar públicas, nos termos do artigo precedente.
 Parágrafo único. Entretanto para os efeitos deste Código ainda serão consideradas perenes as águas que secarem em algum estio forte.
 Art. 4º Uma corrente considerada pública, nos termos da letra b) do art. 2º, não perde este caráter porque em algum ou alguns de seus trechos deixe de ser navegável ou flutuável.
 Art. 5º Ainda se consideram públicas, de uso comum todas as águas situadas nas zonas periodicamente assoladas pelas secas, nos termos e de acôrdo com a legislação especial sobre a matéria.
 Art. 6º São públicas dominicais todas as águas situadas em terrenos que também o sejam, quando as mesmas não forem do domínio público de uso comum, ou não forem comuns.
CAPÍTULO II
ÁGUAS COMUNS
 Art. 7º São comuns as correntes não navegáveis ou flutuáveis e de que essas não se façam.
TÍTULO II
ÁGUAS PÚBLICAS EM RELAÇÃO AOS SEUS PROPRIETÁRIOS
CAPÍTULO ÚNICO
 Art. 29. As águas públicas de uso comum, bem como o seu álveo, pertencem:
 I – A União:
 a) quando marítimas;
 b) quando situadas no Território do Acre, ou em qualquer outro território que a União venha a adquirir, enquanto o mesmo não se constituir em Estado, ou for incorporado a algum Estado;
 c) quando servem de limites da República com as nações vizinhas ou se extendam a território estrangeiro;
 d) quando situadas na zona de 100 kilometros contigua aos limites da República com estas nações;
 e) quando sirvam de limites entre dois ou mais Estados;
 f) quando percorram parte dos territórios de dois ou mais Estados.
 II – Aos Estados:
a) quando sirvam de limites a dois ou mais Municípios;
b) quando percorram parte dos territórios de dois ou mais Municípios.
 III – Aos Municípios:
 a) quando, exclusivamente, situados em seus territórios, respeitadas as restrições que possam ser impostas pela legislação dos Estados.
 § 1º Fica limitado o domínio dos Estados e Municípios sobre quaisquer correntes, pela servidão que a União se confere, para o aproveitamento industrial das águas e da energia hidráulica, e para navegação;
 § 2º Fica, ainda, limitado o domínio dos Estados e Municípios pela competência que se confere a União para legislar, de acordo com os Estados, em socorro das zonas periodicamente assoladas pelas secas.
 Art. 30. Pertencem a União os terrenos de marinha e os acrescidos natural ou artificialmente, conforme a legislação especial sobre o assunto.
 Art. 31. Pertencem aos Estados os terrenos reservados as margens das correntes e lagos navegáveis, si, por algum título, não forem do domínio federal, municipal ou particular.
 Parágrafo único. Esse domínio sofre idênticas limitações as de que trata o art.
O Desmatamento Municipalizado – Código Florestal
Será suficiente a criação de uma APA pelo Município para que todos os desmatamentos em seu interior sejam de sua competência. Com a aplicação de tal regra em determinadas regiões onde o poder político é centralizado pelos agropecuaristas locais de forma evidenciada, poderá ocorrer um incontrolável do desmatamento (OLIVEIRA, 2011).
Valendo mencionar a posição do Ministério Público do Estado de São Paulo que publicou artigo em seu site, à época da votação do PL quando afirmou que o novo Código Florestal:
(...) representa um completo retrocesso para a proteção ambiental no Brasil. A proposta de substitutivo, de Relatoria do Deputado Aldo Rebelo é repleta de vícios de ordem técnica e legal, se voltando de forma flagrante contra a Política Nacional do Meio Ambiente e a Constituição Federal. (...) Trata-se de flagrante contradição com as posturas que já foram assumidas, inclusive no âmbito internacional, pela área ambiental do governo brasileiro (MP/SP apud OLIVEIRA, 2011).
Fica evidente que é grande o número de estudiosos no assunto que se posiciona contra o texto do novo Código Florestal, considerando as normas contidas no mesmo um verdadeiro retrocesso na área ambiental, pois ensejam a inevitável intensificação da degradação ambiental.

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