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Professora: Lizzy Ayra Alcântara Veríssimo TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS: Análise de Árvore de Eventos (AAE) - (Event Tree Analysis – ETA) UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS Disciplina: GCA 169 – Gerenciamento de Riscos e Impactos Ambientais 1 Técnica para a análise das consequências de um evento indesejado. Pode ser gerado devido à: Ocorrência de falhas em equipamentos; Ocorrência de problemas num determinado sistema; Erros operacionais durante a realização de uma determinada atividade. Análise por Árvore de Eventos: Introdução Descrevem a sequência temporal dos fatos que se desenvolvem para que um acidente ocorra, definindo quais são as possíveis consequências geradas pelo mesmo; Estabelece, portanto, uma série de relações entre o evento inicial e os eventos subsequentes (interferências), que, combinados, resultam nas consequências do acidente. Estas relações são estabelecidas por: Interferências do operador com o sistema; Interferência dos sistemas de segurança previstos na planta em análise; Situações que possam gerar diferentes tipos de danos, de acordo com a forma em que ocorra o evento. Análise por Árvore de Eventos: Introdução Pode ser utilizada na fase de projeto de uma determinada instalação: avaliação das possíveis consequências de um potencial acidente; Pode ser utilizada durante a fase de operação para avaliação da eficiência dos sistemas de segurança em utilização, ou para a averiguação da necessidade de implementação de outros dispositivos visando aumentar o grau de segurança da mesma (aplicação pré-incidente). Análise por Árvore de Eventos: Introdução Técnica para a identificação de uma seqüência de eventos a partir de um evento inicial que poderá resultar em efeitos variados. Para a elaboração da árvore 4 estágios devem ser desenvolvidos: 1. Identificação do evento inicial A partir do evento inicial será desenvolvida toda a árvore. Técnica complementar numa avaliação de riscos, pois utiliza dados de entrada de outras etapas do estudo e produz como resultados informações que deverão ser analisadas posteriormente. Análise por Árvore de Eventos (AAE) 1. Identificação do evento inicial Proveniente de outras etapas já desenvolvidas, como: - Análise histórica de acidentes; - Análise de árvore de falhas, entre outras. Exemplos de evento inicial: Falha de um determinado equipamento; Erro operacional; Distúrbio do sistema em análise; Evento indesejado mais grave (vazamento ou explosão); Análise por Árvore de Eventos (AAE) 2. Identificação das interferências Podem ser: Funções de segurança: caracterizadas por sucesso ou falha sob demanda (mais usadas na análise pré-incidente): Sistemas automáticos de segurança; Alarmes para alertar operadores; Barreiras ou contenções para limitar os efeitos de um acidente. Fatores promotores de perigos (mais usados na análise pós-incidente). Ignição do produto vazado; Produto vazado contido num dique; Condições meteorológicas. As interferências devem estar na ordem cronológica de existência. Análise por Árvore de Eventos (AAE) 3. Construção da árvore de eventos O evento inicial é registrado ao lado esquerdo da página; As interferências são registradas no topo da página ; Traçar uma linha partindo do evento inicial até a altura da primeira interferência. Neste ponto da interseção podem ocorrer sempre 2 situações: sucesso ou falha; SIM ou NÃO: significa que o evento realmente ocorre ou que o evento não ocorre. Caso o curso do acidente seja afetado pela interferência, será introduzida uma ramificação, sendo o ramo de sucesso ascendente e o de falha descendente; Caso o curso do acidente não seja afetado pela interferência, a linha prosseguirá até a próxima interferência e assim por diante. Análise por Árvore de Eventos (AAE) 4. Descrição das consequências Representação de uma variedade de saídas resultantes do evento inicial. Poderão representar: Paralisação da atividade em estudo de maneira segura e o seu retorno à operação normal ou diferentes tipos de danos. Durante a elaboração da árvore, é importante uma análise detalhada das situações de sucesso ou falha para que as descrições das consequências sejam as mais precisas possíveis. Análise por Árvore de Eventos (AAE) Definir o evento inicial que pode conduzir a falha (acidente); Definir os sistemas de segurança (ações ou interferências) que podem amortecer o efeito do evento inicial; Combinar em uma árvore lógica de decisões as várias sequências de acontecimentos que podem surgir a partir do evento inicial; Uma vez construída a árvore de eventos, calcular as probabilidades associadas a cada ramo do sistema que conduz a alguma falha (acidente). Passo a Passo da AAE Esquema da Análise por Árvore de Eventos Linha superior: NÃO O evento não ocorre. Linha inferior: SIM O evento ocorre. P = Pa + Pb + Pc = 0,004 + 0,001 + 0,001 = 0,006 (0,6%) Exemplo da Análise por Árvore de Eventos Um exemplo para proceder a análise quantitativa pode ser tomado como o esquema do quadro seguinte, que investiga a probabilidade de descarrilhamento de vagões ou locomotivas, dado que existe um defeito nos trilhos. O descarrilhamento pode ser causado por qualquer uma das 3 falhas assinaladas e, portanto, a probabilidade de que um defeito nos trilhos produza descarrilhamento é a soma simples das três possibilidades, ou seja, 0,6%. 13 Analisar os possíveis resultados de um sistema de incêndio; O sistema tem 2 componentes concebidos para lidar com este evento: Um pulverizador; Um sistema automatizado para chamar os bombeiros. Se os bombeiros não forem notificados, o incêndio será contido principalmente pela instalação de pulverizadores. Se o sistema de pulverização falhar também, o sistema será destruído. Analisando todos os resultados possíveis, podemos determinar a percentagem dos resultados que levam ao resultado desejado. Exemplo da Análise por Árvore de Eventos 13 Exemplo: O reator de um determinado processo é permanentemente resfriado pela circulação de água, sendo monitorado por 2 sensores de temperatura. O sensor S1 dispara um alarme sonoro para avisar o operador quando o reator atinge a temperatura T1. O sensor S2 paralisa automaticamente a reação quando for atingida a temperatura T2 (T2>T1). Entrada de água Entrada de matéria-prima Saída de produto T1 T2 Alarme Exemplo da Análise por Árvore de Eventos 14 Evento inicial: PERDA DE ÁGUA DE RESFRIAMENTO NO REATOR Quais as interferências no sistema? O sensor S1 dispara um alarme sonoro para avisar o operador quando o reator atinge a temperatura T1. O sensor S2 paralisa automaticamente a reação quando for atingida a temperatura T2 (T2>T1). Alarme alerta o operador à temperatura T1; Operador restabelece o fluxo de água para o reator; O sistema automático paralisa a reação à temperatura T2 Entrada de água Entrada de matéria-prima Saída de produto T1 T2 Alarme Exemplo da Análise por Árvore de Eventos 15 Alarme alerta o Operador à Temperatura T1 O operador restabelece o fluxo de água para o reator O sistema automático paralisa a reação à temperatura T2 PERDA DE ÁGUA DE RESFRIA-MENTO NO REATOR Processo paralisado Processo em operação Provável reação descontrolada Processo paralisado Provável reação descontrolada SIM NÃO Exemplo da Análise por Árvore de Eventos Sim Não Sim Não Não Sim 16 Quantificação da técnica para a determinação das frequências de ocorrência das consequências determinadas pela árvore a partir do evento inicial. Em cada ramificação da árvore existem sempre 2 possibilidades (sucesso ou falha): as probabilidades de cada ramo são sempre complementares, isto é, somarão 1,0 (100%). Para cálculo da frequência de uma determinada consequência (evento final) a partir das probabilidades relativas aos ramos de um percurso da árvore, lembrar que as probabilidades dos ramos representam intersecçõesdos eventos, uma vez que o evento posterior ocorrerá dado que o primeiro ocorreu. Assim sendo, para a determinação da freqüência de ocorrência de um evento final, deve-se realizar o produto de todas as probabilidades dos ramos percorridos. Quantificação da Árvore de Eventos 17 A frequência do evento inicial e as probabilidades das interferências podem ser obtidas a partir de: Dados históricos Dados de confiabilidade de equipamentos Dados de confiabilidade humana Uso da opinião de “experts". Quantificação da Árvore de Eventos 18 Quantificação da Árvore de Eventos 19 Exemplo: FFinal1 = Finicial . P1 . P2 FFinal2 = Finicial . P1 . P2 FFinal3 = Finicial . P1 A título de conferência dos cálculos: Finicial = FFinal1 + FFinal2 + FFinal3 FInicial FFinal 1 FFinal 2 P1 FFinal 3 P1 P2 P2 Quantificação da Árvore de Eventos 20 TÉCNICA ANÁLISE E RESULTADOS Série de Riscos (SR) Qualitativa Análise Preliminar de Riscos (APR) Qualitativa What-if/Checklist (WIC) Qualitativa Técnica de Incidentes Críticos (TIC) Qualitativa Estudo de Operabilidade e Riscos (HazOp) Qualitativa Análise de Modos de falha e Efeitos (AMFE) Qualitativa e Quantitativa Análise de Árvore de Falhas (AAF) Qualitativa e Quantitativa Análise de Árvore de Eventos (AAE) Qualitativa e Quantitativa CONSIDERAÇÕES FINAIS CETESB. Análise, avaliação e Gerenciamento de Riscos. Volume 2. São Paulo, 2008. 180 p. Notas e Referências Bibliográficas Próxima aula: Sistema de Gestão Ambiental - (SGA) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 22
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