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Integração por Frações Parciais (Parte 1) – Fatores Lineares Algumas integrais, cujo integrando consiste numa fração racional, ou seja, uma função do tipo: ��� onde p(x) e q(x) são polinômios reais com q ≠ 0, são facilmente integráveis por substituição ou por partes, ou mesmo diretamente. Mas isso nem sempre ocorre e o integrando pode não ser facilmente calculada ou mesmo impossível por estes métodos. Neste caso, podemos decompor a fração que define o integrando em frações parciais. O método consiste em reescrever a fração do integrando numa soma de outras frações mais simples, de modo que a integração seja necessariamente mais simples. A decomposição é feita a partir de fatoração do polinômio q(x) que aparece no denominador, associando a cada fator linear ou quadrático irredutível uma ou mais frações parciais. Um polinômio em x é uma função da forma: �� onde os coeficientes são constantes, a0 ≠ 0 e n é um inteiro positivo que também pode ser nulo. Sendo assim, se dois polinômios do mesmo grau são iguais, qualquer que seja o valor atribuído à variável nos dois polinômios são iguais. Todo polinômio de coeficientes reais pode ser expresso, pelo menos teoricamente, como um produto de fatores lineares reais, da forma ax + b e fatores de segundo grau, irredutíveis, da forma ax2 + bx + c. Uma função: �� onde f (x) e g (x) são polinômios, é chamada de fração racional. Se o grau de f (x) for menor que o grau de g (x), F (x) é uma fração racional própria; caso contrário, F (x) é denominada imprópria. Uma fração racional imprópria pode ser expressa como a soma de um polinômio e de uma fração racional própria. Assim: �� Toda fração racional própria pode ser expressa, pelo menos teoricamente, como uma soma de frações mais simples: frações parciais, cujos denominadores são da forma: �� onde n é um inteiro positivo. Podemos ter quaro casos distintos, dependendo de como os denominadores se apresentam. Vejamos cada caso individualmente. Caso 1 – Fatores Lineares Distintos A cada fator linear da forma ax + b que aparece uma vez no denominador de uma fração racional própria, corresponde a uma fração parcial da forma: �� onde A é uma constante a determinar. Exemplo 1: Achar a integral: �� a) Primeiramente, fatoramos o denominador: �� Fazemos: �� Temos então que: �� ou �� b) Agora, vamos determinar as constantes. Para isso, dispomos de dois métodos: Método Geral: Observando em (3) os coeficientes das potências semelhantes de x em ambos os membros da igualdade, podemos montar um sistema de equações: �� Resolvendo o sistema, obtemos: A1 = 1/4 e A2 = –1/4. Método Abreviado: Na igualdade (1), vamos observar os denominadores das frações parciais, que aparecem no segundo membro. Os valores para x que anulam os denominadores dessas frações são x = 2 e x = –2. Assim, substituímos estes valores em (2), obtendo: �� �� Vejam que são os mesmos valores encontrados no método geral. c) Agora, vamos reescrever a integral como: �� �� E pelas propriedades dos logaritmos, temos: �� Exemplo 2: Achar a integral: �� a) Primeiramente, fatoramos o denominador: �� Fazemos: �� Temos então que: �� ou �� b) Agora, vamos determinar as constantes. Para isso, dispomos de dois métodos: Método Geral: Observando em (3) os coeficientes das potências semelhantes de x em ambos os membros da igualdade, podemos montar um sistema de equações: �� Resolvendo o sistema, obtemos: A1 = –1/6 , A2 = 3/10 e A3 = –2/15. Método Abreviado: Na igualdade (1), vamos observar os denominadores das frações parciais, que aparecem no segundo membro. Os valores para x que anulam os denominadores dessas frações são x = 0, x = 2 e x = –3. Assim, substituímos estes valores em (2), obtendo: �� �� �� Vejam que são os mesmos valores encontrados no método geral. c) Agora, vamos reescrever a integral como: �� �� �� E pelas propriedades dos logaritmos, temos: �� Caso 2 – Fatores Lineares Repetidos A cada fator linear da forma ax + b que aparece n vezes no denominador de uma fração racional própria, corresponde a uma soma de n frações parciais da forma: �� onde A1, A2, ..., An são constantes a determinar. Exemplo 3: Achar a integral: �� a) Primeiramente, fatoramos o denominador: �� Vejam que o fator que se repete é o (x – 1), pois (x – 1)2 = (x – 1)(x – 1). Como aparece duas vezes, fazemos �� Temos então que: �� ou �� b) Agora, vamos determinar as constantes. Para isso, dispomos de dois métodos: Método Geral: Observando em (3) os coeficientes das potências semelhantes de x em ambos os membros da igualdade, podemos montar um sistema de equações: �� Resolvendo o sistema, obtemos: A1 = 1/2 , A2 = –1/2 e A3 = 4. Método Abreviado: Na igualdade (1), vamos observar os denominadores das frações parciais, que aparecem no segundo membro. Os valores para x que anulam os denominadores dessas frações são x = –1 e x = 1. Assim, substituímos estes valores em (2), obtendo: �� �� Ainda falta determinar a constante A2. Para isso, atribuímos qualquer valor para x e substituímos os valores já determinados para A1 e A2. Vamos supor x = 0: �� �� �� Vejam que são os mesmos valores encontrados no método geral. c) Agora, vamos reescrever a integral como: �� �� �� E pelas propriedades dos logaritmos: �� Exemplo 4: Achar a integral: �� Veja que neste caso, o integrante é uma fração em que o numerador tem grau maior do que o denominador. Fazemos a divisão: �� �� Fazemos: �� Temos então que: �� Método Abreviado: Na igualdade (1), vamos observar os denominadores das frações parciais, que aparecem no segundo membro. Os valores para x que anulam os denominadores dessas frações são x = 0, x = 1 e x = –2. Assim, substituímos estes valores em (2), obtendo: �� �� �� c) Agora, vamos reescrever a integral como: �� �� �� E pelas propriedades dos logaritmos: �� Problemas para resolver em casa: �� �� �� �� Referências: [1] Cálculo Diferencial e Integral – Frank Ayres Jr – Coleção Schaum [2] Cálculo II – Abílio Souza Costa Neto – FTC EAD
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