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Conceito de Obrigação

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Conceito de Obrigação
O termo obrigação é usado, tanto na linguagem corrente como na própria literatura jurídica, em sentidos diversos:
Dever jurídico, é a necessidade imposta pelo direito (objectivo) a uma pessoa de observar determinado comportamento. É uma ordem, um comando, uma injunção dirigida à inteligência e à vontade dos indivíduos, que só no domínio dos factos podem cumprir ou deixar de o fazer.
Quando a ordem jurídica confere às pessoas em cujo o interesse, o dever é instituído, o poder de disporem de meios coercivos que o protegem diz-se que ao dever corresponde um direito subjectivo[1].
O dever jurídico corresponde aos direitos subjectivos, não se confunde com o lado passivo das obrigações. Ao dever jurídico podem contrapor-se, no lado activo da relação não só os direitos públicos, mas ainda, no âmbito restrito do direito privado, tanto os direitos de crédito como os direitos reais, os direitos de personalidade, os direitos conjugais e dos direitos de pais e filhos.
Estado de sujeição, diferentemente do dever jurídico é o chamado estado de sujeição, que constitui o contra pólo dos direitos potestativo.
O estado de sujeição consiste na sujeição inelutável de uma pessoa ter se suportar na sua própria esfera jurídica a modificação a que tende o exercício do poder conferido a uma outra pessoa. O titular passivo da relação nada tem de fazer para cooperar na realização do interesse da outra parte, mas nada pode fazer também para a impedir.
Ónus jurídico, consiste na necessidade de observância de certo comportamento ou de manutenção de uma vantagem para o próprio onerado.
São duas, por conseguinte, as notas típicas do ónus jurídico. Por um lado, o acto a que o ónus se refere não é imposto como um dever. À sua inobservância não corresponde propriamente uma sanção.
Por outro lado, o acto não visa satisfazer o interesse de outrem, sendo estabelecido, pelo contrário, no interesse exclusivo ou também no interesse do próprio onerado, o ónus é um meio de se alcançar uma vantagem ou, pelo menos, de se evitar uma desvantagem.
*DEVER → Imposição jurídica que exige um determinado comportamento ativo ou omissivo, sob pena de aplicação de sanção. Exemplo (verdadeiro): Não praticar ato ilícito, sob pena de ser punido civilmente (indenizar). 
*ESTADO DE SUJEIÇÃO → O sujeito é submetido a efeitos de extinção, modificação ou constituição de algum direito, independentemente da conduta que tenha praticado. Exemplo (fictício): A partir das publicação e vigência de certa lei, advogados passarão a não mais poder advogar em causa própria. 
*ÔNUS → Imposição de determinada conduta no interesse do próprio onerado (obrigado), para que ele obtenha alguma vantagem ou deixe de obter desvantagem. Exemplo (verdadeiro): A parte deve (mas não é obrigada) a contestar a ação de cobrança, sob pena de se aplicar a pena de revelia.
Dever jurídico: tem um conceito mais amplo que nas obrigações, abarcando essas. O dever jurídico refere-se a nossa sujeição a algumas regras e que, no caso do descumprimento dessas regras, seja gerada uma sanção. Na obrigação em si não há uma sanção, mas uma responsabilização (o patrimônio responde pela obrigação). Não se trata de um estado de sujeição. 
Obrigação: via de regra, é sempre uma relação creditícia (crédito x débito), enquanto que no dever jurídico isso não ocorre. Exemplo: art. 121, CP – matar alguém. Caso corrompamos a regra, estaremos sujeitos à sanção estabelecida. 
Ônus: é um fardo, um encargo. A lei faculta que podemos ou não fazer para recebermos uma vantagem, mas sabemos que, se não fizermos, não receberemos. Exemplo: doação com encargo/condição. O ônus é facultativo, não é uma sanção, e está relacionado a uma vantagem. 
Direito Potestativo: é o poder que a pessoa tem de influir na esfera jurídica de outrem sem que este possa fazer algo que não se sujeitar. O estado de sujeição está diretamente vinculado ao direito potestativo. Acontece, por exemplo, havendo um contrato de comodato (empréstimo gratuito), por prazo indeterminado e, em determinado momento, o proprietário notifica o comodatário que quer a propriedade de volta. Este estará sujeito ao comodante (proprietário), ao seu direito. Não há como se esquivar do direito, deixar de cumpri-lo. O máximo que se consegue é uma negociação.
Obrigação: relação jurídica por virtude da qual uma pessoa (ou mais) pode exigir de outra (ou outras) a realização de uma prestação. Ex: obrigação de pagamento de um automóvel comprado.
Responsabilidade: caso a obrigação seja descumprida, dessa conduta, a responsabilidade, que dá o direito, ao credor, de exigir judicialmente o cumprimento da prestação. Ex: responsabilidade patrimonial em casos de inadimplemento: respondem todos os bens do devedor (art. 391).
Dever jurídico: necessidade que corre a todo indivíduo de obedecer às ordens ou comandos do ordenamento jurídico, sob pena de sanção. Ex: dever de prestar socorro em caso de acidente.
Ônus: necessidade de observância de certo comportamento para a obtenção ou manutenção de uma vantagem para o próprio onerado. Ex: doação com encargo.
Estado de sujeição: subordinação do sujeito passivo a um direito potestativo do sujeito ativo. Ex: prestação de alimento em virtude de parentesco.

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