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945V - PROTECAO PENAL AO INDIVIDUO 1A. AULA. HOMICÍDIO O enfermeiro que intencionalmente deixa de ministrar o remédio necessário ao doente, que vem a morrer, A incorre em homicídio, neste caso comissivo por omissão, já que o enfermeiro tinha o dever de agir, uma vez que assumiu a responsabilidade de impedir o resultado. B pratica o delito de omissão de socorro. C incorre em homicídio, neste caso comissivo por omissão, já que o enfermeiro tinha o dever de agir, pois, com seu comportamento anterior criou o risco da ocorrência do resultado. D não praticou crime algum, pois falta nexo de causalidade entre a sua conduta e o resultado morte. E incorre em homicídio culposo. Resposta: A - Homicídio por omissão: possível (crime omissivo impróprio ou comissivo por omissão) – conhecimento de situação típica, não realização de ação dirigida de modo a evitar o resultado, sendo o autor garantidor do bem jurídico (Ex. mãe que deixa de alimentar recém nascido; salva-vidas que deixa de socorrer o banhista que se afoga). Observe as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta em relação ao homicídio. I) Quando iniciada a execução e o resultado morte não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente, o crime é tentado. ok II) O dolo representa a vontade livre e consciente de realizar conduta dirigida à morte da vítima. ok III) O objeto material é o próprio ser humano, com vida ou não. F A Todas estão corretas. B Todas estão erradas. C Somente a III está correta. D Somente a I e a II estão corretas. E Somente a I está correta. Resposta: D – O objeto material é o ser humano com vida. Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, A caracterizar-se-á homicídio privilegiado, devendo o juiz deixar de aplicar pena. B haverá legítima defesa social ou moral, causa excludente da ilicitude, acarretando a absolvição sumária. C caracterizar-se-á homicídio privilegiado, podendo o juiz reduzir a pena de um sexto a um terço. D o homicídio é qualificado, pois cometido por motivo fútil. E a absolvição é medida que se impõe, pois o homicídio foi praticado sob o manto do estado de necessidade, para tutela dos bons costumes. Resposta: C - Como se depreende da lei, haverá uma redução da pena de 1/6 a 1/3. Portanto, é uma causa de diminuição de pena e deverá ser levada em consideração na 3ª fase da dosimetria da pena. Quanto ao homicídio qualificado, é incorreto afirmar: A Os motivos determinantes, os meios empregados ou os recursos empregados demonstram maior periculosidade do agente e menor possibilidade de defesa da vítima, tornando o fato mais grave do que o homicídio simples. B Responde pelo crime qualificado não só quem recebe, mas também o mandante, o que paga ou promete a recompensa. C A traição consubstancia-se essencialmente na quebra de confiança depositada pela vítima do agente, que dela se aproveita para matá-la. D Em virtude de circunstâncias especiais que se ajuntam ao fato típico fundamental, o fato se torna menos grave do que o homicídio simples. E Também qualifica o homicídio o emprego de meio cruel, que sujeite a vítima a graves e inúteis vexames ou sofrimentos físicos ou morais. Resposta: D - HOMICÍDIO QUALIFICADO art. 121 § 2° - São casos em que os motivos determinantes ou os meios/recursos empregados demonstram maior periculosidade do agente e menores possibilidades de defesa da vítima, tornando o fato + grave que o homicídio simples. Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta. I) O autor do homicídio praticado com intuito de livrar um doente, irremediavelmente perdido, dos sofrimentos que o atormentam goza de privilégio de atenuação da pena. II) Não se configura, no homicídio, a qualificadora motivo fútil quando o crime é precedido de acalorada discussão. III) O Supremo Tribunal Federal não admitia a continuação nos crimes contra a vida, por ser este um bem personalíssimo (Súmula 605), embora tribunais estaduais e mesmo o STJ reconhecessem essa possibilidade. Conduto, diante da redação do art. 71, parágrafo único, do CP, o Supremo Tribunal Federal vem admitindo a continuidade delitiva nessa hipótese. A Todas estão erradas. B Todas estão corretas. C Somente a I está errada. D Somente a II está correta. E Somente a III está errada. Resposta: B – Todas estão corretas e se justificam em seus próprios argumentos. O perdão judicial, no homicídio, pode ser concedido A ao agente que comete o crime com culpa inconsciente, somente. B se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social. C se o agente comete o crime sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. D ao agente que comete o crime com culpa consciente, somente. E se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária, desde que o crime seja culposo. Resposta: E - Perdão judicial é o instituto por meio do qual o juiz, embora reconhecendo a prática do crime, deixa de aplicar a pena, desde que se apresentem determinadas circunstâncias excepcionais previstas em lei e que tornam inconvenientes ou desnecessárias a imposição de sanção penal ao réu. 2A. AULO - INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO; INFANTICÍDIO E ABORTO Aponte a alternativa correta, tendo em vista as afirmações abaixo 1ª.) Embora o induzimento e a instigação sejam situações semelhantes, pode-se distinguir o ato de induzir, que traduz a iniciativa do agente, criando na mente da vítima o desejo do suicídio quando esta ainda não pensava nele, do ato de instigar, que se refere à conduta de reforçar, acoroçoar, estimular a idéia preexistente de suicídio. 2ª.) Haverá auxílio no ministrar instruções sobre o modo de empregar os meios para matar-se, no criar as condições de viabilidade do suicídio, no frustrar a vigilância de outrem, no impedir ou dificultar o imediato socorro. 3ª.) Caso o agente pratique duas condutas (induzir e auxiliar), será responsabilizado pela prática de dois crimes, revelando sua conduta um dolo mais intenso, inclusive. A somente a primeira está correta. B somente a segunda está correta. C somente a terceira está errada. D todas estão corretas. E todas estão erradas. Resposta: C - O dolo dos crimes de participação e suicídio é a vontade de induzir, instigar e auxiliar a vítima na prática do suicídio. É o desejo de que a vítima morra, chamado de dolo específico. Crime com dolo eventual é quando o pai expulsa a filha desonrada, tendo consciência de que ela poderá se suicidar. Não há forma culposa do crime de participação em suicídio, nem se configura homicídio culposo quando o agente, por culpa, faz com que alguém se suicide. O delito é qualificado, com a aplicação de pena duplicada: se o crime é praticado por motivo egoístico e, se a vítima é menor ou tem diminuída por qualquer causa a capacidade de resistência. Faça a correspondência das colunas abaixo, assinalando a alternativa correta. A – Aborto I – É sujeito passivo aquele que tenha alguma capacidade de resistência à conduta do sujeito ativo. B – Homicídio II – Consuma-se com a morte do nascente ou recém-nascido. C – Infanticídio III – Admite perfeitamente o dolo eventual, como, por exemplo, no caso de roleta-russa; motorista que efetua manobras violentas, fazendo com que caísse o ciclista que atropelara e que fora projetado sobre o capô do automóvel. D – Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio IV – É a interrupção da gravidez com a destruição do produto da concepção. A B B:I; C:II; A:III e D:IV C B:II; A:I: D:IV e C:III D C:III; B:I; A:II e D:IV E D:I; A:IV; B:II e C:III Resposta: A - E - Aborto é a interrupção da gravidez com a destruição do produto da concepção. O infanticídio está previsto noartigo 123 do Código Penal, e é a eliminação da vida do próprio filho, recém-nascido (acabou de nascer) ou nascente (está nascendo), praticada pela mãe, durante o parto ou logo após, mas sob influência do estado puerperal. Não se pune o aborto praticado por médico, se não há outro meio de salvar a vida da gestante ou se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. A O texto acima se refere ao aborto legal, chamado o primeiro caso de aborto necessário e o segundo de aborto sentimental. B O texto acima trata de situações apenas desejadas pela doutrina, não cuidando a lei delas. C O texto acima se refere ao aborto legal, sendo o primeiro caso tratado pela doutrina como aborto ético ou humanitário e o segundo de aborto terapêutico. D Somente a parte final da afirmação está equivocada, pois no aborto sentimental é desnecessário o consentimento da gestante. E Além das situações relatadas no texto acima, também não se pune o aborto praticado por médico, realizado para impedir que se agrave a situação de penúria ou miséria da gestante. Resposta: A - Aborto necessário I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no caso de gravidez resultante de estupro II - se a gravidez resulta de estupro e aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Em relação ao infanticídio, é incorreto dizer: A O infanticídio é um crime próprio. B Aquele que colabora na prática do infanticídio, responde por infanticídio. C A conduta típica é matar. D Não é necessário, para configuração do crime, que o fato tenha ocorrido durante o parto ou logo após, bastando que a mãe tenha agido sob influência do estado puerperal. E Consuma-se o delito com a morte do nascente ou recém-nascido. Resposta: D - O infanticídio está previsto no artigo 123 do Código Penal, e é a eliminação da vida do próprio filho, recém-nascido (acabou de nascer) ou nascente (está nascendo), praticada pela mãe, durante o parto ou logo após, mas sob influência do estado puerperal. 3A. AULA - LESÃO CORPORAL, PERIGO DE CONTÁGIO VENÉREO, PERIGO DE MOLÉSTIA GRAVE E PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE DE OUTREM Não caracteriza lesão corporal de natureza grave, se da ofensa à integridade corporal resultar A debilidade permanente de membro ou sentido. B perigo a vida. C aceleração de parto. D debilidade permanente de função. E incapacidade para as ocupações habituais, por trinta dias. Resposta: E – se resultar afastamento a pena de reclusão será de 5 anos. Em relação ao crime de lesão corporal, verifique as assertivas abaixo e aponte a alternativa correta. I – Consuma-se o delito quando resulta uma lesão à integridade física ou psíquica da vítima. Ok II – É crime comum, podendo qualquer pessoa praticá-lo. III – O Código Penal, no artigo 129, § 1º., estabelece as situações que caracterizam a lesão corporal de natureza leve. IV – Caso da conduta resulte perda ou inutilização de membro, sentido ou função, o delito é denominado, pela doutrina, lesão corporal gravíssima. A somente a assertiva I está errada. B somente a assertiva II está errada. C somente a assertiva III está errada. D somente a assertiva IV está errada. E todas estão corretas. Resposta: C – Lesão corporal consiste em todo e qualquer dano produzido por alguém, sem animus necandi, à integridade física ou à saúde de outrem. Ela abrange qualquer ofensa à normalidade funcional do organismo humano tanto do ponto de vista anatômico quanto do fisiológico ou psíquico. Na verdade é impossível uma perturbação mental sem um dano a saúde, ou um dano à saúde sem uma ofensa corpórea. O objeto da proteção legal é a integridade física e a saúde do ser humano. Homem que ao visitar os filhos na residência da ex-mulher, agride-a, causando-lhe a perda da vista de seu olho esquerdo, pratica o crime de lesão corporal de natureza A gravíssima. B grave. C grave, com aumento especial de pena pela violência doméstica. D gravíssima, com aumento especial de pena pela violência doméstica. E leve. Resposta: C – Trata-se de debilidade significa uma redução na capacidade funcional, uma diminuição das possibilidades funcionais da vítima”[24]. Neste aceno, prima sublinhar que a locução supracitada, com o escopo de configurar a lesão corporal grave, não deve ser compreendida como algo eterno, sem a possibilidade de retorno à capacidade original. Em relação ao crime de perigo de contágio venéreo, aponte a alternativa errada. A O fato de a vítima saber ou supor que o agente está acometido de doença venérea, não exime aquele de responsabilidade. B A conduta típica resume-se na prática de relações sexuais ou de qualquer ato libidinoso, seja ele ou não sucedâneo da cópula carnal, com a vítima. C O dolo consubstancia-se na vontade de praticar ato libidinoso, expondo a vítima a perigo, sabendo o agente que está contaminado. D A consumação somente se dará havendo a contaminação da vítima. E A ação penal depende de representação. Resposta: D - O crime de perigo de contágio de moléstia grave é delito formal de consumação antecipada e de perigo com dolo de dano. Assim a consumação opera-se com a prática do ato, independente do contágio que, se ocorrer, será o exaurimento do crime. 4A. AULA - ARTIGOS 133/137, CP Quanto ao crime de abandono de incapaz, e incorreto dizer: A é delito próprio. B são sujeitos passivos aqueles que, por qualquer motivo, não têm condições de cuidar de si próprios, de se defenderem dos riscos resultantes do abandono. C a conduta típica significa deixar sem assistência, desamparar, largar. D é crime de perigo abstrato. E é crime exclusivamente doloso. Resposta: D - Trata-se de crime próprio, que não pode ser praticado por quem não reúna essa circunstância especial. Aponte a alternativa correta, tendo em vista as afirmações abaixo; I – Exposição ou abandono de recém-nascido é um crime próprio, podendo ser praticado não só pela mãe na gravidez extra matrimonium, como pelo pai, em caso de filho adulterino ou incestuoso. ok II – O crime de exposição ou abandono de recém-nascido somente se configura se presente o elemento subjetivo do injusto, que é o fim de ocultar desonra própria. III – No caso de exposição oi abandono de recém-nascido a circunstância de ser pai ou mãe da vítima, elementar do crime, comunica-se ao partícipe ou co-autor. A Todas estão corretas. B Todas estão incorretas. C Somente a I está incorreta. D Somente a II está incorreta. E Somente a III está incorreta. Resposta: A - crime próprio, podendo ser praticado não só pela mãe na gravidez extra matrimonium, como pelo pai, em caso de filho adulterino ou incestuoso. Conduta típica: expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria (tipo misto alternativo). É indispensável para a caracterização do delito em tela a existência, ainda que momentânea, de perigo concreto. Deve ser este efetivamente demonstrado. Em relação ao crime de omissão de socorro, é incorreto afirmar: A qualquer pessoa pode praticar o delito, não havendo obrigatoriedade de qualquer vinculação anterior entre os sujeitos do delito. B o delito exige, como um dos elementos formadores da omissão de socorro, que o autor da situação de perigo não seja o próprio causador (doloso ou culposo) das lesões. C Trata-se de um crime omissivo puro. D Quando duas ou mais pessoas omitem o socorro, todas respondem pelo crime, e, mesmo que uma delas o preste, as outras não se desobrigam, respondendo pela omissão. E consuma-se o delito quando o sujeito deixou de agir, não se podendo falar em tentativa. Resposta: D - Além da explicitude de sua própria rubrica, o art. 135 prevê claramente uma abstenção de conduta positiva: deixar deprestar assistência. Inexiste outro modo de praticá-lo a não ser através de uma inação, de um não-fazer aquilo que está sendo exigido pela norma, ou seja, o socorro a quem dele necessita, nas circunstâncias descritas em lei. Trata-se de um crime puramente omissivo (omissivo próprio). São condutas que não caracterizam o crime de maus-tratos: A privar a vítima de alimentos indispensáveis. B deixar de prestar assistência à criança abandonada ou extraviada. C sujeitar a vítima a trabalho excessivo. D sujeitar a vítima a trabalho inadequado. E abusar dos meios de correção e disciplina. Resposta: B - O Código Penal prevê em seu artigo 136 o crime de “Maus - Tratos” que consiste na exposição a perigo da vida ou da saúde de pessoa sob a autoridade, guarda ou vigilância do agente, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina. Por seu turno, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90), descreve tipo penal muito semelhante em seu artigo 232, criminalizando a conduta de “submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou constrangimento”. CRIMES CONTRA A PESSOA - AULA 5 I - Honra objetiva – fato criminoso. II - Honra objetiva – fato ofensivo. III - Honra subjetiva – fato desonroso. Em relação aos binômios acima apontados, é certo dizer que se referem a: A difamação, injúria e calúnia. B calúnia, difamação e injúria. C calúnia, calúnia e injúria. D difamação, difamação e injúria. E calúnia, injúria e injúria. Resposta: B - A calúnia é acusar alguém publicamente de um crime. É o artigo 138 do Código Penal Brasileiro, e prevê reclusão de 6 meses a 2 anos, além do pagamento de multa. Se o crime for comprovado, não existe condenação. A difamação, artigo 139, é o ato de desonrar alguém espalhando informações inverídicas. A pena é de 3 meses a 1 ano de prisão, com multa. E mesmo se a informação for verdadeira, a pessoa que sofreu a difamação ainda pode processar o outro. A injúria é quando uma das partes diz algo desonroso e prejudicial diretamente para a outra parte, como chamar de ladrão. É o artigo 140 do Código Penal, e tem de 1 a 6 meses de prisão, mais multa. Neste caso, a veracidade da acusação também não afeta o processo. Tendo em vista as afirmações abaixo, aponte a alternativa correta: I – No crime da calúnia, a imputação, para constituir crime, tem de ser falsa. II – Sem o animus caluniandi, inexiste o elemento subjetivo do tipo, não se podendo falar em crime de calúnia. III – Não é possível a exceção da verdade no crime de calúnia. A Todas são corretas. B Todas são falsas. C Somente a III é falsa. D Somente a II é falsa. E Somente a I é falsa. Resposta: C - "Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:” Dolo: vontade livre e consciente de imputar falsamente a alguém fato definido como crime (dolo direito). E também se exige uma determinada tendência subjetiva de realização da conduta típica, qual seja, a FINALIDADE DE DESACREDITAR, MENOSPREZAR, O ÂNIMO DE CALUNIAR (animus caluniandi) – elemento subjetivo do injusto.Em razão da gravidade do fato imputado, a calúnia admite a exceção da verdade, que consiste na defesa apresentada pelo acusado com o fim de demonstrar a verdade da imputação. A exceção da verdade há de ser submetida ao contraditório (RT 621/328), mas pode ser alegada e comprovada em qualquer fase processual, inclusive ao ensejo das razões de apelação (RT 607/306). I – Para a caracterização do crime de difamação, é irrelevante a veracidade ou não das afirmações proferidas pelo agente. II – Mesmo que a difamação não seja verbal, não há que se falar em tentativa. III – No caso de difamação, a doutrina e a jurisprudência têm admitido serem as pessoa jurídicas detentoras de honra objetiva, de reputação. A Todas são corretas. B Todas são falsas. C Somente a III é falsa. D Somente a II é falsa. E Somente a I é falsa. Resposta: D - A difamação, artigo 139, é o ato de desonrar alguém espalhando informações inverídicas. A pena é de 3 meses a 1 ano de prisão, com multa. E mesmo se a informação for verdadeira, a pessoa que sofreu a difamação ainda pode processar o outro.Tentativa: é possível quando não praticada oralmente. Aponte a alternativa incorreta. A A injúria real, para sua caracterização, reclama a realização da ofensa por meio de violência ou vias de fato. B A retorsão imediata, na injúria, acarreta o perdão judicial. C No crime de injúria, a objetividade jurídica refere-se à honra subjetiva do ofendido. D Mesmo não possuindo honra subjetiva, a pessoa jurídica pode ser vítima de injúria. E A honra-decoro é a honra subjetiva relativa aos atributos físicos, morais e intelectuais da pessoa. Resposta: D - Objetividade Jurídica: a honra, no caso a honra subjetiva. - dignidade: é o sentimento que o próprio indivíduo possui acerca de seu valor social e moral; - decoro: é o sentimento que o próprio indivíduo possui acerca de sua respeitabilidade (sua qualidades físicas e intelectuais). 6. AULA - CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL I - É o mero prenúncio, com intuito de amedrontar a vítima. II – A ameaça é um dos meios empregados pelo agente para obrigar a vítima a fazer ou não fazer alguma coisa. III – A intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justifica por iminente perigo de vida. As afirmativas dizem respeito aos crimes de: A Ameaça, constrangimento ilegal e constrangimento ilegal. B Ameaça, ameaça e constrangimento ilegal. C Ameaça, ameaça e ameaça. D Constrangimento ilegal, ameaça e ameaça. E Constrangimento Ilegal, constrangimento ilegal e ameaça. Resposta: A - A ameaça, ao contrário do constrangimento ilegal, exige que o mal seja injusto. No delito de ameaça o mal exaure-se em si mesmo, já que busca intimidar a vítima. No constrangimento, ao contrário, a grave ameaça, como meio de execução, visa obrigar o sujeito passivo a não fazer o que a lei permite o a fazer o que ela não manda. Em relação ao crime de ameaça, é incorreto dizer A Tutela-se a liberdade individual. B É crime comum. C A lei não especifica em que deve consistir a conduta do sujeito passivo. Mas deve ser ilegítima. D É crime doloso, e o dolo representa a consciência e a vontade de constranger a vítima à prática da conduta pretendida. E É crime formal. Resposta: D - Necessário que haja a presença do dolo específico que, no presente caso, constitui-se na vontade do autor do delito em incutir medo na vítima, intimidá-la. Nosso ordenamento jurídico não admite a forma culposa para o crime de ameaça I – A sujeição da vítima a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva. II – A sujeição da vítima a condições degradantes de trabalho. III – A restrição, por qualquer meio, da locomoção da vítima, em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto. Em relação às afirmações acima, é correto dizer. A Todas são hipóteses legais de redução a condição análoga a de escravo. B Somente as afirmações I e III dizem respeito ao crime de redução a condição análoga a de escravo. C A afirmação III configura o delito de cárcere privado. D A III refere-se ao crime de redução a condição análoga de escravo e as demais ao crime de constrangimento ilegal. E Apenas as afirmações II e III são hipóteses de redução a condição análoga a de escravo. Resposta: A – Todas estão corretas e se justificam nos seus argumentos, como descrito no Art. 149 - Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho,quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:" I – No constrangimento ilegal, o elemento subjetivo é o dolo, que abrange a consciência da ilegitimidade da ação. II – Consuma-se o crime de constrangimento ilegal quando o ofendido faz ou deixa de fazer aquilo a que foi constrangido. III – O constrangimento ilegal e crime comum, material e doloso. A Todas as afirmações são incorretas. B Somente a afirmação I é incorreta. C Somente a afirmação II é incorreta. D Somente a afirmação III é incorreta. E Todas as afirmações são corretas. Resposta: E - "Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda. Dolo: consciência e vontade de constranger a vítima à prática da conduta pretendida. Exige-se a consciência da ilegitimidade da pretensão e necessário o elemento subjetivo do injusto, que é o obter a ação ou omissão da vítima. São irrelevantes os motivos do sujeito ativo. 7A. AULA Assinale a alternativa errada. A A criminalização da violação de domicílio objetiva proteger a moradia, isto é, o lugar que o indivíduo escolheu para sua morada, para o seu repouso e de sua família. B Somente com ordem judicial a autoridade policial poderá entrar ou permanecer no lar durante a noite. C Compreende a expressão casa, para efeito legal, o compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. D Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime de violação de domicílio, inclusive o proprietário de casa alugada. E Na ausência do morador, o direito de exclusão ou admissão transfere-se ao cônjuge, ascendentes, descendentes, empregados ou quaisquer outras pessoas que com ele convivam. Resposta: B - Dessas leituras, compreende-se que a inviolabilidade do domicílio está intrinsecamente ligada à intimidade, à vida privada das pessoas, sendo que as tutelas constitucional e penal do instituto gira objetivamente entorno desse espaço de realização individual. A violação não é tão somente material, mas também subjetiva, moral, porquanto há restrição ao pleno gozo da vida íntima do(s) domiciliado(s). Trata-se de um direito subjetivo tanto contra civis quanto contra agentes públicos em exercício, ou seja, é um direito oponível ao Estado. Esse mesmo Estado, ademais, é, também, responsável por garanti-lo. I - O dispositivo do art. 151 foi revogado pela Lei n. 6538/78, que dispõe sobre os serviços postais, em que se define o delito, no artigo 40, com a mesma redação. II – O Código Penal disciplina em seções distintas a violação de correspondência e a violação de segredo. III - O erro acerca da propriedade da correspondência não exclui o dolo no crime de violação de correspondência. Assinale a alternativa correta, tendo em vista as afirmações acima. A Somente a I e a II estão certas. B Somente a I e a III estão certas. C Somente a II e a III estão certas. D Todas estão erradas. E Todas estão certas. Resposta: A – Primeira afirmação correta pelos seus próprio argumentos. Segunda correta, por que são tratadas em partes distintas. I – O núcleo do tipo é alternativo, contendo as condutas de desviar, sonegar, suprimir, entre outras. II – É crime próprio, pois só pode ser praticado por sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial. III- É crime comissivo, sendo impossível praticá-lo através de omissão. As afirmações acima se referem ao crime de A Violação de correspondência. B Supressão de documento. C Divulgação de segredo. D Correspondência comercial. E Desvio de correspondência privada. Resposta: D – Trata-se de crime de correspondência comercial. Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo:" Qual das hipóteses abaixo não qualifica o crime de violação de domicílio: A Se o crime e cometido durante a noite. B Se o crime é cometido em lugar ermo. C Se o crime é cometido com emprego de violência. D Se o crime é cometido com emprego de arma. E Se houver privação da liberdade do morador. Resposta: E – A privação de liberdade do morador não qualifica o crime de violação de domicilio, todas as demais sim, conforme art 150 CP. 8A. AULA Em relação ao crime de divulgação de segredo, é incorreto afirmar: A O objeto material do crime é o documento particular e a correspondência confidencial. B A conduta típica é divulgar o segredo inscrito no documento ou correspondência. C O dolo do delito é a vontade livre e consciente de divulgar o segredo, com a consciência de poder causar dano a outrem. D Não há que se falar em tentativa. E O consentimento do titular do segredo elide o dolo. Resposta: D - Preservar-se o SIGILO.SUJEITO ATIVO: Detentor ou destinatário do segredo. Ficam fora da proteção penal as confidências obtidas por meio verbal, uma vez que o título protege claramente o conteúdo de DOCUMENTOS. Crime FORMAL. Consuma-se no momento da realização da CONDUTA. Deve ser capaz de provocar dano, mesmo que não provoque. Admite a tentativa. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO, salvo quando se tratar de segredo cuja revelação cause prejuízo a Administração Pública. Em relação ao crime de violação do segredo profissional, assinale a alternativa correta. A É crime próprio. B Para sua configuração, não é necessária que a vítima tenha interesse me guardar o segredo. C O crime se pode configurar caso o agente seja negligente. D Para a consumação, o segredo deve ser revelado a um número indeterminado de pessoas. E O delito se configurará mesmo havendo justa causa para a revelação do segredo. Resposta: A - Crime PRÓPRIO. Crime FORMAL. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO. I – Consuma-se o delito quando um número indeterminado de pessoas toma conhecimento do segredo. II – A ação penal é pública incondicionada. III – A ação penal é publica condicionada. As afirmações acima se referem, respectivamente, aos crimes de A Divulgação de segredo, violação de segredo profissional e violação de segredo profissional. B Divulgação de segredo, divulgação de segredo e violação de segredo profissional. C Violação de segredo profissional, violação de segredo profissional e violação de segredo profissional. D Divulgação de segredo, violação de segredo profissional e divulgação de segredo. E Violação de segredo profissional, divulgação de segredo e violação de segredo profissional. Resposta: B - divulgar, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação pode produzir dano a outrem. Divulgar: é tornar público, comunicar o conteúdo secreto a um número indeterminado de pessoas. Não é suficiente sua transmissão a uma única pessoa ou a um grupo de indivíduos; é preciso uma difusão externa (publicação pela imprensa, radiodifusão, afixação em lugar público) ou, pelo menos, exposição que torne possível o conhecimento por indeterminado número de pessoas. Enquanto o sigilo profissional é sujeito ativo: figura como apenas aquele que revela segredo de que teve conhecimento em virtude de função, ministério, ofício ou profissão (crime próprio) Considere a seguinte descrição: Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem. Trata-se de crime: A B divulgação de segredo. C D E Resposta: B - Preservar-se o SIGILO. SUJEITO ATIVO: Detentor ou destinatário do segredo.Ficam fora da proteção penal as confidências obtidas por meio verbal, uma vez que o título protege claramente o conteúdo de DOCUMENTOS. Crime FORMAL. Consuma-se no momento da realização da CONDUTA. Deve ser capaz de provocar dano, mesmo que não provoque. Admite a tentativa. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO, salvo quando se tratar de segredo cuja revelação cause prejuízo a Administração Pública.
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