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Digestão dos Carboidratos, Lipídeos e Proteínas com enfoque na cascata zimogênica

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Fundamentação Fisiológica da Pancreatite Aguda: Explicando o funcionamento normal da digestão com enfoque na cascata zimogênica do pâncreas.
DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS
1. Começa na Boca.
Na boca, há uma enzima que digere carboidrato chamada ptalina (alfa-amilase), esta hidrolisa o amido em oligossacarídeos e glicose. A saliva tem um pH entre 6-7, pH ótimo para a ação da ptalina. Porém a ação da ptalina continua no estômago até que o pH do mesmo atinja 4, o qual bloqueia sua atividade enzimática. A ptalina é responsável por digerir cerca de 40-45% do amido digerido.
2. Segue para o Intestino Delgado
No Intestino Delgado, os carboidratos existentes no quimo ácido sofrem ação da secreção pancreática, que, contém grande teor de alfa-amilase (AMILASE PANCREÁTICA), sendo cindidos totalmente em maltose e isomaltose antes de atingir o jejuno.
A isomaltose se caracteriza por ainda possuir ligações glicosídicas do tipo alfa 1-6, que somente serão clivadas no intestino, pela ação das enzimas alfa-glicosidase e isomaltase
A alfa-amilase pancreática é bastante semelhante à alfa-amilase salivar e atua em pH semelhante, porém é MAIS EFICAZ pois age no amido cozido e no cru ( AMIDO CRU Possui uma capa protetora que impede sua degradação pela alfa-amilase salivar).
Dissacarídeos na borda-em-escova da mucosa duodenal
em suma, dissacarídeos são hidrolisados em seus dois monossacarídeos formadores.
Ex: Lactose pela ação da Lactase é hidrolisada em Galactose + Glicose.
Os monossacarídeos são absorvidos pelas vilosidades do epitélio de revestimento do intestino delgado.
DIGESTÃO DOS LIPÍDIOS.
ANTES DO PROCESSO ENZIMÁTICO, AS GORDURAS NECESSITAM PASSAR PELO PROCESSO DE EMULSIFICAÇÃO. Isto consiste na transformação dos glóbulos de gordura em gotículas menores, pela ação detergente dos sais biliares, favorecida pela agitação do conteúdo intestinal, provocada pela motilidade do intestino. 
INICIA-SE NO DUODENO PELA AÇÃO DA LIPASE PANCREÁTICA. ESTA É SECRETADA SOB A FORMA DO ZIMOGÊNIO PROLIPASE E É TRANSFORMADA NO INTESTINO, PELA AÇÃO DA TRIPSINA, EM LIPASE ATIVA. É ENCONTRADA AINDA, NA CÉLULA EPITELIAL DO INTESTINO DELGADO, PEQUENA QUANTIDADE DE LIPASE, CONHECIDA COMO LIPASE ENTÉRICA, QUE ATUA NA HIDRÓLISE DE GORDURA. AS ENZIMAS DIGESTIVAS DAS GORDURAS SÃO HIDROSSOLUVEIS E ATUAM NA SUPERFICIE DAS GOTICULAS, OU MELHOR, NA INTERFACE GORDURA/MEIO AQUOSO: 
GORDURA Pela bile + agitação resulta na gordura emulsionada
Gordura Emulsionada pela ação da lipase pancreática na interface gordura/meio aquoso resulta em ácidos graxos + 2-monoacilglicerol.
DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS
1. COMEÇA NO ESTÔMAGO.
Quando o alimento atinge o estômago, a proteína encontrada nele estimula a secreção do hormônio gastrina, que estimula a produção de ácido clorídrico, que baixa o pH do estômago a 1,5-2,5. A acidez gástrica, além de atuar como antibactericida, promove desnaturação das proteínas globulares expondo suas ligações peptídicas ao ataque enzimático da pepsina. Essa enzima é secretada pelas glândulas oxínticas, localizadas nas superfícies internas do corpo e do fundo do estômago, constituindo cerca de 80% do estomago proximal. A digestão proteica no estômago pela pepsina somente inicia a digestão proteica. Libera oligopeptídeos de cadeia longa e somente 15% de aminoácidos. Essa enzima tem seu pH ótimo entre 2-3 e é completamente inativa em pH 5, a razão pela qual sua atividade cessa no duodeno. Quando o conteúdo ácido passa para o duodeno, estimula a liberação de secretina, que estimula o pâncreas a secretar bicarbonato, a fim de neutralizar o HCl gástrico. Assim, o pH do duodeno sobe abruptamente de 1,5 a 2,5 para até 7.
2. SEGUE PARA O DUODENO (ONDE TERMINA).
A entrada de aminoácidos no duodeno estimula a secreção de enzimas proteolíticas e peptidases, que atuam na faixa de pH ótimo entre 7-8 e, desse modo, fazem com que a digestão continue. As peptdonas e peptídeos de cadeias longa, resultantes da digestão das proteínas do estomago – são atacadas por exo e endopeptidades (TRIPSINA, QUIMOTRIPSINA E CARBOXIPEPTIDASE) secretadas pelas células exócrinas do pâncreas, INICIALMENTE SOBRE A FORMA DE ZIMOGÊNIOS, ENZIMATICAMENTE INATIVOS. A SÍNTESE DESSAS ENZIMAS SOB A FORMA DE PRECURSORES INATIVOS PROTEGE A CELULA PANCREATICA DO ATAQUE PROTEOLÍTICO.
A TRIPSINA É UMA ENDOPEPTIDASE QUE HIDROLISA LIGAÇÕES CUJO GRUPO CARBONILA É FORNECIDO PELA LISINA E ARGININA
A QUIMIOTRIPSINA É UMA ENDOPEPTIDASE QUE HIDROLISA LIGAÇÕES PEPTÍDICAS ENVOLVENDO RESIDUOS DE FENILALANINA, TIROSINA E TRIPTOFANO E METIONINA.
Pela ação das peptidases e dipeptidases da borda-em-escova e pela ação sequencial da aminopeptidase e da carboxipeptidase, as proteínas ingeridas são finalmente degradadas, resultando uma mistura de aminoácidos livres, que são absorvidos pelas células epiteliais que revestem o intestino e caem na corrente sanguínea.
PAPEL DO PÂNCREAS O pâncreas ajuda na digestão das proteínas, lipídeos e carboidratos. O pâncreas produz inúmeras enzimas, sob a forma de pró-enzimas e o tripsinogênio, que possui uma “capa” que o protege da ativação e consequente autodigestão pancreática; ativado por peptidases no duodeno (enteropeptidases), é o responsável pela ativação das mesmas, com a finalidade de prevenir a autodigestão da glândula pancreática.
Na ocorrência de pancreatite aguda pela obstrução do ducto colédoco, a tripsina é ativada, e outras enzimas são ativadas dentro do mesmo, provocando a autodigestão pancreática, com seus vários níveis de lesão.
CASCATA ZIMOGÊNICA.
A TRIPSINA É PRODUZIDA PELO PÂNCREAS EM UMA FORMA INATIVA CHAMADA TRIPSINOGÊNIO, QUE QUANDO ENTRA EM CONTATO COM AS PEPTIDASES NO DUODENO(ENTEROPEPTIDASES), desencadeia a cascata, que gera toda a ativação da árvore zimogênica aqui mostrada.
COLIPASE liberada juntamente com a lipase pancreática. Uma enzima que impede a inibição que os sais biliares causam na lipase pancreática, através do deslocamento dessa e da re-interação da lipase na interfase lipídio água.
Quimotripsina Seu precursor (quimotripsinogênio, é sintetizado no pâncreas, e é uma enzima inativa. Quando sofre clivagem com a tripsina, é quebrado em duas partes. Quando isso ocorre, perde dois peptídeos pequenos, na “trans-proteólise”, e obtém-se a quimotripsina, que cliva ligações peptídicas.
ELASTASE A elastase pancreática humana 1 (E1) permanece estável durante o trânsito intestinal. Consequentemente, sua concentração nas fezes reflete a função pancreática exócrina. Durante uma inflamação do pâncreas, E1 é liberado na circulação sanguínea e pode ser quantificado no soro permitindo o diagnóstico ou a exclusão da pancreatite aguda.
A elastase pancreática permanece estável no trânsito intestinal, e a sua concentração reflete na capacidade de secreção do pâncreas (diagnóstico ou exclusão de insuficiência pancreática exócrina). A elastase pancreática possui baixa variação nas fezes e não sofre interferências baseado em enzimas digestivas ou animais.
FOSFOLIPASE ALFA-2
Realiza a clivagem de fosfolipídios da membrana celular em ácidos graxos e lisofosfolipídios, numa reação dependente de cálcio.
Carboxipeptidases
 catalisa a hidrólise do peptídeo ligado à extremidade carboxílica da cadeia polipeptídica.
OBS QUANDO O QUIMO ENTRA NO DUODENO, O PANCREAS SECRETA NO MESMO BICARBONATO DE SÓDIO (HCO3-), QUE VAI BASIFICANDO O AMBIENTE. O DUODENO ENTÃO PRODUZ O HORMONIO SECRETINA QUE IRÁ ESTIMULAR O PÂNCREAS A PRODUZIR SUCO PANCREÁTICO.

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