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3_relatório de cromato

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
ANA HELENA ROCHA
FERNANDA CRISTINA COSTA SCHAFF
SEPARAÇÃO DOS PIGMENTOS EXTRAÍDOS DA FOLHA DE
BETERRABA POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA
PREPARATIVA
CURITIBA
2014
INTRODUÇÃO
A cromatografia em camada delgada é um método físico-químico de separação de componentes de uma mistura. A separação ocorre pela distribuição dos componentes em duas fases, sendo uma delas a móvel e outra, a estacionária. Esse processo se dá principalmente pelo fenômeno de adsorção, onde a migração diferencial de cada componente baseia-se no grau de partição relativa desses componentes entre a fase móvel líquida (chamado eluente) e a fase estacionária sólida (chamado adsorvente). A fase estacionária geralmente é composta de sílica-gel. Durante a eluição da fase móvel, os componentes são retidos de forma seletiva na fase estacionária, de acordo com a interação entre as fases. 
Para a escolha do eluente pode-se consultar a chamada “série eluotrópica”, na qual os solventes estão dispostos de acordo com suas polaridades, propriedade esta que está diretamente ligada ao seu poder de eluição (evolução na placa cromatográfica). Portanto, sendoa cromatoplaca feita de sílica (a fase estacionária é de natureza polar), quanto mais polar o solvente, maior seu poder de eluição, e também mais rápida será a corrida cromatográfica.
A técnica de cromatografia em camada delgada (CCD) é muito utilizada na separação de pigmentos presentes em produtos naturais devido a sua simplicidade e o fato de apresentar custo reduzido quando comparada a outras técnicas cromatográficas. Em adição, a separação de pigmentos por CCD pode ser utilizada para ilustrar vários fenômenos envolvendo interações moleculares ou forças intermoleculares.
A cor das plantas é determinada pela mistura dos vários pigmentos presentes em sua composição. Uma característica dos pigmentos, importante para a utilização da técnica de CCD, são as suas diferentes polaridades e solubilidades, portanto, podem ser facilmente separados por esta técnica.
OBJETIVO
Desenvolver a separação dos componentes de uma mistura de pigmentos presente em folhas de beterraba utilizando a técnica de cromatografia de camada delgada preparativa (CCDP).
Isolar um dos componentes previamente separados por CCDP.
Determinar os valores de migração cromatográfica relativa (Rf) dos componentes presentes no extrato de beterraba.
PARTE EXPERIMENTAL
Foi selecionada uma cromatoplaca de 20 x 5 cm e logo em seguida foi marcado com cuidado a frente da progressão do solvente e a linha de aplicação da amostra (que deveria estar 2,5 cm acima da cromatoplaca),
Com o auxílio de um capilar não muito fino, foi aplicada a amostra concentrada das folhas de beterraba, formando uma faixa contínua na linha de aplicação;
A cromatoplaca foi levada para a cuba cromatográfica, contendo a mistura de hexano e acetato de etila (2:1, v/v), onde permaneceu até que a fase móvel atingisse a demarcação superior. Lembrando que durante esse tempo, a cuba cromatográfica permaneceu fechada,
Em seguida, foi retirada da cromatoplaca, registrou-se o tempo de corrida, e com o auxílio de um bastão de vidro, uma das bandas, junto com a sílica, foi retirada da cromatoplaca,
A remoção da banda foi feita em um béquer e nele foi adicionado a mistura de hexano e acetato de etila (1:1, v/v),
Filtrou-se essa suspensão em um funil com papel filtro e em seguida foi necessário concentrar o resíduo da filtração em chapa aquecedora,
Com o componente concentrado, foi feita uma nova cromatoplaca 5 x 5 cm, em que a fase móvel foi mistura de hexano e acetato de etila (2:1, v/v),
Esperou-se o tempo de corrida e o mesmo foi marcado depois de retirada a cromatoplaca da cuba cromatográfica.
RESULTADOS
TABELA 1. Resultados obtidos na separação cromatográfica em CCD de pigmentos extraídos em diclorometano da folha de beterraba.
	Cor da banda
	Pigmento
	da (cm)
	ds (cm)
	Rf
	amarelo
	xantofila
	1,8
	11,0
	0,16
	verde-bandeira
	clorofia a
	3,2
	11,0
	0,29
	verde musgo
	clorofila b
	6,0
	11,0
	0,54
	amarelo
	β-caroteno
	8,7
	11,0
	0,79
TABELA 2. Resultados obtidos na separação cromatográfica em CCDP dos pigmentos extraídos em diclorometano da folha de beterraba.
	Cor da banda
	Pigmento
	da (cm)
	ds (cm)
	Rf
	amarelo
	xantofila
	1,4
	5,0
	0,28
	verde-bandeira
	clorofila a
	2,3
	5,0
	0,46
	verde musgo
	clorofila b
	3,9
	5,0
	0,78
	verde musgo isolado da cromatoplaca de CCDP
	clorofila b
	3,8
	5,0
	0,76
	amarelo
	β-caroteno
	5,0
	5,0
	1,0
Figura 1: CCD em cromatoplaca 20 x 5 cm do extrato concentrado de folhas de beterraba.
Figura 2: CCD em cromatoplaca 5 x 5 cm de uma fração isolada por CCDP (acima)
DISCUSSÃO
Foi possível encontrar na literatura que os principais componentes coloridos das folhas de beterraba são o β-caroteno e as xantofilas, de coloração amarela; e as clorofilas a e b, de coloração verde. Suas estruturas estão representadas a seguir:
β-caroteno:
Xantofila:
Clorofila a e b:
R = CH3 para clorofila a e R = CHO para clorofila b
Pela análise das estruturas destes componentes, é possível notar que aquele que possui natureza menos polar é o β-caroteno, de cadeia carbônica insaturada. A este componente é razoável atribuir então a mancha amarela mais intensa.
A outra mancha amarela, correspondente à xantofila, tem natureza muito mais polar, devido a presença de dois grupos hidroxila nas extremidades da cadeia carbônica de sua estrutura. Essa molécula é capaz de interagir fortemente com a sílica (a fase estacionária), por meio de ligações de hidrogênio, tendo sua corrida na cromatoplaca limitada a um pequeno deslocamento. 
 As manchas verdes, referentes às clorofilas a e b, podem ser diferenciadas pelo grupamento R. A clorofila a, que tem como substituinte na posição β-pirrólica uma metila (um grupo apolar), tem menos afinidade pela fase estacionária, sendo a mancha verde-bandeira. A outra mancha verde, de coloração verde-musgo, corresponde à clorofila b, que tem como substituinte um grupamento aldeído, que a torna mais polar. Assim, esta interage mais com a sílica, e possui menor deslocamento na cromatoplaca.
De acordo com estas atribuições, o componente isolado pela nossa equipe foi a clorofila b, de natureza mais polar e de coloração verde-musgo. Isto explica a dificuldade em solubilizar a amostra no solvente diclorometano após sua raspagem da cromatoplaca. A solubilização então só foi possível na mistura de solventes hexano e acetato de etila (1:1, v/v), mais polar. 
A cromatoplaca feita para comparação do componente isolado com o extrato completo apresentou diferença. Os componentes da amostra da cromatoplaca 5 x 5 cm se separaram mais em relação aos componentes da amostra da cromatoplaca 20 x 5 cm. Isso pode ter ocorrido devido a uma aplicação incorreta da amostra ou porque ela não estava tão concentrada como o esperado.
CONCLUSÃO
Utilizando o método de cromatografia em camada delgada para a separação dos pigmentos presentes em folhas de beterraba foi possível observar as interferências da polaridade dos mesmos em suas respectivas separações.
Para os compostos que apresentaram menor polaridade foram atribuídos os maiores valores de Rf, levando emconsideração a maior interação dos mesmos com a fase móvel utilizada, e menor interação com a fase estacionária, sendo menos retidos na cromatoplaca e apresentando maior deslocamento.
Com base nos dados experimentais obtidos, foi possível observar que pequenos detalhes experimentais levam à erros nas medidas. Por exemplo, a presença de umidade nas amostras aplicadas interfere nas interações com a fase móvel e estacionária, fazendo que um mesmo pigmento apresente diferentes valores de Rf daqueles apresentado pelo mesmo no extrato completo; e também o cuidado na hora da aplicação da mancha e no momento de inserção da cromatoplaca na cuba cromatográfica levam à obtençãode manchas com desvios.
Nossa cromatoplaca de uma fração isolada de CCDP não se apresentou como o esperado, pois houve a aparição de uma mancha de azulada, provavelmente porque a amostra não devia estar concentrada o suficiente na hora da aplicação.

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