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Desaceleração do consumo na classe média afeta economia brasileira - Economia - Brasil Econômico

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1/10/2014 Desaceleração do consumo na classe média afeta economia brasileira - Economia - Brasil Econômico
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Economia- Brasil Econômico
23/09/2014 | 16:07 - Atualizado em: 23/09/2014 | 16:06
Desaceleração do consumo na classe média afeta economia brasileira
- Brasil Econômico
Estudo da agência de classificação de risco Moody's diz que inflação, juros altos, falta de
crédito e renda embaixa afetarão diretamente as economias do país e da América Latina
Bruno Dutra
bruno.dutra@brasileconomico.com.br
Rio - Com a falta de incorporação de novos consumidores da classe média ao mercado, o Brasil e a
América Latina deverão enfrentar crescimento econômico em ritmo mais moderado nos próximos
anos, apontam especialistas. Após forte mobilidade social dos últimos anos, juros altos, inflação e
endividamento reduziram o ritmo do consumo – fator preocupante para economias emergentes como
a brasileira. Relatório da agência de classificação de risco Moody’s divulgado, nesta terça-feira,
reforçou a tendência de estagnação da classe média e acende sinal amarelo nas economias que são
impulsionadas, principalmente, pelo consumo interno das famílias.
O estudo aponta que a desaceleração no crescimento desse mercado consumidor terá impacto
econômico amplo, mas deverá afetar especialmente as empresas varejistas, montadoras de
automóveis, construção civil e o setor de serviços e comércio. De acordo com o economista-chefe do
Banco ABC Brasil, Luís Otávio Leal, a previsão de impacto negativo na economia do Brasil deverá
acontecer em curto prazo.
“Nós chegamos ao limite do que podemos crescer incorporando novos consumidores à economia.
Nos últimos anos tivemos grande mobilidade social e a nova classe média passou a ser o grande
motor do consumo interno, mas esse processo se esgotou no Brasil e na América Latina de maneira
geral. O responsável por este problema é um círculo vicioso que envolve inflação, crédito escasso,
desemprego e renda baixa”, explica o economista, para quem a volta do crescimento econômico
sustentável no Brasil deve vir do aumento e da distribuição de renda, além de investimentos
estruturais em educação, trabalho e produtividade do capital com maior abertura da economia.
No Brasil, embora a perspectiva de longo prazo apontada pelo relatório para a classe média
permaneça positiva, o sentimento entre os consumidores e investidores piorou significativamente nos
últimos três anos. A agência projeta que o Brasil cresça 0,7% neste ano e até 1% no ano que vem.
Ritmo bem inferior ao registrado entre 2004 e 2013, de alta de 3,7%. Segundo aponta a Moody’s, o
crescimento econômico conduzido pelo consumo alcançou um ponto de exaustão. “O modelo
brasileiro atual para crescimento da economia se esgotou. O aumento na renda perdeu fôlego e a
população, obviamente, se endividou e freou o consumo”, afirma Leal.
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De acordo com a Moody's, os setores relacionados à indústria sofrerão grande impacto no Brasil,
além de a mobilidade social - destaque do país na última década. Para o economista do Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) André Braz, os sinais de
enfraquecimento já apareceram e é necessário que o país mude o foco da expansão econômica.
“O PIB brasileiro dá sinais notórios de enfraquecimento, o que já pode ser um reflexo da estagnação
do consumo interno. Isso porque os últimos anos foram pautados no consumo da classe C que,
cautelosa, já começa a poupar e comprar menos com os sinais de fraqueza da economia e
possibilidade de desemprego. Nesse cenário, temos pouco espaço para crescer baseado no
consumo e a estratégia precisa mudar. Além do crédito, a infraestrutura e a indústria precisam estar
no foco das atenções do governo.” alerta.
América Latina
Apontados pela Moody's, os fatores que levarão à desaceleração das economias são diferentes em
cada país. No Brasil, o estudo apontou como destaque as altas taxas de juros e o alto endividamento
das famílias. Já na vizinha Argentina, a “inflação descontrolada” e a “forte recessão” serão
responsáveis pela queda. Até nos países onde há previsão de alta na economia, a expectativa é que
o crescimento não seja mais tão influenciado pelo consumo das famílias. A Moody’s projeta ainda que
a expansão no Brasil, na Argentina, no Chile e no Peru deverá cair abaixo da taxa média de
crescimento registrada durante o período de 2004 a 2013.
“No México, o mais provável é que o crescimento seja puxado pelos gastos do governo e estímulo
para uma economia mais dinâmica. No Peru, gastos do governo e investimentos em mineração vão
guiar o crescimento, enquanto na Colômbia, gastos em infraestrutura devem ajudar a economia a
sustentar o ritmo de crescimento”, destaca a agência.
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