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11/10/2013 1 Elementos Armazenadores de Energia: Circuitos de Primeira Ordem RC e RL (Regime Transitório) Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Tecnologia Área de Eletrônica e Sistemas Prof. João Bosco Gertrudes e-mail: jbosco@ecomp.uefs.br; jbosco@dsce.fee.unicamp.br Atendimento em sala: terças e quintas das 14:30h as 15:30h TEC 500 – Circuitos Elétricos e Eletrônicos 2013.2 GRUPO DE DISCUSSÃO: https://groups.google.com/d/forum/tec-500-2013-2 � Introdução � Vamos introduzir mais dois elementos passivos nas nossas análises, o capacitor e o indutor. � Ao contrário do resistor, esses dois elementos exibem seu comportamento característico apenas quando ocorrem variações de tensão ou corrente no circuito em que se encontram. � Numa situação ideal, não dissipam energia como o resistor, mas a armazenam de uma forma que podem retorná-la ao circuito sempre que necessário de acordo com o projeto deste. � Convenção: Nossas correntes e tensões agora podem variar com o tempo � por convenção trabalhar com variáveis indicadas por letra minúscula indicando a variação com o tempo. Circuitos de Primeira Ordem RC 2 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 2 Figura 1 � Capacitores � Um capacitor é um dispositivo de dois terminais constituído por dois corpos condutores separados por um material não-condutor. � O material não-condutor é chamado isolante ou dielétrico. � Por causa do isolante, as cargas não podem se mover, por dentro do dispositivo. � Na figura 1, duas placas paralelas, feitas de um material condutor e separadas por um espaço vazio, estão conectadas a uma bateria por meio de um resistor e uma chave. � Se as placas estão inicialmente descarregadas e a chave está aberta, nenhuma carga, positiva ou negativa será encontrada nelas. � No momento em que a chave é fechada, elétrons são atraídos da placa superior para o terminal positivo da bateria passando pelo resistor. Circuitos de Primeira Ordem RC 3 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 1 � Capacitores � Ocorrerá inicialmente um surto de corrente limitada pelo valor da resistência presente. A intensidade desta corrente diminui. � Isso produz uma carga positiva na placa superior. � Os elétrons são repelidos pelo terminal negativo em direção à placa inferior. � O resultado final é que a tensão entre as placas fica igual à tensão da bateria. Circuitos de Primeira Ordem RC 4 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 3 � Capacitores � O capacitor tem uma diferença de potencial v, que é proporcional à carga q (que está em cada uma das placas): Q = Cv � Onde C é uma constante de proporcionalidade, conhecida como capacitância do dispositivo. � A unidade é farad (F). � Os capacitores que satisfazem a eq. acima são lineares. � A carga total dentro do capacitor é zero. Circuitos de Primeira Ordem RC 5 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Capacitores - Tipos e Características Construtivas Circuitos de Primeira Ordem RC 6 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Capacitores de Mica Capacitores cerâmicos radiais Capacitores de disco cerâmicos Capacitores eletrolíticos Capacitores de poliéster 11/10/2013 4 Circuitos de Primeira Ordem RC 7 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Capacitores - Tipos e Aplicações � Capacitores � Capacitância é uma medida da quantidade de carga que o capacitor pode armazenar em suas placas. � Um capacitor com uma capacitância de 1 farad teria uma carga de 1 coulomb* depositada em suas placas, por uma diferença de potencial de 1 volt entre elas. � A capacitância é definida por: * Carga de 1 elétron → |e| ~ 1,602 10-19C. Circuitos de Primeira Ordem RC 8 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 5 � Capacitores � A relação corrente-tensão no capacitor é dada por � Portanto, a corrente é dada pela variação de carga, e conseqüentemente pela variação da tensão. � Símbolo na figura 2. Circuitos de Primeira Ordem RC 9 Figura 2 (1) TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Exemplo 1: Suponha que a tensão num capacitor de 1µF é v = 6.cos(2.000t) V � Então, a corrente é i = C(dv/dt) = 10-6 (-12.000.sen(2.000t)) i = -12.sen(2.000t) mA � Se v é constante, então a corrente i é zero. Portanto, o capacitor atua como um circuito aberto para a corrente contínua. � Por outro lado, quanto mais rápido v se altera, maior é a corrente que flui em seus terminais. Circuitos de Primeira Ordem RC 10 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 6 � Tensão no Capacitor � Podemos encontrar v(t) em função de i(t) integrando (1) entre os intervalos de tempo de t0 a t : � Onde v(t0) = q(t0) / C é a tensão no capacitor no instante t0. � A integral representa a tensão acumulada no capacitor entre t e t0. � Enquanto v(t0) representa a tensão acumulada no intervalo entre -∞∞∞∞ e t0. � A tensão em v(-∞∞∞∞) é considerada zero. � Uma forma alternativa para (2): Circuitos de Primeira Ordem RC 11 (2) TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Energia Armazenada em Capacitores � A tensão através dos terminais de um capacitor é acompanhada pela separação das cargas elétricas. � Estas cargas têm forças atuando sobre elas, resultantes de um campo elétrico � Definição de campo elétrico: força atuando sobre uma unidade de carga positiva. � A energia acumulada em um capacitor é dita armazenada em campo elétrico, dada por: � Sendo v(-∞∞∞∞) = 0, temos: Circuitos de Primeira Ordem RC 12 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 7 � Capacitores em Série e em Paralelo � Os capacitores, como os resistores, podem ser conectados em série e em paralelo. � Um aumento nos valores de capacitância pode ser conseguido conectando os capacitores em paralelo, enquanto uma diminuição é obtida conectando-os em série. � No caso de capacitores conectados em série, a carga é a mesma em todos os capacitores: QT = Q1 = Q2 = Q3 Q = CV � Aplicando a LKT: E = V1 + V2 + V3 Substituindo V = Q/C � Como Q é a mesma: Circuitos de Primeira Ordem RC 13 Figura 3 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 4 � Capacitores em Série e em Paralelo � No caso dos capacitores conectados em paralelo, a tensão é a mesma entre os terminais de todos os capacitores, e a carga total é a soma das cargas dos capacitores: QT = Q1 + Q2 + Q3 Q = CV � Como V é a mesma: CT = C1 + C2 + C3 Circuitos de Primeira Ordem RC 14 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 8 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Carga � Considere o circuito da figura 5 depois que a chave é fechada (posição 1). � No instante em que fechamos a chave, a bateria começa a remover elétrons da placa superior e depositá-los na placa inferior. � A transferência é muito rápida inicialmente, e depois passa a ficar mais lenta. � Quando a tensão entre os terminais do capacitor se iguala à tensão da bateria, cessa o movimento de elétrons, e as placas ficam com uma carga de: Circuitos de Primeira Ordem RC 15 Figura 5TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 5 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Carga � Analisando o circuito e a equação de carga no capacitor: � A equação de tensões de malha do circuito é: � Substituindo iC e ordenando a equação: � Método dos Coeficientesa Determinar: � Solução: homogênea (transitória) + particular (regime permanente) Circuitos de Primeira Ordem RC 16 (eq. dif. de primeira ordem) e TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 9 � Resposta Transitória ou homogênea (resposta do circuito com a fonte anulada) � A única função proporcional às suas derivadas é a função exponencial. � Assim, a solução da eq. RC (dvc/dt) + vc = 0 será obtida na forma: � Com K e λ constantes. � Substituindo a solução na eq. Diferencial obtemos: � Levando a � Considerando que e λλλλt ≠≠≠≠ 0 e também que, se v(0) ≠≠≠≠ 0, K não pode ser nulo. � Portanto, RC λλλλ + 1 = 0 ⇒⇒⇒⇒ que é a equação característica. Circuitos de Primeira Ordem RC 17 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 5 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Carga � Solução TRANSITÓRIA (homogênea): Equação característica: � Solução de REGIME (particular): constante A (Solução de Regime permanente) � Solução geral : transitória (homogênea ) + (regime) particular. Circuitos de Primeira Ordem RC 18 Eq. Caract TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 10 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Carga � Solução geral: � Condições iniciais: � Substituindo: Circuitos de Primeira Ordem RC 19 Figura 5TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 6 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Carga Circuitos de Primeira Ordem RC 20 (4)(3) TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 11 Figura 6 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Carga � A figura 6 mostra a variação da corrente e tensão com o tempo. � Quando a fase de carga termina, a corrente no capacitor é nula e a tensão é a mesma da bateria. � O capacitor adquire características de um circuito aberto: existe uma tensão entre as placas sem que haja corrente entre elas. Circuitos de Primeira Ordem RC 21 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Carga � O fator RC na equação (3) é chamado constante de tempo do circuito. Seu símbolo é a letra grega ττττ, � Após a passagem de 1 constante de tempo na função exponencial (t = ττττ) : � A função é igual a 36,79% do valor máximo (E/R=1) � Em t = 2τ : � O valor cai para 13,53% � A corrente cai muito rápido. Circuitos de Primeira Ordem RC 22 Figura 8TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 12 Figura 9 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Carga � Após 5 constantes de tempo a corrente é praticamente igual a zero. � Como os valores de C são normalmente na faixa de µµµµ-farads ou p-farads, a constante de tempo nunca é maior que alguns segundos, a menos que R seja muito grande. � A tensão no capacitor dada pela equação (3) é: � Em t = τ : � Em t = 2τ : � Podemos concluir que a tensão no capacitor é E volts após cinco constantes de tempo na fase de carga. Circuitos de Primeira Ordem RC 23 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Carga � Se mantivermos R constante e reduzirmos C, o produto RC e o tempo equivalente a cinco constantes de tempo diminuirão. � A capacitância de um circuito é também uma medida do quanto o circuito se opõe à mudança da tensão entre os seus terminais. � Quanto maior a capacitância, maior a constante de tempo e mais tempo levará para que a tensão atinja o valor final. Circuitos de Primeira Ordem RC 24 Figura 10TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 13 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Carga � Uma vez que a tensão entre os terminais do capacitor se torna igual à tensão de bateria E, o capacitor está totalmente carregado e permanece neste estado se não forem feitas mudanças no circuito. � Se a chave do circuito for aberta, o capacitor conservará sua carga por um período de tempo determinado pela corrente de fuga. � Os de mica e cerâmica possuem uma corrente de fuga muito pequena, portanto a ddp permanece por longo tempo. Os eletrolíticos são mais rápidos para descarregar. � Em qualquer caso, para garantir que um capacitor está completamente descarregado, ele deve ter seus terminais curto-circuitados por um fio antes de ser manuseado. Circuitos de Primeira Ordem RC 25 Figura 11 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Descarga � O circuito na figura 3 foi projetado para carregar e descarregar o capacitor. � Quando a chave é colocada na posição 1, o capacitor se carrega com a tensão da fonte, como descrito anteriormente. � Em qualquer instante, se a chave for movimentada para a posição 2, o capacitor começará a se descarregar com a mesma constante de tempo ττττ = RC. Circuitos de Primeira Ordem RC 26 Figura 3TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 14 Figura 12 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Descarga � A tensão estabelecida pela carga entre os terminais do capacitor dá origem a uma corrente elétrica que descarrega o capacitor. � O capacitor se comporta como uma bateria cuja tensão de saída diminui com o tempo. � Observe que a corrente iC circula agora no sentido inverso, o que muda a polaridade da tensão entre os terminais de R. � Se o capacitor for carregado até a tensão entre seus terminais ser igual à tensão da bateria, a equação para a tensão entre os terminais do capacitor será: Circuitos de Primeira Ordem RC 27 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 12 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Descarga � Equação de Descarga: � Mesma eq. característica de carga: � Homogênea: � Não há particular Circuitos de Primeira Ordem RC 28 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 15 Figura 12 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Descarga � Condições iniciais: � A descarga completa ocorre, para todos os efeitos práticos, após cinco constantes de tempo. Circuitos de Primeira Ordem RC 29 (4) (5) TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 13 � Transitórios em Circuitos Capacitivos: Fase de Descarga � Se a chave for alternada nas posições 1 e 2 a cada cinco constantes de tempo, as curvas de vC, iC e vR terão o aspecto da figura 13. Circuitos de Primeira Ordem RC 30 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 16 � Exemplo numérico: Calcule Vc(t) e Ic(t) no circuito da Figura se Vc(0)= 0; Circuitos de Primeira Ordem RC 31 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Solução gráfica: Circuitos de Primeira Ordem RC 32 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 17 Circuitos de Primeira Ordem RL TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Introdução � Assim como cargas estáticas exercem forças uma sobre a outra, correntes também influenciam uma a outra. � Dois fios vizinhos conduzindo corrente produzem uma força caracterizada pela existência de um campo magnético. � O campo magnético, por sua vez, pode ser expresso em termos de fluxo magnético que forma laços fechados em volta da corrente. � Um indutor é um dispositivo de dois terminais composto de um fio condutor enrolado em forma de espiras - formando uma bobina. � Resumindo: A corrente fluindo através do dispositivo produz um fluxo magnético φφφφ que forma laços fechados envolvendo a bobina e gerando o indutor Circuitos de Primeira Ordem RL 34 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/201318 � Indutores � O indutor possui características de resposta bem semelhantes em muitos aspectos às do capacitor. � Se um condutor retilíneo se desloca em um campo magnético de forma a cruzar linhas de campo, fig.1, uma tensão é induzida através do condutor. � Quanto maior o número de linhas de campo cruzadas por unidade de tempo, ou quanto maior a força do campo magnético, maior é a tensão induzida através do condutor. � Se o condutor for mantido em uma posição fixa, e o campo magnético se mover de forma que as linhas de campo cruzem o condutor, o mesmo efeito é produzido. Circuitos de Primeira Ordem RL 35 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 1 � Indutores � Se uma bobina de N espiras é colocada em uma região onde o fluxo é variável, como na figura 2, a tensão induzida na bobina pode ser calculada com o auxílio da lei de Faraday: � Onde N é o número de espiras da bobina e dφφφφ/dt é a taxa de variação instantânea do fluxo concatenado na bobina. � O termo variação indica que a intensidade do campo dentro da bobina varia de valor ou a bobina se move através do campo de tal forma que o número de linhas de campo que atravessa a bobina varie com o tempo. Circuitos de Primeira Ordem RL 36 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 2 (1) 11/10/2013 19 � Indutores � O campo magnético na vizinhança de uma bobina de N espiras percorrida por uma corrente I tem o aspecto da Figura 3. � Se a corrente aumenta de valor, o fluxo que atravessa a bobina também aumenta. � Foi mostrado que a variação do fluxo induz uma tensão entre os terminais da bobina. � Portanto, a tensão induzida sobre a bobina é função da variação de corrente através da bobina. Circuitos de Primeira Ordem RL 37 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 3 � Indutores � A indutância de um indutor também é uma medida da taxa de variação do fluxo no seu interior em função da variação da corrente aplicada � Se escrevermos (1) como � Substituindo a equação (2), temos Circuitos de Primeira Ordem RL 38 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos (2) 11/10/2013 20 � Energia Armazenada em Indutores � Uma Corrente fluindo através de um indutor produz um enlace de fluxo que passa pelas espiras da bobina. � Para estabelecer o fluxo neste indutor é necessário um trabalho ou energia, a qual é dita armazenada no campo magnético. Circuitos de Primeira Ordem RL 39 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Exemplos de Aplicações Práticas da Teoria de Indução Eletromagnética – BOBINAS (INDUTORES) Circuitos de Primeira Ordem RL 40 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 21 Circuito de Primeira Ordem RL : Indutores Típicos e Aplicações Tipo: De núcleo aberto Valores Típicos: 3 mH a 40 mH Aplicações: Usado em filtros passa-baixa. Encontrado em circuitos de alto-falantes. Tipo: Toroidal Valores Típicos: 1 mH a 30 mH Aplicações: Usado em linhas de transmissão para filtrar transientes e reduzir interferências eletromagnéticas. Encontrado em muitos eletrodomésticos. Tipo: Cilíndrico Valores Típicos: 3 µH a 1 mH Aplicações: Usado em linhas de transmissão de alta corrente. Tipo: Linha de retardo Valores Típicos: 10 µH a 50 µH Aplicações: Usado em receptores de televisão em cores para corrigir diferenças de tempo entre os sinais de cor e o sinal de branco e preto. Tipo: Com derivações Valores Típicos: 0,6 mH a 50 mH Aplicações: Usado em filtros de linha, fontes de alimentação chaveadas, carregadores de baterias e outros equipamentos eletrônicos. Tipo: De RF Valores Típicos: 10 µH a 50 µH Aplicações: Usado em receptores de rádio e televisão e em circuitos de comunicação. Encontrados em circuitos de AM, FM e UHF. Tipo: Encapsulado Valores Típicos: 0,1 µH a 100 µH Aplicações: Usado em uma grande variedade de circuitos com osciladores, filtros passa-baixa e outros. Tipo: Para montagem em superfície Valores Típicos: 0,01 µH a 100 µH Aplicações: Encontrado em muitos circuitos eletrônicos que exigem componentes em miniatura para que sejam montados emplacas de circuito impresso com multicamadas. Tipo: Ajustável Valores Típicos: 1 µH a 100 µH Aplicações: Indutor variável usado em osciladores e outros circuitos de RF de transceptores e receptores de rádio e televisão. � Indutores em Série e Paralelo � Mesmo dos resistores: � Série: Aplicando LKT Circuitos de Primeira Ordem RL 42 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 22 � Indutores em Série e Paralelo � Mesmo dos resistores: � Paralelo: Aplicando LKC Circuitos de Primeira Ordem RL 43 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Armazenamento � As variações de corrente e tensão que ocorrem em um circuito de corrente contínua quando um indutor armazena energia sob a forma de um campo magnético podem ser mais bem compreendidas pelo circuito da figura 4. � No instante que a chave é fechada, a indutância do indutor não permite que ocorra uma variação instantânea da corrente. � A queda de potencial no indutor, vL, é igual à tensão aplicada E, como determina a LKT, pois vR = Ri = 0V. � A corrente iL parte de zero, estabelecendo uma tensão no resistor e no indutor. A corrente aumenta até que a tensão no indutor chegue a zero e a tensão no resistor igual a E. No final iL é igual a E/R. � Aplicando Kirchhoff ao circuito Circuitos de Primeira Ordem RL 44 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 4 11/10/2013 23 � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Armazenamento � Solução TRANSITÓRIA (homogênea): � Solução de REGIME (Particular): constante A Circuitos de Primeira Ordem RL 45 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 4 Fazendo Substituindo EDO linear homogênea coeficientes constantes Única função proporcional às suas derivadas � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Armazenamento � Condições iniciais: � No estado estacionário, o indutor funciona como um curto-circuito. Circuitos de Primeira Ordem RL 46 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos (3) 11/10/2013 24 � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Armazenamento Circuitos de Primeira Ordem RL 47 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos (4) � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Armazenamento � O circuito se estabiliza em 5 constantes de tempo. Circuitos de Primeira Ordem RL 48 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 5 11/10/2013 25 � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Armazenamento � Gráficos de funções y = 1 – e−t / τ e y = e−t / τ. Circuitos de Primeira Ordem RL 49 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Armazenamento � Forma da onda de iL durante a fase de armazenamento para três valores diferentes de L Circuitos de Primeira Ordem RL 50 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 26 � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Armazenamento � Gráfico da tensão vL em função do tempo para o circuito visto na Figura 17. Circuitos de Primeira Ordem RL 51 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos descontinuidade Figura 4 � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Decaimento � Na análise de circuitos R-C, observamos que o capacitor pode manter a carga e armazenar energia na forma de uma campo elétrico por um período de tempo determinado pela corrente de fuga. � Nos circuitos R-L, a energia é armazenada na forma de um campo magnético estabelecido pela corrente no indutor. � Porém, um indutor isolado não pode reter energia, pois a ausência de um circuito fechado faz a corrente cair para zero.� Se abríssemos a chave do circuito da figura 4, depois de estabilizado, ocorreria uma centelha entre seus contatos, pois a corrente cairia do máximo, E/R, para zero muito rapidamente. � Isto induziria uma alta tensão que se somaria a tensão aplicada, E, entre os contatos da chave. Circuitos de Primeira Ordem RL 52 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 27 � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Decaimento � Neste caso, vamos usar o circuito da figura 6 (a). � Quando a chave é fechada, a tensão no resistor R2 é E volts e o ramo R-L tem um comportamento idêntico ao descrito anteriormente: � O equivalente Thevenin de E em paralelo com R2 se reduz apenas à fonte de tensão, fig 6(b). � A resistência R2 estaria em curto ao substituir a fonte por um curto na determinação de RTH. � Depois da fase de armazenamento, a chave pode ser aberta. Circuitos de Primeira Ordem RL 53 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 6 � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Decaimento � Com a chave aberta o circuito fica como na figura 7. Circuitos de Primeira Ordem RL 54 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos Figura 7 11/10/2013 28 � Transitórios em Circuitos R-L: Fase de Decaimento � Condições Iniciais Circuitos de Primeira Ordem RL 55 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Obtenção de Tensão e corrente qualquer � A tensão entre os terminais de um capacitor (ou a corrente através de um indutor) é a soma de duas parcelas: � A resposta permanente, constante; � A resposta transitória, proporcional a uma exponencial � A constante λ é a mesma para todas as variáveis do circuito e vale -1/RC ou –R/L, conforme o circuito. � A resistência é a resistência de Thevenin vista pelo capacitor ou indutor(quando todas as fontes são anuladas). Circuitos de Primeira Ordem RL 56 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos 11/10/2013 29 � Exemplo: Calcule i(t) e vl (t) se i(0-) = 0. Circuitos de Primeira Ordem RL 57 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos � Exemplo: Solução gráfica Circuitos de Primeira Ordem RL 58 TEC 500 Circuitos Elétricos e Eletrônicos
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