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ResumoG2DH

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DH - Teorias de RI
Nas teorias mais clássicas, o Estado tem um papel fundamental (SI anárquico - Estado supervisiona outros atores) - origem em Hobbes, no Leviatã; e possibilita uma ordem duradoura (paz, segurança)
Realismo (Hobbes e Maquiavel - natureza má dos homens)
Há contradição com a eficácia dos DH, pois não acreditam na existência de valores morais (eles iriam contra o interesse nacional)
Diplomacia dos DH são só conversa
Acordos são respeitados apenas quanto interessam às partes, ou seja, o respeito aos valores morais é algo transitório
Não possui DH como um elemento central nas relações dos Estados
Não há autoridade internacional que imponha força, então não há respeito duradouro aos DH
Carr: valores morais, valores comuns universais (universalismo) e autoridade são tópicos recorrentes na visão de Carr sobre DH
DH no âmbito interno se ligam mais ao interesse nacional (são + importantes); no âmbito externo não trazem vantagem (é inexpressivo, porém há capacidade de pressão) [double standard]
Liberalismo (Locke e Kant)
Parte de um princípio de que os indivíduos têm direitos
Amplia e aprofunda a ideia de DH
Universalização das normas morais - valores morais (Kant)
Normatização dos direitos, buscando a universalidade (valores intrínsecos)
Para alcançar a paz entre os Estados, todos devem compartilhar os princípios (valores morais mínimos de respeito ao ser humano) (Paz perpétua - Kant novamente)
Caráter utópico: atualmente acredita-se que não se pode apostar apenas na disseminação dos DH, deve haver uma normatividade, uma institucionalização
Universalismo moral ainda é utilizado como argumento pelos Estados
O constrangimento é muito utilizado na política de RI, e o argumento é de que os Estados não acreditam em uma moral ética universal de DH (porém alguns atores não consideram o constrangimento tão eficaz)
A denúncia por violação não gera conflitos se houver a aceitação dos valores universaia
SI de proteção - há valorização das instituições na atuação na institucionalidade dos DH
Crítica: os DH não se dão só pela institucionalização, mas pela cultura (construção social)
Construtivismo (Sikkin, Moyn)
Não possui uma teoria de DH em si
DH não aparece apenas como moral ou normas, mas como uma construção social, processo social, leitura da realidade, dos processos históricos, lutas sociais
Dinâmica de conflitos entre demanda e proteção é importante para os DH
Institucionalização traz conflitos e tensão entre respeito e violação e isso ajuda a construir os DH (Moyn) e dar força, possibilidade de apropriação dos Direitos; é um paradoxo. Nas violações, fica evidente que os direitos existem e dá possibilidade de discussão (começa nos anos 60) -> a partir dessa dinâmica de conflitos (também entre os indivíduos e o Estado), pode ser convertido em cooperação, ampliação dos DH - DH dão a possibilidade de embasamento normativo dos conflitos
Releitura dos DH a partir da realidade 0> ampliação, modificação dos direitos. Processo histórico força a releitura.
Preocupados com a relação da política interna e normas internacionais de conduta externa. 
União Européia - DH
Homogeneização das normas levou a um marco jurídico de DH, onde eles foram definidos como indivisíveis, igualdade de gênero, desenvolvimento direto, segurança e democracia (elementos centrais da influência dos DH)
-> Disputa de legitimidade de poder franco-alemã nas áreas de DH (e economia)
Cláusula social (de respeito aos DH) - de condicionalidade; presente em todos os tratados na UE
Para um Estado estrasr na UE, passa por um processo de revisão dos DH como condicionalidade
Política indutora de DH: o papel da UE em relação aos DH é didático, de fortalecimento. Ajudar os outros países a terem práticas de DH.
UE quer exportar um modelo de DH. mas esse modelo não tem base em países que são exemplo (escandinavos). Não ter um teto bom, profundo, é um problema - é raso demais, superficial.
Para negocial com o México, por exemplo, não tinha tanta condicionalidade.
A atuação frente aos conflitos ficam tensionadas, condicionadas à política de DH da UE
O modelo de desenvolvimento a ser alcançado atualmente deve ter como base os DH; Política de DH estimula o desenvolvimento e a cooperação. DH é colocado como um plano, tem um elemento sutil de condição.
UE não é guardiã dos DH, mas faz uma política para ser implementada nos países (já fizeram para 150 países), sobretudo em países com relações fortes com a UE e que são muito influenciados, como os africados (diferente dos EUA, que impõem políticas)
UE utilizam punições, sanções diplomáticas (não somente por causa dos DH)
Internamento - países devem manter o mesmo padrão de respeito de DH
Política indutiva, normativa, de fortalecimento de políticas de DH
Diálogos de DH - marcar um posicionamento de intercâmbio de práticas de DH; não há hegemonia de imposição, mas abertura de diálogos para melhorar os DH - relação horizontal (mas por trás há imposição)
1995 - Relação bilateral com a China. UE como ator não só comercial, mas impulsionador de DH na China. Muitos países possuem acordos comerciais com a China, mas em cláusulas sociais - UE acha absurdo e adota uma “base de DH” para a China alcançar os mínimos e DH. UE é criticada por instituir um mínimo específico para a China oferecer uma concessão por causa dos interesses comerciais. O diálogo é minimalista. Se UE quer ser promotora de DH, não deve te rum mínimo. DH são indivisíveis. Alguns autores argumentam que a UE não tem força para impor uma visão numa potência como a China, que possui sua própria visão de condicionantes para uma vida digna, de segurança humana e social, que ficaria no mesmo patamar da UE. A diferença estaria apenas no nível de liberdade de expressão. Pouco resultado efetivo na influência da UE; para a UE o discurso de influência é importante na relação com a China.
UE com o Brasil desde 2010: democracia como elemento de diálogo. Como melhorar a incidência de DH. Brasil pode ser para a UE um indutor de DH, pois tem práticas de DH, para países próximos - pensar como iguais (influência).
Há um pragmatismo que mostra que os DH possuem um caráter subalterno na prática (porém, sempre aparecem).
Países Emergentes - DH (Índia, África do Sul, China e Brasil)
Disputa para se constituirem atores no contesto internacional e ter protagonismo no mundo multipolar, com capacidade de incidir nos locais onde têm influência
Construir e fortalecer hegemonia - e como ela se traduz em influência
PORÉM
Há questões não resolvidas de DH, o que pode resultar em double standards, pois: não têm força política, ainda estão em processo de institucionalização
Contexto político (história dos DH)
Índia: diplomacia bilateral (se abstém de posições fortes, mais ativas a respeito de acusações de violações de DH [exceção: Sri Lanka]), não alinhamento histórico (autonomia, soberania). Política externa (fundamentada em valores de democracia, não-violação, diplomacia direta) que passa pela autonomia, não a ingerência. Valores da não-violência, não julgar, promoção da democracia.
África do Sul: papel importante pelo histórico de luta contra o apartheid. Responder aos valores da comunidade africana (porta-voz; influência em muitos países, os representa - UA). Política de DH fundamentada no exemplo. AS tem uma luta que a legitima nas suas práticas. Diplomacia ativa pode botar a Árica como continente numa posição de hegemonia nos DH. Luta por legitimidade e hegemonia regional (sabe que a nível mundial não consegue) - discurso de política social.
China: capitalismo do Estado; política comunista, mas com regimes capitalistas na economia. Sistema dual: político e econômico - tem consequências de desigualdade, legitimidade, de acesso da população a mercados, entre ricos e pobres. Se define como ator global na multipolaridade, mas também se considera nação em desenvolvimento que pode defender os interesses dos países em desenvolvimento. Política de DH social - direitos coletivos mais respeitados, mas para isso entro emdisputas e negociações globais, pois na China há escassez de recursos - não só alimentos, mas energia. Poder de barganha: investimentos no exterior. Referência em segurança humana, não necessariamente em DH (sua polítia de DH é de reconhecimento de direitos coletivos e segurança).
Brasil: legitimidade de DH pois possui diplomacia ativa desde 1988, consolidada, onde se coloca como defensor de DH na onda da democratização. Não é facilitador, mediador, endossador, mas DEFENSOR dos DH (apesar das críticas internas) (way to go, Brasil!), porém facilitador de diálogos.
Brasil - DH
Antes do governo militar: participação muito ativa na ONU, OEA
Governo militar: DH visto como uma questão de segurança nacional, que dependia do Estado, como afirmação de seguimento da política internacional - talvez não significassem nada, mas era o discurso adotado (não prática)
Redemocratização: DH começam a ter centralidade; o déficit histórico na aceitação das normas foi um problema, mas começa a ser preenchido com a promoção dos DH.
Sarney: Brasil deveria se alinhar a uma política de DH, e começa a aceitar alguns tratados; retorma desde antes dos militares. Abre o caminho para o que estaria na constituição federal de 88.
1988, Constituição Federal: muita importância para os DH. DH como direito constitucional!
Collor: discurso de transmitir que o Brasil era uma democracia liberal moderna, com aceitação das normas de DH e participação na ONU
Itamar: Brasil começa a participar dos espaços internacionais, conferências - forte participação na Conf de Viena como relator, financiador; para mostrar que o Brasil era moderno, utilizando os DH.
FHC: Agenda de DH, criação de secretaria de DH, plano de DH em 1997. Institucionalização dos DH. Brasil aceita a presença de relatores de DH; há uma aceitação ampla e universal do monitoramento de DH. Multilateralismo ativo na ONU, OEA. Abertura para a sociedade civil; Anistia Internacional entra no Brasil. O país finalmente possui uma política de DH. Brasil tem membros em instituições internacionais.
Lula: DH como política estratégica; centralidade na política (FHC tinha na institucionalização); direcionamento ideológico. Brasil como ator global - DH como estratégia para conseguir tal posição - e representante de uma região (AL - quer hegemonia); política de promoção - facilitador de DH (implica financiamento, cooperação, proatividade). Alinhamento com os outros emergentes; soberania - econômica, política, pragmatismo político com base no nacionalismo (política também). Ator regional, porta-voz da região(ex: ajuda no haiti, crise em honduras - mediador político). Mediador de DH, facilitador - liderança regional não só do ponto de vista político, mas de práticas. Política de não-confrontação - refletida na maneira que o Brasil se posiciona frente a várias questões (ex: China e Irã com armas nucleares). Política de integração, não de julgamento: trazer os países para o sistema, e não afastar. Agenda de igualdade, agenda contra pobreza - política de cooperação de DH fica muito atrelada a essas agrndas. Brasil fortalece a FAO.
Em 2002 a 2004: racismo, saúde, igualdade foram pautas importantes e o Brasil teve participação ativa na promoção dos DH. Soft power. Discurso terceiro-mundista pois apoia suas questões nacionais “defesa dos oprimidos e miseráveis”, justiça histórica. Haiti - grande aposta em termos economicos, políticos e de DH.

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