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Meu caderno + resumos até a G1

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Contemporâneas - Meu caderno até a G1 e resumos misturados
Debates - enfoque central na metateoria
Antes de discutir se RI é ciência, devemos discutir o que é ciência, qual a ideia que as pessoas têm de ciência, do que ela é formada.
“teorias sobre teorias” - metateoria (alusão aos aspectos ontológicos e epistemológicos na produção de conhecimento)
1º debate (anos 20 e 30) - forte caráter normativo - achar que é possível, através de regras, mudar o mundo (no caso, os idealistas). Realistas rejeitam o “dever ser”, e exaltam o “ser”, como as coisas de fato funcionam no mundo. (Pouca ciência, quase nada). Realistas (vencedores) X Idealistas.
2º debate (anos 50 e 60) - metodológico - influência da ação social na guerra é analisada estatisticamente. Assim como o suicídio de Durkheim tem que ser analisado como ação social, influência do meio, sexo, cultura, etc, e não como algo da mente humana, a guerra também deve ser analisada como influência externa, usando dados. Tradicionalistas (Inglaterra) X Behavioristas [ou cientificistas] (EUA)
Weber vê o suicídio como ação pessoal, como o indivíduo vê o ato. Não olha para as condições exteriores, mas olha para o sentido que a pessoa dá à ação, como um terrorista que explode a si pensando no que vai ganhar na vida eterna.
Nesse debate não é mais levado em conta o que não é objetivo, como moral nacional, apenas números militares, etc.
3º debate - interparadigmático - realismo não explica fenômenos transnacionais, subdesenvolvimento; daí surgem teorias concorrentes.
Triângulo interparadigmático:
Não convivem harmoniosamente, pois não podem ser comparáveis em termos de cada paradigma, cada um pensa de um jeito.
Para Kuhn:
Ciência normal - quando há um paradigma principal, conhecimento é produzido (até o 2º debate).
Ciência revolucionária - época de crise, quando um paradigma deixa de governar os outros (3º debate - vários paradigmas (teorias))
4º debate - neo-neo - não é um debate metateórico, pois ambos estão muito próximos.
4 nomes:
Racionalismo(agentes que usam relações de custo-benefício para se guiar) X Reflexivismo(agentes que ponderam valores mais intangíveis)
Positivismo X Pós-Positivismo
Explicação(das causas exteriores; objetivamente; do ponto de vista da validação empírica) X Compreensão(sentido, valor, crença atribuídos às ações)
->Positivismo é uma maneira de fazer ciência, e não a única. Elementos da definição:
1 - Observação sistemática da realidade - acumulação de conhecimento.
2 - Identificação de padrões, regularidades, que influenciam a existência de leis gerais.
3 - Desconsideração das coisas não-observáveis.
Visão sobre a ciência impregnada pelo positivismo (ponto de partida para se estudar a ciência e a metateoria)
Debate entre teoria e conhecimento (Waltz -> teorias são afirmações que explicam as leis) 
1. A teoria do balde: depositar e acumular dados sobre o mundo para assim o obter conhecimento sobre ele. Se você não conhece bem é porque não observou o suficiente ainda.
2. Modelo do holofote: Não dá pra conhecer tudo da realidade. Não é possível iluminar todo o quarto com apenas um holofote/abajur. No entanto, é possível iluminar parcelas dessa realidade, ao mesmo tempo que parte dessa realidade fique no escuro.
 A nossa observação da realidade é direcionada, e o que ajuda a direcioná-la é a teoria. Não adianta ficar apenas "olhando para o mundo" no intuito de acumular dados, por mais que você acumule o máximo de dados que está ao seu alcance, você nunca conseguirá ver o mundo todo, ou seja, todos os dados. Sendo assim, a teoria direciona essa visão.
Lei é um enunciado que relaciona variáveis, ou pelo menos dois elementos. As leis relacionam fenômenos. Ex: ação de ferver uma água. Variável dependente: aquilo que eu quero explicar/entender. Entender a variável a partir de outra variável, a qual eu chamo de independente. No exemplo dado: existe alguma ação do calor sobre a água? O arranjo dessas variáveis expõe uma lei, que é observável. Essa lei foi estabelecida através da observação.
O 4º debate se dá entre os postivistas (empiria, observação sistemática) e os pós-postivistas, que acreditam que as leis vêm da observação sistemática da realidade. Waltz discorda disso, ele diz que essa ideia é errada, porque isso e apenas uma descrição dos fenômenos, está apenas acumulando os dados, você precisa escolher a parte da realidade que quer explicar.
Dentro disso, Waltz quer explicar o motivo dos conflitos acontecem, essa é a parte da realidade que ele decide explicar, entender a natureza do conflito. Para isso ele usa os 3 niveis de análise: o homem (Hobbes), o Estado e a anarquia do sistema internacional (a causa na interação dos Estados, não importa se o individuo é bom ou mal, é na interação que o conflito surge; apenas na 3ª imagem Waltz se sente bem sucedido na sua tentativa de explicar porque os conflitos acontecem)
Waltz - O Homem, o Estado e a Guerra
Lembrando: teorias são construções parciais sobre a realidade, iluminando esta realidade de maneira distinta.
Relacionam fatos/fenômenos entre si.
Estabelecem um mecanismo causal: por que tal fenômeno acontece (“se -> então”).
-> Por que a guerra acontece? 
-> Como ordem é produzida entre Estados na anarquia?
_______________
Waltz
Como os conflitos se dão?
Traços comuns para ocorrerem os fenômenos:
1ª imagem - Conflito X Natureza humana - explicação do conflito a partir da natureza humana (boa-paz; má-guerra)
2ª imagem - Conflito X Estado (relação governo-governado) - se houvesse democracia, o povo escolheria não ir à guerra; nos casos de ditadura, não haveria a escolha [democracia = paz] {seria um dos argumentos}
{outro argumento - marxista} diz que os Estados capitalistas têm maior tendência aos conflitos.
Há argumentos de explicação geográfica, como a Rússia invadir a Criméia para chegar aos mares quentes.
- A relação entre o governo e os governados motivando ou desmotivando os conflitos.
Problemas: a implementação da democracia como imposição já geraria conflitos.
3ª imagem - Conflito x Anarquia (SI) - Conflitos pela ótica das relações entre os Estados. Mostra a causa permissiva dos conflitos.
Rousseau: conflitos surgem da convivência, da necessidade de cooperar. Ex: stag hunting: 5 caçadores precisavam caçar um cervo, porém surge um coelho, que poderia alimentar um deles. Pegá-lo ou se manter no lugar para tentar pegar o cervo? Se um deles não pegar o coelho, outro pode pegar e deixar um buraco por onde o cervo vai fugir. A dúvida independe de valores.
A anarquia é representada pela necessidade de pegar o cervo. Sem a anarquia, as interações seriam mais simples. Com a anarquia, há necessidade de se defender (o que se traduz em conflitos). Na anarquia não há harmonia automática - no limite, só força pode barra força. Cada Estado é juiz de sua própria força, e se acabar ameaçado, independente dos valores, usa a força, vai à guerra.
Soluções: para alguns, não há. Para outros sim: a hegemonia, equilíbrio de poder, OIs, …
A questão é morrer ou lutar para sobreviver. O conflito acontece pois não há nada que impeça0o de ocorrer num sistema anárquico.
------------------
Só uma imagem não basta, é necessário ter uma análise completa, que só as três imagens dão.
1ª e 2ª - dizem como, quando, onde os conflitos acontecem. Dão as causas ativas.
3ª - diz a causa permissiva (permite as causas ativas), o contexto, o porquê.
Exemplos:
I Guerra Mundial
1ª imagem - Hitler como um homem mau.
2ª imagem - nazismo, que permitiu a ascensão de Hitler.
3ª imagem - Alemanha se militarizando durante os anos 1930.
Herz e Jervis
Quanto maior a segurança individual, maior a insegurança coletiva.
Dilema de segurança - não é apenas desconfiança, mas auto-preservação, preocupação com a própria segurança.
A ausência de uma autoridade e o sistema de auto-ajuda geram uma constante preocupação com a segurança. Para obter segurança e escapar do poder alheio, deve-se preparar para o pior,acumulando poder. Os demais fazem o mesmo, e todos estão mais fortes, produzindo uma ameaça para mim, então me armo mais, e assim se dá o ciclo, que vira uma corrida armamentista.
É impossível que todos acordem em se desarmar; cooperação é impensável.
Jervis - se esse é o mundo em que vivemos (o do dilema), então por que não estamos todos mortos? Anos 70 (quando o artigo foi escrito), já havia alguma cooperação (“cooperations under the security dilemma”). Concorda com o dilema, mas diz que não é uma constante, o fortalecimento de um Estado pode não gerar insegurança, dependendo do nível das variáveis.
Jervis quer encontrar variáveis que abrandem o impacto do dilema de segurança e anarquia, e parte da 3ª imagem de Waltz para isso.
Na anarquia com dilema é possível haver cooperação em alguns momentos. 
Ele volta ao stag hunting, que mostra que a cooperação é o melhor caminho, mas que isso não é o suficiente para de fato acontecer. O pior cenário é o custo de ser explorado.
Variáveis que definem se há ou não a cooperação no dilema de segurança:
Percepção diz muito sobre a reação de um Estado em relação ao fortalecimento do outro (se percebe como amigo ou como inimigo)
Compromissos e necessidade de honrar alianças - também uma variável que pode motivar ou abrandar o dilema de segurança
Geografia
Porém são circunstanciais. Uma variável que é mais importante é a tecnologia militar.
Herz: + segurança individual -> + insegurança coletiva
Jervis: + segurança individual ----- variáveis intervenientes ----> + ou - insegurança coletiva
Estados mais vulneráveis têm maior possibilidade de serem explorados; os menos vulneráveis possuem maior tolerância a ameaças e podem cooperar mais.
Teoria do balanço ataque-defesa - prevalência de uma tecnologia ou outra ao longo da história, balanço de quem teve vantagens.
O ataque tem vantagem (preempção), então é um bom motivo ara se armar e aumentar a corrida.
Quando se arma com equipamento de defesa, avanço, destruição e ataque são difíceis (ex: mina terrestre), então você não agrada o dilema de segurança e aumenta a cooperação.
Guerras de trincheira - favorecem a defesa
Tanques - favorecem o avanço
Ataque e defesa não são tão fáceis de diferenciar.
Tecnologia favorece o ataque. Ex: ICBM (mísseis balísticos). PORÉM: MAD - é possível tomar um mass destruction caso lance um míssil, apesar disso criar um ambiente propício à cooperação (o ideal seria todos terem MAD devices); não favorece a defesa, mas aumenta a prudência.
WALTZ - Theory of International Politics
Cap 5
Indução -> observação histórica (particular) para a teoria (geral) - Morgenthau
Proposta de criação sistêmica
Sistema -> estrutura + unidades em interação
Waltz: do geral para o particular (seguidor de Popper e Lakatos). Critica os reducionistas: que resumem as teorias políticas às características das unidades - produz-se ciências sociais, ciência política, e não Política Internacional, com explicação genuína da área.
O sistema não é a mera interação entre os Estados, mas estrutura.
As estruturas vão além da interação, pois perduram, enquanto interações e personalidades variam (ex: Guerra Fria - bipolaridade (estrutura) durou 50 anos, mas as interações dentro ela variavam).
A estrutura pode ser aplicada a domínios de áreas diferentes, atores diferentes, desde que o arranjos sejam similares. Funciona como causa para explicar a atuação das unidades (Estados).
Estrutura define-se:
De acordo com o princípio de ordenação - se existe algo que dê previsibilidade comportamental, decorrente de um conjunto de regras [anarquia(coordenação) ou hierarquia(subordinação) -> ordem]
Pela especificidade das funções(deveres dos Estados; divisão de tarefas) de suas unidades formalmente diferenciadas
Pela distribuição de capacidades(poder) entre as unidades [recursos materiais de poder: riqueza, população, forças armadas, tecnologia, competência]
Unidades no SI -> Estados [atores mais importantes, pois ditam as regras entre outros atores (OIs, transnacionais, etc)]
Pressupostos sobre os Estados (não precisam ser verdadeiros, pois não utilizam dados históricos):
Estado como unidade (como ator unitário) - interesses bem definidos e prioridades, porém há muitos interesses e prioridades dentro de um Estado, mas Waltz utiliza como unidade.
Racional -lógico, capaz de ordenar curso de ação para maximizar seus ganhos
Interesse primeiro é a SOBREVIVÊNCIA (manter regime político interno)
Estrutura do SI
Princípio da ordenação: anarquia (não há governo central)
Como há ordem na anarquia? - Interesses que os atores têm em comum: sobrevivência, lucro. Traz previsibilidade comportamental.
Especificidade de funções: não-especificidade de funções no plano internacionais, pois os Estados não querem delegar sua proteção, por exemplo, a outro ator; especificidade no plano doméstico: importações e exportações. Internacionais - não há cooperação e especificidade - > preocupação com ganhos relativos dos outros Estados; Âmbito interno - cooperação, especificidade.
Distribuição de capacidades (poder): na contagem de pólos, pode-se incluir alianças (tipo BRICS ou OTAN)? Para Waltz não, pois estão fadadas a acabar quando o interesse acabar - são casamentos de conveniência, não há durabilidade; não á quem fiscalize o pacta sunt servanda, que as forçam a cumprir alianças. O DI só funciona como instrumento dos mais fortes.
Alianças entre desiguais (não são tão importantes, nem ameaças - estabilidade) não trazem mudanças estruturais, mas claro que são bem vindas para ter maior área de influência, monitoramento.
Cap 6
Segurança nos planos doméstico e internacional é diferente.
Violência externa? Não há autoridade central para socorrer os Estados. A diferença é a quem recorrer.
Plano Internacional: sistema de auto-ajuda (se garantir, se armar)
Plano doméstico: polícia (mas mesmo com a polícia, é autorizado o uso de legítima defesa caso necessário)
Interdependência (entre os Estados) X Integração (dentro dos Estados)
Especialização funciona no plano doméstico
Não-especialização funciona no plano internacional -> por causa da preocupação com ganhos relativos (se preocupar com o que os outros estão ganhando em uma transação comercial, pois isso pode se converter em poder de fogo).
Interdependência vista como vulnerabilidade (se um Estado depende de outros, fica mais vulnerável; o ideal é a autarquia) [para Waltz, a interdependência é ruim]
Quando o problema é estrutural, não adianta um ator ter plano alternativo, só mudando a estrutura (ex: grandes livrarias nos EUA com promoções acabam causando o fechamento de pequenas livrarias; deve-se mudar a estrutura, pequenos atos não vão adiantar para as pequenas continuarem abertas).
Anarquia traz previsibilidade; um governo central não traria paz na prática, pois haveria guerra pelos recursos de poder (controle, organização).
Há hierarquia na anarquia? Só dentro das alianças e esferas de influência.
Balança de Poder como teoria genuína da Política Internacional.
Equilíbrio de poder é uma regras, e daí surge a teoria da BP, mas o mais importante é o que a teoria quer explicar (no caso, a formação de equilíbrio de poder).
Pressupostos da BP:
Atores unitários
Agem racionalmente
Garantem sobrevivência: balanceamento interno [(concentração de poder militar) mais importante num mundo bipolar; potência só depende dela mesma, se garante] ou externo (alianças militares)
->>>Submetidos à anarquia (dois ou mais Estados num sistema de auto-ajuda, onde não é negado o uso da força, vai haver formação de equilíbrio de poder) - Tendência: equilíbrio: bipolar provavelmente. Sistema anárquico: não há concentração de poder, mas equilíbrio.
Os atores que produzem balanceamento não precisam fazê-lo conscientemente, pode ser coincidência.
Teoria de PI não é teoria de formulação de política externa!!
Repare que Waltz não fala, em momento algum, em hegemonia!!
Caps 7 e 8
Reducionismo - transferir características das partes e levar parao todo.
Waltz cria o contrário, um pouco de cada imagem, mas analisand o sistma pelo sistema em uma teoria de PO.
Não é teoria de pol. externa (que leva em conta o plano nacional), mas de PI!
Outcome: Estados convivendo em anarquia, se prezam pela sobrevivência, entram em equilíbrio.
Estrutura não dita comportamento, eles variam de acordo com as características domésticas.
->Estrutura - arranjo das unidades
-> OIs - para agir como supranacional, deveriam ter poder de controle sobre os Estados, no uso da foça - sistema continua endo de auto-ajuda.
Waltz não afirma que a anarquia é eterna, ele apenas se presta a estudar como o sistema funciona de maneira anárquica.
Olhando para a microeconomia, Waltz diz que firmas maiores, Estados maiores, influenciam as interações entre todos os Estados no SI [o que muda mais constantemente no SI, gerando mudanças de interação, não necessariamente de estrutura (só muda com redistribuição de poder)]
Armas nucleares não fazem potências, mas todo o conjunto de população, riqueza, forças armadas, tecnologia, competência.
Na multipolaridade, o balanceamento externo é privilegiado - há aliança entre iguais, entre pólos - e sair dela significa fraqueza diante das ameaças.
Para a estrutura mudar, não adianta uma grande potência mudar de lado, ela deve se fundir a outra, e então a estrutura vira bipolar.
Estabilidade para Waltz não se refere apenas à possibilidade de ocorrerem guerras (isso também), mas à permanência das características.
		- Sistema durável: se não mudar o princípio de ordem e se não houver mudança significativa no número de grandes potências.
Bipolaridade é mais estável, pois manter dois lados fortes numa administração bem integrada faz as ameaças ficarem mais claras, todos sabem os riscos. Numa multipolaridade há maior possibilidade de erro de cálculo em relação à ameaça, pois a distribuição de poder é menos explícita. - No bipolar, se houver erro de cálculo de força, a potência te destrói; na multipolaridade, a distribuição é mais desigual, então é difícil prever (misperception, overreaction, pois a grande quantidade de inimigos traz maior ameaça).
Armas nucleares não causam bipolaridade, apenas reforçam suas características, porém a distribuição de poder sim; armas nucleares são parte de um dos itens que formam o poder apenas (tecnologia).
Moderação é importante quando há alto nível de poder; potências impulsivas não se dão bem quando são impulsivas, e a multipolaridade aumenta as chances de impulsividade.
Possibilidade de ações passivas são maiores na bipolaridade.
Bipolaridade é mais estável.
Cooperação é perigosa, pois os ganhos são relativos (inibidor de cooperação, pois são desproporcionais e trazem a possibilidade de ameaça - se o parceiro ganha +, pode converter o lucro em armas [já falei isso]).
- Há cooperação no realismo, porém, de forma muito pessimista.
Depender o mínimo. Tomar cuidado com ganhos relativos, não se pode querer ganhar muito, senão vira uma ameaça.
Multipolaridade: menos cooperação; bipolaridade: cooperação desigual, apenas entre grandes potências e Estados menores.
Interdependência diminui com a diminuição do número de pólos. Menos Estados amigos: adversários não cooperam.
Em uma cooperação entre GPs e Es menores, mesmo que os ganhos dos menores sejam maiores, eles não são uma ameaça dada a assimetria do poder de cada.
Waltz desmistifica o lugar comum, diz que a interdependência não está aumentando, como muitos diziam na época, mas diminuindo em função da bipolaridade.
Keohane
Estado como ator central, unitário, racional e realismo com apego ao poder - assim a abordagem realista se desenvolve como teoria.
Keohane acha o realismo um bom ponto de partida para entender as RIs, mas precisa de outras abordagens para explicar muitas situações. HÁ PROBLEMAS:
Fungibilidade do poder [fungibilidade: coisas que podem ser trocadas por equivalentes, por exemplo dinheiro, que pode ser trocado em notas ou moedas].
	Possuir algum recurso de poder significa ter poder em várias áreas. Ser grande potência bastaria, seria vantagem em todas as coisas.
Issue-area: áreas temáticas (economia, militar, DHs, meio ambiente, não-proliferação de armas nucleares, etc), específicas para olhar para o SI (uma nova lente). Não necessariamente o ator com mais capabilities é o mais influente do SI. Nem sempre o ator hegemônico fica com todas as soluções, as vezes não tem nada a ver com ele. Vantagem de poder militar, por exemplo, não significa ter influência no meio ambiente, mas pode levar a ter.
Poder pensado em forma de influência.
Barganha - vantagem que vem com a influência.
Mudança sistêmica (poder mudar a estrutura) - Waltz ou Keohane não trazem teorias de mudança, só estão preocupados com a continuidade do sistema; Gilpin sim!) - problema do Keohane com a teoria de mudança do Gilpin é que para Gilpin, a mudança é revolucionária, não pacífica.
Keohane wonders - toda mudança no SI deve se dar pela guerra? Não há outra possibilidade de acomodação, pacificamente? Ele pondera o papel da guerra em um mundo com armas nucleares, com possibilidade de MAD.
Instituições internacionais - as RIs se dão em ambientes institucionalizados, sob regras, com troca de informações e no ambiente ideal para que as mudanças pacíficas ocorram.
Regras que orientam a conduta:
	Os atores optam por meios pacíficos através das instituições.
	Dentro das inst. internacionais, há meios de acomodar mudanças no SI, novas potências, etc. 
	Nova ordem, e o SI não precisa ter rupturas, pois há um amortecimento das IIs.
(Isso tudo supondo que as inst. sejam altamente efetivas)
Início Teoria da Estabilidade Hegemônica
Bem público (para todos) - não é necessariamente provido pelo Estado, mas é fundamental no fornecimento de alguns bens. É não-rival e não-exclusivo.
Ex: iluminação, segurança pública.
Sua provisão ocorre independentemente do que eu fizer em relação ao pagamento dos impostos.
Bens públicos globais - Segurança, DHs, meio ambiente, livre-comércio [(estabilidade monetária, coordenação de políticas econômicas) para ocorrer, preciso reduzir tarifas; “free-ride”: caso eu não reduza, mas aproveite que os outros reduziram; é o ator hegemônico que controla o livre-comércio]
Alguns mais regionais (OTAN), e outros mais amplos
Duráveis (ex: combate à pobreza, proteção à camada de ozônio); sua provisão seria feita pelos atores hegemônicos (+ as instituições).
Bem público final (ex: paz)
Bem público intermediário (ex: regras e instituições) - não há governo global, mas quem faz o papel é o ator hegemônico, com recursos e interesses, disposto a coordenar (o que faltou nos anos 30) (ex: instituição de uma moeda forte por parte do ator hegemônico, como o padrão-libra)
Teoria da Estabilidade Hegemônica (como cada ator vai lidar com a organização do SI vai variar) - O sistema funciona melhor quando há um líder [ator hegemônico (sem ele: sistema em colapso)], que tem capacidade de reorganizar todo o SI, pois tem recursos e possibilidade de fazer a provisão de bens, mas não movido a altruismo, age em nome próprio (mas acaba produzindo um ambiente mais estável) - tem funções amplas, variadas. Pode haver multilateralismo no exercício da hegemonia em certas áreas (inclusive o uso de OIs).
Gilpin
Estado
Existe para garantir direitos (propriedade, segurança) - plano interno
Plano externo - garantias de direitos em relação a outros Estados
Compreenda a existência de outros atores no SI, mas os Estados são os mais importantes, pois os outros não cumprem essas tarefas de garantia dos direitos de sobrevivência, propriedade.
Interesses/objetivos
Dentro dos Estados há grupos de interesses divergentes, não é apenas um interesse único do Estado
Qualquer sistema social existe para que os interesses dos grupos se realizem (considera o SI um sistema social - um dos grupos chega ao poder e realiza seus interesses - independente de como chegou ao poder - no plano interno e no externo -> jogo político)
As escolhas dosinteresses (cursos de ação) têm custos, pois determinados objetivos são dispendiosos, mas não dá para adotar uma estratégia de maximização (diferente do Waltz, que considera a sobrevivência prioridade). O Estado deve encontrar um equilíbrio entre, por exemplo, sobrevivência e bem-estar. Estratégia de satisfação (de todos os interesses), mas em todas as escolhas, há custos.
É possível investir mais em uma coisa só, mas o sistema é anárquico, e ao mesmo tempo precisa viver bem.
Mesmo se um Estado quiser ser ou se manter hegemonia, as vezes não é possível por causa dos custos dos interesses.
Natureza do SI
Definição de SI - agregado de entidades unidas por interações regulares de acordo com uma forma de controle (ordenadas).
SI:
Entidades: principalmente os Estados
Interações regulares: mais variadas formas, d diplomacia, comércio, até a guerra.
Controle: grupo(s) (ou ator(es)) pode(m) controlar o SI de acordo com seus interesses. Há governança.
Governança (capacidade do hegemônico de manter a oredem)
Distribuição de poder [bipolaridade, multipolaridade e hegemonia (uma novidade no pensamento das RI)]. Histericamente o SI tende à hegemonia, pois não há disputa, um Estado pode provar ao SI. Bipolaridade e multipolaridade são instáveis. 
Hierarquia de prestígio (reconhecimento): reconhecimento da capacidade de liderar, ter aptidão ao poder, legitimidade; seu poder é algo benéfico a todos, não ameaçador. - Hegemonia não é só poder, mas também liderança (ex: os Estados viram em Bretton-Woods algo benéfico)
Regras/instituições: orientam as interações regulares que advém do ator tido como líder e refletem seus interesses.
O grupo hegemônico estabiliza o SI e cria regras (legitimidade e reconhecimento) que serão seguidas por todos -> situação de Sistema Equilíbrio.
Sistema equilíbrio (custos altos de interesses) - estável, com um ator hegemônico provendo (essa situação pode mudar caso novas potências surjam; alguns Estados têm taxa de crescimento mais alta, que levaria à redistribuição de poder)
Redistribuição de poder - novas potências - aqui os custos dos interesses não são tão altos. (!) Há descompasso entre recursos de poder e hegemonia de prestígio (crise no sistema - ordem antiga não reflete mais a realidade).
Resolução da crise - guerra hegemônica - vencedor da guerra ganha prestígio e o sistema se equilibra. (inicia tudo de novo)
Tipos de mudança:
Mudança de sistema - na natureza dos atores; se o Estado deixar de ser o provedor e as instituições, por exemplo, passarem a ser (ainda não ocorreu)
Mudança sistêmica - na forma de governança, na forma de controle (no ciclo)
Mudança de interação - mudanças mais corriqueiras, que não influenciam de maneira direta no SI, não altera as grandes características do sistema.
• Sistema e Mudança sistêmica para Waltz e Gilpin? 
Mudança para Waltz está na redistribuição de poder. E para Gilpin o poder não é o único fator, é mudança não só na distribuição do poder, mas também alteração de regras e de hierarquia de prestígio. Para Waltz uma mundança de regras não seria uma mudança no sistema. Para Gilpin a distribuição é regra, poder e prestígio. Regras e prestígio não caracteriza sistema para Waltz, não entra no elemento de influência, Waltz pensa mais em termos de pura capacidade. -> Para Gilpin será. Para Gilpin não é só a resdistribuição, ela é apenas um dos fatores, deve haver mudança na hierarquia de prestígio e mudança nas regras, a natureza do sistema; muda via controle de governança, e não para Waltz. Ponto fundamental para Waltz: Redistribuição de poder.
Krasner - 1976
O que acontece com o comércio quando há um ator hegemônico e quando a hegemonia começa a ruir - quando o livre-comércio acontece, do ponto de vista do sistema como um todo.
Os Estados historicamente com mais tendência pendem para o protecionismo mesmo no livre-comércio.
Protecionismo: proteção da sua própria indústria fechando o mercado, colocando taxas. Gera empregos no seu país, privilegia as empresas locais.
Livre-comércio: aumento de bem-estar com novos bens; a concorrência faz os preços serem competitivos; facilidade de empréstimos. É mais fácil na presença de um ator hegemônico (sistema mais estável, e alguém para arcar com custos e consequências)
Variável dependente - livre comércio aberto ou fechado
Variável independente - ator hegemônico
A partir da pág 319
Poder político; estabilidade social; crescimento; PIB
Livre-comércio e PIB: mais venda, crescimento de renda
Livre-comércio e estabilidade social: quanto maior o livre-comércio, maior a instabilidade social (interna), dependendo do tamanho do Estado. Um Estado maior consegue suportar em sua economia os efeitos negativos do livre-comércio. Mas para os Estados menores: se é ruim com o livre-comércio, é pior sem ele, pois a economia não se desenvolve.
Livre-comércio e poder político: o poder político como influência; o que depende menos do livre-comércio, se dá melhor do que os que dependem muito. Estados grandes: sistema político mais reforçado pela independência.
Livre-comércio e crescimento: depende da abordagem te´´orica. Clássicos -> mais comércio, mais desenvolvimento; é a regra.
No livre-comércio, o ator hegemônico (variável independente) leva vantagens comerciais, seu poder é reforçado (os outros talvez dependam mais dele).
Não fará de graça a “intermediação” do livre-comércio - quer contribuição
Estados médios com desenvolvimento variado, podem ou não depender e contribuir com o ator hegemônico
Págs 321, 322 e 323
Incentivos positivos - acesso ao mercado; moeda estável de referência; empréstimos - atrativos para os outros participarem do livre-comércio (papel do ator hegemônico)
Incentivos negativos - estimulo de concorrência desleal contra você; uso da força para coagir - também atrai participantes
São a chave para se entender a atuação do ator hegemônico. Instigador e organizador do livre-comércio; o mantém, sempre segundo seus interesses.
Variável dependente
Os níveis tarifários no livre-comércio são mais baixos (para importação, por exemplo). O volume de comércio é outro indicador de períodos de livre-comércio; quando encontra-se mais alto. O 3º indicador é o regionalismo menor; quando há o livre-comércio, você não fica fechado na sua região, o regionalismo perde o peso.
A queda da hegemonia dos EUA poderia aumentar a cooperação entre blocos, e o inverso poderia indicar a queda da hegemonia.
-> Séc XIX - Inglaterra como hegemonia: livre-comércio / Queda e 1880
-> A partir de 1945 - EUA como hegemonia: volta do livre-comércio; Bretton-Woods
Entre as hegemonias: tendência ao fechamento dos mercados.
Keohane e Nye - Início de Interdependência Complexa
A visão sobre transnacionalismo tem o objetivo de se colocar como alternativa à visão estadocêntrica das RI.
Keohane e Nye começam a falar de POLÍTICA MUNDIAL ao invés de política internacionais. Nessa mudança abre-se espaço para os novos atores.
Partem das premissas realistas, mas enxergam a realidade de forma mais complexa (tudo está muito interligado -> atores estatais existem e importam, mas há muitas interações intersocietais, e elas mudam as características, sensibilidades e interações dos Estados).
O Estados não são os únicos atores importantes -> problema de governança (a governança sob a visão dos regimes internacionais seria uma problemática uma vez que passam a existir e ser considerados diferentes atores e temas dentro das interações no sistema internacional (keohane), a centralidade do Estado como ator passa a ser questionada assim como sua capacidade de governança, que passa a ter que levar em consideração diferentes atores e temas que não necessariamente têm o estado como ator central, é a questão do transnacionalismo indo alem do estadocentrismo).
Os autores definem política mundial como interações entre atores no qual atores significantes são indivíduos de organizações que controlam (não precisa ser o Estado).
Querem criar um modelo alternativo para iluminar determinadasáreas que ficaram obscuras com o realismo (mudança do que é a política mundial).
Relações transnacionais - trocas entre ativos, pessoas, atuação de alguns grupos para além das fronteiras estatais.
Há 4 tipos de interações possíveis no mundo: 1) Comunicação (movimentação de ideias, informações, doutrinas pelo mundo - podem envolver todos os atores); 2) Transporte (movimento de objetos físicos); 3) Finanças (movimentação de dinheiro, crédito); 4) Viagem (trânsito de pessoas).
Quando o Estado for envolvido, for o que processa, o que conduz esses fenômenos no plano internacional, essas interações podem ser chamadas de relações interestatais. Mas há uma série de interações que não envolvem Estados, e elas são as relações transnacionais (PODEM envolder Estados, mas não envolvem SOMENTE os Estados) (exemplo: transferência de dinheiro para o exterior; grupos que fazem guerra, mas não são Estados)
No primeiro modelo, a sociedade interage somente com ou via seu governo, ilustrando um modelo interestatal. Já no modelo transnacional há uma maior quantidade de interações (diretas - entre sociedades e suas possibilidades de interação -> outros governos e OIs - internet ajuda com interação mais direta entre sociedades governos de outros países [EX: primavera árabe]) - esse modelo (transnacional) dá uma outra visão do SI (outros canais de interação, outros atores internacionais).
O efeito disso são mudanças de comportamento dos Estados (tentativa de bloqueio dessas interações - bloqueio de sites, limitação de viagens, espionagem). A natureza dos conflitos muda, ganha novos contornos; aumento da visibilidade dos atores; supõe maior pluralismo político (outros atores com influência política na sociedade) => essas relações podem ser desiguais, e essa desigualdade pode criar relações de dependência entre atores (transnacionalismo não é necessariamente bom em si mesmo).
O modelo transnacional dá maior autonomia aos atores não-estatais (bancos, ONGs, fóruns, etc), pois também têm capacidade de influenciar outros atores (estatais ou não).
Os efeitos das desigualdades de relações sobre as interações: discussão de poder e interdependência.
3 elementos do Realismo que se contrapõem:
1 - O Estado como ator principal e unitário (decisões de forma coesa através do governo); 2 - Foça ou poder militar como instrumento de política usável (o PODER é o instrumento principal da PI, não a força); 3 - Hierarquia na agenda internacional (high politics e low politics -> centralização das questões de segurança internacional; Não há a hierarquia na agenda internacional (há outros temas tão relevantes quanto a agenda de segurança, como o comércio, os DH))
O modelo de interdependência complexa tensiona essas 3 definições do Realismo: NÃO se tem SÓ o Estado como principal canal de condução da PI, conta-se com múltiplos canais (tornam o Estado mais sensível para coisas que acontecem além de suas fronteiras) que conectam múltiplos atores => canal interestatal (boa parte das RI tem o contato Estado-Estado), transnacional e transgovernamental (quando parcela do governo pode ter atuação internacional autorizados pelo governo - como governo de estados dentro do país, por exemplo secretarias de RI).

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