Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Física I Colisões mecânicas Alunos: Jaryd Matias Cardoso, Jessievane Jarder, Luidson Macedo Nascimento e Nicole Giovana Curso: Engenharia Civil Turma: 2º período Professor: Vailton Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 1. Introdução Numa colisão, os dois corpos se aproximam e interagem fortemente durante um intervalo de tempo muito curto. O tempo de colisão, usualmente, é tão pequeno que os deslocamentos durante a colisão podem ser desprezados. Exemplos é a colisão entre duas bolas de bilhar, a colisão entre a chuteira de um jogador e a bola de futebol, a colisão de um dardo com o alvo. 2. Objetivo Utilizar tabelas para analisar colisões perfeitamente elásticas e inelásticas e determinar o momento linear (quantidade de movimento), conservação ou não da energia cinética e coeficiente de restituição. 3. Material utilizado Trilho de ar, dois sensores, um cronômetro digital e dois carrinhos. Os detalhes das preparações do trilho para o estudo das colisões perfeitamente elástica e plástica (ou inelástica) estão no tópico Procedimento Experimental. 4. Fundamentos teóricos 4.1 Momento linear O produto entre a massa da partícula por sua velocidade é o momento linear (ou quantidade de movimento). Tratase de uma grandeza vetorial, cuja direção e sentido são os mesmos da velocidade da partícula. v p → = m → Esta grandeza física pode ser imaginada como a medida do esforço necessário para levar a partícula ao repouso. Por exemplo, um caminhão pesado tem momento maior do que um carro leve quando ambos têm a mesma velocidade. É necessária uma força muito maior para parar o caminhão num certo intervalo de tempo, do que para parar o carro. 4.2 Colisões mecânicas Quanto à classificação das colisões, quando a energia cinética total dos dois corpos se conserva, temos a colisão elástica; quando não se conserva, a colisão inelástica. Caso extremo é da colisão perfeitamente inelástica ou plástica, em que toda energia cinética relativa ao centro de massa se converte em energia térmica ou interna do sistema e os dois corpos formam um só depois da colisão. 4.3 Coeficiente de restituição A maioria das colisões reais fica entre o caso extremo das colisões elásticas, em que há reversão das velocidades relativas, e o das plásticas em que a velocidade relativa é nula depois da colisão. O coeficiente de restituição, e, é a medida da elasticidade da colisão. Definese como a razão entre a velocidade relativa de afastamento, , e a velocidade relativa de aproximação, :afastamentoV aproximaçãoV e = |V afastamento||V aproximação| No caso da colisão perfeitamente elástica, e = 1. No da plástica, e = 0. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 5. Procedimento experimental 5.1 Colisão perfeitamente elástica 1. O trilho de ar foi montado. Observe que os dois carrinhos possuem uma barreira com 10 cm de comprimento na parte superior. Quando o carrinho passar pelo sensor o cronômetro é acionado, medindo o intervalo de tempo ∆t correspondente ao deslocamento de 10 cm. Assim, as velocidades foram calculadas por: v = ∆t 10 medida em cm/s. 2. Um dos carrinhos possui um fixador em “U” com um elástico para o momento da colisão. Este foi o carrinho A. O outro, entre os dois sensores, o B. 3. Para medir os intervalos de tempo, foi selecionada no cronômetro a função F3. 4. Foi dado ao carrinho A um impulso, movimentandoo para se chocar com o carrinho B, que inicialmente estava em repouso. Fique muito atento, pois o cronômetro mostra os dois tempos: o do carrinho A antes do choque e o do B, depois do choque. Com esses valores, foram calculadas as velocidades correspondentes dos carrinhos e completada a tabela que se segue: 5. Calculouse a quantidade de movimento (momento linear) do sistema antes e depois da colisão e os resultados foram comparados. 6. Foi calculada a energia cinética do sistema antes e depois da colisão e comparados os resultados. Cuidado: para calcular a energia cinética foram usadas as unidades do SI, portanto, os valores da Tabela 1 foram convertidos de cm/s para m/s. 7. Foi calculado o coeficiente de restituição do choque. 5.2 Colisão inelástica 1. Preparamos os carrinhos para a colisão plástica. No carrinho A, tiramos o fixador em “U” e colocamos um pino com agulha; no carrinho B, colocamos o pino com massa aderente. 2. Repetiuse o procedimento da Colisão perfeitamente elástica e foram completadas as tabelas. 3. Depois de preenchidas as tabelas, calculamos o coeficiente de restituição. 6. Resultados e discussão 6.1 Colisão perfeitamente elástica Tabela 1: Conservação da quantidade de movimento: colisão perfeitamente elástica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Carrinho A Carrinho B mA = 0,212 kg mB = 0,221 kg Velocidade antes do choque vA = 75,18 cm/s vB = 0 cm/s Velocidade depois do choque vA = 0 cm/s vB = 66,22 cm/s Tabela 2: Conservação da quantidade de movimento do sistema numa colisão perfeitamente elástica Quantidade de movimento do sistema, kg cm/s Antes da colisão 15,95 Depois da colisão 14,63 Tabela 3: Conservação da energia cinética do sistema numa colisão perfeitamente elástica Energia cinética do sistema, Joule Antes da colisão 0,06 Depois da colisão 0,048 e = 75,18 66,22 e = 0,880819366 6.2 Colisão plástica ou inelástica Tabela 4: Conservação da quantidade de movimento da colisão inelástica Carrinho A Carrinho B mA = 0,2121 kg mB = 0,2209 kg Velocidade antes do choque vA = 70,921 cm/s vB = 0 cm/s Velocidade depois do choque vA = 0 cm/s vB = 31,44 cm/s Tabela 5: Conservação da quantidade de movimento do sistema na colisão inelástica Quantidade de movimento do sistema, kg cm/s Antes da colisão 15,042 Depois da colisão 13,6135 Tabela 6: Conservação da energia cinética na colisão inelástica Energia cinética do sistema, Joule Antes da colisão 0,068 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Depois da colisão 0,011 Coeficiente de restituição e = 0,044331016 7. Conclusões Diante do que foi obtido e considerando a precisão limitada do experimento, percebese que a análise dos dados fornece uma interpretação viável da teoria envolvida. Conforme solicitado pelo experimento, conseguimos reproduzir na prática, dois tipos de colisões. Observamos que, em um sistema isolado, há conservação da quantidade de movimento para as colisões. No entanto, na colisão totalmente elástica, os dados obtidos seriam interpretados como os de uma colisão elástica apenas, o que é aceitável, pois não se trata de um sistema ideal. 8. Referências bibliográficas RIBEIRO, Márcio Boer. Prática 14: Colisões mecânicas. Young & Zemansky. Física I Mecânica. 12ª Edição São Paulo : Addison Wesley, 2008.
Compartilhar