Buscar

Neuroanatomia - Vascularização e barreiras encefálicas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 1 
 
Neuroanatomia 
Vascularização do Sistema Nervoso Central e Barreiras Encefálicas – CAP 10 
 O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que 
exigem para seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. Ele 
não pode, mesmo temporariamente, ser sustentado por metabolismo anaeróbio. Assim o 
consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo 
intenso. 
 A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo à perda da 
consciência. Após cerca de cinco minutos começam a aparecer lesões que são 
irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas não se regeneram. 
 Áreas diferentes do SNC são lesadas em tempos diferentes, sendo que as áreas 
filogeneticamente mais recentes são as que primeiro se alteram. Assim, o neocórtex será 
lesado antes do páleo e do arquicórtex e o sistema nervosos supra-segmentar antes do 
segmentar. A área lesada em último lugar é o centro respiratório situado no bulbo. 
 
 
 
1. Fluxo sanguíneo Cerebral 
O fluxo sanguíneo cerebral é diretamente proporcional à pressão arterial (PA) e inversamente 
proporcional à resistência cérebro-vascular (RCV). Assim, variações da pressão arterial 
sistêmica refletem-se diretamente no fluxo sanguíneo cerebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Verificou-se que o fluxo sanguíneo é maior nas áreas mais ricas em sinapses, de tal modo 
que, na substância cinzenta, ele é maior que na branca, o que obviamente está relacionado 
com a maior atividade metabólica da substância cinzenta. No córtex cerebral existem 
diferenças entre os fluxos sanguíneos das diversas áreas, mas estas diferenças tendem a 
diminuir durante o sono. O fluxo sanguíneo de uma determinada área do cérebro varia com seu 
estado funcional. 
SNC 
Ausência de circulação linfática; 
Presença de circulação Liquórica; 
FSC= PA/RCV 
A resistência cérebro-vascular depende principalmente de: 
 Pressão intracraniana: Aumento eleva a RCV 
 Condição da parede vascular: pode estar alterada 
em processos patológicos como a arterioesclerose 
que aumentam a RCV 
 Viscosidade do sangue 
 Calibre dos vasos cerebrais 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 2 
 
2. Vascularização Arterial do encéfalo 
 
O encéfalo é irrigado 
 
 
 
Ao contrário do que ocorre na maioria das vísceras, a vascularização do encéfalo não possui 
um hilo para a penetração dos vasos. Estes penetram no encéfalo a partir de vários pontos de 
sua superfície. 
 Peculiaridades das artérias cerebrais: 
a. Paredes finas: as tronam propensas a hemorragias. 
b. Túnica média possui menos fibras musculares. 
c. Túnica elástica interna é mais espessa e tortuosa, o que ajuda na proteção do 
tecido nervoso, amortecendo o choque da onda sistólica responsável pela 
pulsação das artérias. 
d. Existência espaços perivasculares contendo líquor. 
e. Quase independência entre as circulações intra e extracraniana. 
 
OBS: A anastomose entre a artéria angular, derivada da carótida externa, e a artéria nasal, 
ramo da artéria oftálmica, que por sua vez deriva da carótida interna possui certa importância, 
uma vez que esta anastomose pode manter a circulação da órbita e de parte das vias ópticas 
em casos de obstrução da carótida interna. 
 Polígono de Willis 
A irrigação do encéfalo é feita através de dois sistemas. O primeiro deles, chamado de anterior 
é feito através das artérias carotídeas e o outro sistema, chamado de circulação posterior, é 
dado a partir das artérias vertebrais, que se unem formando a artéria basilar. Estas duas fontes 
de irrigação estão ligadas através do polígono de willis. 
Fazem parte do polígono: Artéria cerebral anterior, Artéria comunicante Anterior, Artéria 
carótida interna, Artéria cerebral média, Artéria comunicante posterior, Artéria cerebral 
posterior. 
a. Sistema Anterior (Carotídeo) 
 
 
 
 
 
 
 
Artérias carótidas internas 
Artérias vertebrais 
Formam o Polígono de Willis 
Principais artérias para a 
vascularização cerebral 
Saem 
Artéria carótida 
comum Artéria Carótida interna 
Porção Cervical 
Porção petrosa 
Porção cavernosa 
Porção infraclinóidea 
Porção intracraniana 
Lado direito: Tronco Braquio-Cefálico 
Lado esquerdo: Arco Aórtico 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 3 
 
 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 4 
 
b. Sistema Posterior (Vertebral) 
O sistema posterior é formado pelas artérias vertebrais. Essas são os primeiros ramos da 
artéria subclávia e ascendem através dos forames transversos das vértebras cervicais. 
Penetram no canal neural e em seguida entram para a cavidade craniana através do forame 
magno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 5 
 
 
 
3. Vascularização Venosa do Encéfalo 
As veias do encéfalo, de um modo geral, não acompanham as artérias. Elas drenam para os 
seios da dura-máter e depois mandam esse sangue para as veias jugulares internas, que 
recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico. 
 As paredes das veias encefálicas são muito finas e desprovidas de musculatura. 
Faltam assim os elementos necessários a uma regulação ativa da circulação venosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A circulação venosa no encéfalo é muito mais lenta que a circulação arterial, uma vez que o 
leito venoso no encéfalo é muito maior. 
 
i. Superficial 
Constituído por veias que drenam o córtex e a substância branca subjacente, anastomosam-se 
amplamente na superfície do cérebro onde formam os grandes troncos venosos, as veias 
cerebrais superficiais, que desembocam nos seios da dura-máter. 
É realizada principalmente sob a ação de três forças: 
 Aspiração da cavidade torácica 
 Força da gravidade: retorno sanguíneo se faz 
a favor da gravidade 
 Pulsação das artérias: cuja eficácia é 
aumentada pelo fato de que se faz em uma 
cavidade fechada. 
Mais eficiente no seio cavernoso, 
cujo sangue recebe diretamente a 
força expansiva da carótida 
interna, que o atravessa. 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 6 
 
 
 
 
 
 
ii. Profundo 
Compreende as veias que drenam sangue de regiões situadas profundamente no cérebro, tais 
como o corpo estriado, a cápsula interna e grande parte do centro branco medular. 
 
 
 
 
4. Vascularização da medula 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Barreiras Encefálicas 
São dispositivos que impedem ou dificultam a passagem de substâncias do sangue para o 
tecido nervoso, do sangue para o líquor ou do líquor para o tecido nervoso. 
Elas dificultam a troca de substâncias entre o tecido nervoso e os diversos compartimentos de 
líquido do sistema nervoso central. 
Artérias 
Vertebrais 
A. Espinal anterior 
A. Espinhal posterior Funículo posterior 
-Funículo Anterior e Lateral 
-Ocupa a fissura mediana anterior 
Artérias 
Radiculares 
-Anastomosam-se com as artérias espinhais 
-São derivadas de artérias segmentares do pescoço e tronco 
Veia cerebral média superficial: termina no seio cavernoso e percorre o sulco lateral 
Veia cerebral superficial superior (Anastomótica superior): Comunica a veia cerebral 
média superficial com o seio sagital superior 
Veia cerebral superficial inferior (Anastomótica Inferior): Comunica a veia cerebral 
média superficial com o seio transverso 
Veia Cerebral 
Magna 
Veia cerebral interna (Veia tálamo-estriada + Veia septal anterior) 
Veia Basal 
+ 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essas barreiras regulam a passagem para o tecido nervoso não só de substâncias a serem 
utilizadas pelosneurônios, mas também de medicamentos e substâncias tóxicas. 
 
Impedem também a passagem de neurotransmissores encontrados no sangue. No caso da 
adrenalina, que é lançada em grande quantidade na circulação em certas situações 
emocionais, se ela não fosse barrada poderia alterar o funcionamento do cérebro. 
 
 
 
 Características gerais das barreiras encefálicas 
 
 Nem sempre há impedimento completo à passagem de uma substância nas 
barreiras encefálicas, mas apenas uma dificuldade maior nessa passagem; 
 O fenômeno da barreira não é geral para todas as substâncias e varia para 
cada barreira. Assim, uma determinada substância pode ser barrada em uma 
barreira e passar livremente em outra; 
 A barreira líquor-encefálica é mais fraca; 
 De modo geral, as barreiras hemoencefálicas e hemoliquórica impedem a 
passagem de agentes tóxicos para o cérebro. Portanto, estas barreiras 
constituem mecanismos de proteção do encéfalo contra agentes. Sendo a 
barreira líquor-encefálica muito fraca, às vezes há vantagem em se introduzir 
um medicamento no líquor, em vez de no sangue, para que ele entre mais 
rapidamente em contato com o sistema nervoso. 
 
 
 Fatores da variação da permeabilidade da barreira hemoencefálica 
Existem certas áreas do encéfalo onde a barreira hemoencefálica não existe, como por 
exemplo, o corpo pinel, a área postrema, a neurohipófise e os plexos corióides. Essas são 
áreas de função endócrina, e é razoável que um órgão endócrino não tenha dificuldade para a 
troca de substâncias entre o sangue e tecido. 
Certos agentes farmacológicos quando injetados no sangue, não agem em determinadas áreas 
do SNC por não as atingirem, podendo, entretanto, agir em outras áreas vizinhas. 
 
SANGUE LÍQUOR 
TECIDO NERVOSO 
Barreira hemoliquórica
Barreira 
hemoencefálica Barreira líquor-encefálica 
Mecanismo de proteção 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 8 
 
Durante o desenvolvimento fetal e no recém-nascido, a barreira hemoencefálica é mais fraca. 
Por isso, a icterícia no recém-nascido é bem mais grave que no adulto. 
 
 
 
 
 
 
Vários processos patológicos, como certas infecções e traumatismos, podem levar a uma 
“ruptura” mais ou menos completa da barreira. Verificou-se também que a permeabilidade da 
barreira hemoencefálica aumenta quando ela entra em contato com soluções hipertônicas, por 
exemplo, a uréia. 
 
 Localização anatômica da barreira hemoencefálica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Localização anatômica da barreira hemoliquórica 
Essa barreira se localiza nos plexos coroides. Seus capilares, no entanto não participam do 
fenômeno. O epitélio ependimário que reveste o plexo coroide possui junções íntimas que 
unem as células próximas à superfície ventricular e impedem a passagem de macromoléculas, 
constituindo a base da barreira hemolíquórica. 
Uma determinada concentração sanguínea de 
bilirrubina, que no adulto não atravessa a barreira 
hemoencefálica, no recém-nascido pode atravessa-
la, passando para o tecido nervoso, sobre o qual 
tem uma ação tóxica. Aparece então um quadro de 
icterícia com manifestações neurológicas, 
conhecido como Kernicterus. 
Elementos 
Neurópilo 
- Espaço entre vasos e corpos de neurônios e das 
células neurogliais 
- Impede a passagem de substâncias 
Capilar Cerebral 
Formado 
Endotélio 
Cerebral
- endotélio 
- membrana basal 
- pés vasculares dos astrócitos 
- unido por junções íntimas 
- ausência de fenestrações 
- não é contrátil 
Não possuem filamentos que em 
presença de histamina se 
contraem, separando as células e 
tornando o capilar mais permeável.

Outros materiais