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Neuroanatomia - SNA cap 12

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Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 1 
 
Neuroanatomia 
Sistema Nervoso Autônomo: Aspectos Gerais – CAP 12 
  
 Pode-se dividir o sistema nervoso em somático e visceral. O sistema nervoso somático 
é o sistema nervoso da vida de relação (aquele que se relaciona com o meio). O sistema 
nervoso visceral ou de vida vegetativa se relaciona com a inervação das estruturas viscerais e 
é importante para a integração da atividade das vísceras no sentido de manutenção da 
constância do meio interno (homeostase). 
 
Por definição, denomina-se sistema nervoso autônomo (SNA) apenas o componente eferente 
do sistema nervoso visceral (geral). O componente eferente do sistema nervoso visceral traz 
impulsos de certos centros nervosos até as estruturas viscerais, terminando, portanto em 
glândulas, músculos lisos ou músculo cardíaco. O SNA divide-se em simpático e 
parassimpático segundo o princípio de que ele é um sistema exclusivamente eferente ou 
motor (embora alguns autores incluam as fibras aferentes viscerais dentro de um conceito mais 
amplo). Apenas fibras eferentes viscerais gerais integram o SNA. 
 
1. Sistema nervoso visceral aferente 
As fibras viscerais aferentes conduzem impulsos nervosos originados em receptores situados 
nas vísceras (visceroceptores). 
 
 
 
 
 
 
Processos irritativos do diafragma manifestam-se por dores e hipersensibilidade na pele da 
região do ombro; a apendicite pode causar hipersensibilidade cutânea na parede abdominal da 
fossa ilíaca direita. A esse fenômeno denomina-se dor referida. 
 
 
2. Diferenças entre o sistema nervoso somático eferente e visceral eferente (autônomo) 
 
 O sistema nervoso eferente somático é voluntário, enquanto o sistema 
nervoso autônomo é involuntário. 
 O número de neurônios que ligam o SNC ao órgão efetuador 
(músculo/glândula) é de apenas um neurônio no sistema nervoso somático 
(neurônio motor somático), enquanto esse número no SNA é de dois 
neurônios, com um deles contendo seu corpo dentro do SNC e o outro com o 
seu corpo localizado no SNP nos chamados gânglios. 
 Os neurônios do SNA cujos corpos se situam fora do SNC e se localizam em 
gânglios são chamados de neurônios pós-ganglionares (“ganglionares”) e 
aqueles que possuem seus corpos dentro do SNC são chamados de 
neurônios pré-ganglionares. 
 Não existem placas motoras na terminação de fibras do SNA, apenas no 
sistema nervoso somático. 
 
3. Organização geral do sistema nervoso autônomo 
 
Os corpos dos neurônios pré-ganglionares localizam-se na medula e no tronco encefálico. No 
tronco encefálico, eles se agrupam formando os núcleos de origem de alguns nervos 
A sensibilidade visceral difere da somática por 
ser mais difusa, não permitindo uma localização 
precisa (o que ocorre na dor visceral). 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 2 
 
cranianos, como o nervo vago (X par). Já na medula, ocorrem dos 12 segmentos torácicos (T1 
a T12), nos dois primeiros segmentos lombares (L1 e L2) e nos segmentos S2, S3 e S4 da 
medula sacral. 
 Na porção tóraco-lombar (T1 a L2) da medula, os neurônios pré-ganglionares se 
agrupam formando uma coluna muito evidente chamada de coluna lateral. 
 
O axônio do neurônio pré-ganglionar faz parte da fibra pré-ganglionar, pois está situada antes 
de um gânglio e termina fazendo sinapse com o neurônio pós-ganglionar. 
 
Os corpos dos neurônios pós-ganglionares se localizam nos gânglios do SNA, onde são 
envolvidos por anfícitos (um tipo especial de células neurogliais). O axônio do neurônio pós-
ganglionar faz parte da fibra pós-ganglionar e se diferencia da fibra pré-ganglionar por ser 
amielínica com neurilema. As fibras pós-ganglionares terminam nas vísceras ou em contato 
com glândulas, músculo liso ou cardíaco. 
 
 
Nos gânglios do SNA a proporção entre fibras pré e pós-ganglionares varia muito e no sistema 
simpático, usualmente, uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com um grande número de 
neurônios pós-ganglionares. 
 
 
Áreas telencefálicas e diencefálicas como o Sistema Límbico e o Hipotálamo podem atuar na 
regulação das funções viscerais. Estas áreas se relacionam com o comportamento 
emocional, e através delas o SNC influencia o funcionamento das vísceras, o que ajuda a 
entender algumas alterações do funcionamento visceral que frequentemente acompanham os 
graves distúrbios emocionais. 
 
4. Diferenças entre o sistema nervoso simpático e parassimpático 
 
 Diferenças Anatômicas 
a. Posição dos neurônios pré-ganglionares: 
SIMPÁTICO: se localizam na medula torácica e lombar (T1 a L2), sendo o simpático 
chamado de tóraco-lombar. 
PARASSIMPÁTICO: se localizam no tronco encefálico (dentro do crânio) e na medula 
sacral (S2, S3 e S4), sendo o parassimpático chamado de crânio-sacral. 
 
b. Posição dos neurônios pós-ganglionares: 
SIMPÁTICO: os gânglios se localizam longe das vísceras e próximo da coluna 
vertebral, podendo ser para-vertebrais ou pré-vertebrais. 
PARASSIMPÁTICO: os gânglios se localizam próximo ou dentro das vísceras. 
 
c. Tamanho das fibras pré-ganglionares e pós-ganglionares: 
SIMPÁTICO: a fibra pré-ganglionar é curta e a pós-ganglionar, longa. 
PARASSIMPÁTICO: a fibra pré-ganglionar é longa e a pós-ganglionar, curta. 
 
d. Ultraestrutura da fibra pós-ganglionar: 
SIMPÁTICO: as fibras pós-ganglionares possuem vesículas granulares pequenas 
contendo noradrenalina. 
PARASSIMPÁTICO: as fibras pós-ganglionares possuem vesículas agranulares 
contendo acetilcolina. 
 
 
 Diferenças Farmacológicas 
 
As drogas que imitam a ação do sistema nervoso simpático são denominadas 
simpaticomiméticas e as que imitam as ações do parassimpático são chamadas de 
parassimpaticomiméticas. As fibras pré-ganglionares, tanto simpáticas como parassimpáticas, 
e as fibras pós-ganglionares parassimpáticas são colinérgicas. A maioria das fibras pós-
ganglionares simpáticas é adrenérgica. A exceção é das fibras que inervam as glândulas 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 3 
 
sudoríparas e os vasos dos músculos esqueléticos, que, apesar de simpáticas são 
colinérgicas. 
 
 
 
 
 
 Diferenças Fisiológicas 
 
De um modo geral, o sistema simpático tem ação antagônica à do parassimpático em um 
determinado órgão, mas essa afirmação não é válida em todos os casos. Além disso, é 
importante acentuar que os dois sistemas, apesar de, na maioria dos casos, terem ações 
antagônicas, colaboram e trabalham harmonicamente na coordenação da atividade visceral e 
adequam o funcionamento de cada órgão às diversas situações a que é submetido o 
organismo. Na maioria dos órgãos a inervação autônoma é mista, simpática e 
parassimpática. 
 Porém, alguns órgãos possuem inervação puramente simpática, como as glândulas 
sudoríparas, os músculos eretores do pelo. 
Uma das diferenças fisiológicas entre o simpático e o parassimpático é que este tem ações 
localizadas a um órgão ou setor do organismo, enquanto as ações do simpático, embora 
possam ser também localizadas, tendem a ser difusas, atingindo vários órgãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No parassimpático uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com um número relativamente 
pequeno de fibras pós-ganglionares. 
 No simpático, os gânglios estão longe das vísceras e uma fibra pré-ganglionar faz 
sinapse com um grande número de fibras pós-ganglionares que se distribuem a 
territórios consideravelmente maiores. 
 
A base anatômica desta diferença reside 
no fato de que os gânglios do 
parassimpático, estando próximo das 
vísceras, fazem com que o território de 
distribuição das fibras pós-ganglionares 
seja necessariamente restrito. 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 4 
 
O sistema simpático todo em determinadas situações pode ativado, produzindo uma descarga 
em massa na qual a medula da suprarrenal é também ativada,lançando no sangue a 
adrenalina que age em todo o organismo. Assim, ocorre uma reação de alarme que ocorre em 
situações de emergência, em que o indivíduo deve estar preparado para lutar ou fugir. As 
ações dos dois sistemas são complexas, podendo o mesmo sistema ter ações diferentes nos 
vários órgãos.

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