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Neuroanatomia - Formação reticular

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Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 1 
 
Neuroanatomia 
Formação Reticular e Neurônios Monoaminérgicos do T.E – CAP 20 
Denomina-se formação reticular uma agregação mais ou menos difusa de neurônios de 
tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte 
central do tronco encefálico. Possui um importante papel de ativação do córtex cerebral. 
Possui uma estrutura intermediária, a qual não corresponde exatamente à substância branca 
ou cinzenta. 
 Núcleos da formação Reticular: 
 Núcleos da rafe (neurônios ricos em serotonina) 
 Locus ceruleus (células ricas em noradrenalina) 
 Substância cinzenta periarquedutal (substância cinzenta central que circunda o 
aqueduto cerebral). Importante na regulação da dor 
 Área tegmentar ventral (neurônios ricos em dopamina) 
Do ponto de vista citoarquetetural, pode ser dividida em: 
 
 
 
 
 
 
Na formação reticular existe um grande número de neurônios cujos axônios são grandes e se 
bifurcam dando um ramo ascendente e outro descendente, os quais se estendem ao longo de 
todo o tronco encefálico, podendo atingir a medula e o diencéfalo. 
1. Conexões da formação reticular 
Além de receber impulsos que entram pelos nervos cranianos, ela mantem relações nos 
dois sentidos com o cérebro, o cerebelo e a medula. 
a. Conexões com o cérebro: FR projeta fibras para todo o córtex por via talâmica 
e extratalâmica. Várias áreas do córtex, do hipotálamo e também do sistema 
límbico enviam fibras descendentes à formação reticular. 
b. Conexões com o cerebelo: Se estabelecem nos dois sentidos. 
c. Conexões com a medula: As fibras rafe-espinhais e as que constituem o tracto 
retículo-espinham ligam a FR à medula. A FR recebe informações vindas da 
medula pelas fibras espino-reticulares. 
d. Conexões com os núcleos dos nervos cranianos: Os impulsos que entram 
pelos nervos cranianos sensitivos ganham a formação reticular através das 
fibras que a ela se dirigem a partir desses núcleos. 
 
 
 
Zona Parvocelular
 
Zona Magnocelular 
Dá origem as vidas ascendentes e 
descendentes longas. Zona efetuadora 
da formação reticular 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 2 
 
2. Funções da Formação Reticular 
 Controle da atividade elétrica cortical. 
A formação reticular é capaz de ativar o córtex cerebral, a partir do que se criou o conceito de 
sistema ativador reticular ascendente (SARA), importante na regulação do sono e da vigília. 
 
O ritmo normal de sono e vigília depende de mecanismos localizados no tronco encefálico, que 
envolvem a formação reticular. Existe nessa, um sistema de fibras ascendentes que se 
projetam no córtex cerebral e sobre ele tem uma ação ativadora. 
A ação do SARA sob o córtex se faz através das conexões da formação reticular com os 
núcleos inespecíficos do tálamo. 
Além de seguirem suas vias específicas, os impulsos sensoriais que chegam ao SNC pelos 
nervos espinhais e cranianos passam também à formação reticular e ativam o SARA. Isso se 
faz através de fibras espino-reticulares. 
Os impulsos sensoriais ganham o córtex, seja através de vias relacionadas com modalidades 
específicas de sensibilidade, seja através do ARA e esses impulsos perdem sua especificidade 
e se tornam apenas ativadores corticais. É fácil entender porque uma redução de estímulos 
sensoriais facilita o sono, diminuindo a ação ativadora da formação reticular sobre o córtex. 
 
Por outro lado, o próprio córtex, através de conexões córtico-reticulares, é capaz de ativar a 
formação reticular, mantendo assim, sua própria ativação. 
 
 Controle eferente da sensibilidade. 
O sistema nervoso é até certo ponto, capaz de selecionar as informações sensitivas que lhe 
chegam o que configura a atenção seletiva. Isto se faz por um mecanismo ativo, envolvendo 
fibras eferentes capazes de modular a passagem dos impulsos nervosos nas vias aferentes 
específicas. Além disso, esse controle eferente da sensibilidade se faz também por fibras 
originadas na formação reticular, que inibem a penetração no SNC de impulsos, como por 
exemplo, os impulsos dolorosos, caracterizando as vias da analgesia. 
 Controle da motricidade somática. 
A formação reticular exerce uma ação controladora sobre a motricidade somática. Ela ativa ou 
inibe a atividade dos neurônios motores medulares, por meio do tracto retículo-espinhal. 
 
 
Parte das funções motoras da formação reticular relaciona-se com as aferências que recebe do 
cerebelo (regulando o equilíbrio, tônus e postura) e das áreas motoras do córtex cerebral 
(através da via córtico-retículo-espinhal). 
 
 
Evidências de que este veicula comandos motores descendentes gerados na 
própria formação reticular, relacionados com os padrões de movimentos, como 
por exemplo, os da locomoção.
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 3 
 
 Controle do sistema nervoso autônomo. 
Os centros mais importantes para a regulação do sistema nervoso autônomo são o sistema 
límbico e o hipotálamo. Ambos possuem amplas projeções para a formação reticular, a qual 
por sua vez, se liga aos neurônios pré-ganglionares. 
 Controle neuroendócrino. 
A formação reticular está relacionada com a liberação de ACTH e ADH. Além disso, no controle 
hipotalâmico da liberação de vários hormônios estão envolvidos mecanismos noradrenérgicos 
e serotonérgicos, o que envolve a formação reticular. 
 Integração de reflexos. Centro respiratório e vasomotor. 
Na formação reticular existem vários centros que desencadeiam respostas motoras, somáticas 
ou viscerais quando estimuladas, características de fenômenos como o vômito, deglutição, 
locomoção, mastigação e alterações respiratórias e vasomotoras. 
Esses centros funcionam como geradores de padrões de atividade motora estereotipada e 
podem ter sua atividade iniciada ou modificada seja por estímulos químicos, por comandos 
corticais ou hipotalâmicos, ou por aferências sensoriais. 
Obs: Os centros Vasomotor e respiratório diferem dos demais por funcionarem como 
osciladores, ou seja, apresentam atividade rítmica espontânea e sincronizada com os ritmos 
respiratório e cardíaco. 
 
 Centro Respiratório: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grau de distensão dos alvéolos  
Núcleo do Tracto Solitário 
Fibras aferentes viscerais gerais do nervo vago 
Centro respiratório 
Parte Dorsal: 
Regula a inspiração 
Parte Ventral: 
Regula a expiração 
Fibras retículo‐espinhais
Neurônios motores da porção 
cervical e torácica da medula 
Fibras córtico‐espinhais 
Permite o controle 
voluntário da 
respiração 
Gabriella Puiati Pelluso – MED105 Página 4 
 
Convém lembrar que o funcionamento do centro respiratório é bem mais complicado. Ele está 
sobre influência do hipotálamo, o que explica as modificações do ritmo respiratório em certas 
situações emocionais. 
 
 Centro Vasomotor 
Situado na FR do bulbo, controla os mecanismos que regulam o calibre vascular, do qual 
depende basicamente da pressão arterial. Ele é Vasoconstritor, razão pelo qual determina o 
aumento da pressão e está sob influência do Hipotálamo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Considerações Anatomoclínicas 
 O córtex cerebral, apesar de sua elevada posição na hierarquia do sistema nervoso, é 
incapaz de funcionar por si próprio de maneira consciente. Para isto, depende de impulsos 
ativadores que recebe da formação reticular do tronco encefálico. 
Os processos patológicos, mesmo localizados que comprimem o mesencéfalo ou a transição 
deste com o diencéfalo quase sempre levam a uma perda total da consciência, isto é, ao coma. 
Isso se deve a lesão da formação reticular com interrupção do SARA. 
Barorreceptores no seio carotídeo
Núcleo do tracto 
solitárioFibras eferentes 
viscerais gerais do 
nervo glossofaríngeo 
Centro Vasomotor 
Neurônios pré‐ganglionares do núcleo dorsal 
do vago 
 
Neurônios pré‐ganglionares da coluna lateral 
Fibras retículo‐espinhais

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