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9 - CRÉDITO DE CARBONO Profª Maria Mariete Aragão Melo Pereira 1 ONU - Preocupação mundial com o controle das atividades econômicas e industriais perniciosas ao meio ambiente. (1990) • Eco 92 (RJ) – Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas • Compromisso países desenvolvidos em reduzir ou limitar voluntariamente emissão dos GEE até o ano de 2000. • 1997 – reduções voluntárias em obrigatórias 2 MECANISMOS DE MERCADO / CRÉDITOS DE CARBONO PROTOCOLO DE QUIOTO 1. Comércio Internacional de Emissões (Emission Trade) • Países industrializados podem comercializar entre si até 10% de seus níveis de emissão permitidos ( o que exceder as metas compromissadas) 3 PROTOCOLO DE QUIOTO 1. Comércio Internacional de Emissões (Emission Trade) Artigo 17 – A Conferência das Partes deve definir os princípios, as modalidades, regras e diretrizes apropriados, em particular para verificação, elaboração de relatórios e prestação de contas do comércio de emissões. As Partes incluídas no Anexo B podem participar do comércio de emissões com o objetivo de cumprir os compromissos assumidos sob o Artigo 3.Tal comércio deve ser suplementar às ações domésticas com vistas a atender os compromissos quantificados de limitação e redução de emissões, assumidos sob esse Artigo. 4 MECANISMOS DE MERCADO / CRÉDITOS DE CARBONO PROTOCOLO DE QUIOTO 2. Implementação Conjunta (joint implementation – JI) • Países industrializados podem compensar suas emissões participando de sumidouros e seqüestro de carbono 5 PROTOCOLO DE QUIOTO 2. Implementação Conjunta (joint implementation – JI) Artigo 6.1 – A fim de cumprir os compromissos assumidos sob o Artigo 3, qualquer Parte incluída no Anexo I pode transferir para ou adquirir de qualquer outra dessas Partes, unidades de redução de emissões resultantes de projetos visando à redução das emissões […] em qualquer setor da economia, desde que: • o projeto tenha a aprovação das partes envolvidas; • o projeto promova uma redução das emissões por fontes ou um aumento das remoções por sumidouros que sejam adicionais aos que ocorreriam na sua ausência; • a parte não adquira nenhuma unidade de redução de emissões se não estiver em conformidade com suas obrigações assumidas sob os Artigos 5 e 7; e • a aquisição de unidades de redução de emissões seja suplementar às ações domésticas realizadas com o fim de cumprir os compromissos assumidos no Artigo 3. 6 MECANISMOS DE MERCADO / CRÉDITOS DE CARBONO PROTOCOLO DE QUIOTO 3. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL • Créditos gerados por atividades de redução de emissões de uma entidade de um país desenvolvido num país em desenvolvimento. • Emprego de tecnologia limpa – países desenvolvidos • Desenvolvimento sustentável – países em desenvolvimento. 7 MECANISMOS DE MERCADO / CRÉDITOS DE CARBONO PROTOCOLO DE QUIOTO 3. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL a. Fontes renováveis e alternativas de energia;(sumidouro) b. Eficiência / conservação de energia;(sumidouro) c. Reflorestamento e estabelecimento de novas florestas (seqüestro de carbono) 8 COMO FUNCIONA MERCADO DE CRÉDITO DE CARBONO • Países desenvolvidos que extrapolam os limites permitidos de emissão de GEE - têm débito de carbono Exemplo: • Empresa tem cota de emissão de 100 toneladas de carbono, mas emite normalmente 120 toneladas. 9 COMO FUNCIONA MERCADO DE CRÉDITO DE CARBONO Para equilibrar sua meta anual: • Financiar projetos de redução de emissões nos países em desenvolvimento, ou • Desenvolver projetos de redução de emissões para seu processo produtivo. 10 COMO FUNCIONA MERCADO DE CRÉDITO DE CARBONO • O diferencial será o crédito gerado com a redução de emissões - “crédito de carbono”. • Títulos representativos dos créditos de carbono - CERs (Certificados de Emissões Reduzidas), podem ser negociados. 11 NEGOCIAÇÕES MERCADO DE CRÉDITO DE CARBONO • Entre empresas • Entre empresas e governos • Nas bolsas de valores - Bolsa de Chicago (Bolsa Climática) – opera desde dezembro 2003 - Mercado Europeu - Inglaterra – maior do mundo em negociações de GEE 12 NO BRASIL MERCADO DE CRÉDITO DE CARBONO Primeira empresa vender créditos de carbono: CGDE – Companhia Geral de Distribuição Elétrica – produz energia na Usina de Piratini(RS) com cascas de madeira oriundas de serrarias da região. (LOJUDICE, 2003) 13 Outras Companhias: Plantar (siderúrgica), Sasa – Companhia de Saneamento (Tremembé – SP) Usina de Catanduva NO BRASIL MERCADO DE CRÉDITO DE CARBONO No Espírito Santo MARCA AMBIENTAL • Operadora de aterro sanitário • Gerar energia a partir dos gases do aterro sanitário ( dióxido de carbono e metano), promovendo a redução de emissões de GEE. 14 MERCADO DE CRÉDITO DE CARBONO 15 O MERCADO DE CARBONO PÓS 2012 Surgiu grande especulação sobre o futuro do mercado de carbono devido ao término do período de compromisso estabelecido no Protocolo de Quioto em 2012. Entretanto, na 17ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, realizada na África do Sul, foi aprovada a segunda fase de Quioto, que deve entrar em vigor em 2013 e seguir até 2017, com meta de reduzir de 24% a 40% as emissões de gases estufa com relação a 1990. O Protocolo continua sendo aplicado aos países industrializados, mas os Estados Unidos, que nunca ratificaram o Protocolo, seguem sem metas de redução obrigatórias até um novo acordo global. Japão, Rússia e Canadá também não irão participar. O MERCADO DE CARBONO PÓS 2012 Na 17ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, realizada na África do Sul, foi aprovada a segunda fase de Quioto, que deve entrar em vigor em 2013 e seguir até 2017, com meta de reduzir de 24% a 40% as emissões de gases estufa com relação a 1990. O Protocolo continua sendo aplicado aos países industrializados, mas os Estados Unidos, que nunca ratificaram o Protocolo, seguem sem metas de redução obrigatórias até um novo acordo global. MERCADO DE CRÉDITO DE CARBONO 16 Além da criação da segunda fase de Quioto, a Conferência prevê que seja firmado um novo acordo mundial em 2020, com a participação de todos os países. Isso inclui os principais poluidores mundiais atuais, como China, Índia e EUA. A continuidade do previsto no Protocolo e a criação de um novo acordo mundial em 2020 pode alavancar o Mercado de Carbono. POSSÍVEIS CLASSIFICAÇÕES CONTÁBEIS DOS CRÉDITOS DE CARBONO 17 Loyola, Marques e Pereira (2012) POSSÍVEIS CLASSIFICAÇÕES CONTÁBEIS DOS CRÉDITOS DE CARBONO 18 Ainda não há uma normatização para contabilização das transações relacionadas às operações de compra e venda de crédito de carbono. Os órgãos reguladores, como o Banco Central do Brasil, Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a Comissão de Valores Mobiliários e o Conselho Federal de Contabilidade, ainda não se posicionaram de forma efetiva no que diz respeito à contabilização do Certificado de Desenvolvimento Limpo (CDL). POSSÍVEIS CLASSIFICAÇÕES CONTÁBEIS DOS CRÉDITOS DE CARBONO 19 A falta de definição da natureza contábil do crédito de carbono e de um regime tributário específico para lidar com essa questão tem provocado relativa insegurança para o mercado brasileiro e poderia, inclusive, vir a comprometer o seu desenvolvimento no país. Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono(ABEMC) Países membros do ANEXO I do Protocolo de Quioto 20 As Partes Anexo I correspondem aos países-membros da (OECD –Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico- internacional e intergovernamental) e os países do antigo bloco soviético, que são chamados de países em transição para economia de mercado. As Partes Anexo I são aquelas que têm metas de redução em relação ao Protocolo de Quioto. São divididos em dois sub- grupos: Membros da OECD, aqueles países que necessitam diminuir suas emissões e portanto podem tornar-se compradores de créditos provenientes dos Mecanismos de flexibilização, como a Alemanha, Japão, Holanda, etc. Os países que estão em transição econômica (antigo bloco soviético) e por isso podem ser anfitriões de projetos do tipo implementação conjunta, como a Ucrânia, Rússia, Romênia, etc. Alemanha Austrália Áustria Belarus Bélgica Bulgária Canadá Comunidade Européia Croácia Dinamarca Eslováquia Eslovénia Espanha Estados Unidos da América Estônia Federação Russa Finlândia França Grécia Hungria Irlanda Países membros do ANEXO I do Protocolo de Quioto 21 Islândia Itália Japão Letônia Liechtenstein Lituânia Luxemburgo Mônaco Noruega Nova Zelândia Países Baixos Polônia Portugal Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte República Tcheca Romênia Suécia Suíça Turquia Ucrânia Fonte: Adaptado de UNFCCC (2001a) Países membros do ANEXO I do Protocolo de Quioto 22 COMPROMISSO DE REDUÇÃO OU LIMITAÇÃO QUANTIFICADA DE EMISSÕES (PORCENTAGEM DO ANO BASE OU PERÍODO) Alemanha 92 Austrália 108 Áustria 92 Bélgica 92 Bulgária* 92 Canada 94 Comunidade Européia 92 Croácia* 95 Dinamarca* 92 Eslováquia* 92 Eslovénia* 92 Espanha 92 Estados Unidos da América 93 Estônia* 92 Federação Russa* 100 Finlândia 92 França 92 Grécia 92 Hungria* 94 Irlanda 92 ANEXO B DO PROTOCOLO DE QUIOTO 23 Islândia 110 Itália 92 Japão 94 Letônia* 92 Liechtenstein 92 Lituânia* 92 Luxemburgo 92 Mônaco 92 Noruega 101 Nova Zelândia 100 Países Baixos 92 Polônia* 94 Portugal 92 Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte 92 República Tcheca* 92 Romênia* 92 Suécia 92 Suíça 92 Ucrânia* 100 Fonte: UNFCCC (2001b) * Países em processo de transição para uma economia de mercado. ANEXO B DO PROTOCOLO DE QUIOTO COMPROMISSO DE REDUÇÃO OU LIMITAÇÃO QUANTIFICADA DE EMISSÕES (PORCENTAGEM DO ANO BASE OU PERÍODO) 24 PEREIRA, Maria Mariete Aragão Melo. Momento de reconhecimento da receita ambiental proveniente da venda de créditos de carbono: o caso de uma operadora de aterro sanitário no estado do Espírito Santo. 2004. Dissertação [mestrado em ciências contábeis] – FUCAPE. BIBLIOGRAFIA 25
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