Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
LEI No 12.378, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010. • A FUNÇÃO SOCIAL E CULTURAL DA ARQUITETURA E DO URBANISMO É na luta renovada pela construção de uma nação soberana e justa, na consecução da tarefa de organizar o território e construir o espaço habitável para todos, que a ação dos arquitetos e urbanistas se inscreve. Os obje@vos de sua atuação profissional incluem a qualidade de vida de indivíduos, grupos sociais, comunidades e dos habitantes dos assentamentos humanos; a qualidade material do ambiente construído e sua durabilidade; o uso da tecnologia em respeito às necessidades sociais, culturais esté@cas e econômicas das comunidades; o equilíbrio ecológico e o desenvolvimento sustentável do ambiente natural e construído e a valorização e preservação da arquitetura, do urbanismo e da paisagem como patrimônio e responsabilidade cole@va. Considerando a Arquitetura e o Urbanismo como questões de interesse público, A UIA e a UNESCO afirmam que o papel social dos arquitetos e urbanistas respalda-‐se em sua capacidade de solucionar problemas, um instrumento ú@l na transformação da realidade, em busca do direito ao habitat de boa qualidade para todos, do direito ao espaço bem planejado e bem construído com a par@cipação de todos e do direito democrá@co de acesso aos bens materiais e imateriais alcançados pela sociedade. Para que a arquitetura e o urbanismo sejam bens acessíveis a todos os brasileiros, a função social dos arquitetos e urbanistas deve ser plenamente exercida, assumindo as dimensões da cultura e da tecnologia como centro e fundamento da produção arquitetônica, em um ní@do compromisso com a construção de um mundo melhor. • O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: • Âmbito de abrangência Art. 1o O exercício da profissão de arquiteto e urbanista passa a ser regulado por esta Lei. Atribuições de Arquitetos e Urbanistas Art. 2o As a@vidades e atribuições do arquiteto e urbanista consistem em: I -‐ supervisão, coordenação, gestão e orientação técnica; II -‐ coleta de dados, estudo, planejamento, projeto e especificação; III -‐ estudo de viabilidade técnica e ambiental; IV -‐ assistência técnica, assessoria e consultoria; V -‐ direção de obras e de serviço técnico; VI -‐ vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria e arbitragem; VII -‐ desempenho de cargo e função técnica; VIII -‐ treinamento, ensino, pesquisa e extensão universitária; IX -‐ desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, padronização, mensuração e controle de qualidade; X -‐ elaboração de orçamento; XI -‐ produção e divulgação técnica especializada; e XII -‐ execução, fiscalização e condução de obra, instalação e serviço técnico. • Parágrafo único. As a@vidades de que trata este ar@go aplicam-‐se aos seguintes campos de atuação no setor: I -‐ da Arquitetura e Urbanismo, concepção e execução de projetos; II -‐ da Arquitetura de Interiores, concepção e execução de projetos de ambientes; • III -‐ da Arquitetura Paisagís@ca, concepção e execução de projetos para espaços externos, livres e abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente ou em sistemas, dentro de várias escalas, inclusive a territorial; • IV -‐ do Patrimônio Histórico Cultural e Ar]s@co, arquitetônico, urbanís@co, paisagís@co, monumentos, restauro, prá@cas de projeto e soluções tecnológicas para reu@lização, reabilitação, reconstrução, preservação, conservação, restauro e valorização de edificações, conjuntos e cidades; • V -‐ do Planejamento Urbano e Regional, planejamento _sico-‐territorial, planos de intervenção no espaço urbano, metropolitano e regional fundamentados nos sistemas de infraestrutura, saneamento básico e ambiental, sistema viário, sinalização, tráfego e trânsito urbano e rural, acessibilidade, gestão territorial e ambiental, parcelamento do solo, loteamento, desmembramento, remembramento, arruamento, planejamento urbano, plano diretor, traçado de cidades, desenho urbano, sistema viário, tráfego e trânsito urbano e rural, inventário urbano e regional, assentamentos humanos e requalificação em áreas urbanas e rurais; • VI -‐ da Topografia, elaboração e interpretação de levantamentos topográficos cadastrais para a realização de projetos de arquitetura, de urbanismo e de paisagismo, foto-‐interpretação, leitura, interpretação e análise de dados e informações topográficas e sensoriamento remoto; • VII -‐ da Tecnologia e resistência dos materiais, dos elementos e produtos de construção, patologias e recuperações; • VIII -‐ dos sistemas constru@vos e estruturais, estruturas, desenvolvimento de estruturas e aplicação tecnológica de estruturas; • IX -‐ de instalações e equipamentos referentes à arquitetura e urbanismo; • X -‐ do Conforto Ambiental, técnicas referentes ao estabelecimento de condições climá@cas, acús@cas, lumínicas e ergonômicas, para a concepção, organização e construção dos espaços; • XI -‐ do Meio Ambiente, Estudo e Avaliação dos Impactos Ambientais, Licenciamento Ambiental, U@lização Racional dos Recursos Disponíveis e Desenvolvimento Sustentável. • Art. 3o Os campos da atuação profissional para o exercício da arquitetura e urbanismo são definidos a par@r das diretrizes curriculares nacionais que dispõem sobre a formação do profissional arquiteto e urbanista nas quais os núcleos de conhecimentos de fundamentação e de conhecimentos profissionais caracterizam a unidade de atuação profissional. • § 1o O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil -‐ CAU/BR especificará, atentando para o disposto no caput, as áreas de atuação priva@vas dos arquitetos e urbanistas e as áreas de atuação compar@lhadas com outras profissões regulamentadas. ESOLUÇÃO N° 51, DE 12 DE JULHO DE 2013 • Com a presente Resolução o CAU/BR atende à responsabilidade que lhe foi atribuída pela Lei no 12.378, de 31 de dezembro de 2010, de especificar as a@vidades, atribuições e campos de atuação priva@vos dos arquitetos e urbanistas e os que são compar@lhados entre estes e os profissionais legalmente habilitados em outras profissões regulamentas. Cumpre referir que este norma@vo se reveste de importância capital tanto para a Arquitetura e Urbanismo como para seus profissionais, os quais há décadas vêm assis@ndo várias das a@vidades técnicas que historicamente foram reconhecidas como de sua alçada – projeto arquitetônico, urbanís@co e paisagís@co, e aquelas do âmbito do patrimônio histórico – sendo indevidamente exercidas por outros profissionais que não têm a necessária formação acadêmica que os credencie para tal. • Essa situação – que atenta contra a segurança das pessoas e do meio ambiente e inviabiliza o adequado atendimento das necessidades sociais, além de ser prejudicial à profissão e aos profissionais – se instalou no país juntamente com a ins@tuição do primeiro marco regulatório das profissões tecnológicas, representado pelo Decreto Federal no 23.569, de 11 de dezembro de 1933. No âmbito desta regulamentação, as a@vidades, atribuições e campos de atuação dos então chamados arquitetos es@veram marcados por várias e amplas áreas de “sombreamento” com os de outros profissionais, tais como engenheiros civis e agrimensores, também estes regulamentados pelo citado decreto e fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea. • A situação de “sombreamento” acima referida não foi alterada de forma significa@va quando da publicação da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que, além de incluir a Agronomia no rol de profissões inseridas neste marco regulatório, tratou de forma genérica as a@vidades, atribuições e campos de atuação de cada uma delas. Regulamentando apenas parcialmente o exercício das referidas profissões, esta lei remeteu às resoluções do Confea a competência de especificar o que seria próprio de cada uma delas, permi@ndo que permanecessem grandes áreas de “sombreamento” entre os campos de atuação da Arquitetura e Urbanismo e os das outras profissões do sistema, sobretudo da Engenharia Civil e da Agronomia. • Foi somente com o advento da Lei no 12.378, de 2010, que se apresentaram em plenitude as condições para a efe@va individualização da Arquitetura e Urbanismo e para sua diferenciação em relação às demais profissões regulamentadas. Esta lei estabelece, em seu art. 2o, quais as a@vidades e atribuições dos arquitetos e urbanistas e, no parágrafo único deste ar@go, quais os campos de atuação a que estas se aplicam. Já em seu art. 3o a lei determina que o CAU/BR especificará as áreas de atuação priva@vas dos arquitetos e urbanistas e as áreas de atuação compar@lhadas com outras profissões regulamentadas, destacando no parágrafo 2o do mesmo ar@go que serão consideradas priva@vas de profissional especializado as áreas de atuação nas quais a ausência ou insuficiência de formação profissional venha a expor o usuário do serviço prestado a qualquer @po de dano ou de risco à sua segurança ou saúde ou ao meio ambiente. • Na Resolução ora apresentada, as a@vidades, atribuições e campos de atuação priva@vos dos arquitetos e urbanistas e aqueles compar@lhados com outras profissões regulamentadas foram especificados em estrita observância ao que determina a Lei no 12.378, de 2010, confirmando o caráter uniprofissional da Arquitetura e Urbanismo e tomando como referência as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação desta profissão vis-‐à-‐vis as correspondentes diretrizes dos cursos referentes às demais profissões técnicas regulamentadas. Cuidou-‐se, ao mesmo tempo, de verificar e respeitar o que se encontra estabelecido nos disposi@vos legais e nas resoluções que especificam as a@vidades, atribuições e campos de atuação referentes às demais profissões técnicas referidas, de modo a assegurar aos profissionais nelas legalmente habilitados seus legí@mos direitos, evitando-‐se que, ao se garan@r os direitos dos arquitetos e urbanistas, se prejudiquem os efe@vos e legí@mos direitos de outras categorias profissionais. RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS • TÉCNICA • A legislação do CAU dispõe sobre a obrigatoriedade de profissional técnico e legalmente habilitado para o exercício Arquitetura seja em nível superior ou 2o grau técnico. • Por isso, LEI No 12.378, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 QUE: Regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo; cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil -‐ CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal -‐ CAUs; e dá outras providências. Ins@tui O REGISTRO de Responsabilidade Técnica (RRT). • Segundo essas normas, os serviços rela@vos a ARQUITETURA E URBANISMO só poderão ser iniciados após o registro das respec@vas RRT’s. É esse documento que define, perante a lei, os profissionais que respondem tecnicamente pelas a@vidades rela@vas à obra ou serviço. No caso da arquitetura, por exemplo, quem realizou o projeto arquitetônico, o projeto de arquitetura de interiores, paisagismo, urbanismo, fiscalização, execução. • DOS MATERIAIS • A escolha dos materiais a serem empregados no obra ou serviço é da competência exclusiva do profissional. Logo, por medida de precaução, tornou-‐se habitual fazer a especificação desses materiais através do “Memorial Descri@vo”, determinando @po, marca e peculiaridades outras, dentro dos critérios exigíveis de segurança. Quando o material não es@ver de acordo com a especificação, ou dentro dos critérios de segurança, o profissional deve rejeitá-‐lo, sob pena de responder por qualquer dano futuro. • RESPONSABILIDADE CIVIL • É aquela que se impõe a quem causar um dano – a obrigação de repará-‐lo. • Esta reparação deve ser a mais ampla possível, abrangendo o que a pessoa lesada efe@vamente perdeu e, também, o que ela comprovadamente deixou de ganhar. • A responsabilidade civil por determinada obra, dura, à princípio, de acordo com o Código Civil Brasileiro, pelo prazo de cinco anos, a contar da data em que a obra foi entregue, podendo, em alguns casos, estender-‐se por até vinte anos, se comprovada a culpa do profissional pela ocorrência. • Dentro da responsabilidade civil, de acordo com as circunstâncias de cada caso concreto, poderão ser discu@dos os seguintes itens: responsabilidade por danos causados a vizinhos e responsabilidade por danos ocasionados a terceiros. • DANOS A TERCEIROS • É muito comum na construção civil a constatação de danos a vizinhos, em virtude da vibração de estaqueamentos, fundações, quedas de materiais e outros. Os danos resultantes desses incidentes devem ser reparados, pois cabe ao profissional tomar todas as providências necessárias para que seja preservada a segurança, a saúde e o sossego de terceiros. Cumpre destacar que os prejuízos causados são de responsabilidade do profissional e do proprietário, solidariamente, podendo o lesado acionar tanto um como o outro. A responsabilidade estende-‐se, também, solidariamente, ao sub-‐empreiteiro, naquilo em que for autor ou co-‐autor da lesão. • CONTRATUAL • Pelo contrato firmado entre as partes para a execução de um determinado trabalho, sendo fixados os direitos e obrigações de cada uma. • PENAL OU CRIMINAL • Decorre de fatos considerados crimes. Neste campo merecem destaque: a) desabamento – queda de construção em virtude de fator humano; b) desmoronamento – resulta da natureza; c) incêndio – quando provocado por sobrecarga elétrica. • Todas essas ocorrências são incrimináveis, havendo ou não lesão corporal ou dano material, desde que se caracterize perigo à vida ou à propriedade. Por isso, cabe ao profissional, no exercício de sua a@vidade, prever todas as situações que podem ocorrer a curto, médio e longo prazos, para que fique isento de qualquer ação penal. • ADMINISTRATIVA • Resulta das restrições impostas pelos órgãos públicos, através do Código de Obras, Código de Água e Esgoto, Normas Técnicas, Regulamento Profissional, Plano Diretor e outros. Essas normas legais impõem condições e criam responsabilidade ao profissional, cabendo a ele, portanto, o cumprimento das leis específicas à sua a@vidade, sob pena, inclusive, de suspensão do exercício profissional. • TRABALHISTA • A matéria é regulada pelas Leis Trabalhistas em vigor. Resulta das relações com os empregados e trabalhadores que compreendem: direito ao trabalho, remuneração, férias, descanso semanal e indenizações, inclusive, aquelas resultantes de acidentes que prejudicam a integridade _sica do trabalhador. O profissional só assume esse @po de responsabilidade quando contratar empregados, pessoalmente ou através de seu representante ou representante da empresa. Nas obras de serviços contratados por administração o profissional estará isento desta responsabilidade, desde que o proprietário assuma o encargo da contratação dos operários. • OBJETIVA • Estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor – Ar@gos 12o e 14o. Resultante das relações de consumo, envolvendo o fornecedor de produtos e de serviços (pessoa _sica e jurídica) e o consumidor, assegura direitos consagrados pela Lei 8.078, que dispõe sobre a Proteção ao Consumidor. O Código responde a uma an@ga aspiração da sociedade, visando a garan@a de proteção no aspecto econômico, detalhando quais são esses direitos e a forma como pretende-‐se viabilizar essa proteção. A responsabilidade profissional está, mais do que nunca, estabelecida através do Código de Defesa e Proteção ao Consumidor, pois coloca em questão a efe@va par@cipação preven@va e consciente dos profissionais. • Portanto, é fundamental que o profissional esteja atento à obrigatoriedade de observância às Normas Técnicas e à execução de orçamento prévio de projeto completo, com especificação correta de qualidade, garan@a contratual (contrato escrito) e legal (RRT). Uma infração ao Código de Defesa e Proteção ao Consumidor coloca o profissional (pessoa _sica e jurídica) em julgamento, com possibilidade de rito sumaríssimo, inversão do ônus da prova e com assistência jurídica gratuita ao consumidor, provocando, assim, a obrigação de sua obediência. • CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR • Ins@tuído pela Lei no 8.078/90, esse Código veio definir com clareza os direitos básicos do consumidor, que são, em linhas gerais, os seguintes: • Proteção à segurança, vida e saúde; • Informação clara e adequada sobre os serviços e produtos (caracterís@cas, composição, qualidade, quan@dade e preço); • Proteção contra publicidade enganosa; • Direito de revisão de cláusulas contratuais abusivas; • Direito de revisão de cláusulas contratuais em razão de fatos supervenientes que as tornem onerosas; • Inversão do ônus da prova a seu favor. Dentre outros aspectos, o Código estabelece: • Que o construtor é fornecedor; • Que os efeitos devem ser sanados dentro do prazo de 5 (cinco) anos estabelecido pelo Código Civil passe a ser contato a par@r do momento em que o defeito for evidenciado; • • Que um produto é considerado defeituoso quando não oferece segurança. • Recomenda-‐se, pois, que os profissionais façam um estudo atento do Código de Defesa do Consumidor. Desse modo, evitarão surpresas desagradáveis e, principalmente, se tornarão conscientes de que a sociedade merece qualidade. Esse é um direito que ela, agora, tem como exigir. • PUBLICIDADE • Atenção especial deve ter a questão da publicidade aqui entendida como divulgação profissional, que deve se ater aos limites estritos da é@ca profissional. É o meio por excelência de divulgar competências e propor negociações; através dela o profissional (ou sua empresa) informa sobre as a@vidades que está apto a realizar, e por isso mesmo, a legislação brasileira reserva uma atenção especial a essa comunicação visando resguardar os des@natários dessas mensagens, no caso consumidores em potencial para que não sejam iludidos por inverdades ou meias verdades veiculadas, responsabilizando o autor quanto ao teor das mesmas e suas conseqüências. São exemplos de legislação que visam cercear a publicidade enganosa: • o código de defesa do consumidor – Lei 8078/90 • o código penal • leis específicas, por exemplo: Lei 6.766/79 (parcelamento do solo), Lei 4.591/65 (incorporação • imobiliária), Lei 1.521/51 (crimes contra a economia popular) e outras. • Convém observar que, para se caracterizar o crime da propaganda enganosa não é necessário que o anunciante tenha @do qualquer vantagem econômica, bastando apenas a sua mera veiculação. • Assim podemos caracterizar a propaganda enganosa como “qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteiro ou parcialmente falso, ou por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de gerar dúvidas ou induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, caracterís@cas, qualidade, quan@dade, propriedade, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços”. Deve-‐se ressaltar que, uma vez feita a publicidade apregoando preço, forma, pagamento, qualidade e quan@dade, tais condições adquirem força de cláusula contratual, obrigando o cumprimento ou a indenização, sem prejuízo das sanções penais. • Concluindo, a publicidade veiculada deve espelhar fielmente aquilo que se propõe realizar dentro da capacidade e condições de realização do profissional ou empresa proponente, sem omissão de riscos, observando sempre a é@ca profissional. • HABILITAÇÃO E REGISTRO PROFISSIONAL • Habilitação Profissional • • Habilitação Técnico – Cien]fica (Qualificação) A habilitação técnico-‐cien]fica de grau superior ou médio é fundamental e comprova-‐se pela • posse de respec@vo diploma fornecido por ins@tuição de ensino reconhecida. • Habilitação Legal ou Regulamentar • A habilitação legal ou regulamentar efe@va-‐se com o registro do diplomado no CAU, e se mantém com o pagamento regular da anuidade. • O não pagamento da anuidade por dois anos consecu@vos gera o cancelamento automá@co do registro. Nessas condições , a con@nuidade do exercício profissional é ilegal, sujeitando-‐se o responsável às penalidades aplicáveis. • UVlidade do RRT para o profissional • •Dos RRT’s pessoais extrai-‐se o seu acervo técnico. O acervo técnico é um documento oficial onde consta em detalhes toda sua a@vidade profissional e cons@tui-‐se num comprovante idôneo para seu “Curriculum Vitae” • • Pela exigência da RRT, o CAU pode coibir o exercício ilegal da profissão por leigos, o que é uma garan@a das prerroga@vas profissionais, cons@tuindo-‐se, também, num instrumento de defesa do seu mercado de trabalho. • •O RRT é uma forma de defesa de direitos autorais de planos e projetos dos profissionais que a elaboram. Pela RRT fica anotado o que a lei assegura ao profissional em termos de direitos de autoria e co-‐autoria. • • Sendo o RRT uma expressão fiel do acordo entre o profissional e o cliente, por seus termos estabelecem-‐se os limites da responsabilidade que o profissional terá no seu trabalho. Nela estará anotado exatamente o que se propôs a fazer para seu cliente e qual o seu nível de responsabilidade. • • Da mesma forma, ficam documentadas na RRT as obrigações contratuais de ambas as partes. A RRT é documento hábil para a garan@a de sua remuneração por serviços ou obras prestados, mesmo que contratados verbalmente. • • Nenhum profissional pode exercer a@vidades para as quais não tenha habilitação específica. Pelo RRT, o CAU pode controlar as atribuições profissionais e coibir a exorbitância, evitando que a sua prerroga@va profissional seja assumida por outro profissional não legalmente habilitado. • ACOMPANHAMENTO DE OBRA • Muitos profissionais, quando são contratados, se empenham em realizar o projeto da melhor maneira possível. Findo trabalho, entregam o “desenho” para o cliente e simplesmente “dão as costas”. O que a maioria não sabe, ou talvez ignore, é que seu trabalho não acabou por aí. • Durante a execução surgem muitos erros e imprevistos que, na maioria das vezes, são mal solucionados ou por falta de compreensão do projeto, por incompa@bilidade de detalhamentos ou simplesmente pela sua inexistência. Por isso é muito importante que o arquiteto acompanhe a execução da obra que ele projetou. Se ele não o faz, gera a possibilidade de que outros profissionais assumam seu papel e interfiram em seu projeto, fazendo alterações sem seu consen@mento, na tenta@va de solucionar o problema ou imprevisto surgido. Situações como essas podem levar o arquiteto a assumir responsabilidades quanto a erros técnicos dos quais ele não é autor. • DIREITO AUTORAL • O CAU cria registros de autoria de planos e projetos , para salvaguarda dos direitos autorais dos profissionais que o desejarem. • A Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências entretanto não revoga o ar@go 17 da Lei 5988 de 14/12/1973 -‐ “Para segurança de seus direitos, o autor da obra intelectual poderá registrá-‐Ia no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.” • São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: • “os projetos, esboços e obras plás@cas concernentes à geografia, • engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;” • Autor é a pessoa _sica criadora de obra literária, ar]s@ca ou cien]fica. Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.
Compartilhar