Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BIOCLIMATOLOGIA E ETOLOGIA CANINA Alessandra Cruz¹ Julia Elisa Pereira de Almeida¹Matheus Antunes ¹ Joares May² ¹Acadêmicos de Medicina Veterinária da UNISUL, campus Tubarão ² Professor e Mestre em Epidemiologia Veterinária 1 ORIGEM DOS CÃES Descendente do Lobo Começou a conviver com humanos nos primórdios da agricultura Domesticação Morfologia Fisiologia Comportamental Fonte: Cães , Mary B Irving 2 Família canidae Canis lupus familiaris Os cães domésticos são pertencentes a família canidae e a espécie canis lúpus familiaris Os cães domésticos que conhecemos hoje descendem dos lobos, assim como as raposas, os coiotes, os fenecos, dentre outros. Inicialmente eles apenas caçavam, mas com a convivência com os homens e consequentemente a domesticação, pararam de caçar e então se alimentavam de restos que os humanos descartavam. Com isso, os cães mudaram sua alimentação, que a principio era unicamente carnívora e passaram ser onívoros. A domesticação trouxe então, mudanças morfológicas, comportamentais e fisiológicas. A origem do cão doméstico (Canis familiaris) é um assunto muito debatido e controverso, devido a grande diversidade morfológica que a espécie apresenta, superior às de outros canídeos, bem como as grandes diferenças comportamentais (WAYNE, 1986). Estudos relacionados ao comportamento, vocalização, morfologia e biologia molecular indiciam que o ancestral do cão doméstico é o lobo (Canis lupus) Teixeira (2007) afirmou que o processo de domesticação iniciou há mais de 100.000 anos, quando os ancestrais do homem começaram a dar abrigo aos filhotes de lobos que se aproximavam de seus acampamentos. Primeiramente a relação homem-animal era de caráter utilitário, ou seja, o cão ajudava na caça e na proteção, em troca de alimento. Acredita-se que os animais que se adaptaram melhor no convívio humano ganharam uma vantagem adaptativa, tendo mais chance de sobrevivência que os demais. 2 ORIGEM DOS CÃES 3 GRUPOS CANINOS Fonte: Cães , Mary B Irving Os cães variam em tamanho desde o minúsculo Chiuaua até o gigantesco galgo irlandês Irishwolfhound. Geralmente, os pelos que revestem o corpo dos cães têm duas funções distintas, a parte externa do pelo protege o animal contra as intempéries e a mais próxima serve para o seu aquecimento. Em média cães vivem de 12 a 13 anos; com dois anos são adultos e com 10 entram na velhice (Irving, 1972). Cruzamentos selecionados produziram mais de 500 raças caninas reconhecidas oficialmente. Para que um cão seja considerado de raça pura, com registro genealógico (pedigree), é preciso que seu pai e sua mãe sejam da mesma raça e inscritos em uma instituição especializada, o Kennel Club. cães esportivos: auxilia na caça, quando descobrem a caça se imobilizam e fixam o olhar em certo ponto, Pointers ou Bacos. Seters mantém-se agachados e quietos, tem seu estilo próprio de apontar. Spaniel espantam as aves para fazê-las voar. Retrievers são cães de busca, executam a função de trazer a ave abatida ao caçador. - cães de caça ou de corrida: os cães de caça se dividem em cães de corrida e de rastro, os de corrida perseguem a caça enquanto ela está a vista, sem usar o olfato, Galgo inglês e o Whippet; e os cães de rastro perseguem sua caça pelo faro Foxhound. - cães de trabalho: nesta categoria se incluem diversas raças, alguns são adestrados para conduzir cegos, servir de guarda, apascentar rebanhos, puxar trenós. Labrador, Pastor alemão, Doberman, Husky siberiano. - cães de estimação: são apreciados por sua esperteza e inteligência, Terriers. cães miniatura: além de agradáveis companhias são ótimos cães de guarda, talvez por reconhecer sua própria pequenez, Pinscher, Chiuaua, Maltês. cães não esportivos: são de grande popularidade como cães de companhia, guarda ou estimação, Buldogue, Poodle, Chow-Chow. 3 4 BIOCLIMATOLOGIA Mecanismos de termorregulação Termólise Termogênese GANHO E PERDA DE CALOR A temperatura do corpo depende de um equilíbrio entre as entradas de calor do ambiente interno e externo e as saídas de calor. Fonte: Domínio público Fonte: Autor 5 Nós vamos começar falando dos mecanismos de termorregulação dos cães. Termólise: decomposição de calor Termogênese: ganho de calor A temperatura corporal depende de um equilíbrio entre as entradas de calor ambiente interno e externo assim como as saídas . 5 BIOCLIMATOLOGIA RADIAÇÃO SOLAR Fonte: Domínio público Fonte: Domínio público Fonte: Autor Utilização dos raios solares para elevar a temperatura corporal Coloração do pelo Cães de pelo longo, Tosar? 6 O sol emite raios que ao entrar em contato com o corpo, o aquecem. Seendo assim, os cães ultilizam os raios solares para a elevação da temperatura corporal em dias frios. A coloração do pelo interfere na absorção deste calor, uma vez que cores escuras absorvem temperatura e cores claras refletem grande partes destes raios. Os cães de pelo longo, como por exemplo os goldens, apresentam uma temperatura inferior na parte que tem mais pelo, o pelo grosso e em várias camadas serve como um isolante ao calor., uma vez que o calor fica retido entre as camadas e não atinge a derme. Por isso não se deve tosa-los. 6 BIOCLIMATOLOGIA CONDUÇÃO Transferência térmica de um corpo ao outro por contato direto Pelve em contato com o chão Cavar buracos para se refrescar Fonte: Autor Fonte: Domínio público 7 A condução é o mecanismo de transferência térmica de um corpo ao outro por contato direto. Em dias quentes, os cães tendem a manter a pelve em contato com o chão. A pelve é uma das áreas mais vascularizadas do corpo, assim, o sangue ‘’resfriado’’ atinge o corpo inteiro. Outra forma de transferência térmica é o ato de cavar buracos, pois em baixo da terra a temperatura costuma ser inferior. 7 BIOCLIMATOLOGIA CONVECÇÃO Forma de propagação do calor que ocorre nos líquidos e gases Fonte: Autor Fonte: Domínio público Fonte: Domínio público Focinho e patas na água, para resfriar. 8 A convecção é a forma de propagação do calor que ocorre nos líquidos e gases, Assim os cães podem se refrescar com vento ou água. Ao manter suas extremidades em imersão, os cães também conseguem resfreiar-se 8 BIOCLIMATOLOGIA EVAPORAÇÃO Trato respiratório ou superfície cutânea Glândulas sudoríparas nos coxins e focinho Exercício físico aumenta ventilação Fonte: Domínio público Fonte: Autor 9 A evaporação nos cães ocorre muito mais pelo trato respiratório do que por via cultanea. Entretanto, há glândulas sudoríparas nos coxins e focinho. O exercício físico aumenta a ventilação, consequentemente a evaporação. Já que aumenta os batimentos cardíacos. 9 BIOCLIMATOLOGIA OFEGO Troca de calor, sem ou com pouca troca gasosa ‘’ Respiração superficial’’ Braquiocefálicos Fonte: Autor Fonte: Domínio público 10 O ofego caracteriza-se por troca de calor sem ou com pouca troca gasosa. É como uma respiração superficial. Ou seja, o ar inalado chega só ate os brônquios, não atinge os alvéolos. Dessa forma inspira ar com uma temperatura inferior a do seu corpo e expira um ar mais quente. Grande parte deste ar inalado somente chega ate as fossas nasais, localizadas no crânio do animal, assim resfriando o cérebro e os vasos circulantes. Os cães braquiocefálicos, por não ter fossas nasais alongadas, acabam por ter um ofego problemático, podendo fazer uma alcalose pulmonar na tentativa de ofego. 10 BIOCLIMATOLOGIA UMIDADE DO AR Ressecamento de mucosas Fonte: Domínio público Fonte: Autor 11 Difícil de perder calor pela respiração em um dia com umidade elevada; Umidade baixa seca a mucosa do animal e dessa forma pode rachar o focinho; Umidade alta e ambiente quente deixa a evaporação lenta, aumenta a dificuldade para respirar. As mucosas dos cães devem ficar sempre úmidas. 11 BIOCLIMATOLOGIA SOMBREAMENTOFonte: Autor 12 Logo que passam a fazer as suas necessidades fisiológicas (urinar e defecar) por conta própria, os filhotes, geralmente, procuram por um local limpo, afastado do local onde se alimentam, dormem, brincam ou ficam mais, absorvente, com referência olfativa, respectiva, de micções ou fezes anteriores. 12 BIOCLIMATOLOGIA ALOJAMENTO Fonte: Domínio público Fonte: Tiago- Goldens do Gaulês 13 Logo que passam a fazer as suas necessidades fisiológicas (urinar e defecar) por conta própria, os filhotes, geralmente, procuram por um local limpo, afastado do local onde se alimentam, dormem, brincam ou ficam mais, absorvente, com referência olfativa, respectiva, de micções ou fezes anteriores. 13 ETOLOGIA INGESTÃO DE ÁGUA De 8 a 15 vezes ao dia Concha invertida Fonte: Autor Fonte: Autor 14 14 ETOLOGIA INGESTÃO DE ALIMENTOS Ingestão rápida Sofre influência da temperatura ambiente Ração ou comida caseira Distúrbio comportamental Fonte: Autor Fonte: Domínio público 15 15 ETOLOGIA Fonte: ZANETTI Renato (2016) 16 16 ETOLOGIA NECESSIDADES FISIOLÓGICAS – URINA Marcação territorial MACHOS FÊMEAS Fonte: Domínio público Fonte: Domínio público 17 Logo que passam a fazer as suas necessidades fisiológicas (urinar e defecar) por conta própria, os filhotes, geralmente, procuram por um local limpo, afastado do local onde se alimentam, dormem, brincam ou ficam mais, absorvente, com referência olfativa, respectiva, de micções ou fezes anteriores. 17 ETOLOGIA NECESSIDADES FISIOLÓGICAS – FEZES Fonte: Domínio público 2-3x ao dia Local seco Local afastado do alimento e do abrigo 18 Fonte: Domínio público Logo que passam a fazer as suas necessidades fisiológicas (urinar e defecar) por conta própria, os filhotes, geralmente, procuram por um local limpo, afastado do local onde se alimentam, dormem, brincam ou ficam mais, absorvente, com referência olfativa, respectiva, de micções ou fezes anteriores. 18 ETOLOGIA CUIDADOS CORPORAIS 19 Os cães mantém a higiene do pelo se lambendo, mordendo e até se arrastando. Fonte: Domínio público Fonte: Domínio público Logo que passam a fazer as suas necessidades fisiológicas (urinar e defecar) por conta própria, os filhotes, geralmente, procuram por um local limpo, afastado do local onde se alimentam, dormem, brincam ou ficam mais, absorvente, com referência olfativa, respectiva, de micções ou fezes anteriores. 19 ETOLOGIA SONO 20 50% de seu tempo descansado Deitar-se com a cabeça virada para um lado Período de atividade diurno Podem se mexer ou vocalizar durante um sonho Fonte: Autor Os cães podem movimentar e vocalizar durante o sono, em geral apresenta tendência a dormir durante as horas noturnas, mas podem se tornar mais ativos à noite se necessário por causa da caça de alimentos ou busca por parceiros sexuais 20 ETOLOGIA CICLO-ESTRAL Monocíclica Ovula uma a duas vezes ao ano Pró-estro Estro Diestro Anestro Receptividade sexual, atrai machos pelo olfato Fonte: Domínio público 21 Cada fase apresenta padrões típicos comportamentais, físicos e hormonais. O intervalo interestro normalmente é entre 4 a 13 meses, sendo em média de 7 meses. A fase de anestro é marcada por involução uterina e reparo do endométrio. A fêmea não é receptiva e não atrai macho. Não apresenta descarga vulvar e a vulva está pequena. O termino natural do anestro é marcado pela liberação de gonadotrofinas hipofisárias –Hormônio folículoestimulante(FSH) e Hormônio Luteinizante(LH), induzido pelo hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) do Hipotálamo. A liberação de FSH no ANESTRO são moderadamente elevadas e de LH são discretamente elevadas. Ao final do anestro a concentração de FSH aumenta estimulando a foliculogênese característica do Proestro. A concentração de Estrogênio é basal e a progesterona se encontra numa concentração extremamente baixa. O Anestro normalmente dura de 1 a 6 meses. PROESTRO Durante o proestro a cadela se torna atraente para o macho porém ainda não está receptiva ao acasalamento. Uma secreção serosanguinolenta a sanguinolenta a hemorrágica de origem uterina está presente e a vulva fica bastante aumentada. O FSH e o LH estão baixos na maior parte do proestro, subindo no pico pré ovulatório. O estrogênio aumenta fazendo um pico no final do proestro. A progesterona continua basal subindo no momento do pico do LH. O proestro dura em torno de 3dias a três semanas, com média de 9dias. A fase folicular do ciclo ovariano coincide com o proestro e o início do estro. ESTRO Durante o estro a cadela normalmente se mostra comportamento receptivo ou passivo permitindo a cobertura. Esse comportamento está ligado a queda do estrogênio e aumento da progesterona. A descarga serosanguinolenta ou hemorrágica pode diminuir em graus variáveis. O edema de vulva chega ao seu grau máximo. As concentrações diminuem muito depois do pico do LH enquanto a concentração de progesterona aumenta consistentemente no momento da ovulação marcando o início da fase lutea do ciclo ovariano. O estro dura em torno de 3dias a três semanas, com média de 9dias. O comportamento do estro pode vir imediatamente antes ou após o pico do LH. Sua duração é variável e pode não coincidir exatamente com o período fértil. A ovulação de oocitos primários em média 2 dias após o pico de LH. A maturação oocitária ocorre de 2 a 3 dias depois. A vida útil de oocitos secundários é de 2 a 3 dias. DIESTRO Durante o diestro a cadela torna-se refratária a cobertura com diminuição da atração dos machos. A descarga vulvar diminui e o edema vulvar desaparece gradativamente. A concentração de estrogênio é baixa e a progesterona Aumenta gradativamente até atingir um pico antes de cair progressivamente até o final do diestro. A secreção de progesterona depende da secreção hipofisária do LH e da Prolactina. A proliferação do endométrio e a quiescência do miométrio ocorrem sob influência de níveis elevados de progesterona. O Diestro normalmente dura em média de 2 a 3 meses na ausência degestação. O parto determina o final da gestação de 64 a 66 dias após o pico do LH. As concentrações de prolactina aumentam de maneira recíproca a queda da progesterona ao final do diestro ou da gestação, alcançando valores mais altos no caso da gestação. 21 ETOLOGIA REPRODUÇÃO Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Domínio público Antes da cópula, há brincadeiras Fêmea pode montar no macho, para incentivar a cópula Reconhecimento do cio por parte do macho 22 O machosempre tentará montar a fêmea, porém ela não permitirá o acasalamento até que atinja o estro Quando o macho monta na fêmea, ela desloca sua cauda para o lado elevando a vulva para facilitar a penetração. Durante a penetração o macho agarrará a fêmea firmemente à frente da sua pelve, enquanto força a sua própria pelve contra a pelve da fêmea e sua porção lombar fica quase vertical Entretanto, a cópula é prolongada por um “bloqueio genital”, que dura de 10 a 30 minutos, durante o qual o pênis não pode ser retirado Na presença do macho, a cadela dirige a região posterior em sua direção, abaixa o dorso e eleva a região pélvica, exibe a região perineal e ondula a cauda para um dos lados. A vulva ainda se encontra edemaciada, mas o corrimento vaginal 22 ETOLOGIA REPRODUÇÃO Fonte: Domínio público Fonte: Domínio público Fêmea desloca a cauda para o lado Eleva a vulva Bloqueio genital 23 O machosempre tentará montar a fêmea, porém ela não permitirá o acasalamento até que atinja o estro Quando o macho monta na fêmea, ela desloca sua cauda para o lado elevando a vulva para facilitar a penetração. Durante a penetração o macho agarrará a fêmea firmemente à frente da sua pelve, enquanto força a sua própria pelve contra a pelve da fêmea e sua porção lombar fica quase vertical Entretanto, a cópula é prolongada por um “bloqueio genital”, que dura de 10 a 30 minutos, duranteo qual o pênis não pode ser retirado 23 ETOLOGIA PRENHEZ Diminuição do apetite Diminuição da atividade Aumento da temperatura corporal Fonte: Autor Fonte: Domínio público 24 24 ETOLOGIA PRÉ-PARTO, PARTO E PÓS-PARTO Fonte: Domínio público Ninho Diminui a temperatura corporal Comportamento territorialista Estimula micção e evacuação dos filhotes Come resíduos de placenta 25 Fonte: Domínio público 25 ETOLOGIA AMAMENTAÇÃO Fonte: Domínio público 26 Movimento de pedalada De 40-70 dias Fonte: Domínio público Colostro 26 ETOLOGIA CÃO NEONATO 27 Até 12 dias de vida Fonte: Domínio público Fonte: Domínio público Totalmente dependentes 27 ETOLOGIA PERÍODO DE TRANSIÇÃO 28 De 13-20 dias Abertura dos olhos Audição Fonte: Domínio público Fonte: Domínio público Nesta fase o filhote passa por diversas mudanças físicas. Os olhinhos abrem, ele começa a “engatinhar”, ele já pode ouvir, e, por volta do 20o dia já aparece o primeiro dentinho. 28 ETOLOGIA PERÍODO DE RECONHECIMENTO 29 De 21-28 dias Reconhecimento de objetos Desenvolve os movimentos Audição e visão são aprimoradas Fonte: Domínio público Só agora ele começa a usar os seus sentidos de audição e visão. Ele pode reconhecer movimentos, e objetos. Ele precisa muito de sua mãe e irmãozinhos para se sentir seguro e, porque estas percepções sensoriais ocorrem de forma excepcionalmente abrupta, é muito importante que o ambiente em que ele vive seja calmo e estável. 29 ETOLOGIA PERÍODO DE SOCIALIZAÇÃO CANINA E COM HUMANOS 30 De 4 a 21 semanas Noções de higiene e alimentação Respeito a hierarquia Imprinting canino Fonte: Domínio público É quando o filhotinho aprende os comportamentos específicos que fazem dele um cachorro. Por isso é tão importante não tirar o filhote da ninhada antes de 7 semanas de vida. É durante este período que ele aprende noções de higiene, respeito à hierarquia, e a ser disciplinado. Com os irmãozinhos ele aprende o jogo “dominante x dominado” Este é o melhor período para o filhote se juntar à sua nova família. Esta também é a melhor época para introduzi-lo às coisas que farão parte da sua vida. Por exemplo, automóveis, outros animais, crianças, idosos, sons, etc. Tudo aprendido nesta fase é permanente. É a fase do imprinting canino. 30 ETOLOGIA MATURIDADE 31 Entre 1 e 3 anos de idade MATURIDADE SEXUAL FÊMEAS MACHOS Primeiro cio entre 8-14 meses Entre 12-24 meses Estará apta a reprodução a partir do 3º cio Fonte: Domínio público Etapa final e manutenção do adestramento Neotenia comportamento infantil na vida adulta, denominada neotenia A neotenia promoveu o comportamento lúdico e favoreceu a capacidade de aprendizagem dos cães, o que possibilitou sua proximidade e permanência junto dos seres humanos. Este comportamento fez com que o cão ficasse dependente do homem para receber cuidados, como a alimentação. 31 ETOLOGIA COMPORTAMENTO NATURAL COMPORTAMENTO NÃO NATURAL CORRER CAÇAR LATIR BUSCAR CAVAR ROER BRINCAR NADAR ESCONDER CHEIRAR MIGRAR REFUGIAR COMER EM TIGELA FICAR SOZINHO RECEBER COLO ABRAÇAR VOCALIZAE EM EXCESSO USAR ROUPA AUTO MUTILAR* Fonte: ZANETTI Renato (2016) 32 Para um animal estar em um nível aceitável de bem estar, este deve estar livres para expressar os comportamentos normais da espécie (YOUNG, 2003) e para isto, conceitos como: necessidades, liberdades, felicidade, adaptação, controle, capacidade de previsão, sentimentos, sofrimento, dor, ansiedade, medo, tédio, estresse e saúde (BROOM, MOLENTO, 2004) devem ser observados. 32 ETOLOGIA 33 Fonte: Autor Fonte: Domínio publico Fonte: Domínio publico Para um animal estar em um nível aceitável de bem estar, este deve estar livres para expressar os comportamentos normais da espécie (YOUNG, 2003) e para isto, conceitos como: necessidades, liberdades, felicidade, adaptação, controle, capacidade de previsão, sentimentos, sofrimento, dor, ansiedade, medo, tédio, estresse e saúde (BROOM, MOLENTO, 2004) devem ser observados. 33 ETOLOGIA COMPORTAMENTO ESTEREOTIPADO Comportamentos repetitivos que são executados sempre na mesma sequência e que não têm nenhuma função ou fim aparente. -Aristides Volpato Cordioli 34 Correr atrás do rabo Lambeduras em excesso Mordeduras Comportamento destruitivo Fonte: Domínio público ESTRESSE OU ANSIEDADE . 34 ETOLOGIA COMPORTAMENTO INATO E APRENDIDO INATO: animal nasce com ele. APRENDIDO: através de experiências. Fonte: Domínio público Fonte: Domínio público 35 . 35 ETOLOGIA COMPORTAMENTO INATO 36 Fonte:Autor HERDÁVEL Reflexos Acasalamento Ninho Coçar-se COMPORTAMENTO APRENDIDO Animal ensina o outro a realizar determinadas ações, como resultado de uma influência ou experiência anterior (tentativa e erro). RÜDIGER Aline, 2016 Fonte:Autor Tipos de comportamentos: Comportamento inato: é o comportamento herdável, ou seja, o animal já nasce com determinada característica de comportamento. Ex.: reflexos, acasalamento, ninho, coçar-se. Comportamento aprendido: é o comportamento pelo qual um animal ensina o outro a realizar determinadas ações, como resultado de uma influência ou experiência anterior (tentativa de erro). Os comportamentos aprendidos estão 54 relacionados com o desenvolvimento individual e evolução cultural (geração a geração), sendo eficiente para estímulos de sobrevivência e reprodução. Comportamento alelomimético: este comportamento se refere às situações de quando dois animais estão tendo o mesmo comportamento, ao mesmo tempo, com certo grau de estímulo recíproco. Ex.: comportamento sexual. 36 ETOLOGIA HIERARQUIA Organização social Dominação e submissão Instinto Convívio Fonte: Domínio público Fonte: Domínio público 37 .Amarello: lideres, tem boa hierarquia e capacidade de liderar a alcateia O ultimo é o mais velho vermelho: animais fortes 37 ETOLOGIA LINGUAGEM CORPORAL 38 Fonte: Dog Language de Roger Abrantes Fonte: The Dog’s Mind de Bruce Fogle Choramingo ou ganidos = Submissão, defesa, saudação ou busca por atenção Choramingo ou ganidos: Submissão, defesa, saudação, dor, busca de atenção 38 ETOLOGIA POSTURAS OU SINAIS DE DOMINÂNCIA 39 Fonte: The Dog’s Mind de Bruce Fogle Posturas ou sinais de dominância Filhotes Perseguir os filhotes na ninhada. Ficar de pé sobre o companheiro de ninhada. Andar em círculos ao redor do companheiro de ninhada. Ataque: pescoço e face Cães com mais de 5 meses Pilo-ereção Mostrar os dentes Encarar de frente Empurrar com ombro ou coxa Apoiar as patas de frente no dorso do companheiro, ou no colo do proprietário Orelhas eretas ou completamente achatadas Urinar sobre um outro cão ou pessoa 39 ETOLOGIA COMPORTAMENTO SOCIAL 40 Matilha Estabilidade natural – coesão do grupo (sobrevivência) Fonte : Autor Fonte: Domínio público 40 ETOLOGIA PREDAÇÃO Fonte: Domínio público. (Cão selvagem ) 41 40% do tempo em busca do alimento Comportamento de caça dos lobos (busca individual e em grupo) Período de caça Se defendem com a boca Predadores eficientes de fauna nativa. Cães criados em propriedades, quando soltos podem causar impacto. Cães podem caçar por diversão. Preferência por mamíferos de médio porte. 41 ETOLOGIA MEDO E AGRESSIVIDADE 42 Ansiedade, solidão e tristeza Insegurança ou trauma Fonte: Autor Consequência do medo Defender território Além da dor física, os animais possuem distresse, ou seja, sensações compostas por emoções como medo, ansiedade, solidão e tristeza (ROLLIN, 1995). O ambiente tem poder de influência sobre o comportamento dos cães, assim como a forma que o proprietário educa o cão influência em seu temperamento e comportamento, frente às diversas situaçõesbem como reações de medo, agressividade e curiosidade. O medo está relacionado à insegurança associado ao trauma. Os cães nascem mais dominantes ou com maior submissão. Se estivessem na natureza esses cães seriam encorajados a seguir em frente pela matilha e vencer seus medos. Já cães criados por humanos têm seus medos reforçados de forma inconsciente (LEITE, 2013). A agressividade dirigida a outros animais é um comportamento predatório do cão, sendo difícil eliminar este comportamento instintivo. Só existe agressividade quando surgem conflitos na hierarquia adotada, segundo o ponto de vista do cachorro, não gostará de seguir ordens de pessoas que estão abaixo dele. (MEDEIROS, 2007) 42 ETOLOGIA RELAÇÃO HUMANO-CÃO 43 Na maioria das vezes aceita o dono como ‘’chefe da matilha’’ Cães que apresentam hábitos humanos Desenvolve personalidade semelhante a de seu tutor Fonte: Autor Fonte: Domínio publico O comportamento do cão é resultado de sua educação que por sua vez é puro reflexo do seu dono. Em suma, o comportamento do cão é resultado da educação e aprendizagem que seu dono lhe proporciona, podendo ser positivo ou negativo. 43 ETOLOGIA FUNÇÃO ZOOTÉCNICA 44 SERVIÇO E UTILIDADE PÚBLICA Mercado pet, 5,14% faturamento anual Polícia civil, Corpo de bombeiros Defesa do lar, cão de guarda Cobaia, testes laboratoriais Cobaia, Cadela Laika FARO E CORAGEM FUNÇÃO HUMANITÁRIA CAPITAL VIVO Exposições de raças e corridas FUNÇÃO AFETIVA Faro e coragem do cão: aqui são exploradas duas qualidades do cão: o olfato (faro - elevado ao grau de maior perfeição entre as espécies domésticas) e a sua coragem (notável qualidade seja para caça, par auxiliar ambulâncias de guerra, a polícia civil, defesa do próprio homem ou sua propriedade). ok Função humanitária: é o serviço que a cobaia e outros animais prestam ao homem, como animais de laboratório A cobaia foi domesticada pelos Incas como animal de açougue. Essa função zootécnica está passando por rigoroso crivo, de associações de proteção dos animais e da sociedade civil de maneira geral, em consideração aos abusos cometidos com animais de laboratório, em experimentações com muitos tipos de produtos e agentes, para posterior uso em humanos. Parece não estar longe o dia em que experimentos laboratoriais, com animais, serão considerados práticas condenáveis e legalmente inadmissíveis. Ok Além disso, ela destaca que atualmente há uma mudança demográfica no País que favorece o crescimento do setor, já que existem casais com menos filhos e um aumento considerável na longevidade dos idosos. “Com tantos animais de estimação nas casas, o segmento demonstra que poderá se desenvolver no longo prazo”, estima. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET), pet food (alimentos para animais) representa 67,3% do faturamento do setor. Em seguida, estão os segmentos de serviços, como banho e tosa, com 16,8%; pet care (equipamentos, acessórios e produtos de beleza) no terceiro lugar, com 8,1% e pet vet (produtos veterinários) em quarto lugar, com 7,8%. “A variedade de produtos com diferentes faixas de preços viabiliza e facilita a compra. Grandes redes também parcelam o pagamento no cartão, o que permite a compra de maior quantidade de itens”, explica Fernanda. No Brasil, há mais de 132,4 milhões de animais de estimação, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Calcula-se que os lares brasileiros possuam mais de 52 milhões de cães, mais de 37 milhões de aves, 22 milhões de felinos e 18 milhões de peixes. Entre os animais de estimação exóticos e menos populares estão répteis, anfíbios e invertebrados. No mercado mundial, o Brasil está em terceiro lugar em faturamento, com uma fatia de 5,14% de um total de US$ 105,3 bilhões de faturamento em 2016. De acordo com a Euromonitor International, o País está atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido. Capital vivo: essa função diz respeito ao animal que, como capital, cresce de valor com a idade e, nisto reside uma das grandes, principal. Uma novilha com 24 meses de idade já pode dar cria e, no entanto, ainda continuará crescendo, isto é, ainda está aumentando de valor, apesar de já estar sendo explorada como máquina viva transformadora e valorizadoradiferenças entre a máquina viva e a máquina bruta. Enquanto esta só pode funcionar a partir do dia em que estiver pronta e acabada, a máquina viva (animal) pode produzir e trabalhar sem ter alcançado ainda o termo do seu desenvolvimento. Assim, o animal, ao mesmo tempo em que vai sendo explorado em uma função produtiva qualquer, própria à sua espécie e raça, vai aumentando de valor. Neste caso, está “criando” capital, enquanto dá renda com a exploração de sua função econômica de forragens. A função de capital vivo não é incompatível com a exploração de outras funções. 44 ETOLOGIA APTIDÃO ZOOTÉCNICA 45 Nasce com o animal Lactação nos mamíferos Farejar alimento Caçar Uivar Fonte: Domínio publico A aptidão zootécnica nasce com o animal. Ele não a adquire por efeito de influências exteriores, do ambiente. Sem estas, no entanto, a aptidão não pode se revelar. Aptidão zootécnica: disposição natural que o animal apresenta para esta ou aquela função; função em estado potencial; capacidade de ser hereditariamente transmissível e nasce com o animal, não é adquirida por efeito ou influência exterior, sem estas, todavia, a aptidão não poderá se revelar; Adaptação: ajustamento de um organismo às condições do meio ambiente; ajustamento da máquina viva ao ambiente; 45 ETOLOGIA CAES DE TERAPIA 46 Fonte:Pet terapia UNISUL Benefícios para o ‘’terapeuta’’ e para o paciente Por meio de carícias e brincadeiras com os peludos que estimulam o movimento 46 ETOLOGIA CAES DE TRABALHO 47 Fonte: Sgto. Antonio Rodrigues Fonte: Domínio publico Fonte: Domínio publico Fonte: Domínio publico 47 CONCLUSÃO 48 COMPORTAMENTO OBEDECE A UM PADRÃO INATO VARIAÇÃO COMPORTAMENTAL RAÇA APTIDÃO FUNÇÃO BIOCLIMATOLOGIA MANEJO HOMEM EXCESSO MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS NEGATIVAS FÍSICAS PSICOLÓGICAS FISIOLÓGICAS EFEITO BENÉFICO Por meio deste trabalho concluiu-se que o cão possui um comportamento que obedece a um padrão nato, embora haja variação comportamental dependendo do tipo de raça, aptidão e função em que ele será submetido, além dos fatores da bioclimatologia. Já sua relação com o homem varia de acordo com a necessidade humana e a funcionalidade do cão, o apego, muitas vezes excessivo está causando mudanças drásticas no comportamento humano e dos cães que passam a apresentar alterações físicas, psicológicas e fisiológicas. Por fim, fica a questão, qual a verdadeira posição dos cães na relação com humanos? Talvez essa pergunta não tenha uma resposta específica, pois o cão foi e sempre será o melhor amigo do homem, independente da função em que seja atribuído. 48 CONCLUSÃO 49 Por fim, fica a questão, qual a verdadeira função dos cães na relação com humanos? O cão foi, e sempre será o melhor amigo do homem, independente da função em que seja atribuído. Por meio deste trabalho concluiu-se que o cão possui um comportamento que obedece a um padrão nato, embora haja variação comportamental dependendo do tipo de raça, aptidão e função em que ele será submetido, além dos fatores da bioclimatologia. Já sua relação com o homem varia de acordo com a necessidade humana e a funcionalidade do cão, o apego, muitas vezes excessivo está causando mudanças drásticas no comportamento humano e dos cães que passam a apresentar alterações físicas, psicológicas e fisiológicas. Por fim, fica a questão, qual a verdadeira posição dos cães na relação com humanos? Talvez essa pergunta não tenha uma resposta específica, pois o cão foi e sempre será o melhor amigo do homem, independente da função em que seja atribuído. 49 REFERÊNCIAS 50 1. AAFCO - Association of American Feed Control Officials.Dog and cat food substantiation methods – Official Publication. Ottawa, p. 444, 2003. 2. AL BASSAM, M.A.; THOMSON, R.G.; O’DONNELL, L. Normal postpartum involution of the uterus in the dog. Canadian Journal of Comparative Medicine, Ottawa, v. 45, n. 3, p. 217-232, 1981. 3. ALLEMAND, V.C.D.; QUINZANI, M.; BERL, C.A. Síndrome respiratória dos cães braquicefálicos: relato de caso. Revista de educação continuada em medicina veterinária e zootecnia do CRMV-SP, São Paulo: Conselho regional de Medicina Veterinária, v.11, n.2, p.42- 47, 2013. 4. ALLEN, W. E.. Fertilidade e obstetrícia no cão. Roca Varela, São Paulo, 1995. 5. AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das populações: genética, evolução biológica, ecologia. 2. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2005. 6. ANDERSON, M. Fisiologia Animal. 2ed, 2016. 7. BARBOSA, O.R. et al. Efeitos da sombra e da aspersão da água na produção de leite de vacas holandesas durante o verão. Acta Scientiarum. Animal Sciences. Maringa, v. 26 , n.1, p.115-122, 2004. 8. BEAVER, B.V. Comportamento Canino: Um guia para veterinário, SÃO PAULO: ROCA, 2001. 9. BERNASCONI, M. Estrutura e gestão dos canais de distribuição na indústria de alimentos para cães e gatos (petfood). Mestrado em Engenharia. São Carlos-SP: UFSC, 2007 10. BERTOLI, C. D. Introdução a Zootecnia. IFSC . Camboriu, 2008. 11. BOUCHARD G, et al. Seasonality and variability of the interestrous interval in the bitch. Theriogenology, v.36, p.41-50, 1991. 12. BROOM, D.M.; MOLENTO, C.F.M. Bem-estar Animal: conceito e questões relacionadas – revisão (Animal welfare: concept and related issues – Review) Archives of Veterinary Science v. 9, n. 2, p. 1-11, 2004. Por meio deste trabalho concluiu-se que o cão possui um comportamento que obedece a um padrão nato, embora haja variação comportamental dependendo do tipo de raça, aptidão e função em que ele será submetido, além dos fatores da bioclimatologia. Já sua relação com o homem varia de acordo com a necessidade humana e a funcionalidade do cão, o apego, muitas vezes excessivo está causando mudanças drásticas no comportamento humano e dos cães que passam a apresentar alterações físicas, psicológicas e fisiológicas. Por fim, fica a questão, qual a verdadeira posição dos cães na relação com humanos? Talvez essa pergunta não tenha uma resposta específica, pois o cão foi e sempre será o melhor amigo do homem, independente da função em que seja atribuído. 50 REFERÊNCIAS 51 13. BROOM, D. M.; FRASER, A. F. Comportamento e bem-estar de animais domésticos. 4.ed. Barueri: Manole, 421p, 2010. 14. CHRISTIANSEN, I.J. Reprodução no cão e gato. São Paulo: Manole, p.362 ,1988. 15. CONCANNON PW, McCann, JP, Temple M. Biology and endocrinology of ovulation, pregnacy and parturiation in the dog. J Reprod Fertil Suppl, n.39, p.3-25, 1989. 16. CORREA, W. M. & CORREA, C. N. M. A Saúde do Cão. Botucatu: J. M. Varela Editores Ltda., 1982. 17. CREEL, S. Social dominanceand estresse hormones.TRENDS in Ecology&Evolution, v. 16, n. 9, 2001. 18. DEL-PORTO, J.A. Epidemiologia e aspectos transculturais do transtorno obsessivo compulsivo.Bras Psiquiatra, v.23, n.2, p.3-5, 2001. 19. DOMINGOS, T.C. S.; ROCHA, A.A.; CUNHA, I. C. N. Cuidados básicos com a gestante e o neonato canino e felino: revisão de literatura. J. Bras. Cienc. Anim. v. 1, n.2 , p. 94- 120, 2008. 20. ETTINGER, S.J. Tratado de medicina interna veterinária. 3.ed. São Paulo: Manole, v. 4. p.1857-1869, 1992. 21. FEITOSA, M. M.; CIARLINI, L.D.R.P. Exame neurológico de cães neonatos. Cães e Gatos, v. 15, n. 89, p. 20-26, 2000. 22. FELDMAN, EC.N. RW. Canine and feline endocrinology and reproduction. 3.ed. Philadelphia: W.B.Saunders, p.1089, 1983. 23. FILIPE, M. C. A interação entre o cão e o gato.Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina Veterinária)_Instituto em Ciências Biomédicas Abel Salazar: Universidade do Porto, Portugal, 2009. 24. GART, S. et al. Dogs lap using acceleration-driven open pumping. PNAS, December 29, 2015. 25. GRANDIN, T.; JOHNSON, C. O. Bem-estar dos animais: Proposta de uma vida melhor para todos os bichos. Rio de Janeiro: Rocco, 2010. 26. GRUNDY, S.A. Clinically relevant physiology of the neonate. Vet. Clin. Small Anim., v. 36, n. 3, p. 443-459, 2006 Por meio deste trabalho concluiu-se que o cão possui um comportamento que obedece a um padrão nato, embora haja variação comportamental dependendo do tipo de raça, aptidão e função em que ele será submetido, além dos fatores da bioclimatologia. Já sua relação com o homem varia de acordo com a necessidade humana e a funcionalidade do cão, o apego, muitas vezes excessivo está causando mudanças drásticas no comportamento humano e dos cães que passam a apresentar alterações físicas, psicológicas e fisiológicas. Por fim, fica a questão, qual a verdadeira posição dos cães na relação com humanos? Talvez essa pergunta não tenha uma resposta específica, pois o cão foi e sempre será o melhor amigo do homem, independente da função em que seja atribuído. 51 BIOCLIMATOLOGIA E ETOLOGIA CANINA Alessandra Cruz¹ Julia Elisa Pereira de Almeida¹Matheus Antunes ¹ Joares May² ¹Acadêmicos de Medicina Veterinária da UNISUL, campus Tubarão ² Professor e Mestre em Epidemiologia Veterinária 52
Compartilhar