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TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO II Curso de Administração Prof. Msc. Alcielis de Paula Neto. 1 “Dos desdobramentos da abordagem humanística às novas abordagens contemporâneas da Administração – a evolução do conhecimento administrativo” UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA – UFJF DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO – CAMPUS GV CURSO DE ADMINISTRAÇÃO BIBLIOGRAFIA BÁSICA CONSULTADA CHIAVENATO, I. Introdução á teoria geral da administração. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana á revolução digital. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002. MEGGINSON, L. C.; MOSLEY, C. D.; PIETRI JR., P. H. Administração: conceitos e aplicações. 4ª. ed. São Paulo: HARBRA, 1998. MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. Teoria geral da administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. ROBBINS, S. P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2002. SCHERMERHORN JR., J. R. Administração: 5ª. Edição. São Paulo: LTC, 2002. STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E. Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 2 Princípios norteadores da disciplina 3 “Competências essenciais requeridas na formação do Administrador” 4 Princípios norteadores da disciplina “Na faculdade, nós aprendemos a aprender” Princípios norteadores da disciplina “Na prática, o que conta é uma boa teoria” 5 Princípios norteadores da disciplina 6 “Caráter reflexivo das Ciências Humanas e Sociais” Contextualização Sociedade Moderna Instituições Recursos Humanos (Pessoas) Recursos não-humanos ORGANIZAÇÕES 7 A evolução do Pensamento Administrativo 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Abordagens Clássicas Abordagens Contemporâneas Admi- nistra- ção Siste- mática Administra- ção Científica Burocracia Gestão Adminis -trativa Relações Humanas Adminis- tração quantita- tiva Compor- tamento Organi- zacional Teoria dos Sistemas Teoria da Contin- gência Gestão da Qualidade Total Organi- zação Inteli- gente Reenge- nharia 8 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO EM PERSPECTIVA 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Teoria da Administração Científica Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas Teoria da Burocracia Teoria Neoclássica Teoria Estruturalista Teoria Matemática Teoria do Comportamento Teoria Geral de Sistemas Teoria da Contingência 9 O que se deve compreender sobre as Teorias Administrativas? Elementos básicos de análise: Contexto histórico Principais autores Ênfase e pontos-chaves Vantagens e desvantagens Concepção de homem Tipo de abordagem/enfoque Tipo de organização As variáveis básicas da TGA Competitividade Tecnologia Pessoas Tarefas Estrutura Ambiente Organização Chiavenato (2003), p. 14 Tipos de Abordagem/Enfoque ABORDAGEM CARACTERÍSTICAS Descritiva e Explicativa É o enfoque que se preocupa em descrever e explicar os fenômenos organizacionais, sem a preocupação de estabelecer regras ou princípios gerais de aplicação. Prescritiva e Normativa É o enfoque que se preocupa em estabelecer regras ou princípios gerais de aplicação como receituários para o administrador. Conhecimentos descritivos: Propõem explicações ou interpretações da realidade. Conhecimentos prescritivos: Propõem recomendações, soluções para problemas, decisões que devem ser tomadas em certas situações ou formas de interferir na realidade. Maximiano (2004) p. 506. Tipos de Abordagem/Enfoque As Escolas de Administração e os Diversos Focos de Análise Teoria dos Sistemas Abertos Escola Sociotécnica Teoria da Contingência Escola Clássica Estruturalismo Racionalidade Limitada Relações Humanas Teorias sobre Motivação e Liderança Fonte: Motta (2002). 14 Os Enfoques Teóricos Pós-contingenciais e os diversos focos de Análise Custos de Transação Escola Populacional Teoria da Dependência de Recursos Organizações em Rede Cultura Aprendizagem Organizacional Poder Psicanálise e Organizações 15 ÊNFASE TEORIAS ADMINISTRATIVAS PRINCIPAIS ENFOQUES Nas Tarefas Administração Científica Racionalização do trabalho no nível operacional. Na Estrutura Teoria Clássica Teoria Neoclássica Organização formal; Princípios gerais da Administração; Funções do Administrador. Teoria da Burocracia Organização formal burocrática. Racionalidade organizacional. Teoria Estruturalista Múltipla abordagem: Organização formal e informal; análise intra-organizacional e análise interorganizacional Nas Pessoas Teoria das Relações Humanas Organização formal; motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo. Teoria do Comporta- mento Organizacional Estilos de Administração. Teoria das decisões. Inte- gração dos objetivos organizacionais e individuais. Teoria do Desenvolvi- mento Organizacional Mudança organizacional planejada. Abordagem de sistema aberto. No Ambiente Teoria Estruturalista Análise intra-organizacional e análise ambiental. Abordagem de sistema aberto. Teoria da Contingência Análise ambiental (imperativo ambiental). Abordagem de sistema aberto Na Tecnologia Teoria da Contingência Administração da tecnologia (imperativo tecnológico). 16 Organização formal versus Organização Informal TIPO DE ORGANIZAÇÃO CARACTERÍSTICA Organização Formal (racional) É constituída pela estrutura organizacional de órgãos, cargos, relações funcionais, níveis hierárquicos etc. É conduzida pelas práticas estabelecidas pela empresa, pelas especificações e padrões para atingir objetivos e que podem ser modificados pela empresa. Tem um caráter socialmente lógico. Organização Informal (natural) Diz respeito ao conjunto de interações e relacionamentos que se estabelecem entre as pessoas. Admite processos espontâneos de evolução social que se exercem no seio de toda atividade humana organizada, sem qualquer objetivo determinado, consciente ou preciso. Concretiza-se nos usos e costumes, nas tradições, nos ideais e nas normas sociais. Ela se traduz por meio de atitudes e disposições baseadas na opinião, no sentimento e na necessidade de “associar-se” e não se modifica rapidamente e me procede da lógica. Abordagens Clássicas Administração Sistemática Administração Científica (Taylorismo) Teoria Clássica (Processo Administrativo) Fordismo Abordagem Humanística (Teoria de Relações Humanas) A Experiência de Hawthorne Recaptulação – TGA I Apreciação Crítica da Teoria das Relações Humanas 1. Oposição cerrada à Teoria Clássica. 2. Inadequada visualização dos problemas de relações industriais. 3. Concepção ingênua e romântica do operário. 4. Limitação do campo experimental. 5. Parcialidade das conclusões 6. Ênfase nos grupos informais. 7. Enfoque manipulativo das Relações Humanas 8. Outras críticas Teorias sobre Motivação e Liderança: da Administração de Recursos Humanos à Gestão de Pessoas 1. Introdução Após os experimentos de Hawthorne novaspesquisas sinalizando certa incompatibilidade entre as variáveis “satisfação das necessidades psicossociais dos empregados” e “aumento da produtividade”. Questionamentos sobre a gerência participativa dependência de fatores mais complexos que a simples melhoria do clima social para o da produtividade. Surgimento de novos estudos sobre a motivação que dão maior ênfase ás necessidades humanas no trabalho, principalmente á necessidade da auto-realização. Concepção do ser humano que vai além das análises realizadas pela Escola das Relações Humanas. A) Influência da Motivação Humana Com a Teoria das Relações Humanas passou-se a estudar a influência da motivação no comportamento das pessoas. Necessidades múltiplas do ser humano, não só a necessidade de associação e filiação a grupos informais. A motivação procura explicar por que as pessoas se comportam de determinada maneira comportamento do homem. Fatores importantes de análise: a teoria de campo de Lewin; as necessidades humanas básicas, o ciclo motivacional; os aspectos da frustração e compensação; e a moral e o clima organizacional. Kurt Lewin importância do papel da motivação no comportamento social Elaborou a teoria de campo: O comportamento humano não depende somente do passado, ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é “o espaço de vida que contém a pessoa e o seu ambiente psicológico”. Lewin propõe a seguinte equação para explicar o comportamento humano: C = f(P,M) Onde, o comportamento (C) é função ou resultado da interação entre a pessoa (P) e o meio ambiente (M) que a rodeia. 1. Teoria de Campo de Lewin 2. Necessidades Humanas Básicas As necessidades motivam o comportamento humano dando- lhe direção e conteúdo. Três níveis ou estágios de motivação: a) Necessidades fisiológicas São necessidades primárias, vitais, relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. São inatas e instintivas. Exigem satisfação periódica e cíclica. Ex.: necessidades de alimentação, sono, atividade física, satisfação sexual, abrigo e proteção contra elementos e de segurança física contra perigos. b) Necessidades psicológicas São necessidades secundárias e exclusivas do homem. São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e são raramente satisfeitas em sua plenitude. Ex.: necessidades de: segurança mínima, de participação, de autoconfiança e de afeição. c) Necessidades de auto-realização São as necessidades mais elevadas e decorrem da educação e da cultura da pessoa. Também são raramente satisfeitas em sua plenitude. É o impulso de realizar o próprio potencial, de estar em contínuo autodesenvolvimento no sentido mais elevado do termo. 3. Ciclo Motivacional A motivação é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento visando à satisfação de uma ou mais necessidades. Etapas do Ciclo Motivacional, resultando em satisfação da necessidade: Equilíbrio Estímulo ou incentivo Necessidade Tensão Comportamento ou ação Satisfação 4. Frustração e Compensação A satisfação das necessidades nem sempre é plenamente alcançada. Pode existir uma barreira ou obstáculo que impeça a satisfação da necessidade. Toda vez que a satisfação é bloqueada por uma barreira, ocorre a frustração. A frustração impede que a tensão existente seja liberada e mantém o estado de desequilíbrio e tensão. Além da satisfação ou da frustração da necessidade, o ciclo motivacional pode ter outra solução: a compensação ou transferência. A compensação ocorre quando o indivíduo tenta satisfazer uma necessidade complementar ou substitutiva. Assim, a satisfação de outra necessidade aplaca a necessidade mais importante e reduz ou evita a frustração. 4.1 Conseqüências da frustração Toda necessidade não satisfeita é motivadora de comportamento. Quando, porém, uma necessidade não é satisfeita dentro de algum tempo razoável, ela passa a ser um motivo frustrado. A frustração pode levar a certas reações comportamentais, a saber: a) Desorganização do comportamento. b) Agressividade. c) Reações emocionais. d) Alienação e apatia. 5. Moral e Clima Organizacional O moral é um conceito abstrato, intangível, porém perfeitamente perceptível. O moral é uma decorrência do estado motivacional provocado pela satisfação ou não satisfação das necessidades individuais das pessoas. Na medida em que as necessidades das pessoas são satisfeitas pela organização ocorre elevação do moral. Na medida em que as necessidades das pessoas são frustradas pela organização, ocorre o abaixamento do moral: Moral as necessidades individuais encontram meios e condições de satisfação. Moral as necessidades individuais encontram barreiras internas ou externas que impedem a sua satisfação e provocam frustração. O moral é responsável pelas atitudes das pessoas. Atitude é uma postura ou julgamento quanto a objetos, pessoas ou situações que predispõem as pessoas a determinado tipo de comportamento. 7 Moral baixo Moral Elevado Fanatismo Euforia Atitudes positivas Satisfação Otimismo Cooperação Coesão Colaboração Aceitação dos objetivos Boa vontade Identificação Atitudes negativas Insatisfação Pessimismo Oposição Negação Rejeição dos objetivos Má vontade Resistência Dispersão Disforia Agressão Os níveis do Moral e as atitudes resultantes Comunicação Comunicação é a troca de informações entre os indivíduos. Significa tornar comum uma mensagem ou informação. As experiências sobre liderança permitem concentrar a atenção nas oportunidades de ouvir e aprender em reuniões de grupo e avaliar os problemas de comunicação entre grupos na empresa. A Teoria das Relações Humanas criou uma pressão sobre a Administração no sentido de modificar as habituais maneiras de dirigir as organizações e as pessoas. A comunicação é uma atividade administrativa que tem dois propósitos principais: a) Proporcionar informação e compreensão necessárias para que as pessoas possam se conduzir em suas tarefas; b) Proporcionar as atitudes necessárias que promovam a motivação, cooperação e satisfação nos cargos. Os principais propósitos da comunicação como atividade gerencial Proporcionar informa- ção e compreensão necessárias ao esforço das pessoas Proporcionar as atitudes necessárias para a motivação, cooperação e satisfação no cargo. Melhor comunicação conduz a um melhor desempenho nos cargos. Habilidade de trabalhar Vontade de trabalhar Trabalho de equipe + = Efeito de diferentes padrões de comunicação sobre as pessoas Redes de Comunicação Características Roda Cadeia Círculo Rapidez de influenciação rápida rápida lenta Acuracidade boa boa pobre Ênfase no líder muito pronunciada marcante nenhuma Moral Muito pobre pobre muito boa Flexibilidade para mudança no cargo lenta lenta muito rápida Dinâmica de Grupo Dinâmica de grupo é a “soma de interesses” dos componentes do grupo e que pode ser “ativada” por meio de estímulos e motivações, no intuito de maior harmonia e melhor relacionamento humano. O estudos dos grupos é importante para o administrador, porque o ingrediente típico das organizações são as pessoas, e a maneira mais comum de executar o trabalho através das pessoas é dividi-lo em em grupos de trabalho. Aproveitamento das energias do ser humano pra o uso construtivo da sociedade.
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