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LIRERANÇA Abordagens e teorias correspondentes Paulo Cesar Riscado Paulo Cesar Texto digitado Dnull Referências • BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração: novo cenário competitivo. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011. • CARAVANTES, G. R.; PANNO, C. C.; KLOECKNER, M. C. Administração: teorias e processos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. • CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. 6. ed. v. 1. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001. • MEGGINSON, C. L.; MOSLEY, D. C.; PIETRI JR., P. H. Administração: conceitos e aplicações. 4. ed. São Paulo: Harbra, 1998. • SCHERMERHORN JR. J. R. Administração. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. Liderança • Influência no comportamento dos subordinados, para que eles realizem os objetivos pretendidos. Maximiano (2011) p. 177. • A motivação dos liderados baseia-se na identidade de interesses entre suas necessidades, valores e aspirações, além das proposições do líder. Maximiano (2011) p. 177. • É um processo de influenciar as atividades individuais e grupais no estabelecimento e atingimento das metas. Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998). p. 377. Liderança • A Teoria das Relações Humanas constatou a influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. • A liderança é essencial em todas as funções da Administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar. • A liderança pode ser visualizada sob diversos ângulos, a saber: 1. Liderança como um fenômeno de influência interpessoal 2. Liderança como um processo de redução da incerteza de um grupo 3. Liderança como uma relação funcional entre líder e subordinados 4. Liderança como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação. Abordagens tradicionais ao entendimento da liderança ABORDADEM DE TRAÇOS Uma perspectiva de liderança que se focaliza nos líderes, individualmente, e tenta determinar as características (traços) pessoais comuns entre grandes líderes. ABORDADEM COMPORTAMENTAL Uma perspectiva de liderança que tenta identificar o que os bons líderes fazem, ou seja, que comportamento eles exibem. ABORDADEM SITUACIONAL Perspectiva de liderança que propõe que não existem traços e sentimentos universalmente importantes e que os comportamentos de lideranças eficazes variam de uma situação para outra. Bateman e Snell (2011) p. 395; 397; 401. Teorias sobre Liderança Chiavenato (2001) p. 159. Teorias de Traços de Personalidade • Características marcantes de personalidade possuídas pelo líder Teorias sobre Estilos de Liderança • Maneiras e estilos de se comportar adotados pelo líder Teorias Situacionais da Liderança • Adequação do comportamento do líder às circunstâncias da situação Teoria de liderança segundo a qual os líderes têm certos traços ou características que os fazem sobressair dos seguidores. Teorias Comportamentais: dão ênfase às relações humanas, ao lado de produtividade e desempenho. Teorias de liderança que prescrevem que o estilo a ser usado depende de fatores tais como a situação, a pessoa, a tarefa, a organização e outras variáveis ambientais. Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998). p. 378; 380; 387. 1. Abordagem de traços • Algumas características de personalidade distintivas; – Empenho: alto nível de esforço. – Motivação de liderança: necessidade de poder e preferência pelas posições de líderes às dos seguidores. – Integridade: correspondência entre ações e palavras (honestidade e credibilidade). – Autoconfiança: permite que o líder supere obstáculos, tome decisões apesar das incertezas e instile a confiança nos outros. – Conhecimento do negócio: expertise adquirida em questões relevantes para a organização. Bateman e Snell (2011) p. 395; 396. 2. Abordagem comportamental • Três categorias gerais do comportamento de liderança receberam atenção particular: CATEGORIA Característica Comportamento de desempenho de tarefas Ações tomadas para garantir que a unidade de trabalho ou a organização atinjam suas metas Comportamento de manutenção do grupo Ações tomadas para garantir a satisfação dos membros do grupo, para desenvolver e manter relações harmoniosas de trabalho e preservar a estabilidade social do grupo. Participação na tomada de decisão Comportamento de líder desempenhado pelos gerentes ao envolverem os seus funcionários na tomada de decisão. Bateman e Snell (2011) p. 397. Os Estidos de Michigan Comportamento de líder centralizado na tarefa • Universidade de Michigan Comportamento de líder centralizado no empregado Caravantes, Panno e Kloeckner (2005). • Universidade de Ohio Estudos de Ohio State Comportamento de estrutura inicial Comportamento de consideração Caravantes, Panno e Kloeckner (2005). Elevado Elevado Baixo Comportamentos de desempenho de tarefas • Dimensão mencionada como: preocupação com a produção; liderança diretiva; estrutura iniciadora ou proximidade de supervisão. • Inclui o enfoque na velocidade, qualidade e precisão do trabalho, quantidade de produção e na obediência às regras. Bateman e Snell (2011) p. 397. Liderança orientada para a tarefa • Toma decisões sem consultar sua equipe; • Está muito mais preocupado com a tarefa do que com o grupo que a executa • Concentra sua atenção no desempenho do funcionário ou grupo, enfatizando o cumprimento de prazos, os padrões de qualidade e a economia de custos; • Insiste na necessidade de cumprir as metas; • Insiste na necessidade de superar a concorrência ou um rival dentro da mesma empresa, ou o desempenho passado; • Define com precisão as responsabilidades individuais e designa tarefas específicas para pessoas específicas; • Dá ênfase à cobrança e à avaliação do desempenho de seus funcionários; • Mantêm distância de seus funcionários ou de sua equipe. Maximiano (2011) p. 178. Comportamento de manutenção do grupo • Essa dimensão também é chamada de preocupação com as pessoas, liderança de apoio ou consideração. • Inclui enfoque nos sentimentos e no bem estar das pessoas, apreciação por elas e redução do estresse. Bateman e Snell (2011) p. 397. Liderança orientada paras as pessoas • Acredita que deve criar um clima em que as pessoas se sintam confortáveis; • Focaliza sua atenção no próprio funcionário ou grupo, enfatizando as relações humanas e o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em equipe; • Pede opiniões ou sugestões de decisões, ouve, presta atenção e usa as idéias do grupo; • Dedica parte significativa de seu tempo à orientação dos integrantes de sua equipe; • É amigável • Apóia e defende os funcionários; • Insiste com os integrantes de sua equipe para que aceitem responsabilidades e tomem a iniciativa de resolver problemas. Maximiano (2011) p. 178. Liderança orientada para a tarefa e para as pessoas (Liderança Bidimensional) Ênfase nas pessoas e pequena preocupação com a tarefa Ênfase nas tarefas e pouca preocupação com as pessoas. Ênfase nas tarefas e ao mesmo tempo muita preocupação com as pessoas. Ao mesmo tempo, pequena preocupação com a tarefa e as pessoas. MUITO MUITO POUCO POUCO Maximiano (2011) p. 179. Liderança orientada para as pessoas Liderança orientada para a tarefa Influência da motivação e da competência sobre a liderança Muita competência, mas pouca motivação. Aconselhamento e acompanhamento sãoapropriados. Motivação alta, mas competência insuficiente. Estilos que enfatizem a orientação e a supervisão são apropriados. Motivação e competência no nível mais alto. A autogestão é apropriada. Trabalhe para chegar aqui. Motivação e competência insuficientes. Estilos orientados para a tarefa são apropriados. ALTA ALTA BAIXA BAIXA Maximiano (2011) p. 180. COMPETÊNCIA MOTIVAÇÃO Teoria de Intercâmbio entre lideres e membros (LMX) • Trata-se de uma variação específica do comportamento de manutenção (preocupação com as pessoas) • Enfatiza a importância do comportamento do líder não somente em relação ao grupo como um todo, mas também nas relações pessoais com cada membro. • Aposta na confiança, comunicação aberta, respeito, obrigação e lealdade mútuos. • Atenção às diferenças transculturais. Bateman e Snell (2011) p. 397. 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 9 Preocupação com a produção P re o c u p a ç ã o c o m p e s s o a s Administração Clube de Campo (1,9). Atenção cuidadosa às necessidades das pessoas de um relacionamento satisfatório, resultando em ambiente e ritmo de trabalho despreocupado e amistoso. Administração Democrática (9,9). O trabalho realizado advêm de pessoas dedicadas; interdependência em função de uma “aposta comum” no objetivo da organização resulta em relações de confiança e respeito. Administração em Cima do Muro ou Moderada (5,5). O desempenho adequado da organização é possível graças ao equilíbrio entre a necessidade de realizar trabalho e manter o moral das pessoas em um nível satisfatório. Administração Empobrecida ou laissez-faire (1,1). Empenho de esforço mínimo para conseguir realizar o trabalho exigido é apropriado para manter os membros da organização. Administração Autoritária (9,1). A eficiência nas operações resulta da organização de condições de trabalho de tal forma que os elementos humanos interferem em grau mínimo O GRID GERENCIAL DE BLAKE E MOUTON Robbins (2000) p. 377. Participação na tomada de decisão • Em que medida os líderes devem envolver seu pessoal nas tomadas de decisão? Bateman e Snell (2011) p. 397. Os três estilos de liderança Autocrática Democrática Liberal (laissez-faire) O líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo. As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. Há liberdade total para as de- cisões grupais ou individuais, e mínima participação do líder. O líder determina as pro- vidências para a execução das tarefas, cada uma por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo. O grupo esboça as providências para atingir o alvo e pede aconse- lhamento do líder, que sugere alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham no- vas perspectivas com os debates. A participação do líder é limitada, apresentando apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem. O líder determina a tarefa que cada um deve executar e o seu companheiro de trabalho. A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada mem-bro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho. A divisão das tarefas e esco- lha dos colegas fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder. O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro. O líder procura ser um mem- bro normal do grupo, em espírito. O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” nas críticas e elogios. O líder não avalia o grupo nem controla os aconteci- mentos. Apenas comenta as atividades quando perguntado. Chiavenato (2001) p. 162. As diferentes ênfases decorrentes dos três estilos de liderança Líder Subordinados Estilo Autocrático Ênfase no líder Líder Subordinados Estilo Democrático Ênfase no líder e subordinados Líder Subordinados Estilo Liberal Ênfase nos subordinados Chiavenato (2001) p. 163; Schermerhorn (2007) p. 293. Age baseado em “comando e controle” unilateral Encoraja a participação com ênfase tanto na realização da tarefa como no desenvolvimento das pessoas Apresenta uma atitude do tipo “faço o melhor que puder e não me aborreça”. Estilos de liderança TIRANIA DEMAGOGIA DEMOCRACIA AUTOCRACIA Excesso de autoridade: disfunção da liderança Liderança orientada para a tarefa Liderança diretiva Liderança orientada para a chefia Liderança orientada para as pessoas Liderança participativa Liderança consultiva Falta de autoridade: disfunção da liderança Maximiano (2011) p. 177. Abordagens situacionais da liderança • Perspectiva de liderança que propõe que não existem traços e comportamentos universalmente importantes e que os comportamentos de liderança eficazes variam de uma situação para outra. • O líder deve primeiro analisar a situação e depois decidir o que fazer. Observar antes de liderar. Bateman e Snell (2011) p. 401. Abordagens situacionais da liderança. • Forças condicionantes do padrão de liderança de Tannenbaum e Schmidt (1958); • Modelo de Vroom de estilos de liderança de Victor Vroom (2000). • Teoria Caminho-objetivo de Robert House (1971). • Modelo contingencial de Fiedler (1967) • Teoria situacional (Ciclo de Vida) de Hersey e Blanchard (1984) Bateman e Snell (2011) p. 402; 403; 418; 419. Continuum de Padrões de Liderança Administrador vende sua idéia Administrador apresenta suas idéias e pede perguntas Administrador apresenta sua decisão, tentativa sujeita à modificação Administrador apresenta o problema, recebe sugestões e toma sua decisão Administrador toma a decisão e comunica Administrador define os limites e pede ao grupo que tome uma decisão Administrador permite que os subordinados atuem dentro de limites definidos pelo superior Autocrático Consultivo Participativo Liderança centralizada no chefe Liderança descentralizada nos subordinados Área de autoridade do administrador Área de liberdade dos subordinados 1 2 3 4 5 6 7 Um dos modelos situacionais de liderança: MODELO DE TANNENBAUM E SCHIMIDT (1958) Chiavenato (2001) p. 164. As forças que condicionam os padrões de liderança Forças da situação Tipo de empresa e seus valores e tradições Eficiência do grupo de subordinados Problema a ser removido Tempo disponível para removê-lo Forças no Gerente Valores pessoais do gerente Suas convicções pessoais Confiança nos subordinados Inclinações sobre como liderar Tolerância para a ambigüidade Força nos subordinados Necessidade de autonomia Desejo de assumir responsabilidade Tolerância para a incerteza Sua compreensão do problema Seus conhecimentos e experiência Desejo de participar nas decisões Estilo de liderança a ser adotado Um dos modelos situacionais de liderança: MODELO DE TANNENBAUM E SCHIMIDT(1958) Chiavenato (2001) p. 164. Modelo Vroom • Um modelo situacional que focaliza na dimensão participativa da liderança: como os líderes se saem tomando decisões Bateman e Snell (2011) p. 402. Fatores situacionais para análise de problema: Modelo Vroom Fatores Implicações Importância da decisão A importância da decisão para o projeto ou organização Importância do comprometimento A importância do comprometimento dos membros da equipe para com a decisão. Experiência do líder O seu conhecimento ou experiência em relação a este problema. Probabilidade de comprometimento A probabilidade de a equipe se comprometer com uma decisão que você deveria tomar por conta própria. Apoio de grupo aos objetivos O grau em que a equipe apóia os objetivos da organização em jogo neste problema. Experiência do grupo O conhecimento e a experiência dos membros da equipe em relação a este problema. Competência de equipe A capadidade dos membros da equipe de trabalhar juntos para solucionar problemas. Bateman e Snell (2011) p. 402. Im p o rt â n c ia d a d e c is ã o Im p o rt â n c ia d o c o m p ro m e ti m e n to Im p o rt â n c ia d a d e c is ã o Im p o rt â n c ia d a d e c is ã o Im p o rt â n c ia d a d e c is ã o Im p o rt â n c ia d a d e c is ã o Im p o rt â n c ia d a d e c is ã o D E F I N I Ç Ã O D O P R O B L E M A A A A B A A B A B B B A B B A Decidir Delegar B B A B A B A B A B A B A B A B A B A A B B A B A B A Decidir Facilitar Delegar Decidir Consultar (Grupo) Consultar (Grupo) Consultar (Individualmente) Facilitar Facilitar Decidir Facilitar Consultar (Individualmente) Instruções: a matriz funciona como um funil. Você começa pela esquerda com um problema de decisão específico em mente. Os cabeçalhos das colunas denotam fatores situacionais que podem ou não estar presentes no problema. Você segue adiante selecionando. Alto ou Baixo (A ou B) para cada fator situacional relevante. Vá até o final do funil, julgando somente os fatores situacionais que exigem julgamento, até alcançar o processo recomendado. Modelo Guiado por Tempo Modelo Vroom Bateman e Snell (2011) p. 403. Teoria Caminho-Objetivo Robert House (1971) • Uma teoria que se preocupa com a forma como os líderes influenciam as percepções de seus subordinados a respeito de suas metas de trabalho e os caminhos que eles seguem para alcançá-las. • Fatores situacionais: 1. As características pessoais dos seguidores; 2. As pressões e exigências ambientais com as quais os subordinados precisam lidar para atingir suas metas de trabalho. Bateman e Snell (2011) p. 405. Liderança caminho-objetivo Os quatro comportamentos de liderança pertinentes são: 1. LIDERANÇA DIRETIVA Uma forma de comportamento orientado para o desempenho de tarefas; 2. LIDEERANÇA DE APOIO Uma forma de comportamento orientado para a manutenção do grupo; 3. LIDERANÇA PARTICIPATIVA Estilo decisório 4. LIDERANÇA ORIENTADA PARA A REALIZAÇÃO Comportamentos centrados na motivação das pessoas, tais como estabelecimento de metas desafiadoras e a recompensa pelo bom desempenho. Bateman e Snell (2011) p. 405. A estrutura caminho-objetivo de Robert House (1971) Bateman e Snell (2011) p. 405. Características dos seguidores Fatores ambientais Adequação dos comportamentos 1. Diretivo 2. De apoio 3. Participativo 4. De realização Objetivos e desempenho dos seguidores determinam Levando a - Autoritarismo - Locus de controle * interno (ações próprias) * externo (sorte, destino etc.) - Capacidade - Tarefa das pessoas - Sistema formal de autoridade da organização - Grupo de trabalho primário Teoria Caminho-objetivo: sugere que as funções do líder são 1. Facilitar o caminho que conduz aos objetivos de trabalho, proporcionando orientação e direcionamento; 2. Reduzir barreiras frustrantes que constituem obstáculos para a realização dos objetivos; 3. Aumentar as oportunidades de satisfação pessoal, incrementando as compensações das pessoas que atingem seus objetivos de desempenho. Bateman e Snell (2011) p. 406. Modelo contingencial de Fiedler (MODELO LPC) • Modelo LPC (least preferred coworker – colega de trabalho menos desejável). Caravantes, Panno e Kloeckner (2005). • O modelo LPC considera o comportamento de liderança apropriado em função da favorabilidade de situação. Caravantes, Panno e Kloeckner (2005). • Uma abordagem situacional à liderança que postula que a eficácia depende do estilo pessoal do líder e do grau em que a situação dá ao líder poder, controle e influência sobre a situação. Bateman e Snell (2011) p. 420. O Modelo de Fred FIEDLER (anos 60) • Propunha que o desempenho eficaz do grupo depende do ajuste adequado entre o estilo do líder e o grau em que a situação propicia controle e influência ao líder. • Variáveis situacionais que propiciam controle ao líder: – Relações líder-membro: o grau de intimidade, confiança e respeito dos subordinados em relação ao líder (avaliadas como boas ou deficientes); – Estrutura da tarefa: o grau em que as tarefas do cargo do subordinado são estruturadas (avaliada como alta ou baixa); – Poder da posição: o grau de influência exercida pelo líder sobre as variáveis como contratação, demissão, disciplina, promoções e aumento de salário (avaliado como forte ou fraco). • Fiedler afirmava que quanto melhores as relações entre líderes-membro, quanto maior a estruturação do cargo e quanto mais forte o poder da posição, mais controle ou influência o líder terá. Robbins (2003). p. 385 Teoria Situacional (Ciclo de Vida) de Hersey e Blanchard • Uma teoria do ciclo de vida da liderança desenvolvida por Hersey e Blanchard postulando que o gerente deve considerar a maturidade psicológica e de trabalho do funcionário antes de decidir se o desempenho da tarefa ou os comportamentos de manutenção são mais importantes. Bateman e Snell (2011). p. 420. • As estratégias e o comportamento do líder devem estar de acordo com a situação, baseando-se principalmente na maturidade ou imaturidade dos seguidores e na natureza da tarefa. Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998). p. 389. Maturidade É a capacidade dos indivíduos ou grupos de estabelecer metas altas, mas atingíveis, e sua disposição e capacidade de serem responsáveis. Essas variáveis da maturidade, resultado de educação e/ou experiência, devem ser levadas em consideração somente em relação a uma tarefa específica a ser desempenhada. Comportamento na tarefa É o grau em que os líderes organizam e definem os papéis de seguidores, para explicar as tarefas que cada um deve realizar, e também quando, onde e como farão. Baseia-se em padrões organizacionais bem definidos, vias de comunicação e maneiras de realizar tarefas. Comportamento do relacionamento Trata dos relacionamentos pessoais do líder com indivíduos ou membros de seu grupo. Envolve o grau de apoio dado pelo líder e a extensão em que este realiza comunicação interpessoal e comportamento facilitador. Megginson,Mosley e Pietri Jr. (1998). p. 389. Teoria Situacional (Ciclo de Vida) de Hersey e Blanchard Disponível em: <http://www.institutojetro.com/artigos/lideranca_geral/lideranca_situacional_maturidade_e_a_chave.html>. Acesso em: 30 mai. 2013. A teoria do Ciclo de Vida (Situacional) de Hersey e Blanchard Participar Compartilha idéias Seguidores capazes, relutantes, inseguros Delegar Transfere decisões Seguidores capazes, dispostos, confiantes Persuadir Explica as decisões Seguidores incapazes, dispostos, confiantes Determinar Fornece instruções Seguidores pouco capazes, relutantes, inseguros Alto Alto Baixo Implicações da liderança no modelo de Ciclo de Vida de Hersey e Blanchard Comportamento de Tarefa Exige direção C o m p o rt a m e n to d e R e la c io n a m e n to E x ig e s u p o rt e Schermerhorn (2007) p. 295. Tipos de liderança LIDERANÇA Caracterização Situacional Noção de que há diferentes estilos de liderança, cada um adaptado e eficaz para uma situação Transacional Estilo de liderança que se baseia na troca de recompensas por desempenho Transformadora Estilo de liderança que se baseia no desafio e apelo à realização de uma missão. O mesmo que liderança carismática. Maximiano (2004) p. 508. Perspectiva tradicional da liderança • Liderança transacional – Diferente da liderança de transformação, a liderança transacional não é apaixonada: não estimula, não transforma, não delega poderes nem inspira as pessoas a se concentrarem nos interesses do grupo ou da organização. Bateman e Snell (2011) p. 407. • Líderes transacionais – Líderes que gerenciam por meio de transações, usando seus poderes de legitimidade, recompensa e coerção para dar ordens e trocar recompensas por serviços prestados. Bateman e Snell (2011) p. 407. • Dirige os esforços das pessoas por meio de tarefas, recompensas e estruturas. Schermerhorn (2007) p. 299. Líder transacional • Líder que identifica padrões de desempenho, reconhece os tipos de recompensas que os empregados querem, e daí age de maneira a que essas recompensas sejam recebidas se os padrões de desempenho forem atingidos. Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998). p. 395. Liderança transacional • Incentivos como viagens, bônus, cestas de supermercados, pagamento da escola dos filhos; • Promoções e aumentos salariais; • Autonomia e liberdade no uso do tempo; • Atendimentos de solicitações relacionadas a transferências, designação para outros projetos e dispensas; • Prêmios por desempenho, como o “diploma do melhor funcionário do mês”, ou uma participação nos resultados. • Patrocínio de programas de treinamento. Maximiano (2011) p. 182. Algumas recompensas materiais que o líder transacional pode oferecer: Perspectivas contemporâneas da liderança • Liderança carismática • Liderança de transformação (transformacional) • Liderança pós-heróica • Liderança compartilhada. Bateman e Snell (2011) p. 406. Líder Carismático • Pessoa firme e autoconfiante, que tem uma forte convicção sobre a retidão moral de suas crenças e que é capaz de gerar um senso de entusiasmo e aventura nos seus seguidores. Bateman e Snell (2011) p. 407. • Desenvolve relações especiais relações especiais líder-seguidor e inspira seus seguidores de forma extraordinária. Schermerhorn (2007) p. 299. Liderança Carismática • Solicita a seus funcionários que procurem atingir níveis de desempenho cada vez mais elevados, por exemplo, nas padrões de qualidade do produto ou serviço ou da satisfação do cliente; • Propõe a seus funcionários que se envolvam em projetos de aprimoramento da empresa, como programas de qualidade ou de redesenho de processos. • Desafia seus funcionários a resolverem um problema complexo, como uma deficiência na qualidade de um produto ou uma ineficiência no processo operacional. • Incentiva seus funcionários a pensarem que o emprego de todos depende do esforço de cada um. • Oferece a seus funcionários a oportunidade de participarem de um projeto ou tarefa inovadora e desafiadora, que proporcionará a aquisição de novas competências. • Oferece recompensas simbólicas, como títulos e cargos que dão prestígio social e participação em cerimônias e solenidades. • Apresenta agradecimentos e reconhecimento pelo desempenho. • Delega poder de decisão ou participação no processo decisório e na resolução de problemas Maximiano (2011) p. 182. Assume-se um papel de líder carismático quanto: Líderes de transformação • Líderes que transformam uma visão em realidade e que motivam as pessoas a transcender os seus interesses pessoais pelo bem da comunidade. Bateman e Snell (2011) p. 407. • É baseada na capacidade de inspirar as pessoas e estimula desempenho e esforços extraordinários. Schermerhorn (2007) p. 299.
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