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Aulas 3 e 4

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ESTUDOS CULTURAIS BRITÂNICOS
Conforme debatemos em sala de aula, os Estudos Culturais Britânicos iniciam uma nova fase na década de 70. Esse período é marcado pela nova direção do Centro, agora sob a liderança de Stuart Hall. Esse período se caracteriza por algumas reformulações nos objetos de pesquisa dos Estudos Culturais.
CONTEXTO HISTÓRICO
- A Guerra Fria e a cisão ideológica entre capitalismo e socialismo;
- O avanço do consumismo e o movimento da contracultura;
 - A visibilidade das formas de segregação das minorias sociais (desigualdades étnicas, de gênero, sexuais etc);
- O avanço da mobilização política das minorias sociais.
O que podemos entender por identidades culturais?
MOVIMENTO FLOWER POWER
ESTUDOS CULTURAIS BRITÂNICOS
A efervescência política de novas formas de resistência - e de contestação - às relações de poder revelou um novo olhar sobre o próprio conceito de “poder”, distinguindo-o das concepções do marxismo ortodoxo e da ciência política clássica. 
O PODER PARA ALÉM DO ESTADO E DAS RELAÇÕES DE CLASSE
Festival de Woodstock, NY, 1969. 
Michel Foucault
O poder não é algo que você se apropria, nem o centro de onde emanam forças. O poder é um jogo de relações de dominação e resistência que se instala no exercício das práticas cotidianas.
A QUESTÃO DAS IDENTIDADES CULTURAIS
As identidades culturais se constroem segundo nossas formas de pertencimento a culturas étnicas, religiosas, de gênero, sexuais etc. 
Será que a noção de identidade é universal e atemporal? Será que possuímos uma identidade plena e homogênea? Afinal, o que entendemos por identidade?
A QUESTÃO DAS IDENTIDADES CULTURAIS
É preciso entender que, nas Ciências Humanas, o sujeito é um conceito, portanto uma categoria analítica. Contudo, será que, historicamente, o sujeito, enquanto conceito, foi estudado da mesma forma?
Penso, logo existo
Karl Marx
A consciência nada mais é do que um produto social das relações de classe
Dr. Sigmund Freud
O projeto psicanalítico e o “eu” cindido entre consciente e inconsciente.
F. Nietzsche
A genealogia da moral e o “valor dos valores.”
A IDENTIDADE EM QUESTÃO
A questão da identidade alcançou um amplo debate nas teorias sociais. O que move essa discussão é a investigação sobre as mudanças no mundo contemporâneo e no modo como essas transformações afetam as identidades no mundo social. 
Como explica Stuart Hall (2006), as velhas identidades que estabilizaram, por muito tempo, o mundo social estão em declínio. Sendo assim, fatores históricos e culturais fazem surgir novas identidades, fragmentando o indivíduo moderno (antes visto como um sujeito unificado). É o que chamamos de crise de identidade. 
O mundo contemporâneo vivencia um processo de transformação histórica que abala os quadros de referência que situavam e estabilizavam o indivíduo no mundo social. 
A IDENTIDADE EM QUESTÃO
Que pretendemos dizer com "crise de identidade"?
2. Que acontecimentos recentes nas sociedades modernas precipitaram essa crise? 
3. Que formas ela toma? 
4. Quais são suas consequências potenciais?
Hipótese do livro
As identidades estão sendo “descentradas”, isto é, deslocadas e fragmentadas.
Propósito do livro
Explorar essa hipótese, investigando suas implicações e discutindo suas consequências.
A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia. Ao invés disso, à medida em que os sistemas de significação e representação cultural se multiplicam, somos confrontados por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis, com cada uma das quais poderíamos nos identificar — ao menos temporariamente (HALL, 2006, p.25)
A identidade somente se torna uma questão quando está em crise, quando algo que se supõe como fixo, coerente e estável é deslocado pela experiência da dúvida e da incerteza (MERCER, 1990, p. 43).
Jornal do Brasil, 1976.

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