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Apostila Oficina de artesanato

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Oficina de Capacitação de Artesanato
Acessórios e Artefatos de Moda -Peças de decoração – Lembrancinhas 
Professora: Tânia Collyer
2016
Sumário
Matéria prima Natural e Sua fonte de Extração
Matéria Prima Natural e Exploração Consciente
Desenvolvimento Sustentável
Artesanato X Identidade Cultural
A Atividade Artesanal e o Processo de Desenvolvimento do Artesanato Brasileiro
Design Sustentável e Artesanato
Iconografia do Cerrado
Conhecendo a Matéria Prima Natural
Fauna e Flora da Região
Biojoia
Reciclagem x Reutilização associado ao Artesanato
A Atividade Artesanal
Agregando Valor ao produto Artesanal
Pensando na Embalagem diferenciada
Pensando na Forma de Comercialização
Empreendedorismo x Cooperativismo
Painel de Inspirações 
Matéria prima Natural e Sua fonte de Extração.
“Explorar a natureza de forma consciente e socialmente correta é fundamental para que as futuras gerações possam também usufruir de todos os recursos que ela proporciona.”
A forte relação que os seres humanos mantêm com a natureza é vivenciada de um modo especial por aqueles que dela recolhem a matéria prima para o seu trabalho. Constante fonte de inspiração para alguns artistas a natureza é tema recorrente de suas criações e deste universo rico em vidas e formas. Com os recursos que o meio ambiente nos proporciona pode-se, através da pesquisa e exploração consciente, criar peças que venham valorizar a cultura local contribuindo para um diferencial no mercado nacional associado a um olhar estético do designer.
O trabalho proposto é a pesquisa de materiais naturais, que se relacione com identidade cultural da região, nas suas mais diversas formas, a confecção, o design, a sociedade de consumo, e os processos de desenvolvimento do artesanato brasileiro a partir de uma reflexão e da intervenção de designers associado ao uso do fazer manual, desencadeando na criação de novas formas e movimentos para o desenvolvimento de acessórios e artefatos de moda e objetos de decoração.
O desenvolvimento e a confecção de produtos utilizando a matéria prima local, como a palha do buriti, alguns minerais, sementes de plantas e plumagens de aves brasileiras, nos permitirão produzir para o mercado consumidor, produtos de alta qualidade. 
Dentro desse contexto entra o trabalho artesanal associado a orientação do designer, criando objetos artísticos sem descaracterização da matéria prima original.
A atividade artesanal, um sistema produtivo de baixa complexidade se comparado ao setor industrial, abrange todo um processo de desenvolvimento de produto, desde a sua conceituação até a sua inserção no mercado. O desafio está em conciliar as necessidades do consumidor atual em termos de custos, qualidade, acesso etc. com os aspectos que mais caracterizam a produção artesanal: a identidade dos produtos.
Matéria Prima Natural e Exploração Consciente
A matéria prima natural sempre fez parte da história do homem. Desde a era primitiva o homem retira da natureza matéria para seu sustento tanto na forma utilitária como na forma decorativa. Ele aprendeu a viver com os recursos que a natureza lhe proporcionou; dela tirou alimento, material para construção, vestimenta, remédios etc. Com o tempo, aprendeu a transformar a matéria prima e suprir suas maiores necessidades. A exploração dos recursos naturais atualmente causam muita preocupação, não só a nível nacional, mas também global, pelo grau de importância que esses recursos naturais possuem para o planeta. Há muito tempo são retirados recursos naturais para comercialização sem nenhuma preocupação com o ambiente das futuras gerações.  É possível explorar a natureza sem agredir o meio ambiente? 
Há muitas formas de gerar o desenvolvimento econômico de uma localidade usufruindo conscientemente da natureza. Por exemplo: o estado do Amazonas é um dos locais onde existe a intensa produção de artigos feitos com materiais naturais. E essa produção proporciona aos moradores dessas localidades muitas oportunidades de negócios, porém é necessário que exista um controle e equilíbrio dessa exploração para que futuramente a natureza continue proporcionando os recursos para nosso planeta. A busca pelo desenvolvimento de uma região é o desejo e um anseio de seus dirigentes e pela comunidade, mas não se torna algo tão fácil, uma vez que se deve procurar o desenvolvimento para a região sem que possa trazer agressão ao meio-ambiente. É partindo desta questão que empreendedores e instituições buscam alternativas de desenvolvimento sustentável.
Desenvolvimento Sustentável
Conceito
 
Desenvolvimento sustentável significa obter crescimento econômico necessário, garantindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social para o presente e gerações futuras. 
 
Portanto, para que ocorra o desenvolvimento sustentável é necessário que haja uma harmonização entre o desenvolvimento econômico, a preservação do meio ambiente, a justiça social (acesso a serviços públicos de qualidade), a qualidade de vida e o uso racional dos recursos da natureza (principalmente a água)
No Brasil, assim como nos outros países emergentes, a questão do desenvolvimento sustentável tem caminhado de forma lenta. Embora haja um despertar da consciência ambiental no país, muitas empresas ainda buscam somente o lucro, deixando de lado as questões ambientais e sociais. Ainda é grande no Brasil o desmatamento de florestas e uso de combustíveis fósseis. Embora a reciclagem do lixo tenha aumentado nos últimos anos, ainda é muito comum a existência de lixões ao ar livre. A poluição do ar, de rios e solo ainda são problemas ambientais comuns em nosso país.
Artesanato X Identidade Cultural
Identidade Cultural
Conceito: ´É o sentimento de identidade de um grupo ou cultura, ou de um indivíduo, na medida em que ele é influenciado pela sua cultura ou a um grupo a que pertença. É um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos historicamente compartilhados que estabelece a comunhão de determinados valores entre os membros de uma sociedade.
O artesanato, como forma de expressar a identidade cultural de uma região ou de um povo, valorizou os costumes e a matéria-prima, e faz parte de uma grande cadeia produtiva para a economia de uma região. Pode-se considerar que esse tipo de produção informal agregada à gestão de um designer são opções estratégicas para reduzir a pressão social causada pelo desemprego e como forma de resgatar a cultura de uma região. 
Atualmente, o “fazer manual” está valorizado. O artesanato é a contrapartida à massificação e uniformização de produtos globalizados. Os consumidores têm buscado peças diferenciadas e originais em todos os segmentos. (SEBRAE, 2004).
O propósito desse trabalho envolve o artesanato contemporâneo ou conceitual com design diferenciado que propõe a criação de produtos, com motivos, inspirações iconográficas e materiais, com identidade da região dentro do município de São Miguel do Araguaia. Através da capacitação e orientação, é possível despertar o senso de estética e o interesse pelo fazer manual. Além de criar uma nova oportunidade para o comercio local e turístico, influenciada pelas tendências pelas expressões artísticas.
Registre-se que a capacidade de inovar, buscando a matéria prima local, é um instrumento capaz de contribuir para o comércio interno e externo da região. Com especial atenção para a preocupação de não desvirtuar a essência do produto original, deformando valores e tradições, deturpando a percepção de identidade cultural e principalmente com uma extração ecologicamente correta.
A Atividade Artesanal e o Processo de Desenvolvimento do Artesanato Brasileiro
A atividade do artesão consistia em dominar todo o processo produtivo, da concepção ao produto acabado e à sua comercialização. Com a criação de novas ferramentas o artesão foi se aperfeiçoando, favorecendo a qualidade de seus produtos e estabelecendo formas mais estruturadas de trabalho.
O artesanato foi sem dúvida uma grande contribuição para o desenvolvimentoda manufatura, que por sua vez contribuiu para a marginalização dessa atividade. O sistema produtivo caracterizava-se cada vez mais pelas ações de repetição ou de continuidade, dando lugar ao trabalho puramente mecânico. A decomposição dos ofícios em tarefas parciais gerou a divisão do trabalho.
		No Brasil, o artesanato surgiu há 6.000 anos a.c. Os índios foram os mais antigos artesãos, eles utilizavam a arte da pintura (pinturas rupestres), usando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças de vestuário feitos com penas e plumas de aves.
	
	
	O artesanato pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado de várias formas como, nas cerâmicas utilitária, funilaria popular, trabalhos em couro e chifre, trançados e tecidos de fibras vegetais e animais (sedenho), alimentação, engenhocas, instrumentos de música, tintura popular. E também encontram-se nas pinturas e desenhos (primitivos), esculturas, trabalhos em madeiras, pedra guaraná, cera, miolo de pão, massa de açúcar, bijuteria, renda, filé, crochê, papel recortado para enfeite, etc.
O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região.
Design Sustentável x Artesanato
Design Sustentável é um conjunto de ferramentas, conceitos e estratégias que visam desenvolver soluções para a geração de uma sociedade voltada para a sustentabilidade.
Segundo Pazmino (2007), é um processo mais abrangente e complexo que contempla que o produto seja economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo. O design deve satisfazer as necessidades humanas básicas de toda a sociedade. Pode incluir uma visão mais ampla de atendimento a comunidades menos favorecidas.
Um produto que se propõe ser mais sustentável deve englobar esses conceitos em toda a sua cadeia, incluindo a embalagem. Manzini e Vezzoli (2002) sugerem que “para atingir a sustentabilidade ambiental é necessário que ocorram percursos idealmente praticáveis na mudança tecnológica e na mudança cultural”.
Iconografia do Cerrado 
A iconografia abrange o estudo de trabalhos imagéticos como estátuas, pinturas, gravuras, retratos, fauna, flora e etc. 
Um estudo realizado pelo SEBRAE em parceria com o Governo de Goiás deu origem ao Manual “Elementos da Iconografia de Goiás”. Demandou dois anos de estudos e pesquisas das principais cidades e regiões relevantes para a formação cultural do povo goiano.
O manual está dividido por temas (arqueologia, arquitetura, arte religiosa, atrativos naturais, fauna, flora, folclore e cultura) retrata o resgate cultural, a descoberta de novos símbolos que vai servir de referência para arquitetos, artesãos, publicitários, artistas, estilistas, designers e empreendedores de um modo geral.
Conhecendo a Matéria Prima Natural
Palhas e Fibras	 
Palha do Buriti: O buriti é uma palmeira muito alta, predominantemente nos estados da região norte, em especial no Pará, Maranhão, Roraima e Rondônia, mas também encontra-se nos estados do Piauí, Ceará, Bahia, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Acre. É também conhecida como coqueiro-buriti, buritizeiro, miriti, muriti, muritim, muruti, palmeira-dos-brejos, carandá-guaçu, carandaí-guaçu.
As populações nativas chamam de “seda”, obtida pela extração da fibra encontrada no interior do “olho” ou “folha flecha”, como também é conhecida, em função de seu formato. Trata-se do talo de uma folha jovem, ainda fechada, encontrada em buritis novos, de quatro a 10 metros de altura. A coleta não tem época determinada, podendo ser praticada durante o ano todo.
Embora cada buriti jovem produza de um a cinco “olhos” por ano, a fim de trabalhar sustentavelmente as comunidades locais têm a preocupação de não coletar todos, respeitando o intervalo de seis a oito meses entre cada coleta da mesma planta. Assim, outros “olhos” têm o tempo necessário para abrir a rama (lâmina foliar) e, desse modo, garantir a sobrevivência da planta. Esse tipo de manejo tradicional é amplamente conhecido por artesãos que trabalham com a palmeira em outras regiões do país.
As aplicações do buriti são variadas, da polpa se faz doces, do fruto, óleo e sabão, do tronco, casas, telhados, cestos, do talo das folhas móveis e brinquedos, por tantos usos variados e diversos os nativos a chamavam de “arvore da vida”. 
Casal investe no artesanato feito com palha de buriti, em goiás.
http://globotv.globo.com/tv-anhanguera-go/jornal-do-campo-go/v/casal-investe-no-artesanato-feito-com-palha-de-buriti-em-goias/2095091/
Produtora do Cerrado faz artesanatos com matéria prima do cerrado em Porangatú.
http://globotv.globo.com/tv-anhanguera-go/jornal-do-campo-go/v/produtora-rural-faz-artesanatos-com-materia-prima-do-cerrado-em-porangatu-go/4475546/
Fibra de Bananeira: 
A fibra de bananeira é muito resistente e totalmente biodegradável além de prover de uma fonte facilmente renovável favorecendo o desenvolvimento sustentável.
Do ponto de vista ambiental, o uso dessa fibra tem vários méritos.
Primeiro, ao garantir, ao produtor, mais renda por cada bananeira – mediante o ganho com o cacho e o caule (tronco) – agregando valor a cultura.
Em segundo lugar, em roças grandes, quando se retira o cacho, o caule fica jogado, apodrecendo e tornando-se potencial vetor de doenças. Ao dar-lhe um uso produtivo, esse problema é sanado. 
Sementes
Açaí
Também conhecida como: açaí-do-amazonas, açaí-solitário, açaí-da-mata e juçara, açaí-cérebro, uaçaí e açaí-do-pará.
O açaizeiro é uma palmeira de tronco solitário, único tronco, ou menos frequente em touceiras, troncos múltiplos. A diferença entre as duas espécies é a cor da semente depois de polida, a primeira apresenta coloração mais clara, sem traços, enquanto a outra permanece com traços. Ambas atingem o máximo de 25 metros de altura, com frutos pequenos.
Umas das mais importantes árvores frutíferas do norte do Brasil. Principal fonte de subsistência das populações ribeirinhas do baixo Amazonas, aproveitando seu fruto, folhas, raízes, palmito e tronco.
Paixubão 
Também conhecida como: palmeira-barriguda.
Palmeira de tronco solitário, sustentado por raízes aéreas, chegando a medir de 15 a 20 metros, com frutos globosos de coloração esverdeada quando maduros. Encontrada na região amazônica brasileira, Nicarágua, América Central, Bolívia, América do Sul, em terrenos arenosos e úmidos.
Jarina 
Também conhecida como: taguá, marfim-vegetal.
A jarina é uma variedade de palmeira encontrada na América Central e América do Sul, por toda região amazônica. Conhecida também como marfim-vegetal, devido à semelhança das sementes na coloração e textura, com o de origem animal. É extremamente duro, permite polimento e absorve bem os corantes. Usado na fabricação de botões, joias, peças de xadrez, palhetas, instrumentos de sopro, teclas de piano, cabos de guarda-chuva e artesanato.
Buriti 
Também conhecida como: buritizeiro, miriti e carandá-guaçu.
Encontrada na floresta amazônica e cerrado, é uma palmeira muito alta, com altura de 23 a 50 metros, com frutos globosos cobertos por escamas de cor avermelhada e lustrosa.
Jupati 
Palmeira com altura que varia de 1 a 4 metros, encontrada na região norte do Brasil, especialmente no Estado do Pará. Seus frutos são cobertos com escamas de cor castanho-avermelhada, de onde é extraído da polpa um óleo usado na medicina contra reumatismo e na indústria na fabricação de sabões. O cacho, os frutos e as sementes são utilizados em artesanato.
Tento-carolina 
Também conhecida como: falso-pau-brasil, carolina e olho de pavão.
Árvore de copa aberta, de 10 a 15 metros de altura, com madeira pesada de cor avermelhada, frutos do tipo vagem,finos, achatados e espiralados quando se abrem, com sementes duras, brilhantes, vermelhas, globosas e achatadas. Originária da Índia e da Malásia. É encontrada no Brasil em todo o cerrado e no litoral. Sua semente é usada no artesanato, o tronco, de coloração vermelha, é utilizado na confecção de móveis e também de corantes. 
Carnaúba 
A carnaúba é uma semente média/pequena, bem arredondada. Sua cor natural é cinza com traços paralelos marrons. A Canaúba é a árvore símbolo do Estado do Ceará, conhecida como árvore da vida, pela sua infinidade de usos ao homem.
Baru 
O baruzeiro (Dipteryx alata Vog) é uma planta leguminosa arbórea nativa do Cerrado.
Seus frutos amadurecem entre Setembro e Outubro, e contém uma castanha com um sabor delicado. Aproveita-se a casca, a semente e as folhas para o artesanato.
A castanha de baru, quando torrada, tem sabor semelhante ao amendoim ou castanha de caju.
Tem valor nutricional alto, e contém cerca de 26% de proteínas.
Chichá-do-Cerrado 
 Sapucaia, Castanha de Macaco, Amendoim-de-Macaco:
Chichá-do-cerrado é uma planta perene, nativa das regiões Nordeste, Centro-oeste e Sudeste do Brasil, principalmente dos Cerrados brasileiros. NOME INDÍGENA: Xixá vem do Tupi e significa “Fruto semelhante a mão ou punho fechado”, aludindo a forma das cápsulas individuais, é chamado carinhosamente de “Coraçãozinho do Cerrado” pelo seu formato de coração (estilo romanceado). Quando amadurecem, os frutos ficam vermelhos e abrem-se lateralmente expondo as sementes de cor cinza ou preta, presas na sua parede grossa e bem dura. Cada semente tem 1 a 2 centímetros de comprimento. 
A árvore por sua beleza é muito usada e recomendada para o paisagismo em geral e suas cápsulas também fazem parte da decoração para arranjos de mesas, e suas castanhas são deliciosas podendo ser consumidas ao natural ou torradas.
Flores secas e Cascas 
 
 
Outras sementes 
9.Fauna e Flora da Região
A fauna é rica e diversificada, apresentando elementos que habitam o cerrado e a região amazônica. As espécies mais comuns são a onça-pintada, a arara-azul, o gavião real e a águia pescadora. Durante as enchentes periódicas ocorre a concentração da fauna terrestre nas partes altas, buscando proteção. Para os amantes da pesca, a melhor época é entre setembro e abril quando os rios estão mais cheios por causa das chuvas. Entre outubro e fevereiro a pesca é proibida devido ao período de reprodução dos peixes, conhecido como Piracema. A licença de pesca é obrigatória em toda região do Rio Araguaia, mas é proibida no parque nacional.
Entre os peixes o pirarucu, o pirará, o tucunaré, o pintado e as piranhas.
Algumas espécies de plantas do cerrado estão: Buriti, cagaita, laboeira, jatobá,mama-cadela, araticum, pequi, mangaba entre outras.
Biojóia
 Conceito
A Biojia é um adorno produzido a partir de materiais vindos da natureza, tais como sementes diversas, fibras naturais, casca do coco, frutos secos, conchas, madrepérola, capim, madeira, ossos, penas, escamas, dentre outros. Tais materiais são extraídos da natureza sem causar quaisquer prejuízos à mesma, ou seja, a busca de matérias-primas é feita de forma sustentável: não agride o meio ambiente e nem o meio social, e possibilita a produção de peças que sejam viáveis para comercialização.
Ainda, as biojoias se caracterizam pela valorização da cultura brasileira, pois se identificam e resgatam elementos da história, crenças, valores e tradições do povo brasileiro, considerando aspectos regionais.
Na produção de biojoias há o predomínio da utilização de materiais de origem natural. A união destes elementos com o ouro, pedras preciosas e semipreciosas ou outros materiais nobres transformam as biojóias em produtos com alto valor agregado, reconhecidas como “joias naturais”. Trata-se, portanto, de criações artísticas tipicamente brasileiras, que aproveitam a riqueza de cores, texturas e formas da flora brasileira para criação de peças com valor agregado, promovendo a sustentabilidade e valorização cultural.
Para melhor entendimento do termo “biojoia”, será feita diferenciação entre joia, bijuteria, biojoia, como segue:
* Joia: peça feita com metais nobres como o ouro e a platina, pedras preciosas e semipreciosas que são cravadas, tendo alto valor comercial e desenvolvidas, normalmente, a partir de desenhos exclusivos elaborados para coleções de acessórios desta natureza.
* Bijuteria: peça produzida com materiais sintéticos ou naturais, sem metais nobres ou pedras preciosas. Quando são usadas outras pedras, estas são coladas ao adorno produzido. A prata, no entanto, é utilizada na produção de joias e também de bijuterias.
* Biojoia: peça produzida com a combinação harmoniosa de elementos naturais, agregando-se, em diferentes proporções, metais nobres, pedras preciosas e/ou semipreciosas.
As biojoias são produzidas por artesãos que valorizam a cultura e a diversidade regional para a elaboração criativa de diferentes tipos de peças como colares, brincos, anéis, entre outras. Já existe no mercado o profissional conhecido como “biodesigner”. Este profissional assessora o artesão para que a busca por insumos na natureza se realize dentro de parâmetros de responsabilidade com o meio ambiente e também orienta quanto aos cuidados necessários para que as biojoias tenham qualidade e durabilidade, uma vez que as matérias-primas devem estar livres de fungos e não podem germinar.
É importante frisar que a produção de biojoias se caracteriza, essencialmente, pelo desenvolvimento de um processo feito de modo sustentável, não agredindo a natureza, nem lançando nenhum tipo de resíduo nas etapas de produção das peças. Também é um processo produtivo que fortalece a cultura brasileira, uma vez que os materiais buscados na natureza, bem suas combinações na criação das mais variadas peças, refletem valores, costumes e tradições das diferentes regiões do país. Chiara Gadaleta, em seu blog Ser sustentável com estilo, argumenta que este resgate e valorização cultural conferem às biojoias “uma propriedade exclusiva e muito sofisticada”.
Fonte: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-produtora-de-biojoias
11.Reciclagem x Reutilização associado ao Artesanato
Aliar artesanato à conscientização ambiental é uma forma eficaz de envolver a comunidade e tornar interativos os esforços para conservação dos recursos naturais. A produção artesanal pode desestimular o consumo exagerado, oferecendo por meio da reutilização de materiais uma forma de resistência há obsolescência programada.
O artesanato tem como característica principal a produção manual de objetos e artefatos predominantemente utilitários. Esses produtos são únicos e contém marcas de uma cultura determinada, atestando a ligação do homem com o meio social em que vive.
Criar peças artísticas a partir de materiais que iriam para o lixo é uma prática que pode oferecer oportunidade para geração de renda. Garrafas “pet”, latas de alumínio e de aço, jornais, recipientes de vidro, coadores de papel, lacres de alumínio, embalagens de papelão e “tetra-pac” assim como inúmeros outros materiais podem ser aplicados, com baixo custo e resultados surpreendentes, transformando o que era visto como “lixo” em peças de decoração e utilidade doméstica.
Conceito
Reciclagem é a atividade de recuperação de materiais que foram descartados, podendo ser transformados novamente em matéria-prima para a fabricação de um produto novo, que envolvem processos industriais. 
Reutilização implica em um novo uso para um material descartado, ou seja, a atividade de reutilização é o reaproveitamento criativo envolvendo a criação de objetos a partir de materiais em desuso, resultando na transformação ou geração de material com características próprias ou diferenciadas de seu uso original.
O objetivo da atividade de reciclar ou reutilizar é despertar na comunidade a importância da economia criativa, de estar reutilizandoum material descartado e transformando em objetos de decoração agregado a matéria prima do cerrado com design conceitual.
12.A Atividade Artesanal
Definição de Artesanato:
Artesanato podem ser definidos como produtos que são produzidos ou totalmente à mão ou com a ajuda de ferramentas. Ferramentas mecânicas podem ser utilizados desde que a contribuição manual direta do artesão continua a ser a componente mais significativa do produto acabado. As peças podem ser produzidos em números ilimitados. . Esses produtos podem ser utilitária, estética, artística, criativa, cultural ligado, decorativas, funcionais, tradicionais, religiosos e socialmente simbólico e significativo.
A Importância do Artesanato:
Artesanato desempenham um papel muito importante na representação da cultura e tradições de um país ou região. O artesanato é um meio importante para preservar a riqueza da arte tradicional, do património e cultura, saberes tradicionais e talentos que estão associados ao estilo de vida das pessoas e da história.
Artesanato são extremamente importantes em termos de desenvolvimento económico. Eles oferecem amplas oportunidades para o emprego, mesmo com os investimentos de capital de baixo e se tornar um meio importante para o salário estrangeiros.
 
13.Agregando Valor ao produto Artesanal
O mercado de artesanato brasileiro ainda é pouco desenvolvido e valorizado. As dificuldades como processo produtivo, design e inovação, ainda são um dos principais entraves que o mercado enfrenta. O baixo valor agregado aos produtos feitos a mão acabam por diminuir muito o preço do produto final além da concorrência com os produtos Asiáticos.
Agregar valor à produção é justamente uma das principais alternativas para que os pequenos artesãos melhorem não só a qualidade de seus produtos, mas efetivamente passem a gerar mais renda com eles, já que conseguirão vender um produto melhor com um preço ainda bastante competitivo, abrindo seu leque de opções no mercado.
Mesmo preservando a essência da cultura regional, tão presente na atividade do artesanato, profissionalizar mais a arte no sentido de agregar valor a ela é de fundamental importância. Assim, não é só necessária uma estruturação do negócio, mas também um melhor entendimento do mercado consumidor, além, é claro, de práticas que tornem o processo produtivo mais consistente. Processos mais do que importantes para um mercado em que 47% dos custos do negócio estão na matéria-prima (segundo pesquisa encomendada ao Vox Populi por uma instituição vinculada ao Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor).
Outras oportunidades
O artesanato vinculado ao turismo 
É importante lembrar que o Patrimônio Cultural pode ser material e imaterial. A cultura de um povo não se exprime apenas nos aspectos físicos como os museus, monumentos, arquitetura, etc. Ela está também nos saberes, nas músicas e danças típicas, no folclore, no artesanato, na gastronomia, nas línguas, lendas, festas, enfim, no saber fazer que se denomina Patrimônio Cultural Imaterial. 
Constata-se que o artesanato é um atrativo que compõe o produto turístico pertinente ao turismo cultural, e que, portanto, deve ser explorado com responsabilidade em todos os seus aspectos, para que este seja para os seus consumidores, não só um objeto comum, mas uma recordação típica do local visitado.
O visitante deseja comprar lembranças típicas dos locais que ele visita além de possibilitar ao turista o acesso a oficina de produção artesanal.
14.Pensando na Embalagem diferenciada
Uma embalagem feita com beleza e qualidade pode ser um grande diferencial para que o cliente se encante e adquira o produto. Além de armazenar a peça, uma boa embalagem deve atender as questões ambientais, de transporte, design e trazer um valor agregado ao artesanato que estiver embalado.
Uma embalagem atraente também significa agregar valor ao produto.
15.Pensando na Forma de Comercialização
Nos dias atuais, com a globalização, as vendas de um modo geral passaram por diversas mudanças. Com o artesanato não é diferente. O que antes era vendido apenas regionalmente, hoje ultrapassa fronteiras e pode até mesmo ser exportado para outros países.
Quem procura por produtos artesanais, são consumidores que buscam por peças únicas, originais, que são diferentes do comum. Isto pode ocorrer em diversos segmentos: alimentício, de vestuário, decoração entre outros. Surge então a pergunta: como o artesanato pode ser comercializado? Como diversificar os pontos de venda, divulgar e ampliar assim a capacidade de venda?
Pequenos e médios empreendedores do ramo da arte, do artesanato ou do design, geralmente se preocupam com a produção criativa. Mas alguns podem não conseguir obter um maior conhecimento da parte de gestão do negócio. É preciso também procurar informações sobre o mercado, tomar decisões, o que nem sempre é fácil para artistas e artesãos que lidam mais com a parte emocional do trabalho, do que a racional.
Algumas das estratégias de venda para produtos artesanais são bastante fáceis de implementar. Além de contar com clientes individuais, é necessário buscar outros locais onde os produtos possam ser revendidos, se quiser fazer do artesanato o seu modo de ganhar a vida. Estes locais incluem lojas especializadas, lojas públicas, feiras e etc. Nestes locais é possível conseguir pedidos de produção em série.
Empreendedorismo x Cooperativismo
Empreendedorismo significa empreender, resolver um problema ou situação complicada. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muitas vezes está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos Empreender é também agregar valor, saber identificar oportunidades e transformá-las em um negócio lucrativo. O conceito de empreendedorismo foi utilizado inicialmente pelo economista Joseph Schumpeter, em 1950.O empreendedorismo é essencial nas sociedades, pois é através dele que as empresas buscam a inovação, preocupam-se em transformar conhecimentos em novos produtos. Existem, inclusive, cursos de nível superior com ênfase em empreendedorismo, para formar indivíduos qualificados para inovar e modificar as organizações, modificando assim o cenário econômico.
Ser empreendedor
Um empreendedor é um indivíduo que não espera as coisas acontecerem, mas é uma pessoa proativa, ou seja, faz as coisas acontecerem. Um empreendedor está altamente motivado, tem boas ideias e sabe como implementá-las de forma a alcançar os seus objetivos. Um empreendedor é alguém que não tem medo de iniciar projetos de uma forma arrojada. Por esse motivo, é bastante comum um empreendedor assumir a direção de uma empresa.
Alguém que empreende acredita no seu potencial, apresenta capacidade de liderança e consegue facilmente trabalhar em equipe. Além disso, o empreendedor sabe que um fracasso é apenas uma oportunidade de aprender e ser melhor, e não se deixa abalar com isso.
Cooperativismo
Conceitos e princípios
Cooperativismo é um movimento econômico e social, entre pessoas, em que a cooperação baseia-se na participação dos associados, nas atividades econômicas (agropecuárias, industriais, comércios ou prestação de serviços) com vistas a atingir o bem comum.
Os princípios cooperativos são a base do cooperativismo 
1. Adesão Voluntária e Livre
2. Gestão democrática pelos membros
3. Participação econômica dos membros
4. Autonomia e independência
5. Educação, formação e informação
6. Interoperação
7. Interesse pela comunidade
As instituições que se utilizam do cooperativismo como forma de condução para suas atividades socioeconômicas são chamadas cooperativas e baseiam-se também, além dos princípios em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade.
Na tradição de seus fundadores, os membros das cooperativas, os cooperados, devem acreditar e primar em valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.
Painel de Inspirações
Acessórios e Artefatos de Moda
 
 
 
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