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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL PROFESSORA: ANDRÉA FERRAZ RELATÓRIO DE EXPERIMENTO “CALIBRAÇÃO E USO DE APARELHOS VOLUMÉTRICOS E TRATAMENTO DE DADOS EXPERIMENTAIS” Aluno: Audenor dos Santos Ribeiro Júnior e Paulo Marcelo Mudo Turma: Engenharia Elétrica 2012.2 Data: 07/01/2013 Juazeiro-Bahia INTRODUÇÃO TEÓRICA Calibração é o nome dado ao conjunto de operações que estabelecem, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento (calibrador) ou sistema de medição e os valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, ou os correspondentes das grandezas estabelecidas por padrões. [1]. Para obterem-se resultados melhores com medidas bem precisas e com os menores erros possíveis é necessária a calibração de equipamentos e aparelhos, utilizando como referência um sistema padrão. Devido à existência desses erros, a determinação da vidraria a ser utilizada é essencial para a garantia de medições de volumes mais exatos [2]. Os aparelhos usados para esse processo são divididos em TC (para conter) aqueles calibrados para conter certo volume que não será transferido totalmente, como por exemplo: buretas, provetas e pipetas graduada, e TD (para dispensar) calibrados para transferir um determinado volume, como por exemplo, balões e pipetas volumétricos. É de muita importância estar limpos os instrumentos utilizados nesse experimento, a limpeza é fundamental para evitarmos imprecisões nos cálculos que irão ser realizados. O líquido usado é a água que terá a função de servir como medição do volume escoado pela pipeta. OBJETIVOS Aprender a calibrar, manusear e utilizar corretamente os instrumentos mais simples e comuns de um laboratório, sendo-nos apresentados como forma de iniciação e tarefa prévia aos demais experimentos. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Material Utilizado Vidrarias 1. Erlenmeyer 2. Bureta de 10 ml 3. Bureta de 20 ml 4. Bureta de 30 ml 5. Bureta de 40 ml 6. Bureta de 50 ml 7. Pipeta Volumétrica de 25 ml 8. Pipeta Volumétrica de 50 ml 9. Balão Volumétrico de 50 ml 10. Balão Volumétrico de 100 ml 11. Béquer Equipamentos 1. Balança Analítica 2. Termômetro 3. Pêra de Sucção 4. Pisseta Reagente 1. Água Destilada Procedimento Bureta Volumétrica: Inicialmente calibramos uma bureta de 20 mL até a altura do menisco, verificamos se não havia bolhas e se a água estava escoando perfeitamente, enquanto isso já havíamos pesado um Erlenmeyer seco na balança analítica e anotamos sua massa, após transferimos a água destilada da bureta para o Erlenmeyer e pesamos novamente e anotamos o resultado e verificamos a temperatura com um termômetro depois de ter feito o calculo das diferença das massas, repetimos o procedimento por três vezes, realizando-os também com buretas de 10, 30, 40 e 50 mL. Pipeta Volumétrica: Repetimos o processo acima agora com uma Pipeta de 25 mL, porém utilizamos a pera de sucção e sugamos o líquido do béquer para pipeta até a altura do menisco, pesamos o Erlenmeyer seco, anotamos a massa e transferimos a água da pipeta para o Erlenmeyer, pesamos de novo e anotamos o resultado, medimos a temperatura e calculamos a diferença das massas, repetimos o procedimento por três vezes, realizando-os também com uma pipeta de 50 mL. Balão Volumétrico: Neste procedimento utilizamos o balão volumétrico de 50 mL, enchemos um bequer até 50 mL com água destilada, pesamos o balão seco e anotamos o resultado, despejamos a água do bequer no balão e pesamos novamente, anotamos o resultado, medimos a temperatura e calculamos a diferença das massas, repetimos o procedimento por três vezes, realizando-os também com um balão de 100 mL. RESULTADOS E DISCUSSÕES Primeiramente para discutirmos os resultados e analisar os dados precisamos observar agora as formas que usamos para consegui-los. Inicialmente calculamos a massa da água transferida dos três experimentos com a seguinte formula: [ MR = ( MA – MS ) ] (MR: Resultado da Diferença das Massas / MA: Massa do Erlenmeyer com Água / MS: Massa do Erlenmeyer Seco) Os valores estão apresentados a seguir nas tabelas 1, 2, 3, 4, 5 e 6: Tabela 1: Massa da Água na calibração da Bureta. Volume Medido Erlenmeyer Seco (g) Erlenmeyer c/ Água (g) Massa da Água (g) M1 M2 M3 M1 M2 M3 M1 M2 M3 10 mL 46,4163 44,7783 46,4956 56,3933 54,8098 56,5189 9,977 10,0315 10,0233 20 mL 47,1891 48,1983 47,2074 64,5969 65,0897 64,9596 17,4078 17,8914 17,7522 30 mL 45,1061 46,1341 45,1526 74,5871 75,5276 74,7186 29,4810 29,3935 29,5660 40 mL 45,9590 48,0857 46,0151 86,0177 88,2051 86,1251 40,0587 40,1194 40,1100 50 mL 47,1174 47,2821 47,4443 97,2110 97,2907 97,6600 50,0936 50,0086 50,2157 Tabela 2: Temperatura da Água na calibração da Bureta. Volume Medido Temperatura (ºC) M1 M2 M3 10 mL 27 27 27 20 mL 23 23 23 30 mL 25,5 26 26 40 mL 27 27 27 50 mL 22 22 22 Tabela 3: Massa da Água na calibração da Pipeta Volumétrica. Volume Medido Erlenmeyer Seco (g) Erlenmeyer c/ Água (g) Massa da Água (g) M1 M2 M3 M1 M2 M3 M1 M2 M3 25 mL 47,3224 47,5783 47,6174 72,1788 72,1347 72,4683 24,8564 24,5564 24,8509 50 mL 47,1060 47,3070 47,2700 97,5700 97,2690 97,2680 49,4310 49,4020 49,4060 Tabela 4: Temperatura da Água na calibração da Pipeta Volumétrica. Volume Medido Temperatura (ºC) M1 M2 M3 25 mL 23 23 23 50 mL 23 23 23 Tabela 5: Massa da Água na calibração do Balão Volumétrico. Volume Medido Balão Seco (g) Balão com Água (g) Massa da Água (g) M1 M2 M3 M1 M2 M3 M1 M2 M3 50 mL 40,7096 40,8174 40,5228 90,3955 90,4521 90,5722 49,6859 49,6347 50,0494 100 mL 61,8540 61,8540 61,8540 160,916 161,071 161,114 99,0620 99,2170 99,2600 Tabela 6: Temperatura da Água na calibração do Balão Volumétrico. Volume Medido Temperatura (ºC) M1 M2 M3 50 mL 23 23 23 100 mL 28 28 28 Ao analisarmos as tabelas de temperatura notamos diferenças entre elas, o motivo mais obvio é os diferentes tipos de termômetro que foram utilizados em cada experimento, com isso para prosseguirmos ao passo seguinte que é calcular a média aritmética das massas e calcular o volume médio transferido é necessário utilizarmos uma tabela de densidade para as diversas temperaturas apresentadas. Tabela 7: Densidade da água em várias temperaturas (1 atm) Temperatura (°C) Densidade (g/cm³) Temperatura (°C) Densidade (g/cm³) 20 0,99823 26 0,99682 21 0,99802 27 0,99655 22 0,99780 28 0,99627 23 0,99757 29 0,99598 24 0,99733 30 0,99568 25 0,99708 31 0,99537 O cálculo da média aritmética das massas da água é dado pela seguinte formula: [ M = ( M1 + M2 + M3 ) ] 3 (MR: Média Aritmética das Massas / M1: Massa 1 / M2: Massa 2 / M3: Massa 3) O cálculo do volume real obtido é dado por esta formula: [ V = M ] d (V: Volume / M: Massa / d: densidade) Tabela 8: Média das Massas e Volumes Reais Obtidos. Vidraria: Valor Medido Média das Massas (g) Volume Real Obtido (cm³) Bureta de 10 mL 10,0106 10,05 Bureta de 20 mL 17,6838 17,73 Bureta de 30 mL 29,48017 29,58 Bureta de 40 mL 40,09603 40,19 Bureta de 50 mL 50,10597 50,22 Pipeta Vol. de 25 mL 24,75457 24,82 Pipeta Vol. de 50 mL 49,413 49,54 Balão Vol. de 50 mL 49,79 49,92 Balão Vol. de 100 mL 99,17967 99,51Obs.: No calculo do volume real da Bureta de 30 mL foi feito um arredondamento da temperatura M1 de 25,5 (ºC) para 26 (ºC). Para concluirmos nossas analises precisamos agora calcular o desvio padrão e o coeficiente de variância, as vidrarias são aferidas pela água na altura do menisco sendo realizada por pessoas, com isso teremos uma margem de erro que é inevitável, nos volumes reais obtidos pelas vidrarias que apresentamos na tabela 8, temos uma considerável porcentagem de erros não constantes podendo ser para mais ou para menos, temos uma diferença maior que as demais na bureta de 20 mL, porém no geral podemos afirmar que os valores são bem aceitáveis. Para calcularmos o desvio padrão vamos utilizar esta formula: [ S = ( ∑ ( Vi – V )² ] N – 1 (S: Desvio Padrão / ∑: Somatório dos volumes / N: Numero de Termos / Vi: Volume / V: Volume Médio) O calculo do coeficiente de variância é dado pela seguinte formula: [ CV = S x 100% ] V (CV: Coeficiente de Variância / S: Desvio Padrão / V: Volume Médio) Para visualizarmos melhor os valores e margens de erros existentes nos experimentos utilizando as formulas citadas acima, vamos apresentar agora vários gráficos de modo que tiremos conclusões exatas nos resultados do experimento. Gráfico 1: Desvio padrão médio x Volume real transferido pela Bureta. Gráfico 2: Variância x Volume real transferido pela Bureta. Fazendo uma analise sobre esses gráficos com os resultados da Bureta, vemos os volumes reais transferidos bem próximos do valor verdadeiro formando uma curva polinomial, excetuando o valor obtido pela bureta de 20 mL que é de 17,66675 cm³, onde a curva se torna bem acentuada, resultando numa porcentagem de variância muito grande em relação aos demais valores. Gráfico 3: Desvio padrão médio x Volume transferido pela Pipeta Volumétrica. Gráfico 4: Variância x Volume real transferido pela Bureta. Os gráficos 3 e 4 correspondem entre si na forma em que estão a diferença do desvio padrão entre as pipetas de 25 mL e 50 mL é de 0,2, apesar do valor do volume da pipeta de 25 mL estar bem próximo do valor ideal a porcentagem de variância se apresentou muito alta em relação a pipeta de 50 mL que teve um percentual de 3,159 %. Gráfico 5:Desvio padrão médio x Volume transferido pelo Balão Volumétrico. Gráfico 6: Variância x Volume real transferido pela pelo Balão Volumétrico. Estes últimos gráficos foram os que apresentaram menores diferenças nos valores entre si, uma diferença no desvio padrão de 0,2 e uma porcentagem mínima de aproximadamente 10%, onde afirmamos que houve uma mínima margem de erro. CONCLUSÕES Os dados nos mostraram e principalmente os gráficos que nesse experimento a medida que aumentávamos a capacidade de volume das vidrarias a possibilidade de erro diminuía, os dados mostrados não foram constantes, porém apresentaram em sua maioria um porcentagem de erro considerável já que os erros são inevitáveis as buretas apresentaram valores oscilantes, as pipetas maiores e diferenças e os balões por sua vez mostraram-se constantes com menores diferenças, concluímos então que é possível aferir ou calibrar vidrarias através de processos simples de laboratório. REFERËNCIAS [1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Calibra%C3%A7%C3%A3o [2] BRAZ, Danilo Cavalcante; LOPES FONTELES, Carlos Alberto; BRANDIM, Ayrton de Sá. QUESTÕES A limpeza e conservação das vidrarias são fundamentais para o resultado final. Existem as vidrarias TD: Pipeta volumétrica (25 ml)e (50 ml) – precisão de (0,03ml) e (0,05 ml)respectivamente TD: Balão volumétrico (50 ml)e (100 ml) – precisão de (0,05ml) e (0,08 ml)respectivamente TC: Bureta (50 ml) – precisão de (0,05 ml)3). A densidade dos líquidos são medidas pela massa dividida pelo volume e variam de acordo com a temperatura. As vidrarias de laboratórios vem com graduação próprias do fabricante, que são feitas em alto grau de limpeza, é fundamental manter-se assim, principalmente para um experimento como esse que a calibração das mesmas.
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