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APOSTILA Confeccionador de Lingerie Parte I

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Prévia do material em texto

Instituto Tecnológico 
do Estado de Goiás 
 
REDE ITEGO 
 
 
Governador do Estado de Goiás 
 
Marconi Ferreira Perillo Júnior 
 
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de 
Agricultura, Pecuária e Irrigação 
Francisco Gonzaga Pontes 
 
Superintendente Executivo de Ciência e Tecnologia 
 
Mauro Netto Faiad 
 
Chefe de Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica/ 
 
Coordenadora Geral - PRONATEC 
 
Soraia Paranhos Netto 
 
Coordenadora Adjunto - PRONATEC 
 
Sônia Maria Barros Galvão 
 
Coordenador Pedagógico - PRONATEC 
 
José Teodoro Coelho 
Coordenadora Administrativa - PRONATEC 
 
Andréa Gonçalves Fonseca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Confeccionador de Lingerie e 
Moda Praia 
 
 
CONFECCIONADOR DE LINGERIE E MODA PRAIA 
 
Prezado (a) estudante, 
Antes de tudo, gostaria de parabenizá-lo (a) pela decisão de buscar o 
conhecimento através da formação inicial e continuada. Esse material é 
proveniente de uma pesquisa e de uma reunião de textos técnicos e literaturas 
específicas, além de opiniões e comentários de profissionais da área de costura 
do segmento têxtil, vestuário, lingerie e moda praia. 
O Brasil é um polo confeccionista e o país que mais consome produtos do 
segmento moda praia, sendo referência e reconhecido no mundo todo por seu 
estilo ousado e pela criatividade dos modelos dos seus biquínis, investindo 
constantemente em tecnologia e capacitação no setor. No segmento roupa 
íntima, é o 5º maior produtor mundial, um leque de oportunidades de 
empreendimentos na área e um mercado promissor para quem sabe explorar o 
segmento. 
Diante desse cenário, percebe-se que espaço para crescimento existe, 
bastando, para tanto, que o estudante desse segmento estude o mercado e 
invista constantemente em sua capacitação e potencial. 
Essa apostila está dividida em três tópicos importantes para o curso de 
confeccionador de lingerie e moda praia: 
 Tecnologia têxtil do vestuário; 
 Técnica de modelagem, costura e montagem das peças; 
 Prática da costura industrial em lingerie e moda praia. 
 
 
 
Parte I 
 
Introdução à tecnologia têxtil do vestuário 
Classificação das fibras têxteis e divisão da indústria têxtil 
Tipos de fibras têxteis 
Desenvolvimento da cadeia têxtil no cenário brasileiro 
 
 
Parte II 
Máquinas, equipamentos e acessórios para confecção de lingerie e 
moda praia 
Aviamentos 
Tipos de malhas para confecção de lingerie e moda praia 
Fluxograma e montagem das peças 
Risco e corte em tecido de malha 
Acabamentos e costura 
 
Parte III 
Moldes moda íntima e moda praia 
Prática da costura industrial em lingerie e moda praia 
Noções de controle de qualidade no processo produtivo 
 
 
 
Através dos tempos, o homem vem produzindo a sua própria roupa e 
experimentando materiais para que sua vestimenta atenda às suas 
necessidades. Com a racionalização do trabalho, foram surgindo máquinas e 
equipamentos para a fabricação de fios e roupas. Na Europa, em meados do 
século XVIII, as fibras utilizadas eram a lã, o linho e a seda. O algodão surgiu no 
fim do mesmo século com um outro nome, “JULINE”, que era composto de fios 
de linho e algodão. O sucesso foi tanto que sua fabricação não atendida ao 
consumo. Com tanta demanda, as indústrias tiveram que importar grande 
quantidade de fios produzidos em outros países. 
A primeira fiandeira foi inventada por Thomas Higgs e tinha apenas seis 
fusos. Mais tarde, ela foi aperfeiçoada por James Hargreaves, e esta fabricava 
apenas a trama. Depois de quase 20 anos, Samuel Crompton criou a mule-jenny, 
uma máquina de fiação hidráulica que, ao progredir, tecia, com o mesmo 
movimento, de 30 a 1000 fios ao mesmo tempo, um grande avanço para a 
época. 
 
 
Com o decorrer dos anos, houve a necessidade de se produzir fibras 
artificiais. Esse fato surgiu porque a produção de fibras naturais não 
acompanhava o ritmo do seu consumo, ou seja, a demanda era grande para o 
A designação da mula é melhor compreendida quando se sabe que a palavra inglesa jenny, além de 
ser, primeiramente, um nome feminino, também denota o burro. Os próprios ingleses, além disso, 
preferem o termo mule jenny, o de girar a mula. A ortografia mull-jenny, usada aqui e ali em 
francês 2 , mas desprovida de significado, deve ser proscrita. 
algodão, e as fibras artificiais foram, aos poucos, suprindo o mercado têxtil. Estas 
fibras apareceram no final do século XIX. 
A fibra têxtil é a matéria-prima fibrosa, um termo para diversos tipos de 
materiais, naturais ou químicos, constituídos por macromoléculas lineares, que 
vão formar os fios têxteis. Uma de suas características é apresentar proporção 
entre comprimento, diâmetro e espessura, e a fibra também tem alta resistência 
à tensão e absorção, é elástica e possui alongamento. 
A fibra é utilizada para a fabricação de não tecidos, como também para a 
fiação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de fibras têxteis 
Fibras têxteis naturais: são retiradas da natureza e precisam de apenas alguns 
processos físicos para serem transformadas em fios. As fibras naturais 
tradicionais são comparadas às fibras vegetais, pois estas apresentam como 
principais vantagens: abundância, baixo custo, pouco volume, pouca capacidade 
de absorção de dióxido de carbono do meio ambiente, biodegradabilidade, além 
de serem renováveis. Em contrapartida, as suas principais desvantagens são: 
elevada absorção de humidade, baixa resistência a micro-organismos, baixa 
estabilidade térmica e propriedades mecânicas inferiores às das fibras não 
naturais. Estão divididas em: 
 
 fibras têxteis animais: de origem animal, são obtidas a partir de secreções 
ou pelos de animais. Exemplos: seda (bicho-da-seda) e lã (Lhama etc.); 
 
Qual a diferença entre tecidos naturais e sintéticos? 
As fibras naturais são o algodão, o linho, a lã e a seda. Estas fibras se caracterizam 
por serem confortáveis, flexíveis, duráveis, resistentes e por “respirarem”, fazendo 
com que a roupa não tenha cheiro ruim. O ponto negativo é que amassam 
facilmente e desbotam com o tempo. Já os materiais sintéticos – viscose, acetato, 
poliéster, acrílico, entre outros – são resistentes, secam rapidamente e 
praticamente não amassam. Porém, não “respiram” e podem queimar com 
facilidade quando são passados. 
Fonte: http://www.audaces.com/tecidos-naturais-e-sinteticos-quais-as-diferencas-
entre-eles/ 
 
 
 fibras têxteis vegetais: de origem vegetal, são obtidas a partir de caules, 
sementes, folhas e frutos de vegetais. Exemplos: algodão, juta, linho, 
sisal, coco etc.; 
 
 
 
 
Fonte: http://plastico-fibrastexteis.blogspot.com.br/2010/08/tipos-de-fibras.html 
 
 fibras têxteis minerais: de origem mineral, são obtidas a partir de rochas, 
com estrutura fibrosa, constituídas, essencialmente, por silicatos. Um 
exemplo de uma fibra de origem mineral é o amianto; 
 
Fonte: http://usimak.blogspot.com.br/2011/10/sisal-aumenta-resistencia-de-concreto.html 
Fibras têxteis químicas: são conhecidas como fibras manufaturadas, tecnofibras 
ou man-made-fibers (produzidas pelo homem e por máquinas). Compostas de 
macromoléculas lineares retiradas de processos químicos, é um grupo de fibras 
não naturais que engloba as fibras artificiais e sintéticas. As fibras químicas 
foram desenvolvidas, inicialmente, com o objetivo de copiar e melhorar as 
características e propriedades das fibras naturais. 
Fibras têxteis artificiais: são todas as fibras que se apresentam na natureza numa 
forma não utilizável. Por meio dealguns processos químicos, o homem as 
transforma e as coloca em condições de uso; são obtidas a partir da 
transformação de polímeros naturais, através da ação de agentes químicos em 
processos de extrusão. Geralmente o polímero percursor de muitas das fibras 
artificiais é a celulose, extraída de línters de algodão e folhas de árvores, como 
o eucalipto, bamboo, a soja, o milho, entre outras. Outros percursores, como a 
caseína do leite ou o alginato extraído das algas, podem igualmente ser 
utilizados. Ex.: viscose, modal, cupro, liocel, acetato, triacetato etc. 
 
Fonte: http://plastico-fibrastexteis.blogspot.com.br/2010/08/tipos-de-fibras.html 
http://carolinepalmer.blogspot.com.br/2013/01/tecnologia-textil-fibra.html 
 
Fibras têxteis sintéticas: não existem na natureza. O homem, por meio de 
processos químicos, as coloca em condições de uso, ou seja, são formadas 
por macromoléculas criadas (sintetizadas) pelo homem. As fibras 
sintéticas são normalmente produzidas quimicamente através de 
derivados do petróleo, originando uma vasta gama de materiais com 
propriedades diversas. O aparecimento das fibras sintéticas contribuiu 
fortemente para o alargamento da gama de aplicações dos materiais à 
base de fibras, considerando-se as suas propriedades físicas, químicas e 
mecânicas. Desta forma, fibras de poliéster, poliamida ou polipropileno 
encontraram rapidamente aplicações generalizadas e, em grande escala, 
em áreas ditas não convencionais – vestuário e têxteis-lar, incluindo 
medicina, transportes, aeronáutica, construção civil, entre muitas outras. 
Exs.: poliéster, poliamida, polipropileno, acrílico, elastano etc. 
 
Fonte: https://www.slideshare.net/Blowbell/blowbell-mens-wear-diferentes-tipos-de-fibras-para-tecidos 
 
Fonte: blowbell-mens-wear-diferentes-tipos-de-fibras-para-tecidos-5-1024 
 
 
Fibras naturais vegetais e suas características 
Algodão 
Suave e confortável, possui boa solidez e amassa facilmente. É hidrofílico 
porque tem excelente capacidade de absorção. Ele absorve o suor, proporciona 
maior conforto e é antialérgico. 
 
 
Ainda dentro do grupo das fibras naturais, temos o cânhamo, que se 
origina das fibras do caule da planta de cannabis ruderallis. Tanto o cânhamo 
quanto a maconha são membros da família da cannabis, mas são cultivos 
diferentes dentro dessa família. 
O cânhamo possui aparência rústica, grande solidez, resistência e 
durabilidade; seus fios impedem a entrada de raios ultravioleta, além de terem 
uma propriedade chamada termodinâmica, que significa que a roupa fica fresca 
no verão e quente no inverno. 
 
 
 
 
 
Juta 
 
É resistente e sólida à luz do sol, ou seja, sua tinta, seu substrato ou a peça 
como um todo possui durabilidade. É um tecido ecologicamente correto e um 
dos mais utilizados depois do algodão. É totalmente versátil, econômico e forte. 
Atualmente, a cidade que mais cultiva a juta como matéria-prima é Bangladesh, 
e o maior fabricante de mercadorias é a Índia, seguida da China, Tailândia, do 
Mianmar, Butão e Nepal. 
 
 
 
 
 
Fonte: https://br.pinterest.com/explore/juta/?lp=true 
 
 
 
 
Linho 
 
O linho é obtido do caule do Linun usitatissimum, que se desenvolve em 
muitas regiões temperadas e subtropicais do planeta. No interior da casca da 
planta há células longas, delgadas e de espessas paredes, das quais os elementos 
fibrosos são compostos. Cultivada para a fibra, a planta do linho é anual e 
apresenta uma haste dupla que, posteriormente, se ramifica. Suas fibras têm 
aparência lustrosa, elevado “brilho” natural e possuem alta resistência e baixo 
alongamento. O linho tem alto grau de rigidez e absorve umidade com bastante 
rapidez. O cultivo, assim como o processo de produção da fibra, é muito caro, o 
que faz com que o tecido tenha um custo elevado. Para solucionar esse 
problema, as indústrias têxteis produzem a fibra de linho misturada a outras 
fibras, tais como o algodão e a viscose, sem perder as suas características. 
 
 
 
 
 
Rami 
 
Rami é uma planta cultivada permanente, que pode produzir, sem 
renovação, por cerca de 20 anos. A planta apresenta uma cepa de onde partem 
as hastes, que podem atingir, em terrenos apropriados, dois e três metros de 
altura. Destaca-se por sua grande aplicação em tecidos para vestuário e para 
artigos de decoração. É clara, brilhante e seus fios podem ser tão fortes quanto 
os do linho. A fibra é bastante durável, mas tende a perder elasticidade. Absorve 
água com muita rapidez e aumenta sua resistência em cerca de 25% quando 
molhada, o que torna os tecidos de fácil lavagem e de rápida secagem. Bastante 
resistente, rami tem a vantagem de ser uma fibra longa (150 a 200 cm). 
Os tecidos de rami têm boa aceitação no mercado, podendo ser 
considerados como um produto substituto muito próximo do linho, sendo de 
menor qualidade, mas com a vantagem de serem relativamente mais baratos. 
Em geral são vendidos ao consumidor final como se fossem linho ou com o nome 
de "linho rami", pois dificilmente as pessoas comuns conseguem distinguir o 
rami do linho, seja sob a forma de roupa pronta ou de tecido para ser 
confeccionado. 
 
 
 
Sisal 
É uma planta originária da América Central cujo ciclo de vida é longo e as 
fibras são retiradas através das folhas. É cultivada em regiões semiáridas e, no 
Brasil, seus principais produtores são os estados da Bahia e Paraíba. As cidades 
de Valente, Queimadas, Santa Luz, Retirolândia, São Domingos e Conceição do 
Coité são consideradas regiões sisaleiras, onde está localizado o maior polo 
produtor e industrial de sisal do mundo. Nesse polo industrial, concentram-se as 
maiores indústrias de produção da fibra de sisal, que produzem fios e cordas 
para serem exportados para diversos países. O comprimento varia entre 60 e 
160 cm. Essa fibra apresenta excelente resistência à ruptura, ao alongamento e 
à água salgada (aumento de resistência quando molhada). Os principais 
produtos são os fios biodegradáveis, utilizados em artesanato, enfardamento de 
forragens, nas cordas de várias utilidades, nos torcidos e cordéis. As fibras 
podem ser utilizadas também na indústria automobilística, substituindo a fibra 
de vidro. Uma fibra sintética demora até 150 anos para se decompor no solo, 
enquanto a fibra do sisal, em meses, torna-se um fertilizante natural. 
 
 
Coco 
O Brasil produz uma grande quantidade de cocos por ano 
(aproximadamente dois bilhões), e seu consumo se restringe à agua e à polpa. 
O Nordeste é a região que concentra a maior parte do cultivo do coco e onde é 
descartada grande quantidade de casca, parte fibrosa e dura que representa 
80% do peso total do coco, que acaba virando lixo. Isso significa que, para cada 
coco consumido, um quilo e meio de lixo orgânico é gerado. A casca do coco 
pode levar até 10 anos para se decompor, porém, é uma fonte de matéria-prima 
atraente para a indústrias de reciclagem. Essa matéria-prima pode ser 
transformada em estofamento para veículos, colchões, palmilhas, material para 
jardinagem, substrato para agricultura, tecido etc. De acordo com dados obtidos 
pela Embrapa, as dez maiores empresas processam, industrialmente e 
diariamente, mais de um milhão de cocos. Nessa cadeia produtiva, as indústrias 
que reciclam o que é descartado ganham força. A fibra e o substrato são as 
matérias extraídas da casca do coco, e ambos são reciclados. A fibra é utilizada 
como matéria-prima para a confecção de bancos para automóveis e mantas 
geotêxtis, e o chamado tecido não tecido, conhecido como TNT, feito da mistura 
de fibra de coco e látex, é utilizado na confecção de bolsas e artesanatos. 
 
  Exercício: pesquisar outras fibras naturais de origem vegetal. 
 
Fibrasnaturais animais 
 
A lã é derivada do pelo dos ovinos, carneiros, das 
ovelhas e dos cordeiros. O comprimento das fibras 
varia de 50 a 150 mm, e estas apresentam ondulação 
natural, que constitui uma vantagem para a produção 
de fios e tecidos. As fibras mais finas apresentam um 
leve brilho superior ao das fibras grossas e têm a 
aparência semelhante à da seda. A lã é retirada da 
ovelha por meio de tosquia. 
A qualidade da lã depende da raça do animal e, 
antes de ser transformada em têxtil, passa por um 
processo de lavagem para serem retiradas as 
impurezas, como a terra e outro tipo de matéria 
orgânica. 
O suint e o sebo, produzidos pelo animal, são 
retirados após lavagem com água quente e carbonato 
de potássio para dissolver as gorduras do sebo. Após 
esse processo, a lã é pulverizada com óleos vegetais 
para amaciar o pelo e facilitar o deslizamento entre as 
fibras durante a fiação. Possui excelente alongamento, 
elasticidade, flexibilidade e durabilidade. 
Resistente ao frio, de fácil recuperação à forma 
original depois de ser lavada, não amarrota com 
facilidade, é muito confortável e tem um ótimo 
caimento. Outra característica marcante é que os 
tecidos de lã criam uma sensação de frescor, e isso 
acontece porque a temperatura do tecido encontra-se 
entre a temperatura da pele e a do meio ambiente. 
Assim, quando o tecido toca a pele, ocorre uma queda 
da temperatura do tecido. 
Quando o tecido 100% lã se distancia da pele 
para uma atmosfera mais úmida, ele reabsorve a 
unidade perdida. Esse processo repete-se toda vez que 
uma parte do tecido entra em contato com a pele. 
Conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul é 
o maior produtor de lã do país. 
 
 
Seda 
O fio de seda é retirado do casulo da lagarta de diversas mariposas. A mais 
comum é o bicho-da-seda da amoreira, que responde por 95% da produção 
mundial. A sericultura moderna é mecanizada, porém, o processo de produção 
é basicamente o mesmo há cinco mil anos. Segundo a lenda, o primeiro fio de 
seda foi descoberto pela imperatriz Hsi-Ling-Shi, em 2.640 a.C. Embaixo de uma 
aroeira, quando tomava o chá da tarde, um casulo do bicho-da seda teria caído 
dentro do chá fervente; a imperatriz, então, percebeu que, amolecido pelo calor 
do chá, o casulo poderia ser desenrolado, formando um fio. Os chineses 
produziram a seda com exclusividade por três milênios. Considerado um tecido 
nobre e com alto valor comercial, o tecido que pode ser usado em dias quentes 
ou frios chamou a atenção dos maiores comerciantes da época. Foi então que o 
governo chinês proibiu a exportação de ovos de mariposas e sementes de 
amoreiras, condenando à morte os traficantes. A fibra que é produzida pelo 
bicho-da-seda é um dos mais nobres tecidos que o homem já utilizou para a 
fabricação de tecidos. Seu brilho e textura são únicos e, além de sua maciez ser 
extremamente resistente, é muito apropriada para regiões de clima quente, pois 
absorve umidade e suor. Desde a época de sua descoberta é um tecido nobre 
apreciado pela alta sociedade. A seda é um tecido extremamente desejado e por 
anos o oriente foi o principal produtor. Na Idade Média, a seda era tão valorizada 
que os nobres chegaram a trocar um quilo de seda por um quilo de ouro. 
No Brasil, as primeiras plantações de amoreiras surgiram em Minas, por 
ordem de dona Maria I, a Louca, que reinou de 1777 a 1792, quando foi 
declarada mentalmente incapaz. Mas, a produção de seda teve início apenas no 
Segundo Império. Atualmente, o Brasil é o quarto produtor mundial da seda, no 
entanto, esse mercado ainda é dominado pelos chineses, produtores de quase 
metade da seda comercializada na Terra. 
A seda é um tecido macio, maleável e de brilho intenso. Confortável, 
mantém a temperatura do corpo. Pode ser usado em camisas, saias, blusas, 
batas e em alguns produtos de decoração. Além de ser antibacteriano, esse 
tecido é antialérgico e, ainda por cima, termodinâmico. 
 
 
 
 
 
Caxemira 
 
A lã de caxemira é um dos têxteis naturais mais luxuosos e caros do 
mundo. Por suas características utilitárias e estéticas, também está entre os 
tecidos mais procurados. É uma das mais finas fibras, proporcionando sensação 
quente, de leveza e maciez, além de ter efeito terapêutico no corpo humano. O 
processo de extração da fibra é demorado, porque, entre os pelos ásperos e 
mais duros, estão os pelos macios. As cabras caxemiras não são animais que se 
reproduzem com frequência, e esse é um dos motivos de essa fibra ser uma das 
mais procuradas. Anualmente, produz-se em média 150g por animal. 
 
 
  Exercício: pesquisar outras fibras naturais de origem vegetal. 
 
 
Fibra têxtil mineral 
 
Amianto 
 
O amianto foi descoberto no séc. XIX, com o advento da Revolução 
Industrial. A matéria-prima, escolhida para isolar termicamente as máquinas e 
os equipamentos, atingiu seu apogeu nos esforços da primeira e segunda 
guerras mundiais. Depois desse período, as epidemias de adoecimentos e 
vítimas levaram o mundo "moderno" ao conhecimento e reconhecimento de um 
dos males industriais do século XX. Constatou-se que o amianto é um material 
extremante perigoso à saúde humana, passando a ser considerado daí em 
diante como o "pó assassino”. Suas características são: boa qualidade isolante, 
durabilidade, flexibilidade, incombustibilidade (característica do que não se 
queima). 
 
 
Resumo 
 
Fibra têxtil animal: seda, lã, lhama etc. 
Fibra têxtil vegetal: algodão, linho, sisal, coco etc. 
Fibra têxtil mineral: amianto. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS 
 
As fibras têxteis possuem várias fontes de extração, e esse critério é 
utilizado para sua classificação. As fibras podem ser de origem natural quando 
extraídas na natureza, ou de origem não natural quando produzidas por 
processos industriais. 
 
 
Fibras celulósicas ou de celulose 
 
As fibras celulósicas são as fibras cujo componente primordial é a celulose. 
A celulose é um carboidrato constituído por 44,4% de carbono, 6,2% de 
hidrogênio e 49,4% de oxigênio. Possuem diversas propriedades em comum, 
queimam fácil e rapidamente, soltam odor de papel queimado e produzem 
resíduos e cinzas de cor acinzentada. A celulose é decomposta por soluções 
fortes de ácidos minerais, mas apresentam excelente resistência a soluções 
alcalinas. 
 
As fibras têxteis compostas por celulose pura são: 
 
· fibras celulósicas naturais: algodão, linho, juta, sisal etc.; 
· fibras celulósicas artificiais regeneradas: modal e viscose; 
· fibras celulósicas artificiais modificadas: diacetato e triacetato. 
 
 
Fibras celulósicas artificiais regeneradas: 
 
As fibras de celulose regenerada são fibras químicas obtidas através da 
celulose quimicamente tratada. Proveem da polpa da madeira ou de pequenos 
ramos do algodão. São elas: rayon, viscose e acetato. 
 
 
Rayon 
 
O algodão rayon é uma fibra produzida por meio de um processo que 
utiliza matérias-primas naturais, como a celulose, para desenvolver um tecido 
que se assemelha muito ao algodão e ao linho. No final do século XIX, o rayon 
foi desenvolvido na França e ganhou espaço no mercado por conta de sua 
versatilidade, relação custo-benefício e semelhança com outros tipos de fibras 
para o consumidor final. Apesar de ser uma fibra confeccionada através de um 
processo industrial, o uso de materiais naturais faz com que as peças de roupa 
produzidas com o rayon tenham as mesmas características de conforto, bem-
estar, leveza e bom caimento. É um tecido leve e fluido que não adere ao corpo 
e dá um caimento bastante elegante para quem o estiver vestindo. Ao contrário 
dos tecidos sintéticos, o rayon é um tecido que respira e, por esse motivo, é 
muito usadopara a fabricação de roupas esportivas e de verão, pela sua leveza, 
por seu frescor e conforto. 
 
 
 
 
 
 
Viscose 
 
É composta por uma fibra artificial de celulose, fabricada a partir de 
pequenos pedaços de madeiras triturados de árvores pouco resinosas. Essa 
matéria-prima é processada por extrusão, formando uma pasta celulósica 
agregada a outras soluções; desse processo, se obtém a fibra. A viscose é 
utilizada em malhas, vestidos, casacos, blusas e trajes desportivos, e também é 
conhecida por seda javanesa (em mistura com o acetato). 
O crepe de viscose é formado por fios de filamentos de viscose, 
excessivamente torcidos. Os fios fiados de viscose formam o filamento e podem 
ser cortados e processados em tamanhos diferentes, mais apropriados para o 
algodão, a lã ou o linho. Da fibra da viscose, originam-se o poliéster-viscose, a 
viscose-linho e a viscose-lã, que recebem o nome da fibra natural que entra na 
sua composição. 
 
 
Fibras artificiais modificadas 
 
Fibras de acetato 
 
O acetato também é uma fibra obtida a partir de um processo químico 
derivado da celulose. Conhecido também como ácido acético, por este produto 
fazer parte da sua composição, não deve ser confundido com o rayon, pelo fato 
de suas propriedades físicas e químicas, assim como a sua reação aos corantes, 
serem diferentes do rayon. 
 
 
Poliamida 
 
Segundo o dicionário on-line da Língua Portuguesa, poliamida é um 
composto caracterizado por mais de um grupo de amida, especialmente uma 
amida polimérica (como o náilon, um polipeptídeo ou uma proteína). A 
etimologia da palavra poliamida é poli + amida. Foi o primeiro tecido produzido 
industrialmente, por volta dos anos 1930. Seu toque é mais macio e se 
aproxima mais do toque do algodão. É leve, seca rápido e tem boa 
resistência. No vestuário, a poliamida é mais usada para a moda praia, roupa 
íntima e esportivas. 
 
Poliéster 
 
O poliéster é um tipo de plástico com diversas aplicações industriais, em 
especial na produção de tecidos para a fabricação de roupas. A fibra é obtida de 
processos químicos e deriva do petróleo. O poliéster é caracterizado por ter uma 
ótima resistência, baixo encolhimento, secagem rápida e, além disso, não 
amarrota. Surgiu ainda no século XIX, quando apareceram as primeiras fibras 
artificiais pela necessidade do ritmo do consumo das fibras naturais, que era 
muito grande para a época. Conde Hilaire de Chardonnet, percursor desse 
descobrimento, em 1889, apresentou, em Paris, uma amostra da seda artificial. 
Já o poliéster foi descoberto por JR. Winfield, na Inglaterra, no ano de 1941. Após 
14 anos, começou a ser produzido em grande escala. Mais áspero, se 
comparado com a poliamida, seu baixo custo permite a confecção de roupas 
com um preço mais acessível, além de secar rápido e ser difícil de encolher e 
amassar. O poliéster foi desenvolvido depois da poliamida, por volta dos anos 
1950. 
 
Elastano 
O elastano é uma fibra sintética conhecida por sua grande elasticidade. É a “lycra” pura, sem a adição 
da poliamida, mais forte e durável do que a borracha, sua principal concorrente. Foi inventada em 
1959, pela Du Pont e, quando foi colocada no mercado, revolucionou a área da indústria do vestuário, 
principalmente na confecção de trajes esportivos e meias. O elastano deve ser misturado com outros 
materiais e encontramos, especialmente, a mistura com algodão, numa combinação perfeita entre o 
natural e o sintético. O elastano entra sempre em menor proporção na composição do tecido. Pode-
se encontrá-lo na forma nua, na produção de tecidos de malha ou recoberto com poliamida em forma 
de multifilamento ou almado. 
Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/elastano/ 
 
O desenvolvimento da cadeia têxtil no cenário brasileiro 
 
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Têxteis e 
Confecção (ABIT), nos últimos sete anos o crescimento das importações de 
vestuário foi de 658%. A importação representa hoje 25% do consumo têxtil de 
confecção. Atualmente, a cadeia têxtil e de confecção no Brasil vai muito além 
do que pensamos, pois existem 30 mil empresas em atividade regular e oito 
milhões de empregos direto e indireto. O faturamento anual é de oito bilhões 
de reais e, apesar de grandes dificuldades de competir em um mercado cada vez 
mais globalizado, a indústria brasileira como um todo ainda cresce na economia 
nacional. Fatores como a oscilação cambial, a carga fiscal e a infraestrutura 
deficiente dificultam a competição dos produtos fabricados no Brasil no 
mercado internacional. Apesar de todos esses entraves, se fortalece uma luta 
cada vez mais intensa e estruturada em defesa do setor têxtil, que emprega 
cerca de 1,5 milhão de brasileiros, e é demasiado relevante para o 
desenvolvimento do país. 
 
 
 
Fonte: http://www.abit.org.br/conteudo/links/publicacoes/cartilha_rtcc.pdf 
 
 
 
Resumo do que estudamos até agora: 
1. No grupo das fibras animais, incluem-se todas as fibras produzidas por 
animais. 
2. No grupo das fibras vegetais, aquelas que são compostas por celulose se 
encontram na natureza já em forma de fibras. 
3. No grupo das fibras minerais, estão as rochas fibrosas. 
4. No grupo das fibras químicas, que também podem ser chamadas regeneradas, 
incluem-se as fibras cuja estrutura química final é a mesma ou muito próxima da 
matéria-prima que lhe deu origem, como por exemplo a celulose (polpa da madeira). 
5. No grupo das fibras sintéticas orgânicas, incluem-se as fibras obtidas por síntese, a 
partir de matérias primas orgânicas. Hoje, é o grupo com maior relevo quanto à 
produção e ao consumo mundial. 
6. No grupo das fibras sintéticas inorgânicas, incluem-se as fibras de vidro. 
7. Finalmente, as fibras metálicas são constituídas por metais, podendo este 
grupo ser considerado também como de fibras regeneradas. 
 
Tecido têxtil é definido como um material que pode ser de fios de fibra natural, 
artificial ou sintética. É composto por diversas formas de fios e utilizado em 
forma de vestimenta (roupa) e cobertura de diversos usos (decoração, limpeza, 
equipamento de segurança ou medicinal). 
 
Tipos de tecidos 
Tecido plano: é uma estrutura produzida pelo entrelaçamento de um conjunto 
de fios de urdume e outro conjunto de fios de trama, formando ângulo de (ou 
próximo) a 90º. 
 
Malha: a carreira de malhas é a sucessão de laçadas consecutivas no sentido da 
largura do tecido. Já a coluna de malha é a sucessão de laçadas consecutivas no 
sentido do comprimento do tecido. A laçada é o principal elemento deste tipo 
de tecido, constituindo-se de uma cabeça, duas pernas e dois pés. 
 
Tecido não tecido: conforme a norma NBR – 13370, não tecido é uma estrutura 
plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de fibras, ou filamentos, 
orientado na mesma direção ou aleatoriamente, consolidado por processos: 
mecânico (fricção), e/ou químico (adesão), e/ou térmico (coesão) ou pela 
combinação destes. 
 
Urdume: conjunto de fios dispostos na direção longitudinal (comprimento) do 
tecido. 
 
Trama: conjunto de fios dispostos na direção transversal (largura) do tecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parte II 
 
 Máquinas, equipamentos e acessórios para a confecção de 
lingerie e moda praia 
 Aviamentos 
 Tipos de malhas para confecção de lingerie e moda praia 
 Fluxograma e montagem das peças 
 Risco e corte em tecido de malha 
 Acabamentos e costura 
 
As lingeries são produtos que seduzem tanto o público masculino quanto 
o feminino e têm alta vendagem no mercado. O Brasil é o 5º maior produtor 
mundial de roupa íntima, em um mercado dominado pela China, Índia, pelos 
EUA e pelo Paquistão, e estamos em uma posição de destaque.Esses dados 
foram divulgados pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), que é 
especializado no setor. 
O crescimento do setor foi de 33% nos últimos quatro anos, índice alto 
comparado a outros setores do vestuário. Isso significa um leque de 
oportunidades de empreendimento na área, um mercado promissor para quem 
sabe explorar o segmento cheio de oportunidades inovadoras. Existem infinitos 
modelos, tamanhos e cores, atendendo todos os bolsos e todas as faixas etárias, 
num cenário peculiarmente voltado à customização e à experimentação das 
peças. 
Mais do que peças do vestuário feminino, a lingerie atingiu o auge da 
ousadia e inovação na década de 1960, com a revolução sexual e feminista. Por 
todo país, cerca de 1,5 bilhão de peças são produzidas de norte a sul, 
movimentando R$ 3,6 bilhões por ano, segundo dados da Associação Brasileira 
da Industria Têxtil (ABIT). 
Um dos fatores que contribui para a expansão do setor é a oferta de 
cursos técnicos e universitários na área do design, criando a possibilidade de 
empresários e interessados pelo setor fabricarem suas próprias peças de forma 
mais simples. Com o uso de novas tecnologias, máquinas e equipamentos, o 
setor vem atraindo o interesse de pessoas com ideias e técnicas novas para 
incrementar e alavancar o crescimento. 
No próximo tópico vamos conhecer as máquinas e os equipamentos 
essenciais para a confecção de lingerie e moda praia. 
 
 Máquina Três Pontos modelo 20U-309-03: também faz costura reta. É de 
fácil manuseio, podendo ser utilizada em vários tipos de tecidos, 
efetuando várias funções diferentes. Podemos usá-la para pregar zíper e 
botão, rebater elástico e efetuar aplicações em tecidos em geral. Através 
de regulagem é possível efetuar bordados manuais com bastidores. 
 
 
 
 Máquina Ponto Fixo: a máquina de costura ponto fixo 301 é a mais 
utilizada no processo de costura. Ela possibilita realizar operações 
simples, como costurar retas ou costuras mais complexas, tais como 
fechamento de peça ou até mesmo a construção da peça em sua 
totalidade. Essa classe de máquina pode possuir uma agulha (conhecida 
popularmente como reta) ou duas agulhas (pespontadeira). 
 
 
 
 
 Máquina Zig Zag: é específica para tecidos de malha, mais precisamente 
para acabamentos, recoloca elásticos em lingeries e cuecas etc. 
 
 Máquina Travete: máquina robusta, que tem como finalidade fazer travas 
em pontos específicos, onde há maior tensão como bolsos, passantes, 
laterais, zíperes. 
 
 Máquina Overlok Industrial e semi-industrial: para acabamento em 
tecidos planos e fechamento de tecidos de malha. Diferente da reta 
industrial, exige o uso de três a quatro linhas para a formação da corrente, 
um espaço maior e, por ser industrial, precisa de um local fixo. 
 Overloque caseira: tem a mesma função, mas, por ser caseira, torna-se 
portátil, podendo ser transportada com maior facilidade. 
 
 Máquina Duas agulhas ou ultralock - máquina de costura doméstica que 
permite o ajusto de pontos mais largo e mais estreito, sendo possível ter 
o ponto de overloque e o ponto de segurança, com distância menor do 
que o da interlock, chamado de ponto cadeia. Essa máquina tem duas 
agulhas, podendo trabalhar com dois fios e duas linhas, tendo como 
resultado um ponto duplo. 
 
 
 
 
 Máquina Galoneira: utilizada para fazer acabamento em malha (barras 
simples, galão e trançador) e também fabricar lingerie para rebater 
elásticos, colocar viés, vivo etc. São utilizadas duas linhas e um fio, de uma 
a três agulhas, dependendo do acabamento que se quer ter. 
 
 
 
 
Interloque: tipo de overloque com três agulhas que faz a costura reta e 
overloque ao mesmo tempo, diminuindo a necessidade do uso da overloque, 
acelerando o processo de produção. 
 
 
Aviamentos 
 
Aviamentos são todos os acessórios que vão na peça, agregando 
funcionalidade. A confecção de qualquer peça do vestuário requer o emprego 
de aviamentos que variam de acordo com a finalidade da peça. Ex.: botões, 
rendas, zíperes, elásticos etc. 
Os aviamentos usados na confecção de lingeries são: 
1. renda 
2. etiqueta 
3. viés comum 
4. barbatana 
5. armação de sustentação 
6. elástico 
7. reguladores 
8. fecho 
9. tule 
10. tule lycra 
11. laço 
12. bojo por metro 
13. bojo pronto 
 
Linhas e fios 
Fios: utilizar fios 100% poliamidas (overloque e Interloque). Os loopers das 
máquinas overloque, elastiqueira e trançadeira deverão utilizar os fios de 
poliamida. 
Linhas: a linha varia de acordo com o tecido a ser usado. A linha de algodão 
mercerizada é uma linha bem versátil e recomendada para tecidos sintéticos e 
de malha. 
 
 
 
 
 
 
Ao final desse capítulo, vamos 
pesquisar para que serve cada 
aviamento utilizado na 
montagem de uma peça de 
lingerie 
 
Tipos de malhas para confecção de lingerie 
 
Para a confecção de lingeries, os tecidos mais indicados são com, no mínimo, 
5% de elastano. Para os sutiãs, aqueles são adequados nas laterais e na base 
para ficarem mais elásticos. Já a copa e o bojo, que não precisam de muita 
elasticidade, podem ser de tecidos sem elastano, como por exemplo o cetim, 
algodão, as rendas etc. 
Nas calcinhas, recomenda-se utilizar tecidos com elastano por serem mais 
confortáveis, sendo apenas um detalhe utilizado na parte da frente. 
 
Tecidos mais usados na confecção de lingerie 
 
Algodão: tecido confortável, de fácil modelagem e costura, apropriado para 
forros de calcinha e sutiãs. Muito usado em peças de lingeries artesanais, como 
calcinhas e cuecas para adultos e crianças. 
Lycra Tactel Lingerie: lycra de microfibra, com toque e caimento mais sedoso, 
com qualidade melhor para confeccionar peças íntimas. 
 
Microfibra: é um tecido fino e suas fibras têm um diâmetro 100 vezes menor do 
que um fio de cabelo humano. Encontra-se com brilho, fosco, com estampas 
detalhadas e em diferentes gramaturas, o que resulta em um tecido mais leve 
ou mais pesado. Existe também a microfibra elástica, que possui elastano em 
sua composição. A microfibra é muito versátil, pois é um tecido suave e macio 
ao toque, mas, ao mesmo tempo, oferece muita resistência e alta durabilidade. 
Com relação ao acabamento, por causa de sua composição, a microfibra 
exibe alta solidez de cores. Além disso, é um tecido que permite a transpiração 
e, portanto, as peças com microfibra secam muito mais rápido. Suas 
características são: possui toque suave e macio; permite trocas térmicas; 
respira; tem durabilidade e resistência; possui solidez e conforto; apresenta 
secagem rápida, tem bom caimento e favorece a transpiração. 
Liganete: malha de pouca elasticidade, é mais apropriada para pijamas, 
camisolas, baby doll etc. Sua composição é 96% poliéster e 4% elastano, e seu 
rendimento é de 3,30/3,70 m/Kg. 
Cotton: é uma palavra em inglês que se refere ao algodão, fio, à fibra ou ao 
tecido. O cotton é o algodão com o elastano. Sua composição é 92% algodão e 
8% elastano. 
Rendas: a renda mais apropriada para a confecção de roupa íntima é a que 
possui elastano. As rendas de poliamida com elastano são clássicas na confecção 
de lingeries, pois são produzidas em diversos padrões, larguras e acabamentos 
nas pontas ou nos bicos (arremates nas extremidades do tecido que não deixam 
a renda desfiar). Cortes de renda mais largos são ideais para forrar bojos de 
sutiãs, fazer calcinhas mais largas, como as coleções, e até fazer adornos em 
camisolas e outras peças. Rendas estreitas são usadas para a aplicação de 
detalhes e acabamentos em inúmeros itens. 
 
A poliamida 
 
A poliamida têxtilé uma fibra sintética produzida a partir de um conjunto 
de processos químicos e tecnológicos (compostos petroquímicos), à base de 
carbono, que lhe confere grande versatilidade de uso e aplicações no setor 
têxtil, como na fabricação de tecidos para roupas de banho (biquínis, sungas e 
maiôs), roupas esportivas, lingeries, meias finas, entre outras. 
As principais características da poliamida são: 
- alta resistência; 
- baixa capacidade de absorção de umidade; 
- elevada durabilidade; 
- bom acabamento na confecção de materiais têxteis, valorizam as peças 
fabricadas com esse tipo de material. 
As fibras de poliamida podem ser obtidas em diversas espessuras de fios, 
o que reforça o grande leque de aplicabilidade desse material. As fibras de 
poliamida são tão diversas que podem apresentar espessuras que possibilitam 
classificações que vão deste 1 dtex até 2.100 dtex. 
 
wecomex.com.br/tecido.pdf 
 
Elastano 
 
Segundo principal componente dos tecidos, o elastano também é uma 
fibra sintética, derivada de polímeros petroquímicos, e possui as mesmas 
características da poliamida: elevada resistência mecânica, baixa capacidade de 
absorção de umidade, alta durabilidade e boa aceitação de processos de 
acabamento nas peças. Porém, a principal característica do elastano é a sua alta 
elasticidade, pois uma fibra desse material pode ser esticada até sete vezes o 
comprimento original. 
Além da alta elasticidade, o elastano possui propriedades notáveis de 
recuperação, o que o torna um tecido nobre, lhe confere qualidades 
indispensáveis às roupas de banho (biquínis, maiôs e sungas), além de trazer 
conforto e um excelente caimento. Por tudo isso, podemos dizer que o elastano 
é uma fibra especial para ser usada em combinação com outras fibras, cujo 
percentual, normalmente, varia entre 5% e 20%. No caso da lycra, o percentual 
recomendado é de 15%, sendo a maior parte, ou seja, 85%, de poliamida. 
O que significa dtex: 
O termo tex é semelhante a uma unidade de medida que é adotada pelo sistema internacional de unidades 
(SI) para especificar fios da indústria têxtil. 1 tex corresponde ao peso de um fio de 1.000 metros de 
comprimento que, nesse caso, é igual a 1 grama. Assim, temos que: 1 tex = 1 g/1.000 m. 
 
Dtex é um submúltiplo dessa unidade e corresponde a 10% de um tex, ou seja: 1 dtex = 0,1 tex. Portanto, uma 
fibra de 1 dtex pesa 0,1 grama por 1.000 metros de comprimento, ou seja: 1 dtex = 0,1 g/1.000 m. Se as fibras 
de poliamida variam de 1 a 2.100 dtex, isso significa que possuem 0,1 g/1.000 m a 2,1 g/1.000 m. 
 
 
Fluxograma e montagem das peças 
 
 
 
Planejamento da coleção: primeira etapa do processo produtivo. Planejar uma 
coleção significa criar e atender as necessidades do público-alvo, bem como as 
quantidades solicitadas, de acordo com a capacidade produtiva da empresa. É 
nessa etapa que são definidos o desenvolvimento do produto, a formação do 
preço de venda e a ficha técnica. 
A ficha técnica é um documento que deve conter todas as informações e 
especificações necessárias para a confecção da peça. É um recurso de 
comunicação que circula na empresa para garantir que as informações 
necessárias para o desenvolvimento do modelo cheguem aos responsáveis de 
cada etapa e aumentem a agilidade e a entrega de resultados com qualidade. A 
partir das informações contidas na ficha técnica é que a empresa vai avaliar a 
viabilidade da produção da peça. É importante lembrar que cada empresa deve 
elaborar uma ficha técnica que adeque melhor as suas necessidades. Ela deve 
conter todas as informações pertinentes à peça e, ao longo do processo de 
desenvolvimento desta, vai se modificando e recebendo as informações de cada 
etapa. No final do processo ela estará completa e pronta para a próxima etapa, 
registrando todo o histórico daquele modelo. 
Seguem, abaixo, dois exemplos de ficha técnica: 
 
 
 
 
Planejamento do processo produtivo: nessa etapa é necessário um planejamento 
dos insumos que serão usados em todas as peças da coleção. No caso de uma 
empresa onde a produção depende dos pedidos dos clientes, essa etapa otimiza 
a produção das peças aprovadas na etapa anterior. É necessário identificar os 
pedidos dos clientes, as datas de entrega e o estoque de materiais. 
Estoque de materiais: o estoque é um setor da empresa ou indústria que precisa 
ser controlado periodicamente, pois o tempo de entrega dos fornecedores e o 
grau de importância nas entregas das mercadorias são fundamentais para a 
empresa cumprir os prazos com os clientes. É importante que haja um controle 
de materiais que não estão sendo utilizados. A organização da matéria-prima e 
dos aviamentos é fundamental para o andamento do processo. 
 
Modelagem: a modelagem se define pela interpretação do desenho criado pelo 
estilista e transferido para um molde em um papel. O profissional responsável 
por essa etapa da produção chama-se modelista. Essa etapa é uma das mais 
importantes do processo produtivo, pois é a partir do molde que se desenvolve 
a peça-piloto. Desta forma, esse profissional deve ser escolhido criteriosamente. 
Existem, então, dois tipos de modelagens: 
Modelagem plana ou bidimensional: esse tipo de modelagem é fundamentado 
na matemática, caracterizada por ser um método geométrico, pois utiliza da 
geometria para a construção dos moldes. Através das formas anatômicas do 
corpo humano, o modelista constrói diagramas feitos em papel, que são 
baseados nas medidas do corpo humano através de linhas horizontais e 
verticais. 
A modelagem plana pode ser dividida em bidimensional manual e bidimensional 
computadorizada. 
A modelagem bidimensional computadorizada é feita com o auxílio da 
tecnologia. Atualmente existem softwares específicos para desenvolver moldes, 
que representam a mesma técnica da modelagem manual, otimizando mais o 
processo. Esse tipo de modelagem com base em tabelas padronizadas auxilia as 
grandes indústrias a produzirem em larga escala. 
 
A modelagem tridimensional é desenvolvida com a utilização de bustos e 
manequins, que remetem às formas humanas, permitindo um trabalho mais 
efetivo, pois utiliza as medidas e as curvas corporais (três dimensões), que 
retratam a profundidade. A grande vantagem é que o molde se adequa ao 
caimento perfeito da peça ao corpo humano. Normalmente é utilizada em 
ateliês, onde não há produção em larga escala, e sim peças produzidas com 
exclusividade. 
As bases prontas, ou seja, os moldes auxiliam muito o trabalho do modelista. 
Normalmente, apenas ¼ do molde completo é cortado no papel. Isso serve 
apenas para as bases simétricas. 
 
 
 
Modelagem simétrica: veste igualmente os dois lados do corpo, esquerdo e 
direito. 
Modelagem assimétrica: as partes que vestem o lado esquerdo e o lado direito 
do corpo são diferentes ou formadas por peças únicas. 
 
 
 
 
Risco: é uma etapa responsável pelo encaixe do molde em cima do tecido. De 
grande importância para o rendimento do tecido, depende da capacidade de 
encaixe dos moldes utilizados. 
Enfesto: é o processo de descansar as várias camadas de tecido sob uma mesa. 
É importante que o comprimento se baseie na matriz para dispor o tecido na 
mesa de corte. No enfesto, não se deve esticar os tecidos, pois isto alterará as 
dimensões dos produtos; apenas é aconselhável desenrolar os tecidos sob a 
mesa de corte. 
Corte: pode ser feito manualmente com a tesoura ou de forma mecânica, com 
o auxílio de máquinas especiais. A precisão do corte, seguindo as linhas do risco, 
é importante na qualidade do produto final e deve ser realizada por profissional 
qualificado e equipamento adequado ao tipo de tecido e altura do enfesto. 
Preparação para a costura: é uma etapa muito importante para a qualidade da 
costura.Tudo o que for usado naquela peça é imprescindível estar agregado 
com a peça. Exs.: ficha técnica, etiquetas, botões, elásticos etc. 
Costura: esta etapa é o gargalo da empresa por exigir grande quantidade de 
máquinas, equipamentos e pessoal qualificado. Todos os profissionais têm que 
ser capacitados para realizar as operações de montagem da peça. 
Limpeza da peça: responsável pela retirada dos fios e vistoria da peça. 
Alunos, vamos pesquisar 
em que situações são 
usadas as modelagem 
simétrica e assimétrica. 
 
Passadoria: esta não cabe à produção de moda praia e lingerie, pois trata-se de 
uma etapa que se faz necessária ao surgimento de costuras franzidas, que são 
originadas durante o processo produtivo. 
 
Estoque de produtos: o setor de estoque somente armazena peças quando a 
empresa produz para depois vender; nas empresas em que apenas se trabalha 
com pedidos, o estoque é circulante, ou seja, o ideal é que todo o produto que 
chegue à expedição seja logo faturado e enviado ao cliente. 
Expedição: a última etapa do processo produtivo começa logo na saída do corte, 
durante a preparação para a costura, porque é importante reunir as referências 
conforme a necessidade da empresa para faturamento. Isto agiliza as entregas 
na expedição, contribuindo para a satisfação dos clientes e a efetivação de novas 
vendas. 
 
Através das etapas da indústria de confecção é possível verificar que o processo 
produtivo é longo e necessita de estudos, tanto para a inovação de modelos de 
lingerie como para aprimorar o processo produtivo em um ambiente que está 
cada vez mais acirrado. 
 
 
O corte em tecido de malha 
 
O conhecimento do tecido é importante quando se vai montar uma 
peça. Use, portanto, o conhecimento adquirido na disciplina de Tecnologia 
Têxtil para escolher o melhor tecido para suas peças. Não se esqueça de 
olhar a composição e anotá-la na ficha técnica. 
 
Urdume: fio vertical paralelo à ourela, possui menos elasticidade. 
Diz-se que a roupa cortada no sentido do urdume é “cortada no fio”. Este 
sentido dá à roupa um aspecto menos volumoso. 
 
Segundo Araújo (1996, p. 25), “o sucesso do funcionamento de uma empresa depende de uma 
boa estrutura organizacional: comunicação eficaz, boa definição e eficácia de níveis de 
coordenação e funções, bem como os procedimentos internos”. 
Trama: sentido horizontal, perpendicular à ourela, possui mais 
elasticidade. Raramente se corta uma roupa na trama, com exceção dos 
tecidos que possuem barra. 
 
Viés: sentido diagonal em relação à ourela, possui mais elasticidade 
que a trama. Uma peça cortada no sentido do viés tem o caimento mais 
suave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 Preparação do tecido 
 
 Quando compramos um tecido, geralmente os vendedores puxam uma de 
suas pontas e o rasgam. Isso faz com que as beiradas fiquem desiguais, sendo 
necessário acertá-las. Assim, corte a ourela com a tesoura, puxe um fio do tecido 
e corte cuidadosamente ao longo do fio puxado até atingir a outra ourela. 
 O tecido também pode ter sofrido alguma distorção na fábrica, de modo 
que a trama e o urdume não estejam perfeitamente perpendiculares. Neste 
caso é preciso fazer o alinhamento dos fios. Coloque o tecido sobre uma 
superfície plana e dobre-o, juntando as ourelas. Se o tecido ficar enrugado, 
precisa ser acertado de acordo com os passos seguintes: puxe o tecido no viés 
em todo o seu comprimento, até que fique alinhado; passe a ferro o tecido 
antes de cortá-lo (tecidos não sintéticos). 
É muito importante tomar todos esses cuidados para corrigir as distorções 
do tecido antes de cortá-lo, porém, devemos ter conhecimento de que nem 
sempre é possível fazer tais correções. Alguns tecidos, como os que possuem 
acabamento à prova d’água, vinco permanente ou forro colado, não permitem 
que seja feito este realinhamento da trama. No caso de tecidos que têm a 
tendência a encolher − ou quando há a intenção de se fazer uma peça com 
dois ou mais tecidos diferentes −, é aconselhável molhá-los e deixá-los secar à 
sombra antes de cortar. Quando o tecido estiver muito enrugado é importante 
passá-lo a ferro, para que não ocorra qualquer alteração do molde. 
 
Dicas na hora de comprar o tecido 
 
Verificar os critérios abaixo: 
 
Estrutura: deve ser firme, sem fios soltos ou rompidos, e ter espessura 
uniforme; 
 
Fios: os fios da trama devem ser perpendiculares às ourelas; 
 
Cor: deve ser uniforme e firme. No caso de tecido estampado, verificar se há 
falhas na estampa; 
 
 Verifique sua composição para saber como manuseá-lo durante a 
confecção da peça e como passar e lavar a peça já pronta. De preferência, 
anote a composição do tecido na hora da compra. 
 
Como reconhecer o avesso e o direito do tecido 
 
É necessário identificar o direito do tecido antes de cortar uma peça, pois 
o risco deve ser feito sempre pelo avesso. Nos tecidos que são enrolados em 
peça ou tubos, o direito está sempre para dentro, e você deve observar isso 
quando estiver comprando. Outras formas de identificação são: 
 tecidos macios são mais brilhantes do lado direito; 
 tecidos com textura apresentam mais definição do lado direito e, no lado 
avesso, podem-se observar irregularidades como bolinhas ou linhas 
soltas; 
 tecidos com textura no estilo brocado são mais macios do lado direito e 
têm fios levantados do lado avesso; 
 tecidos estampados: as cores são mais vivas do lado direito, e geralmente 
a ourela dos tecidos é mais macia do lado direito; 
 geralmente as malhas, quando esticadas, enrolam as suas bordas para o 
lado direito; 
 existem tecidos nos quais o lado direito e o avesso são muito 
semelhantes e, neste caso, escolha um dos lados para ser o direito e 
marque o avesso com giz para não confundir. 
 
 
 
COMO TRABALHAR COM TECIDOS DELICADOS 
 
Tecidos com pelo 
 
Estes tecidos pertencem ao grupo de estrutura com pelos. Há uma rica 
variedade deste tipo de tecido, podendo ser de fibras naturais ou artificiais, 
como de veludo, pelúcia, peles ou imitação de peles, ter pelo curto com 
superfície aveludada e pelos com menos de 3mm ou pelo longo com 
superfície com pelos com mais de 3mm. Cada tipo deste tecido precisa de 
cuidados específicos. Os veludos podem ser feitos de seda, acetato e/ou 
raiom. 
Nos tecidos de pelo curto, você pode cortar o sentido do pelo para cima para 
obter um efeito de cor mais viva e com sentido do pelo para baixo, obtendo um 
tom mais opaco; 
Nos tecidos de pelo longo, corte sempre o sentido do pelo para baixo. 
Risque cuidadosamente as partes do molde com giz e corte-o 
rigorosamente em cima da linha riscada. Separe as partes e identifique todas 
elas do lado avesso para não as confundir. 
Montagem 
Antes de costurar, prenda as partes com alfinetes ou alinhave-as. 
 
Mantenha as margens de costura regulares e costure apenas uma vez, pois, se 
a costura for desfeita, deixará marcas no tecido. 
 
Deve-se utilizar uma agulha fina de ponta arredondada (ponta bola). 
 
As costuras devem ser feitas de preferência seguindo o sentido do pelo. 
 
Para os tecidos de pelo alto, deve-se tomar também o cuidado de regular a 
tensão da máquina e aumentar o comprimento do ponto. 
 
Nos tecidos de pelo alto, elimina-se o excesso de volume nas margens de 
costura, aparando o pelo neste local. 
 
Para os veludos, recomenda-se o acabamento da bainha com debrum, 
podendo este ser uma tira de tule. Em seguida, vira-se a bainha e costura-a 
com um ponto invisível. 
 
TECIDOS LISOS E TRANSPARENTES 
 
Risco e corte 
 
Estender o tecido sobre uma superfície plana e lisa. 
 
Prenda as partes do molde ao tecidocom alfinetes finos ou corte as partes do 
molde em papel de seda, unindo-as ao tecido por alinhavos e costurando papel 
e tecido juntos, para que o tecido não deslize. 
Se for riscar o tecido, faça-o sempre pelo lado avesso. 
 
Quando o molde tiver partes de contorno bem definido, corte-o em papel de 
seda, já com as margens, alinhavando estas peças, em seguida, ao tecido, 
recortando tudo junto. 
Ao costurar as partes, mantenha o papel de seda e só retire-o após terminar 
de unir as partes. 
 
Montagem 
 
Costure apenas uma vez, pois os pontos, depois de retirados, deixam marcas 
no tecido. Para isso é necessário alfinetar ou alinhavar sempre as partes antes 
de unir. 
 
Deve ser manuseado com cuidado, pois amarrota, suja e desfia com facilidade. 
 
Para evitar que o tecido escorregue ao costurar, coloque tiras de papel de seda 
entre o tecido. 
 
Ajuste o comprimento e a tensão do ponto para evitar que o tecido franza 
com a costura. A tensão deve ser reduzida, e o ponto deve ser pequeno. 
 
Para evitar que o tecido estique, prenda sempre as partes com alinhavos. 
 
Use agulha de máquina fina de ponta arredondada. 
 
Os detalhes de montagem nos tecidos transparentes devem ter acabamento 
perfeito por serem visíveis do lado direito. Nestes casos, pode-se recorrer a 
costuras francesas ou com debruns. 
Os tecidos transparentes podem ser arrematados com uma simples bainha 
virada. Nos tecidos mais maleáveis, pode-se aplicar uma bainha em rolinho. 
Estas bainhas podem ser feitas à mão ou à máquina, com o auxílio de um pé 
calcador-embainhador. 
 
TECIDOS COM ELASTANO 
 
Atualmente, a indústria têxtil tem produzido tecidos finos como crepes, 
veludos e rendas com fios de elastano, para dar mais aderência e conforto às 
roupas mais sofisticadas. Porém, a utilização destes tecidos é bem mais difícil. 
São imprescindíveis alguns cuidados no corte e na montagem das peças feitas 
com tecidos que contenham fios de elastano. 
 
Risco e corte 
· Estenda o tecido sobre uma superfície plana e lisa, com cuidado 
 
para não o esticar; 
 
· Prenda as partes do molde ao tecido com alfinetes finos, pois 
os alfinetes mais grossos podem romper os fios de elastano e deixar marcas 
no tecido; 
 
· Se o tecido tiver a tendência a deslizar, corte as partes do molde 
em papel de seda, como já foi explicado acima; 
 
· Se for riscar o tecido, faça-o sempre pelo lado avesso; 
 
 
Montagem 
 
Para evitar que as costuras arrebentem, utilize linha adequada ao tipo de fibra 
do tecido e agulha fina de ponta arredondada. 
 
Nos locais onde a elasticidade não for conveniente (como nos ombros, por 
exemplo), costure uma fita de tecido como reforço. 
 
Para que as partes não estiquem ao serem costuradas, alinhave-as antes e, se 
for preciso, faça pontos de fixação em locais estratégicos. 
 
TECIDOS COM FIOS METÁLICOS 
 
Os tecidos para noite ganham um glamour a mais quando têm em sua 
trama fios metálicos, o que lhes confere brilho e um aspecto luxuoso. Estes 
fios metálicos são geralmente muito frágeis e é preciso atenção para não os 
danificar. 
 
Risco e corte 
 
Estenda o tecido sobre uma superfície plana e lisa. 
Ao cortar o tecido, tenha cuidado para não puxar ou deformar os fios metálicos 
durante o corte. 
 
Montagem 
 
Costure apenas uma vez, pois os pontos, depois de desmanchados, deixam 
marcas no tecido. 
 
Para evitar que os fios metálicos se partam ao costurar, utilize uma agulha fina 
e, por precaução, verifique sempre se a sua ponta está em forma. 
Forre a peça para evitar que os fios arranhem a pele. 
 
RENDAS 
 
A renda é um tecido de trama muito aberta e geralmente combina estrutura 
de enredamento e bordados com ou sem relevo. As rendas podem ser leves 
ou pesadas. 
 
Risco e corte 
 
Corte a renda, procurando conservar todos os desenhos na mesma direção, de 
forma que haja uma continuidade sem interrompê-los. 
 
O forro deve ser cortado em primeiro lugar. Deve ter uma cor harmoniosa com 
a renda, e a composição de sua fibra também tem que ser compatível com a 
renda que será utilizada. 
 
Corte a renda de acordo com o forro e transfira todas as marcações para o 
forro. Uma boa opção é riscar as partes do molde em papel fino, prendendo 
o papel à renda com alfinetes, e cortar os dois juntos. Depois de cortadas as 
partes, retire o papel. 
 
Risque cuidadosamente as partes do molde com giz sobre o forro, cortando em 
cima da linha riscada. Separe as partes e identifique todas do lado avesso do 
forro, prendendo com alfinetes as partes de renda e de forro correspondentes 
para não as confundir. 
Da mesma maneira que a renda leve deve ser cortada, procure conservar 
todos os desenhos na mesma direção, de forma que haja uma continuidade 
sem interrompê-los. Os desenhos nas costuras laterais e nos ombros devem 
ser harmoniosos. 
 
Todas as marcas de costuras devem ser feitas pelo avesso da peça, através de 
alinhavos. 
 
 
 
Montagem 
 
Para evitar que a renda deslize ao costurar, coloque tiras de papel de seda 
entre o impelente e o tecido. 
 
Use agulha de máquina “ponta bola” nº 11 e de mão n º 10, bem fina e longa, 
se a renda for fina. Se a renda for mais pesada, pode ser usada uma agulha 
mais grossa. 
Se for colocar forro solto, todas as costuras feitas na renda devem ter 
acabamento perfeito. Para isso, pode-se recorrer a costurar debruadas. 
 
Se a renda exigir forro preso, este deve ter a função de entretela, de forma 
que a renda se una a ele, formando uma tela única. O forro deve ser preso à 
peça por meio de alinhavo diagonal, sobre uma superfície plana. 
 
A bainha deve ser feita com todo o cuidado, de forma a manter o desenho na 
posição certa. Nas rendas pesadas, a barra pode ser recortada, aproveitando 
o contorno do desenho. 
Para bainhas em renda pesada, recomenda-se uma bainha postiça. Para uma 
renda leve, recomenda-se a bainha em rolinho ou a aplicação de uma tira para 
reforçar. Pode-se ainda optar pela aplicação de uma renda decorativa como 
arremate da bainha, costurada com ponto de luva ou zigue-zague. Algumas 
rendas permitem que se recorte o contorno dos motivos, sendo isso suficiente 
para o acabamento da barra. 
 
Relação tecido, agulha, linha e ponto 
 
Para obter os melhores resultados, escolha sempre uma agulha de número 
e ponta adequados ao tecido. A agulha mais fina é de nº 9, e a mais grossa é 
de nº 18. Quanto mais leve o tecido e mais fina a linha, mais fina deverá ser a 
agulha. Você deve ter em mente que cada máquina de costura tem o seu tipo 
específico de agulha e, portanto, antes de colocar a agulha, procure ter certeza 
de que esta é adequada à máquina. Existem também agulhas duplas ou triplas 
para fazer costuras decorativas. 
 
Partes da agulha 
 
Tronco ou cabo: é a parte superior da agulha; 
 
Lâmina ou haste: trata-se do corpo da agulha; 
 
Concavidade: é a reentrância que há por trás do fundo da agulha. Serve para 
facilitar a passagem da linha; 
 
Buraco ou fundo: está situado imediatamente acima da ponta; 
 
Ponta: é a parte que penetra no tecido, formando a costura; 
 
Fresado: é uma ranhura que há em um dos lados do tronco para facilitar o deslize 
da linha, sendo, portanto, o lado pelo qual a linha deve ser enfiada. 
 
 
Tipos de pontas 
 
Ponta fina: utilizada mais frequentemente, é a agulha “comum”, indicada para 
todos os tipos de tecidos. 
 
Ponta arredondada: é especialmente indicada para costurar todos os tipos de 
malhas, pois não rompe os fios de elastano. Também pode ser utilizada em 
tecidos finos e delicados. 
 
Ponta facetada: esta agulha é indicada para costurar couro e materiais vinílicos.RISCO E CORTE 
 
Esta etapa é uma das mais delicadas na confecção de uma peça de 
vestuário, pois se deve proceder minuciosamente no risco e no corte das 
partes do molde, para que estas realmente se encaixem na montagem. 
Quando o molde é mal cortado, dificilmente a peça cairá bem e seria muito 
complicado fazer correções. 
 
Como utilizar as peças do molde 
 
1. Reúna todas as partes necessárias ao modelo; 
 
2. Verifique quantas vezes deverá cortar cada peça; 
 
3. Se as peças do molde estiverem muito amarrotadas, passe-as a 
 
ferro; 
 
4. Prenda as peças do molde ao tecido com alfinetes ou alinhavos. 
 
Como prender o molde ao tecido 
 
1. Comece a prender os alfinetes sempre partindo da dobra do 
 
tecido, passando depois para os cantos e depois para as bordas; 
2. Os alfinetes devem ser pregados diagonalmente nos cantos e 
 
perpendicularmente às beiradas, com as pontas para fora do molde; 
 
3. Utilize apenas os alfinetes necessários, exceto em tecidos 
maleáveis e escorregadios; 
4. Estude a posição de todas as peças do molde antes mesmo de 
 
riscar; 
 
5. Depois que fizer o risco, siga-o rigorosamente. 
 
 
Processos de marcação 
 
A marcação consiste em transferir as indicações do molde para o 
tecido. Deve-se marcar as linhas de costura, as pences, os pontos de 
encontro, as partes que serão dobradas etc. As marcações podem ser feitas 
com carbono e carretilha ou giz. Para marcar com carretilha e papel 
carbono, coloque o papel carbono sobre o avesso do tecido e, por cima 
deste, o molde correspondente. Em seguida, passe a carretilha, seguindo 
todas as marcações contidas no molde para reproduzi-las no tecido. Este 
processo de marcação é aconselhável para tecidos lisos e opacos. Para 
marcar com giz, una o tecido à parte do molde correspondente e, em 
seguida, espete alfinetes por cima de cada marcação. Faça as marcações 
com o giz, seguindo o caminho dos alfinetes. Este método é aconselhável 
para tecidos mais delicados ou multicoloridos, onde a marca do carbono 
não seria muito visível. 
 
Como cortar 
 
Antes de cortar, certifique-se se é necessário dobrar o tecido. Em 
caso afirmativo, isto deve ser feito com o máximo de precisão, unindo as 
ourelas perfeitamente e prendendo-as com alfinetes. Verifique também se 
há alguma falha de fabricação no tecido, para não cortar uma das partes do 
molde neste local. Lembre-se de sempre dobrar o tecido unindo direito com 
direito. Para cortar o tecido perfeitamente, mantenha o tecido bem 
esticado sobre uma superfície lisa adequada para o corte e siga as 
orientações alistadas abaixo: 
 
1. Utilize uma tesoura adequada para este fim. Verifique sempre se 
 
as lâminas estão bem afiadas, para que estas não “mastiguem” o tecido. Tenha 
cuidado para não prender os alfinetes entre as lâminas da tesoura ao cortar, 
pois isso as prejudica; 
2. Durante o corte, segure o molde com uma das mãos, para que 
este não saia do lugar; 
3. Não levante o tecido da superfície em que ele se encontra 
enquanto estiver cortando; 
4. Corte-o junto às margens do molde, com golpes longos e firmes 
nas partes mais retas e golpes curtos nas partes curvas e nos 
cantos; 
 
5. Deixe a tesoura deslizar livremente, tendo o cuidado para não 
 
cortar o molde, pois, além de danificá-lo, poderá haver uma alteração na 
margem de costura. 
 
PASSAR A FERRO 
 
No processo de montagem de uma peça de vestuário é muito 
importante passar a ferro à medida que se costura. Pode ser uma coisa 
dispensável, porém, isto garantirá o bom caimento da peça e evitará 
qualquer defeito de montagem. Para isso, devem-se ter alguns cuidados: 
 
1. Sempre faça um teste com um retalho do tecido antes de passar 
a peça; 
 
2. Retire alfinetes e alinhavos antes de passar a ferro, pois os 
alfinetes estragam o tecido, e a chapa do ferro e os alinhavos podem deixar 
marcas. Se necessitar passar a peça o com alinhavo, use linha bem fina e 
alinhavos diagonais; 
 
3. Passe sempre pelo lado avesso; 
4. Use um pano de passar entre o ferro e o tecido a ser passado. O 
 
tipo de pano de passar irá depender do tipo de tecido a ser passado. Os 
únicos tecidos que dispensam este cuidado são o algodão puro e o linho; 
 
5. Faça o mínimo de pressão no ferro e acompanhe o sentido do 
fio do tecido ao passá-lo; 
 
6. Os detalhes que devem sempre ser passados a ferro são: 
 
costuras, pences, pregas, bolsos, golas, mangas, acabamentos de decotes 
etc. Ou seja, deve-se passar a peça praticamente em todas as operações de 
montagem. 
 
ACABAMENTOS FINOS MANUAIS 
 
Escolha uma agulha que seja adequada ao tecido. Para fazer os 
pontos a seguir, prefira agulhas mais finas e curtas para pontos pequenos, 
e mais longas para alinhavos. Costure com linha relativamente curta, de 45 
a 60 cm para costuras definitivas. Para os alinhavos, pode ser usada uma 
linha maior. A linha só deverá ser dobrada para pregar botões e colchetes. 
Para alinhavar e fazer marcações, utilizam-se linhas de cores claras, que 
façam um certo contraste no tecido. As linhas muito escuras podem deixar 
marcas no tecido. A seguir, estão os mais utilizados pontos à mão. 
 
BAINHAS 
 
Para fazer bainhas viradas, dobre na altura desejada, marque, 
pregue os alfinetes perpendicularmente à dobra e passe um alinhavo, não 
esquecendo de que a bainha deve ter uma altura uniforme. Passe a bainha 
a ferro e costure com um dos pontos de bainha. A seguir, estão os pontos mais 
utilizados para fazer bainhas à mão. De acordo com o tecido, deve-se escolher 
o ponto que mais se aplica ao resultado desejado para a peça. 
Bainha dobrada com ponto espinha de peixe: indicada para peças de 
tecidos médios a pesados, sem forro e que desfiam muito. 
Bainha debruada com ponto espinha de peixe: indicada para peças de 
tecidos médios a pesados, sem forro, quando a peça não tem corte reto. 
 
Bainha com ponto invisível: este ponto é simples e rápido, executado 
por dentro, indicado para tecidos leves. 
Bainha com ponto clássico: é bastante prático, porém, menos 
resistente, indicado para peças delicadas. 
 
Acabamentos finos à máquina e costuras abertas 
 
Costura com borda rebatida: este acabamento é indicado para 
tecidos leves e de peso médio em peças que não levam forros. 
 
Costura debruada com viés: indicada para uma peça em tecido 
médio ou pesado que não seja forrada. 
 
Costuras fechadas 
 
Costura francesa: indicada para tecidos transparentes nos quais as 
costuras são visíveis do lado exterior da peça. 
Costura tombada: esta costura é útil para reforçar e dar mais 
resistência a uma parte da peça. 
Sobrecostura: esta costura é muito resistente e proporciona 
durabilidade à peça. 
Costura debruada em si mesma: esta costura dispensa qualquer 
acabamento e dá melhor resultado em tecidos leves, que não desfiem 
facilmente. 
 
Costura debruada com viés: indicada para uma peça em tecido 
médio ou pesado, que não seja forrada. 
Bainhas 
 
As bainhas à máquina são mais práticas e rápidas, proporcionando 
também muita resistência. Por outro lado, podem não cair tão bem em uma 
peça mais social, por dar um aspecto mais informal à roupa. Abaixo estão 
apenas alguns dos tipos de bainhas feitas à máquina. Além destes, também 
há bainhas coladas, reforçadas, debruadas etc. Para saber mais, você pode 
consultar um dos livros da bibliografia indicada. 
 
Bainhas com ponto invisível: arremate resistente e relativamente 
discreto é uma alternativa para peças mais delicadas. Só é possível fazer em 
máquinas que dispõem deste tipo de ponto. 
 
Bainha em rolinho: é uma bainha delicada e estreita,indicada para 
tecidos delicados. 
Bainha simples: é uma bainha comum, indicada para tecidos médios 
ou pesados. 
Bainha postiça: esta bainha é indicada para peças que não têm um 
corte reto e quando não é possível dobrar a borda. 
Casas 
 
As casas de botão podem ser verticais ou horizontais. O 
comprimento das casas deve ser igual ao diâmetro do botão, mais a sua 
espessura. As casas podem ser debruadas ou bordadas à máquina. 
Casa debruada: este tipo de casa é indicado para tecidos leves e de 
peso médio, que não desfiam e criam vinco. 
Cálculo da medida para o elástico 
 
 
Medir no molde o contorno onde vai ser colocado o elástico: 
 
· 5% para peças de lycra ou malhas de alta elasticidade; 
 
· 10% para malhas de média elasticidade; 
 
· 20% para malhas de baixa elasticidade, e 
 
· -25% para tecidos planos ou malhas firmes. 
 
 
Elástico 
 
· Divida por seis o contorno onde o elástico será aplicado; 
 
· Divida por seis o elástico (Figura 1). 
 
Figura 1 
 
 
Monte o elástico na peça, fazendo coincidir os alfinetes; para isso, 
estique o elástico (Figura 2). 
Figura 2 
 
 
Elástico comum 
 
· Costure o elástico sobre o avesso da borda da peça e costure 
com ziguezague prendendo o elástico na borda do tecido (Figura 3). 
 
Figura 3 
 
 
 
 
 
 
- Vire para o avesso e prenda com pontos de zigue-zague ou com 
costura reta com agulha dupla. 
 
Figura 4 
 
 
 
 
 
 
 
Elástico bico de pato 
 
· Coloque o elástico sobre o direito da borda da peça da roupa; 
costure rente aos bicos com pontos de zigue-zague (Figura 5). 
 
Figura 5 
 
 
 
 
 
 
· Vire para o avesso, deixando os bicos aparecendo. Prenda com 
zigue-zague ou costura reta com agulha dupla. Neste caso, o elástico fica 
visível no avesso. 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
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Gulbenkian, 1996. 
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Rideel, s/d. 3° Vol. 
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CRAWFORD, Connie Amaden. A Guide to Fashion Sewing: A Detailed 
Illustrated Approach to Sewing. New York: Fairchild Publications, 1986. 
FERREIRA, Regina Silva O e PESSOA, Germana Maria B. de Pinhyo. Estudos 
de Decotes, Golas e Mangas. Fortaleza: Departamento de Economia Domestica 
- UFC 1983. 
MOURA, Maria Augusta Bittencourt. Como Costurar Cantos e Curvas. Viçosa - 
MG: Universidade Federal de Viçosa, 1972 
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SUGAI, Chieko.Princípios Básicos de Costura. Piraci caba: Escola Superior de 
Agricultura Luiz de Queiroz - USO. 1968. 
 
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Têxtil. CENAI/CETIQT, 1987. 
 STERBLITCH, Vera. Acabamentos de Costura, Edições de Ouro: Rio de 
Janeiro, 1989. 
SOUZA, Maria Tereza F. Aprenda a Trabalhar com 
Renda e Crepe.Universidade Federal de Viçosa, 1986. 
O GRANDE LIVRO DA COSTURA - Seleções do Reader’s Digest. Ambar. 
 
Porugal, 1990. 
O NOVO LIVRO DA COSTURA SINGER - Edições Melhoramentos, 1989.

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