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EQUIPE : Herimelva Borges Isabel Pinheiro Gleice S. Oliveira Jurema Rita Roldão Luana Cerqueira Mariana SANTA Sheila Cristine INTRODUÇÃO : Conceito; Estudo de Caso; Causas; Sintomas; Principais profissionais atingidos; Evolução; Diagnóstico; Tratamento; Formas de prevenção. “O trabalho ocupa uma grande parcela de tempo das pessoas, então entende-se que o mesmo deveria trazer certa realização, o que nem sempre se concretiza.” (Dejours, 1991; Trigo et al, 2007) Definido por Herbert J. Freudenberger como "(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional". A Síndrome de Burnout já encontra-se registrada no Grupo V do CID 10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) e as leis brasileiras de auxílio-doença ao trabalhador já a reconhecem como uma doença causada pelo trabalho (Pontes, 2016). No começo de 2015, Helloá Regina ouviu o despertador e se preparou para começar mais um dia de trabalho. Juntou todas as forças para levantar da cama, mas não conseguiu. O corpo não respondia. Aprovada em um concurso da prefeitura de uma capital, a jovem de 23 anos passava nove horas diárias trabalhando. Em seguida, emendava outro turno na faculdade para concluir o curso de Administração Pública. Mas nem lá parava de pensar nos abacaxis que precisava descascar no trabalho: nos prazos a serem cumpridos, nas constantes ameaças de ser exonerada, na culpa por não dar conta dos pepinos. Sentia dor de cabeça, perdia o sono, mal conseguia assistir às aulas. Até que o corpo tomou por ela a decisão: era hora de se afastar do trabalho. Caso Heloá Helloá sucumbiu ao CANSAÇO e à PRESSÃO do ambiente de trabalho. Principais Causas Principais Fatores Laborais que servem de gatilho Demandas excessivas que ultrapassam a capacidade de realização, Baixo nível de autonomia e de participação nas decisões, Falta de apoio das chefias, sentimento de injustiça, Impossibilidade de promoção, Conflitos com colegas e isolamento. Outro fator comum é a sensação de que é preciso contrariar os próprios valores para se dar bem na carreira. CAUSAS CAUSAS Perfeccionismo (busca de uma excelência às vezes impossível) Idealismo em relação à profissão, cobrando um engajamento pessoal para além dos limites. competitividade, impaciência, necessidade exagerada de controlar as situações e dificuldade para tolerar frustração, delegar tarefas e trabalhar em grupo. Perfeição, um veneno Principais Sintomas Síndrome de Burnout O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional. SINTOMAS Principais Profissionais atingidos Síndrome de Burnout Profissionais das áreas de: Educação; Saúde, Agentes penitenciários, Assistência social, Bombeiros, Policiais Motoristas de ônibus Trafego aéreo Telemarketing Profissionais de outras áreas com grande carga de estresse no trabalho... PRINCIPAIS PROFISSIONAIS ATINGIDOS EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME No início dos anos de 1970, o psicólogo alemão naturalizado norte americano Herbert J. Freudenberger, descreveu 12 estágios de esgotamento relacionados à Síndrome de Burnout. Síndrome de Burnout 1) Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz; Desejo de fazer tudo de forma perfeita. EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 2) Dedicação intensificada (trabalhar mais) Passa a ter predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo); EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 3) Descaso com as necessidades pessoais A vida profissional ocupa quase todo o tempo. Atividades como comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido; EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 4) Recalque de conflitos O portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas; EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 5) Reinterpretação dos valores Isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor, sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da autoestima é o trabalho; EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 6) Negação do outro (desvalorizar o trabalho do outro) Nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes; O profissional torna-se intolerante. EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 7) Recolhimento e aversão a reuniões (antissocialização). Torna-se irritadiça e sem ânimo. Dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor. Evita de socializar com as pessoas. Limita-se estritamente ao necessário. EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 8) Mudanças evidentes de comportamento Quem era tão dedicado e ativo, revela-se amedrontado, tímido e apático. Atribui a culpa ao mundo, mas sente-se cada vez mais inútil. EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 9) Despersonalização ( Perda de contato consigo mesmo ) Relega necessidades pessoais. Deixa de fazer planos. Só pensa no presente e a vida limita-se ao funcionamento mecânico. EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 10) Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante; Passa a exceder na alimentação, consumo de drogas e álcool. EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 11) Depressão – marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido... EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Síndrome de Burnout 12) E, por último, o esgotamento profissional propriamente dito, que corresponde ao colapso físico e mental (podendo chegar ao suicídio). EVOLUÇÃO GRADATIVA DA SÍNDROME Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência, com sintomas variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e problemas digestivos. Diagnóstico O diagnóstico da Síndrome de Burnout só pode ser diagnosticado por um médico ou psicoterapeuta. Na entrevista com o paciente deve ser observado os seguintes aspectos: Esgotamento emocional Despersonalização Envolvimento pessoal no trabalho Diagnóstico Diagnóstico – Aspectos que podem ser encontrados FÍSICOS COMPORTAMENTAIS Fadiga constante e progressiva Negligência ou excesso de escrúpulos Distúrbios do sono Irritabilidade Dores musculares Agressividade Cefaleias, enxaquecas Dificuldade na aceitação de mudanças Perturbações gastrointestinais Incapacidade para relaxar Imunodeficiência Perda de iniciativa Transtornos cardiovasculares Aumento de consumo de substâncias Distúrbios do sistema respiratório Comportamento de alto-risco Disfunções sexuais Suicídio Alterações menstruais nas mulheres PSÍQUICOS DEFENSIVOS Falta de atenção, concentração Tendência ao isolamento Alterações de memória Sentimento de onipotência Lentidão no pensamento Perda de interesse pelo lazer Sentimento de alienação Absenteismo(falta ao trabalho) Sentimento de solidão Ironia, Cinismo Impaciência Baixo autoestima Dificuldade de auto-aceitação Desconfiança Desânimo Depressão Tratamento Psicológico e Medicação Um terapeuta ajuda o paciente a encontrar estratégias para combater o estresse. Serve também para desabafar e ocorrer troca de experiências; Ajuda a melhorar o autoconhecimento e criar estratégias para melhorar sua condição de trabalho. Além disso, ao longo do tratamento psicológico o paciente encontrar algumas estratégias para: Reorganizar o seu trabalho (e horário) para: Aumentar o convívio com amigos, para se distrair do estresse do trabalho; Fazeratividades relaxantes, como dançar, ir ao cinema ou sair com os amigos, por exemplo; Fazer exercício físico, como caminhada ou Pilates, por exemplo, para libertar o estresse acumulado. Tratamento Psicológico Para tratar o Síndrome de Burnout, o psiquiatra pode indicar a ingestão de remédios antidepressivos para ajudar a ultrapassar a sensação de inferioridade e de incapacidade e a ganhar confiança, que são os principais sintomas manifestados pelos portadores da Síndrome de Burnout. Medicação que pode ser usada ATENÇÃO: É importante que se inicie um tratamento logo após o diagnóstico, pois o estresse pode ter consequências graves como o suicídio. Surgem da necessidade de afastamento do empregado do ambiente de trabalho. O Clínico juntamente com o paciente decidem pelo afastamento do trabalho e retorno quando estiver curado. Com a abertura da CAT, a Previdência Social fornece apoio financeiro para o trabalhador, como garantido na legislação nacional, fornecendo ao empregado mais tranquilidade para a reabilitação. Intervenções Psicossociais (quando necessário) FORMAS DE PREVENÇÃO: No Âmbito do Trabalho ( Papel do Psicólogo Organizacional ) Nota-se que existe uma minoria de profissionais exercendo o papel de Psicólogo Organizacional e do Trabalho (POT), ocupando esse espaço na organização, de forma a lidar diretamente com essa questão e perfazer uma linha de comunicação entre a própria organização e seus colaboradores para acompanhar a possibilidade do aparecimento da Síndrome nos colaboradores, bem como, ajudar a prevenir o aparecimento através de estratégias que podem diminuir os riscos dessa síndrome. FORMAS DE PREVENÇÃO: No Âmbito do Trabalho: Estratégias individuais: Referem-se à formação em resolução de problemas, assertividade, e gestão do tempo de maneira eficaz. Estratégias grupais: Consistem em buscar o apoio dos colegas e supervisores. Estratégias organizacionais: Consistem no desenvolvimento de medidas de prevenção para melhorar o clima organizacional. FORMAS DE PREVENÇÃO: Conclusão: Nas pesquisas foi possível perceber que o Brasil não dispõe de estatísticas de prevalência deste agravo, dificultando o conhecimento e acesso real da magnitude desta síndrome, consequentemente poupando a criação e implantação de estratégias de prevenção para maior controle deste agravo. Contudo o método mais eficaz e fundamental seria a adoção de estratégias individuais e organizacionais, para combater, atenuar ou até prevenir a síndrome e seus efeitos sobre os trabalhadores. Referências: DEJOURS, C. A loucura do trabalho. Cortez-Oboré, São Paulo, 1992. GALVÃO, Elizabeth. “Síndrome de Burnout: um artigo que faz a diferença”. 2018. Disponível em: <wwwcontioutra.com/sindrome-de-burnout-um-artigo-que-faz-diferenca/>. Acesso em: 07 de maio de 2018. GOLBSPAN José. “12 sinais de que você pode estar sofrendo da Síndrome de Burnout”. 2015. Disponível em: <www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/12-sinais-de-que-você-pode-estar-sofrendo-da-Sindrome-de Burnout/89983/>. Acesso em: 07 mai. 2018. NABUCO, Crisrtina. Burnout: 2016 – “Os sinais da síndrome que é causada pelo esgotamento no trabalho”. Disponível em: <https://claudia.abril.com.br/saude/burnout-os-sinais-da-sindrome-que-e-causa-pelo-esgotamento-no-trabalho/ >. acesso em: 07 mai. 2018. PONTES, C. Síndrome de Burnout e os direitos do trabalhador. Disponível em:<http://www.carlapontes.adv.br/2013/08/sindrome-de-burnouteos-direitos-do-trabalhador.html>. Acesso em 01/09/2016. Portal Educação, “Diagnóstico da Síndrome de Burnout”. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/diagnostico-da-sindrome-de-burnout/27995>. Acesso em 7 de maio de 2018. VARELLA Maria. “Doenças e Sintomas/Síndrome de Burnout”. 2011. OUL. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/doenças-e-sintomas/sindrome-de-burnout/#share>.Acesso em: 07 mai. 2018.
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