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Aula 3 PSICODIAGNÓSTICO FORMAÇÃO%2c CUIDADOS ÉTICOS%2c AVALIAÇÃO DE DEMANDA E ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS

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Prof. Clayton S. Almeida
psicologiabahia@gmail.com
71 99308-2395
 Para fazer um psicodiagnóstico, o profissional deve saber
avaliar com cuidado a demanda trazida pelo
paciente ou pela fonte de encaminhamento
para, a partir disso, realizar considerações éticas sobre o
pedido e, quando essas forem favoráveis, tecer os objetivos
de sua realização.
 Essa tarefa não é nada simples, uma vez que
necessariamente envolve um conjunto de habilidades e
competências do psicólogo, inicialmente desenvolvidas no
curso de bacharelado em Psicologia, posteriormente
aperfeiçoadas em outros níveis de ensino, como cursos de
extensão, especializações, mestrados e doutorados, sempre
perpassando o cuidado com os aspectos pessoais do
próprio psicólogo que pretende desenvolver essa
atividade profissional.
 Entendemos que a formação ética e técnica para a
realização do psicodiagnóstico tem sua base na graduação,
mas alcança sua real possibilidade a partir do cuidado de
cada profissional com sua constante atualização quanto aos
instrumentos e processos de avaliação.
 Lembramos que o psicólogo precisa investir em seu
desenvolvimento pessoal, realizando acompanhamento
terapêutico, preferencialmente orientado pela teoria
psicológica de base que sustenta seu fazer clínico.
 Todos esses cuidados, juntamente à experiência clínica
adquirida com as primeiras avaliações supervisionadas,
trarão gradativamente ao psicólogo melhores condições de
avaliar as demandas e definir os objetivos de um
psicodiagnóstico.
 Entendemos que o psicólogo é o profissional que pode 
desenvolver, durante sua formação, a competência para 
realizar um psicodiagnóstico. 
 Entendemos que o psicólogo é o profissional que pode 
desenvolver, durante sua formação, a competência para 
realizar um psicodiagnóstico. 
a) da aplicação dos princípios fundamentais contidos no Código de
Ética Profissional do Psicólogo (Conselho Federal de Psicologia [CFP]
2005);
b) da Resolução n° 001/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade do
registro documental decorrente da prestação de serviços
psicológicos (CFP, 2009);
c) da Resolução n° 016/2000, que aponta a necessidade de
regulamentar regras e procedimentos que devem ser reconhecidos e
utilizados nas práticas em pesquisa (de laboratório, campo e ação)
(CFP, 2000a);
d) da Resolução n° 002/2003, que define e regulamenta o uso, a
elaboração e a comercialização de testes psicológicos (CFP, 2003a);
e) da Resolução n° 007/2003, que institui o Manual de Elaboração de
Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo decorrentes de
avaliação psicológica (CFP, 2003b); e
 f) da Resolução n° 011/2000, que reflete sobre a oferta de produtos e
serviços ao público (CFP, 2000b).
Além dessas questões, também nos parece adentrar ao campo da
ética profissional o necessário cuidado com os aspectos pessoais do
psicólogo.
Dessa forma, entendemos como fundamental que todo profissional
que realiza psicodiagnóstico tenha um espaço particular de reflexão
e análise, diferente do oferecido pela supervisão, no qual possa
trabalhar a si mesmo e, como consequência, diminuir possíveis
pontos cegos que fazem parte de qualquer processo em que o objeto
avaliado se assemelha ao objeto que avalia.
Um psicodiagnóstico tem mais chances de ser bem-sucedido quando
há uma boa pergunta a ser respondida.
Essa pergunta nem sempre é formulada com clareza pelo paciente
que busca avaliação, uma vez que, em muitas ocasiões, ele próprio
não tem condições de perceber as razões do seu sofrimento.
Em outras oportunidades, deparamo-nos com demandas genéricas
relacionadas ao interesse pelo seu próprio funcionamento, como, por
Em outras oportunidades, deparamo-nos com demandas genéricas
relacionadas ao interesse pelo seu próprio funcionamento, como, por
exemplo, o interesse em responder à pergunta “como eu sou?” ou a
ideia de “eu vim aqui para me conhecer melhor”.
A partir dessa redefinição da demanda, pode-se pensar no
planejamento de uma atividade avaliativa. Na realidade, essa reflexão
inicial já é o primeiro momento da avaliação, e deve ser feita com
muito cuidado, uma vez que auxiliará a definir o que realmente
precisará ser avaliado.
De modo geral, essas demandas não caracterizam uma boa pergunta
a ser respondida, por tratar-se de questões muito amplas.
Nessas ocasiões, recomendamos uma primeira reflexão clínica, a
partir das entrevistas iniciais e/ou do contato com a fonte
encaminhadora, visando especificar o motivo por trás do “interesse
em se conhecer”,por exemplo.
Como se trata de um processo de caráter científico, o
psicodiagnóstico não prescinde da construção de hipóteses.
Como se trata de um processo de caráter científico, o
psicodiagnóstico não prescinde da construção de hipóteses.
Boas perguntas são aquelas que auxiliam o profissional a confirmar
ou a refutar determinadas hipóteses – por exemplo, em um caso de
uma criança encaminhada para avaliação por estar com dificuldades
de leitura e escrita, não conseguindo acompanhar o desempenho da
turma.
Aqui temos boas perguntas a responder: teria ela um transtorno
específico de aprendizagem?
Questões emocionais e/ou familiares estariam interferindo nos
processos de aprendizagem de leitura e escrita?
Haveria alguma questão neurológica envolvida? Poderíamos pensar
em transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)?
Quais demandas psíquicas não estariam sendo atendidas, gerando,
consequentemente, o sintoma?
Há algumas décadas, a procura por psicodiagnóstico estava
relacionada somente com a definição de um diagnóstico para o
paciente.
Atualmente, em grande parte das vezes (dado mais relacionado à
demanda infantil, conforme Wainstein & Bandeira, 2013), o paciente já
chega com um diagnóstico, dado por algum médico ou outro
profissional da saúde ou, até mesmo, por um professor da escola.
Nessas situações, deve-se refletir sobre o que está sendo solicitado,
podendo caber ao psicólogo, entre outros:
a) realizar a avaliação da pertinência do diagnóstico;
b) realizar o diagnóstico diferencial;
c) identificar forças e fraquezas do paciente e de sua rede de atenção
visando subsidiar um projeto terapêutico;
d) ampliar a compreensão do caso por meio da elaboração de um
entendimento dinâmico, alicerçada em teoria psicológica; e
e) refletir sobre encaminhamentos necessários ao caso.
Os quadros clínicos mais comumente encaminhados para
psicodiagnóstico diferem-se por faixa etária.
No que se refere a crianças e adolescentes, dados de uma pesquisa
conduzida no Centro de Avaliação Psicológica da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (Borsa et al., 2013) apontam que
prevalecem problemas de atenção, seguidos por problemas de
interação social e de ansiedade e depressão, segundo dados
coletados com o Child Behavior Checklist, Achenbach – CBCL
(Achenbach, 2001).
Psicodiagnóstico é um procedimento científico de investigação e
intervenção clínica, limitado no tempo, que emprega técnicas e/ou
testes psicológicos com o propósito de avaliar uma ou mais
características psicológicas visando um diagnóstico psicológico
(descritivo e/ou dinâmico), construído à luz de uma orientação
teórica que subsidie a compreensão da situação avaliada, gerando
uma ou mais indicações terapêuticas e encaminhamentos.
A avaliação da demanda indicará qual aspecto avaliativo deverá ser
priorizado em cada caso, situando-se o objetivo do psicodiagnóstico
a partir dessa reflexão inicial.
a) a classificação simples;
b) a descrição;
c) a classificação nosológica;
d) o diagnóstico diferencial;
e) a avaliação compreensiva;
e) o entendimento dinâmico;
 f) a prevenção;
g) o prognóstico;
h) a perícia forense.
Na perícia forense, o objetivo, na maioria das vezes, é respondera
quesitos legais, solicitados pelo juiz (para uma leitura mais
aprofundada, ver Rovinski, 2013). Conforme Rovinski (2010, p. 95), “. . .
a avaliação forense, mais especificamente, quando exercida como
atividade pericial, diferencia-se em muitos aspectos daquela
realizada no contexto clínico. A não diferenciação de tais padrões de
avaliação acaba por gerar conflitos de papéis e, consequentemente,
condutas antiéticas.”.
Uma pessoa que busca auxílio de um psicólogo para lidar com o
sofrimento -geralmente estabelece com o profissional uma relação de
cooperação e aliança de trabalho diferente daquele sujeito que é
encaminhado para uma perícia em contexto jurídico. Neste último,
fenômenos como simulação e dissimulação conscientes, inerentes a
essa realidade avaliativa, acabam exigindo cuidados técnicos
específicos, que diferem daqueles eminentemente clínicos. Ainda
assim, reconhecemos a semelhança entre muitos aspectos técnicos
adotados na perícia e no psicodiagnóstico.
O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco)
itens: identificação, descrição da demanda, procedimento,
análise e conclusão.
1.Identificação
2.Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão
É a parte superior do primeiro tópico do documento com a
finalidade de identificar:
O autor/relator – quem elabora;
O interessado – quem solicita;
O assunto/finalidade – qual a razão/finalidade.
Sujeito Avaliado(NÃO ESTÁ NA RESOLUÇÃO)
Esta parte é destinada à narração das informações
referentes à problemática apresentada e dos motivos, razões
e expectativas que produziram o pedido do documento.
Nesta parte, deve-se apresentar a análise que se faz da
demanda de forma a justificar o procedimento adotado.
LAUDO PSICOLÓGICO
IDENTIFICAÇÃO CASO 1
LAUDO PSICOLÓGICO
DESCRIÇÃO DEMANDA CASO 1
LAUDO PSICOLÓGICO
DESCRIÇÃO DEMANDA CASO 1
LAUDO PSICOLÓGICO
IDENTIFICAÇÃO CASO 2
LAUDO PSICOLÓGICO
DESCRIÇÃO DEMANDA CASO 2
LAUDO PSICOLÓGICO
DESCRIÇÃO DEMANDA CASO 2
LAUDO PSICOLÓGICO
IDENTIFICAÇÃO CASO 2
LAUDO PSICOLÓGICO
DESCRIÇÃO DEMANDA CASO 2
LAUDO PSICOLÓGICO
DESCRIÇÃO DEMANDA CASO 2

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