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Tópicos sobre a última monitoria de obrigações I

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Tópicos sobre a última monitoria de obrigações I
Obrigações Indivisíveis e solidárias:
Pontos em comum entre as duas modalidades:
Pluralidades de sujeitos: Na verdade, este é o pressuposto dessas modalidades, pois, para cogitar a possibilidade de execução com prestação realizada por inteiro, é necessário que haja uma pluralidade subjetiva, tanto passiva (mais de um devedor) quanto ativa (mais de um credor). 
Unidade da prestação: É uma unidade “objetiva”, havendo apenas uma única prestação de dar ou de fazer. É importante saber que a obrigação de não fazer é indivisível, uma vez que a realização do ato, mesmo que em partes, já implica que ocorreu um descumprimento da obrigação. 
 Pagamento "por inteiro" feito por um dos codevedores: É mais adequado “pagamento por inteiro” que "pagamento integral", que é o direito de qualquer credor, conforme artigo 314. Aqui (indivisibilidade e solidariedade) o pagamento por inteiro significa que, apesar da pluralidade de sujeitos, não haverá pagamento parcial, ou em razão de sua impossibilidade (indivisibilidade) ou por força da vontade das partes ou da lei (solidariedade).
 Recurso? É a sub-rogação prevista nos artigos 259 e 283 do código civil. No artigo 283, não está expresso que o recurso é a sub-rogação, porém, é possível concluir que este será o recuso utilizado por interpretação do inciso III do artigo 246 do código civil (o qual fala que a sub-rogação opera em pleno direito nos casos em que aquele que pagou para outra pessoa era ou podia ser obrigado no todo ou em parte). 
 Responsabilidade do cocredor que recebeu todo? Sim, em ambas as modalidades (artigos 261/272) o cocredor terá que responder aos demais pela parte que lhes caiba. 
Distinções
Fonte do pagamento por inteiro: Na indivisibilidade, a prestação é insuscetível de fracionamento por força da lei (raro), da natureza do objeto da prestação (caso padrão - 258) ou da razão determinante do negócio jurídico (também 258+88). Na solidariedade, por vontade das partes ou lei (a solidariedade não se presume - 265).
 Porque o codevedor deve pagar todo? (não se confunde com a fonte). Aqui se trata do fundamento/razão de ser dos institutos. Na indivisibilidade,  é facilitar/possibilitar o cumprimento de uma prestação insuscetível de fracionamento quando há pluralidade subjetiva. Na solidariedade, é a constituir de uma garantia a favor do credor (exemplo, art. 275).  Ou seja, a indivisibilidade funda-se na impossibilidade de fracionar a prestação (por qualquer dos motivos previstos no artigo 258), enquanto que a solidariedade tem uma origem subjetiva, pois, existe para facilitar a relação entre os sujeitos e, de certa forma, favorecer o direito de crédito do credor. 
 Questão da unidade ou da pluralidade dos vínculos jurídicos. Unidade na indivisibilidade (259) e pluralidade na divisibilidade (257). Na solidariedade, discute-se sobre a existência de um ou mais vínculos jurídicos. Para quem defende unidade a unidade dos vínculos, são usados os seguintes artigos: 264/271/279/280.  Para quem defende a pluralidade, são usados os seguintes artigos 266/278/281/282. ( Vale a pena dar uma lida nesses artigos pois isso já foi uma questão de prova). 
Morte de um dos codevedores. Nada muda (indivisibilidade, por força dos artigos 270 e 276). Na solidariedade, cessa a solidariedade entre os herdeiros, continuando com os demais codevedores (mesmos artigos).
Solidariedade passiva: Cada um respoderá até o limite do seu quinhão hereditário e a solidariedade subsistirá entre os outros codevedores, conforme o artigo 276. Já no artigo 270, na solidariedade ativa, os herdeiros do cocredor solidário só poderão exigir e receber a quota do crédito que corresponda ao seu quinhão hereditário. 
Conversão em perdas e danos (impossibilidade por culpa de um dos codevedores, ou de todos). Comentário comparado dos artigos 263/279. Muito importante.
No caso do artigo do artigo 263: Em caso de impossibilidade imputável apenas a um dos codevedores, esse pagará as perdas e danos e os demais, a sua parte no que diz respeito ao equivalente pecuniário. No caso de culpa imputável a todos, todos responderão pelo equivalente e as perdas e danos. 
No caso do 279: A solidariedade continua. Por isso, cada um responderá pelo equivalente mais as perdas e danos. E, se for imputável apenas a um dos devedores, somente este, na relação interna, responderá pelas perdas e danos. 
 Pagamento pelo devedor comum: Na indivisibilidade, conforme o artigo 260, o devedor ficará exonerado pagando a um dos credores com caução de ratificação dos demais credores. Na solidariedade, é a prevenção judicial que prevalece. Ou seja, enquanto nenhum dos dos credores demandarem (cobrarem judicialmente) o devedor, este poderá pagar a qualquer um dos credores. Se algum cocredor demandar, o devedor será obrigado a pagar a ele. 
Pagamento parcial possível? Não (indivisibilidade). Sim, na solidariedade, mas fica a critério do credor (275), se acontecer aplica-se 277, e um pagamento parcial pode significar uma renúncia tácita a solidariedade (275+282).

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