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Processo Civil III

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III – LUIZ HENRIQUE OLIVEIRA MARQUES
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III – LUIZ HENRIQUE OLIVEIRA MARQUES
Exercício: cópia dos arts. 476 ao 565, CPC para entregar uma aula antes da p2.
15/02/2012
TEORIA GERAL DOS RECURSOS:
CONCEITO: recurso é o remédio voluntário, idôneo, a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna. (Professor Barbosa Moreira)
A fase recursal é uma fase do processo, não se instaura um novo processo, há recursos que obrigam autos distintos, mas nunca processo distinto. Não se constitui novo processo.
Finalidade do recurso: reforma (quando o juiz julgou errado, erro de julgamento, envolvendo direito material ou processual), invalidação (quando há erro de processamento ou procedimento quanto à forma), esclarecimento ou integração de decisão judicial que se impugna.
Reexame obrigatório não é recurso. Ocorre quando o interesse da sociedade é tamanho, que é obrigatório um reexame por um grau superior de jurisdição. Só produzem seus efeitos depois de passar pelo reexame. Art. 475, CPC. Não tem a característica essencial para que seja recurso: voluntariedade.
A ação rescisória gera nova relação jurídica. É ajuizada depois do transito em julgado, e o recurso nunca.
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS RECURSOS:
RECURSO TOTAL: impugna-se a totalidade da decisão judicial
RECURSO PARCIAL: impugna-se apenas uma parte ou algumas partes da decisão judicial, e não a decisão inteira.
RECURSO PRINCIPAL:
RECURSO ADESIVO:
(Art. 500: “aderir”- interpor recurso adesivo)
RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO LIVRE: o recorrente pode usar qualquer fundamento que seja pertinente e tenha amparo na Lei. A grande maioria é de fundamentação livre.
RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA: os principais deles são os recursos extraordinários e os recursos especiais (art. 102, CF, alíneas a, b, c, d).
RECURSOS ORDINARIOS: tutela o direito subjetivo do recorrente. Nesses todo tipo de questão pode ser arguida, sendo de fato ou de direito.
RECURSOS EXCEPCIONAIS: tutela o direito objetivo do recorrente, a lei tem que ser protegida, a intangibilidade da norma jurídica. Não é possível discutir questões de fato, somente questões de direito.
EFEITOS DOS RECURSOS
EFEITO DEVOLUTIVO: vai devolver para o Tribunal as questões
EFEITO SUSPENSIVO: a interposição do recurso impede a produção imediata dos efeitos da decisão judicial impugnada
EFEITO DE OBSTAR A COISA JULGADA: impede a superveniência da coisa julgada.
29/02/2012
RECURSOS
CONCEITO: é o remédio voluntário, idôneo, a ensejar dentro do mesmo processo a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial que se impugna (conceito de Barbosa Moreira).
OBS.: alguns consideram que a hipótese do art. 475, CPC não possui natureza de recurso por faltar-lhe a voluntariedade, uma das suas características, sendo esta a decisão doutrinária dominante.
O recurso difere das “ações autônomas de impugnação”, como a ação rescisória, já que a interposição do mesmo não dá origem a um novo processo, além de preceder ao trânsito em julgado da decisão recorrida.
A formação do instrumento do recurso de agravo não significa a existência de um novo processo, mas sim um mero desdobramento do procedimento.
FINALIDADE DOS RECURSOS:
A reforma visa reparar o “error iu judicando”, erro de julgamento, quando é atribuída ao direito positivo uma vontade que é a sua verdadeira ou caso seja emitida uma errônea declaração da vontade da lei. O erro tanto pode envolver normas de direito material quanto de direito processual.
A invalidação visa reparar o “erro riu procedendo”, ou seja, aquele que está ligado ao vício formal da decisão, acarretando sua nulidade.
OBS.: enquanto que, no caso de reforma, o órgão recursal proferirá decisão substitutiva da decisão impugnada, no caso de invalidação, apenas anulará, invalidará a decisão impugnada, determinando que outra seja proferida pelo órgão de 1º grau, ou de grau inferior, se for o caso.
O esclarecimento visa reparar decisão obscura ou contraditória.
A integração visa suprir lacunas, omissões da decisão impugnada.
CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS:
Art. 505: a sentença (decisão) pode ser impugnada no todo ou em parte, dando ensejo a classificação de recurso total ou recurso parcial.
Considera-se total o recurso que abrange todo o conteúdo impugnável da decisão recorrida e considera-se parcial o recurso que, em virtude de limitação voluntária, não compreenda a totalidade do conteúdo impugnável da decisão.
Art. 500: dá origem a classificação de recurso principal e recurso adesivo.
Há ainda o recurso de fundamentação vinculada e recurso de fundamentação livre.
Obs.: pelo disposto no art. 102, III, a, CF, “compete ao STF julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando da decisão recorrida contrariar dispositivo da própria Constituição”, ex. de recurso de fundamentação vinculada.
Classificam-se ainda os recursos em: ordinários e excepcionais.
São ordinários aqueles cujo objetivo imediato visa tutelar o direito subjetivo e excepcionais são aqueles cujo viés imediato é a tutela do direito objetivo. Além do mais, os recursos ordinários permitem discussões sobre questões de fato e de direito, mas somente os excepcionais permitem discussões sobre questões de direito.
EFEITOS DOS RECURSOS:
Obstar a coisa julgada – art. 467.
Efeito suspensivo
Efeito devolutivo
Pela dicção do art. 497, a regra geral determina que os recursos produzam ambos os efeitos.
O efeito devolutivo transfere para o órgão ad quem (posterior) o conhecimento da matéria julgada em grau inferior de jurisdição.
Excepcionalmente, o efeito devolutivo não é produzido, como ocorre nos embargos de declaração, ou fica diferido, após o juízo de retratação no agravo. (Nestes casos, o reexame da matéria compete ao próprio órgão a quo (anterior)). O efeito devolutivo está ligado ao brocardo romano “tantum devollutum, quantum apellatum”.
O efeito suspensivo impede a produção imediata dos efeitos da decisão.
Obs.: mesmo antes da interposição dos recursos, a decisão ineficaz e essa ineficácia se prolongam com a interposição do recurso com efeito suspensivo.
PRINCÍPIOS:
Princípio do duplo grau de jurisdição: tal decisão é passível de impugnação. Não tem lei expressa.
Principio do devido processo legal: tem sede legal.
Principio da taxatividade: os recursos somente existem os que estão na lei, concentrados no art. 496, CPC.
Principio da singularidade ou unirrecorribilidade:
Duplo grau de jurisdição: embora não tenha expressa previsão na CF, decorre de outro princípio, o devido processo legal (art. 5º, LIV, CF).
Taxatividade: significa que somente a lei pode criar recursos. As partes não podem interpor recursos por elas criados, sem previsão legal,
OBS.: além dos recursos previstos no art. 496, CPC, outros existem em leis extravagantes e no próprio CPC. Ex.: 532, 544, 545, 557, CPC.
Princípio da singularidade ou irrecorribilidade: significa ser apenas cabível um tipo de recurso de cada decisão judicial.
OBS.: segundo doutrina majoritária, consoante afirmação de Nelson Neri Jr., a possibilidade de interposição de embargos infringentes da parte não unânime e recurso especial e/ou extraordinário da parte unânime do acórdão impugnado, configurava exceção do referido princípio.
No entanto, outros entendem que na verdade, não incide tal exceção, porque são duas partes distintas do ato decisório; esta posição é reforçada pelas novas disposições do art. 498, parágrafo único, distinguindo os prazos.
Há uma outra exceção que não encontra divergências ou opositores: a possibilidade de interposição do recurso especial e do recurso extraordinário, caso a decisão impugnada viole ou contrarie simultaneamente norma federal e constitucional.
Fungibilidade: está ligado diretamente ao princípio da adequação. Por tal princípio, a doutrina e a jurisprudência admitem o recebimento dorecurso adequado, como se adequado fosse, desde que presentes alguns pressupostos. Tais requisitos se identificam com os previstos no art. 810, CPC/39, ausência de má-fé e de erro grosseiro.
Modernamente a doutrina vem se contentando com a existência de dúvida objetiva. O princípio se justifica a luz de outro princípio: instrumentalidade das formas – art. 244, 249, §1º e 250, CPC.
Configura-se dúvida objetiva em razão da existência de divergências doutrinárias e pretorianas acerca do cabimento de um ou de outro recurso, não bastando a simples subjetiva do recorrente.
Exs.: decisão que rejeita liminarmente a reconvenção, decisão que exclui litisconsorte, decisão que indefere a oposição.
Proibição de “reformatio impejus”: decorre do princípio do dispositivo (art. 2º, 128 e 460, CPC).
Vedação à reforma da decisão hostilizada em prejuízo do recorrente e em benefício do recorrido que se conformar com a decisão e não a impugnar.
O recurso devolve a matéria impugnada ao juízo ad quem.
Considera-se exceção ao referido princípio por conhecimento das questões de ordem pública, (condições da ação, pressupostos processuais, juízo de admissibilidade recursal), de ofício parao Tribunal.
OBS.: também à luz do princípio, não se admite a “reformatio impejus” (para melhor).
Súmula 45, STF “no reexame necessário é defeso ao Tribunal agravar a condenação imposta à Fazenda Pública”. (prova).
07/03/2012
Os recursos tem que ser interpostos adequadamente, é preciso usar o recurso adequado àquela decisão judiciária. A interposição do recurso adequado depende da identificação correta da espécie de decisão. A sentença sempre é dada extinguindo o processo (art. 267 e 269), com ou sem resolução do mérito.
Art. 513, CPC: da sentença caberá apelação. Art. 522, CC: das decisões interlocutórias caberá agravo. Art. 504, dos despachos de mero expediente não cabe recurso (a não ser que revele uma carga de prejudicialidade para a parte, sendo assim, terá a aparência de despacho, mas será uma decisão).
PRINCÍPIO DA UNICIDADE DO RECURSO: pela regra geral, para cada decisão cabe apenas um só recurso. Há, porém, exceções: embargos de declaração (art. 538, CPC) e a possibilidade de acumulação do recurso extraordinário com o recurso especial (art. 541, CPC).
Decisões objetivamente complexas: havendo capítulos distintos que correspondem a requisitos de admissibilidade diferentes, relacionados a diferentes recursos. Ex.: no julgamento de apelação, pode haver unanimidade quanto a uma parte da matéria impugnada e simples maioria quanto à outra parte, ensejando a interposição de embargos infringentes e de recurso extraordinário. Na verdade, não se configura no caso exceção à unicidade recursal, já que cada capítulo da decisão é considerado decisão per si.
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO:
Chama-se juízo de admissibilidade aquele em que se declara à presença ou ausência de requisitos, condições impostas pela lei para que o órgão judiciário possa apreciar o conteúdo da postulação; juízo de mérito, aquele em que se apura a existência ou não de fundamento para o que se postula.
No primeiro caso, julga-se admissível ou inadmissível, conhece-se ou se deixa de conhecer, recebe-se ou se nega recebimento ao recurso interposto, enquanto que no segundo caso acolhe-se ou não se acolhe, dá-se provimento ou nega-se provimento ao recurso interposto.
O juízo de admissibilidade tem sempre caráter preliminar em relação ao juízo de mérito.
Obs.: nem sempre o mérito do recurso se confunde como mérito da causa. Uma preliminar de primeiro grau de jurisdição, condições da ação, pode ser objeto do próprio mérito do recurso, por exemplo, o recurso interposto contra a sentença que decretou a carência de ação.
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE:
Intrínsecos: concernem a própria existência do poder de recorrer. O cabimento, a legitimação pra recorrer, o interesse em recorrer, além da existência de fato impeditivo (art. 881, CPC) ou extintivo (art. 502 e 503, CPC) do poder de recorrer.
Extrínsecos: relativos a um modo de exercer o poder recursal, a tempestividade, e o preparo.
COMPETÊNCIA E FORMA: em princípio, reconhece-se a competência do juízo a quo para exame da admissibilidade, sendo-lhe vedado acesso ao juízo de mérito, atribuído, em regra, ao órgão ad quem. Há, porém, sempre ao menos duplo exame do juízo de admissibilidade recursal, sendo certa a obrigatoriedade do seu exercício, de ofício.
DIREITO INTERTEMPORAL DOS RECURSOS: é princípio fundamental que a recorribilidade é regida pela lei vigente na data em que é proferida a decisão.
DESISTÊNCIA (ART. 501, CPC) E RENÚNCIA (ART. 502, CPC): ambos, desistência e renúncia, são pressupostos de admissibilidade recursal. A desistência, que pode ser requerida a qualquer tempo, após a interposição do recurso, independe de concordância do recorrido e da homologação judicial. A renúncia pode ser tácita ou expressa.
Obs.: segundo Alexandre Câmara, aplicam-se aos recursos, devidamente adaptados, os mesmos conceitos de condições da ação e de pressupostos processuais.
Assim, para ele, os requisitos de admissibilidade recursal dividem-se em “condições dos recursos” e “pressupostos recursais”.
CONDIÇÕES DOS RECURSOS: requisitos exigidos para que se possa considerar legítimo o exercício do poder de agir nesta manifestação consistente na interposição do recurso (legitimidade para recorrer, interesse em recorrer e possibilidade jurídica do recurso).
PRESSUPOSTOS RECURSAIS: requisitos de existência e de validade do recurso: juízo investido de jurisdição, partes capazes e demanda regularmente formada, que correspondem ao órgão ad quem investido de jurisdição, recorrente com capacidade processual e regularidade formal do recurso.
Há, ainda, a existência dos impedimentos recursais, fatos impeditivos do recurso e do poder de recorrer, como por exemplo, a aceitação da sentença e a renúncia ao recurso.
LEGITIMIDADE PARA RECORRER (ART. 499):
INTERESSE EM RECORRER: a utilidade do provimento pleiteado, havendo a necessidade da interposição e a adequação do recurso interposto. Haverá interesse recursal quando o recurso for o único meio a disposição, a fim de ser alcançada, dentro do processo, situação jurídica mais favorável e, por último, a possibilidade jurídica do recurso: considera-se juridicamente possível o recurso quando estiver ele previsto em lei, sendo juridicamente impossível, por exemplo, o recurso interposto contra despacho (art. 504, CPC).
21/03/2012
APELAÇÃO: trata-se de recurso ordinário, de fundamentação livre, da mais ampla e profunda cognição, que tem sede legal no art. 513, cabível contra as sentenças, sejam elas terminativas ou definitivas.
Prazo de interposição: art. 508.
Forma de interposição: art. 514.
A quem é dirigida a petição de interposição? R.: ao juízo a quo, ao qual é deferido o juízo provisório da admissibilidade do recurso.
Regras de processamento: recebida a apelação, declarando o magistrado os efeitos dos quais a recebe, dará vistas ao apelado para responder ao recurso, em 15 dias. Findo o prazo, com ou sem resposta, o escrivão fará conclusão dos autos, oportunidade na qual, é facultado ao juiz o reexame de admissibilidade do recurso. Em seguida, após a manifestação do MP, se for o caso da sua intervenção, subirão os autos para o juízo ad quem.
Esta é a forma ordinária do processamento da apelação. Existem, porém, dois outros ritos diferenciados:
Como prevê o art. 285-A, sendo a matéria controvertida unicamente de direito e já houver sido proferida sentença de improcedência pelo mesmo juízo em outros casos idênticos, poderá o juiz proferir sentença, antes da citação do réu, reproduzindo o teor da anteriormente proferida.
Neste caso, poderá o autor apelar, também no prazo de 15 dias, sendo facultado ao juiz não manter a sentença, determinando o prosseguimento da ação, ou, caso mantenha a sentença e receba a apelação, determinará a citação do réu para responder ao recurso. Com ou sem a resposta, o juiz determinará a subida dos autos;Pelas disposições do art. 296, nos casos de indeferimento da petição inicial do que resulta sentença terminativa, poderá o autor apelar, sendo facultado ao juiz reformar sua decisão, praticando uma espécie de juízo de retratação. Não sendo reformada a decisão, serão imediatamente encaminhados os autos ao tribunal.
No tribunal, a apelação será submetida à segunda fase de processamento.
Rejeição liminar do recurso (art. 518, § 1º):
Caso em que, o juiz de primeiro grau deixará de receber a apelação quando a sentença estiver em conformidade com Súmula do STJ ou do STF.
Efeitos da apelação: devolutivo e suspensivo
Pela regra geral, a apelação deve ser recebida em ambos os efeitos. Excepcionalmente, será ela recebida somente no efeito devolutivo nas hipóteses indicadas no art. 520. Como veremos mais adiante, pelo disposto no parágrafo único do art. 558, o relator da apelação poderá dar-lhe efeito suspensivo nestas últimas hipóteses (do art. 520), nos casos ali indicados.
Fundamentos da apelação: são agrupados em duas classes: injustiça da sentença e invalidade da sentença.
Obs.: o órgão recursal somente passará ao exame das alegações sobre a injustiça da sentença depois de examinar as questões sobre a invalidade da mesma, superando-as, caso o recurso envolva ambas as espécies de vício, valendo lembrar que as questões processuais são examináveis de ofício.
Obs.: o processo cautelar e o de execução também podem abrigar sentenças sujeitas à apelação, por exemplo, indeferimento da petição inicial, reconhecimento da prescrição e também da decadência.
Obs.: a apelação só cabe contra decisões de primeiro grau. Não cabe contra decisões de segundo grau, seja no exercício da competência recursal ou originária.
Casos de exclusão da apelação (art. 34 da Lei 6830/80; art. 3º, I da Lei 9099/95; e art. 3º, caput da Lei 10259/2001): são hipóteses em que há outros recursos previstos.
04/04/2012
AGRAVO:
Pelas modificações introduzidas no CPC, o recurso de agravo passou a ter dois tratamentos diferenciados, correspondentes às duas espécies, agravo de instrumento e agravo retido. Pode-se afirmar que a regra geral determina o emprego do agravo retido, ficando reservadas ao agravo de instrumento as hipóteses excepcionadas.
Decisão impugnável: interlocutória
Prazo de interposição: 10 dias
Processamento do agravo retido: o recurso deve ser interposto por petição escrita e independe de preparo; após a oitiva do agravado, o juiz poderá, no exercício do juízo de retratação, reformar ou modificar a decisão impugnada. Mantendo-a assim, se manifestará o juiz, fundamentadamente, determinando que o agravo fique retido nos autos.
O agravo retido, neste caso, ficará retido, aguardando-se o julgamento da causa e seu conhecimento e julgamento pela instância revisora dependerá do seguinte:
Tenha sido vencido na causa o agravante, caso em que, ao interpor o recurso de apelação, deverá o recorrente, obrigatoriamente, sob pena de não ser reconhecido o agravo, em preliminar de suas razões de apelante, reiterar o requerimento de conhecimento e julgamento do agravo.
Cabimento do agravo de instrumento: o agravo de instrumento é cabível contra decisões interlocutórias, capazes de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem assim dos casos de não recebimento da apelação e contra os efeitos nos quais a apelação é recebida.
O agravo de instrumento é interponível perante o Tribunal, por petição escrita, contendo a exposição do fato e do direito, as razões do pedido de reforma da decisão, ou de sua cassação, além do nome e o endereço completo dos advogados.
O agravo de instrumento gera a formação dos autos correspondentes, não gera outro processo, e deve ser instruído, obrigatoriamente pelos documentos indicados no art. 525, além da comprovação do preparo do recurso.
No prazo de 3 dias da interposição, o agravante comunicará ao juízo a quo a interposição do recurso, juntando cópia da petição do agravo e do comprovante de sua interposição, indicando a relação de documentos que instruíram o recurso, sob pena de não conhecimento do agravo, caso arguida e comprovada a omissão.
Deveres do relator: recebido o agravo, o relator poderá adotar as seguintes providências:
Negará seguimento ao recurso nos casos do art. 557.
 Converterá o agravo de instrumento em agravo retido, a menos que se trate de decisão capaz de causar ao agravante lesão grave e de difícil reparação, bem assim nos casos de não recebimento da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, mandando remeter os autos ao juiz da causa. Ao recebê-los, deverá o juiz promover o andamento do agravo, adotando o processamento na forma retida, intimando o agravado para responder ao recurso, exercendo ou não o juízo de retratação, para manter ou reformar a decisão impugnada.
Poderá o relator dar efeito suspensivo ao agravo, nas hipóteses do art. 558, ou deferir, em antecipação de tutela recursal, total ou parcialmente, a pretensão recursal.
Poderá o relator requisitar informações ao juiz da causa, caso delas necessite para algum esclarecimento.
Mandará intimar o agravado para responder ao recurso em 10 dias. Na sequência será ouvido o MP, caso necessária intervenção do mesmo, ao final, com ou sem ela, pedirá dia para julgamento.
Obs.: muito embora não conste expressamente da lei previsão para o exercício de juízo de retratação, é pacífico o entendimento quanto à sua possibilidade.

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