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Direito empresarial III - materia

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Direito de empresa III- Títulos de crédito 
Pontos centrais 
títulos de credito : princípios
Lei uniforme de Genebra ( lug) sobre letra de câmbio e nota promissória 
Aval, endosso, vencimento
Letra de câmbio e nota promissória 
Cheque
Duplicata
Warrant e conhecimento de depósito
Bibliografia básica
Direito empresarial esquematizado. André Santa Cruz
Curso de Direito Comercial. Fábio Ulhoa, vol.1
Manual de Direito Comercial. Fábio Ulhoa 
Curso de Direito Comercial. Rubens Requião, vol.2
Títulos de crédito. Waldiro Bulgarelliq
títulos de crédito no CC de 2002
A aplicação da teoria geral dos títulos de credito no CC.. É feito apenas nos títulos atípicos ou inominados, títulos esses que são criados pela prática comercial sem lei específica.
Os códigos anteriores não tratavam dos títulos de credito. O CC/02 não teve a intenção de criar uma teoria geral dos títulos de credito. O disposto nos arts 887 a 926 só se aplica a títulos de credito novos que não possuem regulamentação própria ( atípicos ou inominados).
Primazia do principio da legalidade – títulos de credito são sempre “numerus clausus”.
Tipicidade dos títulos de credito.
Art. 889, CAPUT e § 3º - CC/02 – regulamentação de títulos de credito virtuais ou eletrônicos (ex.: duplicata virtual).
2) conceito de título de crédito ( do latim creditum, credere> confiar em alguém)
É criado para distribuir a riqueza, fazer as mercadorias e serviços circularem.
Nada mais é que a permissão que se dá a alguém para usar capital alheio. 
Credito envolve dois elementos essenciais – Tempo e confiança.
O credito confere poder de compra para quem não dispõem de recursos para aquisição de determinado bem.
O credito é a troca de prestação atual por prestação futura.
2.1) Vivante ( conceito importado pelo Brasil)
É o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido. Princípios da Literalidade (o titulo vale pelo que nele está escrito, contido), da autonomia das obrigações contraídas pelo titulo e da Cartularidade. 
2.2) Whitaker
Documento capaz de realizar imediatamente o valor que representa 
2.3) Definição legal: CC, art. 887.
Acrescentou somente o principio da legalidade.
Titulo de circulação
Os títulos de credito existem para circular.
Possuem uma clausula (“ou à sua ordem”)
O direito brasileiro não admite titulo ao portador, com exceção do cheque de até R$ 100,00.
Títulos de resgate 
Os títulos de credito já nascem com a finalidade de transformar em dinheiro.
Pro Solvendo
Porque a emissão do título de credito não vai importar em uma novação.
Pro Solvendo significa: para pagamento.
3) Princípios dos títulos de credito 
3.1) Cartularidade
Alguns chamam de principio da incorporação
Há necessidade de apresentação do titulo (documento)
Invoca a necessidade do documento, não se exerce o direito de crédito sem documento.
Esse principio é relativizado hoje por existir titulo virtual.
Ex: o cheque não pago, desde que não prescrito, poderá formar um título executivo.
3.2) Literalidade
O titulo é documento escrito, só vale o que nele está escrito. É o que delimita o titulo de credito.
Você não pode cobrar mais do que está escrito no título. Só se pode exigir o que está escrito no título. Ex: endosso (forma de transferência do título de crédito) art.13 da lei uniforme de Genebra (decreto 67663/66).
3.3) Independência
O título de crédito basta por si mesmo, sem necessidade de nenhum outro documento para se exigir o crédito. Art.7 LUG
O vicio em um titulo não prejudica as demais obrigações, nem posteriores, nem anteriores.
3.4) Tipicidade (Legalidade)
Também chamando de principio da legalidade. Não podem ser emitidos os títulos de credito se os mesmos não estiverem previstos em lei.
Art. 887 CC/02
3.5) Circulabilidade
O título de credito nasce para circular riqueza móvel , e não para ficar parado com as partes, ele circula através do endosso.
3.6) Negociabilidade
O credor pode exercer os direitos decorrentes do título antes do vencimento.
3.7) Exigibilidade
O valor do título pode ser exigido quando do seu vencimento.
3.8) Executoriedade
O título de credito vai escorar uma execução tendo por base execução de título extrajudicial art.585 e 586 CPC.
3.9) Autonomia e inoponibilidade de exceção pessoal ao terceiro de boa fé
Alguns autores dizem que esse instituto se iguala ao principio da independência.
Autonomia é a característica dos títulos de credito que garante a independência obrigacional das relações jurídicas subjacentes, simultâneas ou sobrejacentes à sua criação e circulação e impede que eventual vício em uma relação se comunique às demais ou invalide a obrigação literal inscrita na cártula.
Inoponibilidade da defesa pessoal ao terceiro de boa fé, previsto no art.17 da LUG.
Art. 25 da Lei do cheque (Lei 7357/85)
4) Características dos títulos de crédito
4.1) Natureza Comercial ( empresarial)
Possui natureza comercial por excelência, não importa a natureza, profissão de quem emitiu esse título de credito etc., possui uma exceção no decreto lei 167/67 art.10.
4.2) Documento formal
Só pode ser titulo de credito aquele que estiver de acordo com a lei cambial, com os seus requisitos.
Só pode ser considerado como titulo de credito, se preencher os requisitos legais exigidos.
Lei Uniforme de Genebra (LUG)
A formalidade do titulo de credito não é absoluta, há relatividade.
4.3) Bem móvel
Tratado no CC/02 do art. 82 ao art. 84.
Pode ser dado em penhor, pode ser objeto de penhora.
(Principio da ampla circulabilidade do titulo, assegurada pelo endosso com a expressão “à sua ordem”).
4.4) Título de apresentação 
O devedor deve pagar somente o titulo de credito a quem aparentar ser o portador legitimo do titulo de crédito.
Não existe direito cambiário sem titulo.
4.5) Título líquido e certo
Ele vai expressar quantia em dinheiro, tem que estar expresso a existência do titulo de credito bem como seu valor.
4.6) Obrigação quesível ( quérable)
Cabe ao credor se dirigir ao domicilio do devedor para a exigência do pagamento (para exigir o credito).
Classificação 
1.1) Quanto à circulação 
1.1.1) Ao portador 
O titulo não diz quem é seu beneficiário, não identifica seu beneficiário. A letra de cambio e a nota promissória não podem ser ao portador. O cheque também não pode ser ao portador, exceto se for inferior ou igual a 100 reais. Circula mediante tradição e não menciona o beneficiário. Sumula 387 STF. Em caso de extravio ou furto / perda de titulo nominal é necessário se propor uma ação de anulação daquele titulo extraviado art.36 do decreto 2044/1908 ( lei Saraiva).
1.1.2) Nominais
Aqueles que contêm o nome do beneficiário.
Ex.: letra de cambio 
Art. 1º, 6 da LUG
Art. 75, 5
1.2.3) Títulos à ordem
Títulos que permitem sua transferência por endosso ( lançados no verso do titulo) o endosso pode ser em branco ou em preto. Coloca-se pague-se ( em branco ) nesse caso funciona como se fosse ao portador . Endosso em preto (quando você coloca pague-se e escreve o nome da pessoa que pode receber o cheque )
Ex: nota promissória e a letra de cambio.
1.2) Quanto à causa ( de emissão do titulo , da dívida)
1.2.1) Abstratos
Decorrem de qualquer tipo de divida (decorrem de qualquer causa debendi).
Luis emitio rosa: Títulos abstratos são aqueles que podem decorrer de qualquer causa, podem moldar qualquer obrigação, porque a lei não predetermina a causa de sua emissão. 
1.2.2) Causais
Luis emitio rosa: Só podem ser criados em razão de uma causa predeterminada em lei. Ex : duplicata ( só podem ter origem em contrato de prestação de serviço e de compra e venda de mercadorias ).
Os títulos de credito quando emitido não extingue a dívida anterior, não há novação.
O cheque é pro solvendo ( esses títulos de credito são emitidos à pagar)
1.3) Quanto ao prazo
1.3.1) À vista
Pagamento a olhosvistos.
Não possui prazo, o prazo é indeterminado (apresentar o titulo no prazo de 1 ano, pois esse prazo indeterminado não é ad eternum). O título tem que ser pago de uma vez. Vence quando de sua apresentação ao devedor. Ex: cheque, letra de câmbio (pode ser a vista ou a prazo).
1.3.2) A prazo
Ou é com data certa ( ex: 28/08/12) ou à tempo certo de data( se conta a partir de um determinado marco. Ex: 60 dias a partir da emissão da nota promissória ). 
2) Devedores cambiários e solidariedade
Todos os devedores cambiários são devedores solidários. O portador do título pode acionar individual ou coletivamente quaisquer dos devedores sem estar sujeito a observar a ordem em que a ele se obrigarem. Pode escolher qualquer um, dois, três ou todos os devedores. Previsto no art.51,$1 da lei do cheque 7357/85.
A solidariedade não admite ser chamado o beneficio de ordem (em uma execução você escolher que o credor que deveria invocar outra pessoa ao invés de quem invocou o beneficio de ordem). Art.51,$2 da lei de cheque.
A solidariedade no título de crédito sempre decorre de lei, sempre legal.
A solidariedade cambiaria a obrigação de cada devedor decorre de uma distinta relação da obrigação dos demais devedores.
A solidariedade cambiaria é sempre sucessível 
A extinção da obrigação do direito comum, somente acaba quando o devedor principal pagar a divida.
A solidariedade cambiaria a nulidade de uma das obrigações do titulo não contamina as obrigações que estão no titulo.
A solidariedade no direito civil admite condição, já no direito cambiário não admite condição. A solidariedade cambial não admite de qualquer forma condição suspensiva ou resolutiva (obrigação condicional). Lei uniforme de Genebra (decreto 57663/66 trata da letra de cambio e da nota promissória) Arts. 12 e 26, primeira linha da LUG.
3) Devedor principal e devedor de regresso 
Devedor principal é aquele cujo pagamento da soma cambiaria extingue a vida do titulo de credito, porque não adquire direito cambiário em relação a subscritor algum, isto é, não existem devedores cambiários anteriores que o garantam (não tem de quem cobrar – “acaba”).
Devedor de regresso é aquele cujo pagamento não extingue a vida cambiaria do titulo de credito, porque adquire os direitos decorrentes em relação aos signatários (aquele que assinou o titulo de credito) anteriores que o garantem.
4) Letra de câmbio 
É um dos títulos mais antigos, não é o mais praticado e famoso no Brasil (ao contrario do cheque). Serviu de espelho para outros títulos de credito.
A letra de câmbio tem como regramento básico o decreto 57663/66- LUG
Decreto 2044/1908 - só aplicado em duas hipóteses: se o Brasil aplicar o direito de reserva (o Brasil fala que não ira aplicar o decreto ) e no caso de silencio da lei uniforme de Genebra.
A letra de cambio é ordem de pagamento a vista ou a prazo.
A letra de cambio segundo o professor Luiz Emídio Rosa é o titulo de credito abstrato correspondendo a documento formal, decorrente de relação ou relações de credito, entre duas ou mais pessoas, pela qual o sacador da ordem de pagamento pura e simples, a vista ou a prazo, a outrem, denominado sacado a seu favor ou de terceira pessoa ( tomador ou beneficiário ), no valor e nas condições dela constantes.
4.1) Legislação básica (Regramento legal)
É uma ordem de pagamento a vista ou a prazo.
Letra de cambio é um documento formal, não pode receber endosso, não pode receber aval.
4.2) Conceito
É o titulo de credito abstrato, correspondendo a documento formal, decorrente de relação ou relações de credito, entre duas ou mais pessoas, pela qual o sacador dá ordem de pagamento pura e simples, a vista ou a prazo, a outrem, denominada sacado a seu favor ou de terceira pessoa (tomador ou beneficiário), no valor e nas condições dela constantes.
(Luiz Emidio)
3 Sujeitos:
 Sacador – emitente do titulo (quem assina o titulo).
Sacado – ordem vai para ele (aceitação por escrito).
Tomador ou Beneficiário – quem vai receber a letra de cambio.
4.3) Requisitos formais essenciais da letra de câmbio
Requisitos formais/ essencial 
1)Expressão letra tem que estar expressa nesse titulo.
2)Mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada 
3)Nome daquele que deve pagar a letra de cambio
4)Nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga a letra ( beneficiário )
5)Indicação da data em que a letra é passada ( emitida)
5)Assinatura do sacador( quem esta emitindo a letra )
Art.1 LUG, se nao tiver destacado a palavra letra , nao é letra de cambio. O nome daquele que deve pagar que é o sacado, a epoca do pagamento , a indicação do lugar que deve ser realizado o pagamento. A indicação da data do que e e lugar em que a letra é passada etc, presentes esses requisitos no art.1 e seus incisos.
É um documento essencialmente formal.
Os requisitos estão no art. 1º do anexo 1 da LUG.
Tem que ter o nome letra de cambio no vernáculo do país, no caso do Brasil – Português.
Tem que conter uma ordem pura e simples de pagar uma quantia determinada (quantia em dinheiro R$).
Tem qu conter o nome do sacado.
Tem que conter o nome de quem dá a ordem (emitente).
Conter a data que é passada.
Assinatura do sacador.
Nome do beneficiário ou tomador do titulo.
Alguns requisitos são denominados de incidentais, a lei estabelece soluções para ocasiões em que faltar. > art. 2º
A lei fala em “LETRA”, alguns doutrinadores criticam entendendo que tem que conter o nome LETRA DE CAMBIO.
Quantia indeterminada não é aceita.
A quantia deve estar em algarismo indu arabico e por extenso > problema: A LUG diz que a letra pode ter só algarismos, a doutrina diz que nesse caso usa-se a lei Saraiva.
Divergência entre algarismo e extenso > pela lei prevalece o extenso. Há na doutrina entendimento de que no caso de divergência prevalece o menor valor.
Art. 6º da LUG – prevalece o extenso.
Requisitos supríveis 
1)Época do vencimento
2)Lugar do pagamento 
3)Lugar do saque ( emissão)
Se eles nao estiverem presentes nao deixa de ser letra de cambio 
Arts.1,2 e 3 LUG
Lugar em que se deve efetuar o pagamento, e o lugar onde a letra tem que ser passada ( lugar do saque) e a época do vencimento.
Denominação da letra de cambio
Art.1,I LUG. ( artigo primeiro numero 1)
Mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada
Mandato significa ordem pura e simples de pagar uma quantia determinada. Ordem de pagamento a vista ou a prazo. Ordem sem termo. Essa quantia é uma obrigação liquida e certa, exclusivamente em dinheiro. 
Clausula de juros 
Possibilidade de cobrança de juros. Tem que estar escrito na letra ( a vista ou a vista a certo termo de vista). 
Vedação ao anatocismo (juros sobre juros – Decreto 226, Sumulas 596 e 121 do STF)
É possível a correção monetária da quantia, ou seja, é uma forma de combater os efeitos maléficos da inflação, essa quantia tem que estar no titulo, podendo ser escrito por extenso. Art. 5, I, Ii, IIILUG sumula 121 e 596 STF a lei de usura nao se aplica em instituição bancaria. Sumula.
Ricardo negrão - o sacador pode estipular com a emissão e no próprio titulo o rendimento de juros, presumindo-se salvo indicação diversa contados da data da imissão da letra. Essa faculdade encontra-se tao somente na criação de letras pagáveis a vista ou a um certo tempo da vista, considerando-se nao escrita sua inscrição em outra especie de letra.
Emissão em moeda estrangeira 
A principio não é permitido, mas em casos excepcionais é possível.
Decreto 857/69 e Lei 10.192/01 > pago em ouro ou em moeda estrangeira.
Letras emitidas em território nacional – somente em real.
A LUG exige que conste o nome do sacado – pode ser pessoa física ou jurídica (quem recebe a ordem de pagamento).
O sacado só se obriga se aceitar – aceite facultativo.
O não aceite é ruim para o sacador, pois transforma a divida com data certa em divida antecipada.
É lançado nafrente (em qualquer parte da frente) o aceite, para não confundir com o endosso (que é no dorso).
Tem que constar junto com a assinatura do sacado o numero de um documento de identificação (CPF, CTPS...).
Lei 6268/75 – Uma das Leis de protesto em vigor.
Se houver omissão do nome do sacado – em principio não vale como letra (com exceção – alguma outra pessoa que aceite).
Na letra é permitido que o sacado seja igual ao sacador – A emite a letra para si mesmo – não é muito ususal.
É possível a letra possuir mais de um sacado (pluralidade de sacador)? – A LUG não fala nada, na Lei Saraiva é permitido.
Para pagamento em território nacional tem que ser expressa em real, tanto em algarismo como em extenso. Decreto lei 857/69 ( excecao ) permitindo pagamento em moeda estrangeira lei 10192/01
Nome do sacado 
O sacado pode ser pessoa física ou juridica contra quem o sacador dá ordem de pagamento baseada no seu direito de credito decorrente da relação causal. Art. 28 , I LUG.
A lug. Nao determina na letra de cambio onde deve ser designada a pessoa do sacado, podendo ser tanto na frente quanto atrás, mas em sua maioria sendo na frente assim como o aceite. Lei 6268/65 ( exige a identificação do sacado para fins de protesto ex: Rg , cpf ) colocação feita pelo professor Ricardo negrão .
Luiz Emidio diz se houver omissão do nome do sacado, o documento nao valerá como letra de cambio, salvo se o aceite for dado por pessoa designada pelo sacador para efetuar o pagamento em decorrência da relacao causal que gerou a sua criação .
Art. 10 e art,20 , $2 decreto 2044/1908. 
Nome do tomador
Um dos elementos constantes da nota promissória. Requisito essencial.
A letra é transmissível através do endosso, mesmo que não tenha a expressão “à sua ordem” – art. 3º, I da LUG.
Os títulos de credito de forma geral não podem ser ao portador (exceção – cheque de até R$ 100,00).
Pluralidade de tomadores – art. 31 §1º da Lei Saraiva (subsidiaria a LUG) permite. A LUG não faz menção desse assunto.
Favorecido da ordem de pagamento da letra. Tem que riscar e escrever nao a sua ordem . Art.11, aliena 2 LUG.
Pluralidade de tomadores art.39,i lei Saraiva decreto 2044
Data do saque
Chamada data de emissão (requisito essencial).
Data de emissão. Art.1 , numero 7, primeira parte da LUG.
Assinatura do sacador
Quem dá a ordem de pagamento pura e simples.
Não precisa reconhecer firma.
Qualquer pessoa com capacidade civil pode assinar (emitir) – art. 42 da Lei Saraiva.
Pode o sacador ser representado por um mandatário especial – art. 8º da LUG.
Assinatura feita na face da letra.
Art. 7º da LUG – assinaturas falhas não contaminam a letra.
- Clausula Mandato – clausula em contrato bancário, onde constitui o funcionário do banco pode emitir uma letra de cambio no nome do devedor ( é nula – fere o art. 51 da CPC).
Assinou a letra de cambio é devedor solidário.
Art.1, números 8 e 9 LuG art.8 LUG. Para emitir a letra de cambio precisa ter capacidade art. 42 decreto 2044 sumula 66 STJ
Requisitos essenciais supríveis :
Época do vencimento
É requisito essencial, porém suprível – se faltar a data entende-se pelo pagamento a vista. Tem que ser pago assim que apresentada a letra ao devedor.
Art. 2º, alínea 2ª da LUG.
Se não houver data certa, pagamento a vista (tem um ano para apresentação).
Maior prazo prescricional da ação cambial é de 3 anos.
O titulo é liquido e certo (na debeatur + quantum debeatur) – não pode ser o vencimento parcelado ou alternativo, até porque é uma obrigação incondicional.
Se não houver época de vencimento na letra de cambio ela vai ser entendida como à vista. Art. 2,2 LUG. Não pode ter vencimento alternativo nem vencimento parcelado, a data tem que ser certa. 
Lugar do pagamento 
Se não tiver lugar de pagamento, será o lugar designado do lado do sacado. Art.2, alínea terceira LUG.
Letra domiciliada
Permite que o sacado indique o lugar de pagamento, tem que estar na letra (expresso) – principio da literalidade.
Art. 26 alínea primeira LUG 
Lugar do saque
Local de emissão da letra de cambio, onde a letra foi passada. Art. 2 alínea 4ª LUG
Se não houver será no lugar ao lado do nome do sacador.
2) Endosso 
2.1) conceito 
Forma de transmissão dos títulos de credito.
Professor Luiz Emídio Rosa Júnior -endosso é o ato cambiário abstrato (não se discute a origem da divida) e formal, decorrente de declaração unilateral de vontade e correspondendo a uma declaração cambiaria eventual (nem todo titulo tem endosso) e sucessiva (1 + 1 + 1...), manifestada no título de crédito, ainda que dele não conste a clausula à ordem( que permite o titulo circular via endosso), pela qual, o beneficiário ou terceiro adquirente ( endossante) transfere os direitos dele decorrentes a outra pessoa (endossatário), ficando, em regra, o endossante responsável pelo aceite e pelo pagamento ( para se eximir tem que constar no titulo).
Formal – vale o que está escrito.
Para vedar a circulação como endosso escrever: “NÃO À SUA ORDEM”
2.2) endosso em branco e endosso em preto
Endosso em branco não identifica quem é o endossatário, o beneficiário do endosso (expressão – “pague-se”). 
O endosso em preto identifica quem é o endossatário (você nomeia o beneficiário).
Art.12 LUG qualquer assinatura em letra de câmbio não exige reconhecimento de firma. 
2.3) endosso parcial e endosso sem garantia 
O endosso parcial é vedado. Não tem como você dividir um cheque por exemplo . Art.12 segunda alínea.
Endosso sem garantia. Art. 15, alínea primeira LUG em regra é ele se responsabilizar pelo pagamento e pela aceitação 
O endossante pode proibir um novo endosso. Art. 15, alínea segunda.
2.4) endosso-mandato e endosso caução 
A lei proíbe endosso parcial, só existe endosso total.
Endosso mandato é também chamado de endosso procuração previsto no art. 18 LUG vindo geralmente com "valor a cobrar " , " para cobrança" você transfere geralmente o título sem a posse,permitindo que outrem faça a cobrança em seu lugar.
Endosso procuração – Não transfere propriedade > serve para que alguém possa fazer a cobrança de titulo ( expressões utilizadas – “valor em cobrança” ou “para cobrança”) – art. 18 da LUG.
Esse tipo de endosso não se extingue com a morte do endossante ou com a superveniência de sua incapacidade.
Art. 18, alínea terceira - no caso de morte do mandatário não irá se extinguir o endosso.
Endosso caução está no art. 19 LUG – utilizado quando um bem móvel é dado em penhor – “valor em garantia” ou “valor em penhor” - título ser dado em penhor, como garantia. Você só transfere a posse.
Endosso sem garantia – pouco utilizado (“para tirar da reta”) – clausula de não responsabilidade, art. 15 da LUG.
2.5) diferenças entre endosso e cessão de crédito 
Endosso:
1) ato exclusivamente de natureza cambiária (só existe no titulo de credito).
2) só pode ser lançado no título 
3) declaração unilateral de vontade (lançado pelo endossante)
4) é ato abstrato
5) há transferência de direito novo, autônomo e obrigatório 
6) o endossante, salvo cláusula em contrário, garante o pagamento do titulo de crédito.
7) sempre ato puro e incondicional 
8) independe da anuência do devedor
9) a nulidade de um dos endossos , não prejudica os outros endossos (não prejudica a cadeia sucessória de endossos).
Cessão de crédito:
1) instituto de direito comum
2) não requer forma especial
3) é contrato bilateral (acordo de vontades que geram obrigações recíprocas).
4) é ato causal
5) o direito é derivado 
6) na cessão de credito , salvo estipulação em contrario , o cedente não responde pela solvência do devedor, mas tão somente pela existência do crédito ao tempo da cessão –art. 295 e 296 do CC/02.
7) a cessão de credito pode ser condicionada (resolutiva ou suspensiva).
8)a cessão de credito não vale em relação ao devedor, senão quanto a este notificada . Art. 290 CC9) a nulidade de uma cessão de credito, prejudica a cessão de outros créditos (são nulas).
3) aval ​​
3.1) conceito 
Fran Martins - O aval é a obrigação cambiaria assumida por alguém no intuito de garantir o pagamento de letra de câmbio nas mesmas condições de outro obrigado.
Rubens Requião- O aval é a garantia de pagamento de letra de cambio, dada por um terceiro, ou mesmo por um dos signatários da letra.
Avalista – é um garantidor (responde com seus bens).
3.2) função 
Função de reforçar garantias de pagamento do titulo de credito em seu vencimento, facilitando a sua circulação, sendo um dos mais importantes e utilizados institutos do direito cambiário. 
Tem que ter capacidade de fato.
Visto como garantia fidejussória e não real.
3.3) Natureza jurídica 
O aval corresponde a uma declaração cambiaria, sucessiva e eventual ( pode ter ou não ter aval), decorrente de uma declaração unilateral de vontade, consubstanciando garantia fidejussória , e que só existe em título de crédito.
Expressões: “bom para aval” ou “avaliso”.
3.4) diferenças entre aval e fiança 
Aval
É ato unilateral e cambiario sendo instituto do direito empresarial.
 Lançado no titulo de credito
Tem que ter vênia conjugal
Só serve para garantir obrigação iliquida
Se obriga perante pessoa indeterminada (porque circula e não dá pra saber com quem vai parar)
É obrigação autônoma em relação a obrigação do avalisado
Não admite beneficio de ordem
Art. 31, alínea 4ª da LUG > Hipoteses de presunção na falta de indicação
O aval não pode se sujeitar a condição
O avalista que paga a obrigação vai poder regredir sobre devedores anteriores – art. 32, alínea 3ª da LUG.
Fiança
sempre um contrato regulado pelo direito civil , ela pode ter natureza tanto civil quanto comercial e garantir qualquer tipo de obrigação . Arts. 818 ao 839 CC
há um contrato por escrito
tem que ter vênia conjugal
a fiança garante a obrigação liquida ou liquida – art. 821 CC
se obriga perante pessoa determinada
a fiança é obrigação sempre acessória, não existe por si só (principio da gravitação juridica) – o acessório segue a sorte do principal.
Comporta beneficio de ordem (os bens do afiançado serem atingidos primeiro – não é direito absoluto na fiança – renuncia ao beneficio de ordem) – arts. 827, 828 e 839 CC
A fiança não é presumida
A fiança pode estar sujeita a uma condição.
 
3.5) forma do aval
Necessariamente lançado por escrito e no próprio titulo – ou numa folha anexa (folha de along ou alongamento) – vai junto com o titulo.
Art. 31 1ª alínea LUG – 
Art. 31, 2ª – expressões: “bom para aval”, “avaliso fulano”, “avaliso”.
3.6) aval em preto e aval em branco 
Você indica quem é a pessoa avalisada no aval em preto 
Você não indica quem é o beneficiário no aval em branco
Art. 31 e 32 da LUG.
O aval é lançado no frente ou no verso do titulo. Art. 31, 3ª alínea LUG
Datação do aval 
A datacao do aval não é obrigatória 
Aval dado após o vencimento do título
Ele pode ser feito após o vencimento do titulo. Art. 20 LUG
Pode ser dado tempo entre o vencimento e o protesto.
O aval dado após o protesto ou decurso do seu prazo legal não tem eficácia
Aval parcial ou total
O aval pode ser parcial ou total (endosso não pode ser parcial) . 
Art. 30 1ª alínea LuG – aval parcial (garantia de parte da divida)
Esse regramento também é valido para a nota promissória.
Validade do aval superior, porem limitado ao valor do titulo.
Aval incondicional
É sempre incondicional , como qualquer obrigação cambiária. Não estão sujeitos à condição. Nunca existe aval condicional.
Aval simples e aval plural
O simples é dado por apenas um avalista
O plural é dado por duas pessoas ou mais 
Art. 47, alínea 1ª e 2ª lug 
Art. 32, alínea 2ª lug.
Avais simultâneos
Também chamado de co-avais
"Avais simultâneos , são os avais prestados por varias pessoas a obrigação assumida por devedor ou devedores que se encontram na mesma posição." Ricardo Negrão
Os avalistas simultâneos são devedores solidários 
Avais sucessivos 
Chamado aval do aval
" São sucessivos os avais dados ao avalista do título ( aval de aval )." Ricardo Negrão
Na prática não se vê isso.
Alguém ser avalista do avalista. Um após o outro.
Quem pode ser avalista
O aval pode ser dado por terceiro estranho ao titulo ou quando alguém que já seja vinculada a letra (pessoa física ou juridica). Ex: sacador na letra de câmbio. Art. 30, alínea 2ª LUG.
Aval por mandato
Regulado pelo art. 8º lug e pelo art. 14 da lei Saraiva.
Você pode constituir alguém para realizar o aval em seu nome. Mas tem que ser uma procuração com poderes especiais.
Aval e chamamento ao processo
O avalista não pode chamar ao processo a pessoa do avalizado. É uma forma de garantir um direito de regresso. O art. 77, III CPC não admite a intervenção de terceiro contra o avalizado.
Solidariedade comum e não cambiaria.
Aval antecipado
Não é regulado pela LUG.
Lançado no titulo antes do avalizado assumir a obrigação.
Você pode fazer o aval antes da obrigação estar constituída, mas pra que ela sobreviva a obrigação depois tem que ser concretizada. Ex: você ser avalista de um futuro beneficiário do titulo.
Art. 14 decreto 2044 (lei Saraiva )
> Aceite
Conceito
O aceite só existe em letra de cambio e duplicata, na letra de cambio o aceite é facultativo sendo obrigatório somente na duplicata.
" Ato de vontade materializado pela aposição de assinatura do título, mediante a qual o sacado concorda com a ordem do sacador, tornando-se o principal responsável pelo pagamento da quantia expressa na letra de câmbio na data de seu vencimento." 
>Natureza do aceite 
Só existe em dois títulos de credito.
O Aceite uma vez realizado obriga o sacado. 
O aceite não pode ter nenhum tipo de proibição, ele é puro e simples. Arts. 21 a 29 da LUG. É possível a emissão da letra de cambio vencível a certo termo de vista.
Momento para o aceite 
Pode ser realizado a qualquer momento antes da data do vencimento do titulo.
Prazo de respiro é o momento que tem o sacado de 24 hrs para reflexão. Art. 24 1ªalínea 
Há a possibilidade da emissão do aceite ate determinada data, não podendo ser emitido antes. Art. 22, 3ª alínea LUG
Apresentação do aceite é obrigatória em decorrência de clausula aposta pelo sacador chamado de letra contra aceite . Em alguns casos ela é obrigatória. Art. 22 alíneas 1º e 4º LUG. Normalmente sem fixação de prazo, mas pode ser fixado prazo.
Há a possibilidade de proibição de apresentação da letra de cambio para do aceite . Art. 22 alíneas 2ª e 3ª LUG
O aceite como o aval podem ser parciais , o sacado só fica obrigado ao valor que esta no titulo . Art. 26, 1ª alínea .
A recusa ao aceite pode ser tácita ou expressa.
Os efeitos da recusa do aceite são:
necessidade do portador do título protestar o título no prazo legal para comprovar a falta de aceite, sem o que perderá o direito de ação contra os endossantes e outros coobrigados. Ou seja, ele só ficara em mãos com o sacado.
Se há recusa do aceita há o vencimento antecipado do titulo, permitindo ao portador exercer seus direitos de ação antes do vencimento ordinário do título, mesmo se a recusa for parcial. Arts. 44, 53, 43, 26 LUG.
Efeitos do aceite contra o sacado
se torna devedor principal direito .
A sua obrigação ( do sacado) pode ser exigida pelo portador da letra independentemente de protesto, por ser devedor direto. O protesto não é obrigatório , ele é conservativo de direito.
O sacado uma vez pago o titulo de credito, ele extingue esse titulo de credito.
A dação do aceite pelo sacado exonera os devedores indiretos( sacador, endossante) da responsabilidade do pagamento antes do titulo do pagamento, do vencimento. Evita o pagamento antecipado .
O cancelamento do aceite, a lei estabelece como regra a impossibilidade de realizar com excecao ao art. 29
O cancelamento pode ser feito riscandoo aceite antes de devolver o título.
 Art. 25 da LUG- o aceite se exprime pela palavra " aceite", " aceito" ou qualquer outra equivalente.
Se o sacado só assinar e datar a frente da letra é considerado como aceite.
11/09/12
Títulos de crédito
I- Letra de câmbio 
Vencimento
1.1) Conceito
Ricardo Negrão - vencimento é o momento em que a soma cambiária pode ser exigida dos devedores cambiários pelo portador do título de crédito. Arts. 33 a 37 LUG
1.2) Importância do vencimento
Primeiro item - permitir ao portador do titulo ( devedor pontual, devedor em mora) que posso promover a execução do titulo de credito em face dos devedores através da açao cambial. Art. 43 LUG.
Segunda item - constituir o termo inicial de fluência dos juros de mora. Art. 48 LUG
Terceiro item - correção monetária em face da inflação 
Quarto item - corresponde ao termo inicial do prazo prescricional contra os devedores principais. Art. 70, primeira alínea LUG de acordo com o principio da axio nata.
Quinto item- permitir a qualquer devedor depositar judicialmente ou extrajudicialmente. Ex: pagamento indireto, pagamento em consignação. Art. 42 LUG
Sexto item- art. 20 LUG o endosso feito após ao vencimento produz efeitos cambiários normais mas se feito depois do protesto ele vale como cessão de credito. Com a inoponibilidade a excecao contra terceiro de boa -fé . Questão da concordância etc.
Luís Emídio rosa - o vencimento da cambial ( letra de cambio e nota promissória ) confere ao portador o direito de exigir a soma cambiaria dos devedores diretos, mediante a simples apresentação, mas em relação aos devedores indiretos, o portador deve diligenciar o protesto para não decair de seus direitos cambiários quanto aos mencionados devedores ( art. 53 LUG)
Devedores diretos- sao devedores principais. Aquele que uma vez paga o titulo.
Devedores indiretos -sao aqueles que possuem o direito de regresso. O protesto do titulo não é obrigatório , ele é conservatório de direito.
A letra de cambio pode nao ter data de vencimento, é um requisito suprível. Art. 2, alínea segunda da lug 
Art. 33 LUG nao pode ter vencimento diferente ou sucessivos. Se tiver isso é nula
1.3) Vencimento " com data certa"
O vencimento é previsto em lei . Art.33 LUG ( no caso de letra de cambio e nota promissória)
Vencimento tem que ser único ( não se pode ter parcelas)
Tem que ser incondicional
Tem que ser preciso,tem que saber quando vai vencer
Tem que ser possível. Ex: 31 de fevereiro é impossível 
1.4) Vencimento com tempo certo de data
É comum . Estão perfeitamente indicado o dia , mês e ano do vencimento.
Vencimento com tempo certo de data, considera uma data especifica e o vencimento se da a tantos dias dessa data . Ex: 60 dias após essa data. Luiz Emídio diz que essa modalidade de vencimento corresponde a cambial sacada a um ou mais meses ou dias de data, contados da data do saque da letra e da data de emissão da nota promissória. Arts 36 e 37 LUG
1.5) Vencimento à vista
Uma vez apresentado o devedor tem que honrar
Luiz Emídio diz que é uma modalidade cambial que vence contra a sua apresentação pelo portador ao sacado da letra de cambio ou emitente da nota promissória.
Coloca-se expressões como a qualquer tempo, a vontade, a vista.
Arts. 34 e 44 LUG.
Se se apresentou e não paga , pode ser apresentado o protesto, pois o mesmo interrompe Prescriçao , é conservativo de direito e se for empresArio pode requerer a falência dele.
A letra de cambio e a nota promissória pode ser a vista.
1.6) Vencimento a tempo certo de vista
É limitado durante 1 ano. Senao for apresentado consigna-se em pagamento. Emissão na letra de cambio é igual a saque. Esse prazo de1 ano é contar da emissão, desse prazo nao se conta juros de mora. 
Esse prazo de apresentação de 1 ano o sacador pode aumentar ou reduzir esse ano, mas tem que estar na letra. Art. 34, primeira alínea LUG, tem que estar escrito na cártula , no corpo do titulo de credito. É possível também o prazo de carência fixado pelo sacador, sendo o mesmo um prazo onde voce nao pode apresentar o titulo naquele período, se for apresentada o devedor tem o direito de não pagar. Só pode ser fixado pelo sacador e estar escrito no titulo de credito.
Vencimento a tempo certo de vista segundo Luiz Emídio rosa ocorre quandoo vencimento Da letra é determinado pela data do aceite ou do protesto (pela falta do aceite ) , sendo portanto necessária a apresentação da letra ao sacado para a caracterização do vencimento. Art. 35 LUG
Para que o vencimento ocorra tem que ter aceite, se não tiver aceite pode protestar.
Vencimento da cambial ocorre na data nela fixada, sendo a sua prorrogação só sendo possível por disposição legal ou convencional, sendo vedados os dias de perdão( art. 74 LUG o devedor perdoar um dia daqueles do prazo. O que é possível prorrogação legal ou convencional).
2) Pagamento
Clóvis Beviláqua: pagamento é execução voluntária da obrigação.
Pagamento se divide em dois : 
Pagamento extintivo : pagamento do titulo que desobriga os demais obrigados e acaba com o titulo também.
Pagamento recuperatorio: pagamento feito por um dos devedores indiretos, e ele vai poder recuperar o que ele pagou indo contra alguns dos devedores diretos. O obrigado libera quem esta atras e pode cobrar de quem esta a frente. Pode ser pedido o direito de regresso nesse caso, indo cobrar de uma pessoa que esta a frente. Quem nao é devedor principal e paga , pode pedir acao de regresso.
2.1) Pagamento parcial
É admitido na LUG ao contrario do que e estabelecido no CC na parte de obrigações. Art. 39, alínea segunda LUG
2.2) Pagamento por intervenção 
 Ricardo negrão é o ato pelo qual , no momento do protesto de um título cambiário , o recusa do aceite ou falta de pagamento, um terceiro interessado, um terceiro interessado coobrigado participa para aceitar ou resgatar o titulo. Se o sacado nao aceite a letra de cambio ocorre o vencimento antecipado. Pode ocorrer de alguém toma a posicao do sacado para nao obter esse vencimento antecipado.
2.3) Ressaque
Instituto em desuso. O Ressaque substitui o chamado direito de regresso. Ao invés de voce entrar com o direito de regresso voce emite uma nova letra de cambio.
Ricardo Negrão : É o direito atribuído ao sognatário do título de emitir uma nova letra de câmbio a vista, sobre um dos coobrigados de regresso anteriores , pagável no domicílio deste, visando ressarcir-se do valor do pagamento efetuado, com juros e correção monetária. A lei também admite que haja o Ressaque do Ressaque.
1) Protesto
Conceito: protesto é o ato jurídico a cargo do tabelião de protesto de títulos, de natureza formal e solene, pelo qual se comprovam o descumprimento de fatos de interesse cambiário: a recusa ou falta de aceite, a recusa ou falta de pagamento e a ausência de data de aceite. Lei 9492/97
Protesto não é obrigatório, é apenas conservativo.
Protesto tem outras funções além do efeito conservativo
2) Efeitos
Primeiro efeito seria a qualificação da qualidade de empresário, chamado o empresário impontual. 
Segundo efeito do protesto por falta de pagamento é que uma vez feito impede a recuperação judicial.
Terceiro efeito é que o protesto irá ter previsão em lei determinando uma irretroatividade em até 90 dias no termo de falência, a contar do primeiro protesto por falta de pagamento. Efetuado até dois dias após por falta de pagamento.
3) Ação cambial
Ação executiva lastrado na execução de título extrajudicial. Permite-se a cobrança a partir da execução.
3.1) Ação direta
Ação cambial proposta dos aceitantes e seus avalistas.
Ela exige a exibição da letra em original e da planilha de cálculo e há necessidade por forca dos Arts, 585, I e 614, I e II CPC.
O juiz fixará os honorários e o devedor será citado para pagamento em 6 dias.
3.2) Ação de regresso
Ela exige a letra e mais a planilha de cálculos mais a apresentaçãoda certidão de protesto e ser retirado até 2 dias úteis após o vencimento.
Ricardo negrão- " a exigência de se juntar o instrumento de protesto na ação regressiva visa a cumprir a regra cambial segundo a qual depois de expirados os prazos para apresentação : a) de uma letra a vista ou a certo termo de vista. B) para tirar o protesto por falta de aceite ou de pagamento. C) para apresentação a pagamento dos títulos com clausula sem protesto, o portador perde o direito de ação contra todos os signatários, a exceção do aceitante e seus avalistas."
3.3) Defesa na ação cambial
São muito limitadas para permitir a ampla circulabilidade. Ela ficara limitada a 3 aspectos: 1) direito pessoal do executado contra o exequente. 2) defeito de forma do título. 3) ausência de requisito necessário ao exercício da ação. Ex : prescrição, pressupostos processuais da ação , condições da ação. Art. 51 do decreto 2044 ( lei Saraiva ).
3.4) Direito pessoal e principio da inoponibilidade das exceções pessoais contra portador de boa fé
Isso limitara ainda mais a defesa pessoal.
A exceção tem que decorrer de um vinculo direto do executado e do exequente. Art. 17 LUG
3.5) Defeito de forma de título
Ou ausência de requisito necessário para a ação pode ser apresentado embargos ao devedor. O objetivo é por fim a execução. Essas defesas podem ser apresentadas de forma mais limitada na exceção de pré executividade e embargos do devedor ( mais amplo que a exceção de pré executividade ( só pode alegar condições da acao , pressupostos processuais, e nao comporta dilação probatória, o juiz tem que conhecer de ofício). 
3.6) Foro da ação cambiária 
A acao cambiaria será proposta onde? De regra será observada o foro de eleição , se não houver vai do lugar que se da o pagamento, e se não houver , será no domicilio de réu. Se houve incompetência a mesma é relativa , o máximo que pode existir é um foro de eleição em contrato de adesão, podendo o juiz conhecer de oficio a incompetência relativa.
3.7) Legitimação ativa na ação cambial
É o portador legitimo de titulo 
Luís Emídio : pode ser proposta pelo portador legitimo do titulo, de credito ou o por obrigado que tendo paga a soma cambiária , adquire os direitos resultantes do título de crédito contra os obrigados anteriores para recuperar o valor pago.
4) Prescrição e ação cambial
Há a perda da pretensão em juízo, essa prescrição é a perda da via executoria , você podendo após isso ir para o rito mais moroso.
A prescrição faz coisa julgada material e formal, existem prazos de prescrição diferenciados na LuG 3 anos , 6 anos, e 6 meses.
Se o devedor é o aceitante e um dos seus avalistas. Art. 70 primeira alínea LUg
Art. 70 e suas alíneas.
Os prazos variam conforme credor e devedor.
Art. 202 CC.
Se a pessoa perder o prazo prescricional da acao cambial ele pode se utilizar da acao de enriquecimento sem causa art. 48 do decreto 2044( lei Saraiva )
Pontes de Miranda - a acao de enriquecimento injustificado cambiario foi criada principalmente para o caso de prescrição da acao cambiaria especifica, que é executiva.
10.11.12
Títulos de crédito impróprios 
Documentarão um financiamento ou legitimar 
Há pApeis que asseguram créditos, sem reunirem em todos os requisitos dos títulos de credito; eles as vezes, documentam financiamento ou legitimam seu portador ao exercício de determinados direitos.
categorias dos títulos impróprios 
Títulos :
- de legitimação 
Títulos que asseguram ao seu portador a prestação de um serviço ou acesso à prêmios em certame promocional ou oficial. Títulos sem Cartularidade, nao sao considerados títulos executivos extrajudiciais, etc . Ex: cartao do metrô. Nao tem possibilidade de ter endosso, aval.
Ex: bilhete de avião, passe de ônibus interestaduais.
- representativos 
Sao títulos que representam mercadorias ou bens; seus titulares podem transferi-los mediante a transferencia do titulo ou ainda constituir direitos reais sobre aqueles bens. Ex : warrant e conhecimento de deposito 
- de financiamento 
- de investimentos 
2) conhecimento de depósito e warrant ( dec. 1102/1903)
Títulos armazeneiros, pois trabalham com a figura do armazém geral.
No armazém geral a empresa pode emitir dois títulos de credito, o conhecimento de deposito ou warrant ( penhor sobre as mercadorias, direito real sobre coisa alheia. Conhecimento de deposito vai documentar a mercadoria, representa as mercadorias depositadas, serão emitidos por empresa de armazém geral. Eles podem circular independentemente.
Voce pode ter acao de conhecimento de deposito sem ter warrant.
A emissão desses títulos dependem de solicitação do depositante, pois será emitido o recibo de depósito.
O conhecimento de deposito comprova a propriedade da mercadoria depositada e a sua transferencia significa transferir a propriedade das mercadorias depositadas.
Ja a transferencia do warrant serve para se constituir penhor sobre as mercadorias depositadas. Quem tem os dois tem a propriedade plena.
É utilizado na pratica para as mercadorias que vem do exterior e isso permite voce negociar as mercadorias sem as retirar de lá.
O conhecimento de deposito representa propriedade da mercadoria.
Existe warrant e conhecimento de deposito em agronegócio.
3) conhecimento de frete 
Título impróprio emitido por empresa de transporte e serve para provar o recebimento de mercadoria e a obrigação de entrega-la no lugar de destino. Esse conhecido de frete é emitido pela empresa de transporte a pedido do contratante da empresa de transporte. Pode ser transporte aéreo, marítimo e terrestre. O conhecimento de frete possibilita ao proprietário da mercadoria despachada negociar com o valor dela, mediante endosso do título. Decreto 51813/63. Não pode ser objeto de conhecimento de frete os produtos perigosos, como explosivo e cargas destinadas a armazéns gerais. Pode ocorrer a mudança no destino final da entrega da mercadoria.
4) títulos de financiamento 
Sao títulos representativos de credito oriundo de financiamento rural comercial ou industrial. Esses títulos de financiamento sao marcados pelo principio da cedularidade 
Tem títulos de financiamento na órbita rural, no agronegocio chamado de cédula de credito rural decreto lei 167/67
5) cédula de crédito industrial 
Promessa de pagamento com garantia real, que vai consistir em uma hipoteca.
Nota de credito industrial é uma promessa de pagamento mas não tem garantia real. Decreto-lei 413/69
O obejtivo é financiar a industria brasileira.
6) principio da cedularidade
Estabelece a existência de um direito real pelo próprio documento, pelo próprio titulo , pela própria cédula. O BNDS faz empréstimo côn. Taxas menores, e nesses empréstimos ele emite uma cédula de credito industrial se for para ampliar um parque de industria.
 
Lei 6313/75 objetiva a expansão do comercio em atacado e a varejo
Títulos de investimento
Se destina a capitação de recursos pelo emitente, representam ainda a parcela de um contrato de mútuo que o sacador do título celebra com seus portadores. Para os portadores, o negocio tem um sentido de investimento ou aplicação financeira com intuito lucrativo. Ex: CDB ( certidão de deposito bancário ). Esses títulos de investimento nao permitem ser ao portador nem nominativos ou endossáveis. Exemplos : letra de credito imobiliário, caderneta de poupança.

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