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Capítulo 4 Rotina e Tempo Padrão 1. SOBREVIVÊNCIA DA EMPRESA 1.1 INTRODUÇÃO LUCRO INCREMENTO DE LUCRO PREÇO DE VENDA CUSTO REAL CUSTO PADRÃO - Custo Padrão é um custo à priori, baseado em padrões de trabalho; - Custo Real é um custo à posteriori; - O Tempo Padrão permite a distribuição racional dos custos indiretos por produtos diferen- tes com dificuldades de fabricação também diferentes. 1.2 BREAK EVEN POINT - PONTO DE EQUILÍBRIO L Faturamento Custo Total = CF + CV U$ HORASPE P Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 2 1.3 METODOLOGIA DE APLICAÇÃO DA RACIONALIZAÇÃO INDUSTRIAL 1. Determinação dos padrões de trabalho: - Rotina de trabalho e tempo padrão 2. Determinação dos parâmetros que servem de base à racionalização: - Produtividade, eficiência e eficácia; - Carga de mão de obra e carga de máquina. 3. Análise dos parâmetros que possibilitam melhoria de método: - Balanceamento de linha; - Layout; - Parâmetros de controle da produção; - Work Sampling, etc.. 4. Definição do novo método; 5. Estudos de viabilidade; 6. Relatório final; 7. Acompanhamento e controle 1.4 PARÂMETROS DA RACIONALIZAÇÃO 1. Rotina de Trabalho; 2. Tempo Padrão; 3. Produtividade, Eficiência e Eficácia; 4. Carga de Mão de Obra; 5. Carga de Máquina; 6. Balanceamento de Linha; 7. Layout. 2. ROTINA DE TRABALHO - A rotina de trabalho é uma descrição clara e objetiva do trabalho que vai ser, ou está sendo realizado; - Rotina de trabalho é o conjunto das atividades de um determinado empreendimento e o seu seqüenciamento; - Rotina de trabalho é o conjunto das operações de um dado processo. Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 3 ROTINA DE TRABALHO FOLHA 01/01 VISTO J Silva PEÇA Trava PRODUTO Bancada DESENHO BNC-1002 MP SAE 1010 DENOMINAÇÃO Barra MEDIDA 2” TT - TS - PESO BR. 200 g PESO LÍQ. 180 g DISTRIBUIÇÃO Produção - CQ - PCP - Custos Seç Op Descrição Mq Dp Ferr Cal tp min USI 10 Cortar no comprimento de 50 mm Serra LA01 Serra Paq 1,10 USI 20 Rebarbar Banc. - Lima - 0,80 USI 30 Furar no diâmetro de 10 mm Fur HA15 Broc P-NP 0,55 RF 40 Inspeção Banc. - - P-NP - Total 2,45 Ø 10 mm 50 mm 2” Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 4 2.1 EXEMPLO: EMBALAGEM DE BOMBONS Em um setor de produção são embalados bombons em caixas específicas para essa finalidade. O funcionário 2 arma as caixas que chegam à fábrica desarmadas, para facilitar o transporte, transferin- do-as para a bancada de trabalho, ao lado da balança. O funcionário 1 posiciona a caixa na balança e coloca os bombons dentro, até atingir o peso desejado, fecha a caixa e a coloca na bancada ao lado. O funcionário 2 coloca as caixas prontas no estrado que é transportado para o estoque por outra pes- soa encarregada desse serviço. BombonsCaixas Armadas Embalagem final Estrado Preparação das caixas B 12 2.2 ROTINA DE TRABALHO - EMBALAGEM DE BOMBONS OP Descrição Da Operação Fun Armar e transportar a caixa 20 Posicionar caixa na balança, colocar bonbons, pesar, fechar caixa e colocá-la ao lado Colocar Caixa no estrado30 10 02 01 02 Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 5 2.3 ANÁLISE DA OPERAÇÃO 1. Existe um método para a operação. - Organizar os movimentos realmente necessários na melhor seqüência possível, - Eliminar os movimentos desnecessários. 2. Não existe um método para a operação. - É necessário determinar um método, - Dividir a operação em elementos e organizá-los na melhor seqüência possível. 3. O método existe mas pode ser melhorado. - É a hipótese mais freqüente, - Se a modificação é simples, introduzir imediatamente. 4. A melhoria é viável, mas bastante complexa. - Incorre em investimentos, - A modificação deve ser sugerida com um estudo adicional de viabilidade econômi- ca. 2.4 EXERCÍCIO: COLOCAR E RETIRAR 30 PINOS EM UMA TÁBUA PERFURADA 1. Existe um método na operação que está sendo executada? 2. O método pode ser melhorado? 3. Dividir a operação em elementos. El Descrição da Operação 1 Com as duas mãos, um pino em cada mão, preencher as colunas de furos centrais de baixo para cima 2 Com o mesmo método, preencher as colunas de furos laterais às do centro 3 Com o mesmo método, preencher as colunas de furos externas 4 Retirar os pinos com as duas mãos, de seis em seis, das fileiras, de baixo para cima Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 6 2.5 ANÁLISE DA OPERAÇÃO: FURAR NO DIÂMETRO DE 10 MM 1a Alternativa: - El 1 - Pegar uma peça e fixar no dispositivo; - El 2 - Acionar a alavanca e furar; - El 3 - Retirar uma peça do dispositivo e colocar ao lado. El 1 El 2 El 3 Furadeira Manual Peças Brutas Peças Prontas 2a Alternativa: - El 1 - Pegar cinco peças e posicionar no plano da máquina; - El 2 - Pegar uma peça e fixar no dispositivo; - El 3 - Acionar a alavanca e furar; - El 4 - Retirar uma peça do dispositivo e colocar no plano da máquina; - El 5 - Pegar cinco peças prontas e colocar ao lado. El 1 El 3 El 4El 2 El 5 Furadeira Manual Peças Brutas Peças Prontas Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 7 3. DETERMINAÇÃO DO TEMPO PADRÃO 3.1 DIVISÃO DA OPERAÇÃO EM ELEMENTOS 1. Separar os elementos manuais dos elementos de máquina; 2. Evitar tempos menores que 0,05 min (3 segundos): são difíceis de serem cronometrados e ainda anotá-los na folha de estudo de tempos; 3. Separar os elementos regulares dos irregulares: Elemento Regular - trabalha com a uni- dade de produção: pegar uma peça e fixar no dispositivo. Elemento Irregular - não trabalha com a unidade de produção: pegar cinco peças e posicionar no plano da má- quina. Estas considerações são importantes uma vez que o tempo padrão é sempre calcu- lado por unidade de produção. 4. Pontos de leitura: pontos de leitura facilmente localizados: pancadas e outros ruídos, conta- to da mão do operador com a peça, contato da peça com a máquina ou ferramenta, etc. - Quando inicia o movimento do elemento 1? ú 1a Alternativa: El. 3 colocado na bancada de peças prontas; ú 2a Alternativa: El. 5 colocado na bancada de peças prontas. - Quando termina o movimento do elemento 1? ú 1a Alternativa: Contato da mão do operador com a alavanca da máquina; ú 1a Alternativa: Ruído das cinco peças sendo colocadas no plano da máquina. 3.2 SISTEMAS DE MEDIDAS DE TEMPO 30 15 60 45 50 25 100 75 50 25 100 75 167 Sexagesimal de minuto Centesimal de minuto Décimo milesimal da hora 1h = 3.600 partes 1 parte = 1 seg 1h = 60 min 1 min = 60 partes 1h = 6.000 partes 1 parte = 1 cent min = 0,01 min 1h = 60 min 1 min = 100 partes 1h = 10.000 partes 1 parte = 1 dec mil h = 0,0001 h 1h = 60 min 1 min = 167 partes ÷ 0,6 ÷ 0,6 ÷ 0,36 Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 8 Folha de Estudo de Tempos - Verso El Descrição 1 2 3 4 5 6 7 Elementos Obs. 1 2 3 4 5 6 7 Data 1 Folha nº 2 HAB ESF 3 S A1 S A1 4 A2 A2 5 E B1 E B1 6 B2 B2 7 B C1 B C1 8 C2 C2 9N D N D 10 R E1 R E1 11 E2 E2 12 F F1 F F1 13 F2 F2 14 COND ESTAB 15 Ideal Ideal 16 Ótima Ótima 17 Boa Boa 18 Normal Normal 19 Regular Regular 20 M á M á Soma Observações Tempo Médio Fator Eficiência Tempo Normal Fadiga Ajustes Trocas Ferramentas Tolerâncias Pessoais Total de Abonos Tempo Normal + Abonos Freqüência Tempo Padrão Tempo Padrão: Elementos Estranhos: Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 9 Folha de Estudo de Tempos - Verso El Descrição 1 Pegar cinco peças e colocar no plano da máquina 2 Pegar uma peça e fixar no dispositivo 3 Furar automático 4 Retirar uma peça do dispositivo e colocar no plano da máquina 5 Pegar cinco peças no plano da máquina e colocar na bancada ao lado 6 7 Elementos Obs. 1 2 3 4 5 6 7 Data 1 12 12 11 23 30 53 9 62 Folha nº 2 10 72 20 92 10 10 2 HAB ESF 3 9 11 1 21 13 2 11 14 3 S A1 S A1 4 9 15 2 20 17 2 9 18 1 A2 A2 5 20 20 1 20 22 1 10 23 1 10 24 1 E B1 E B1 6 B2 B2 7 B C1 B C1 8 C2 C2 9 N D N D 10 R E1 R E1 11 E2 E2 12 F F1 F F1 13 F2 F2 14 COND ESTAB 15 Ideal Ideal 16 Ótima Ótima 17 Boa Boa 18 Normal Normal 19 Regular Regular 20 M á M á 12 39 81 49 10 Soma 1 4 4 5 1 Observações 12,00 9,75 20,25 9,80 10,00 Tempo Médio 1,18 1,18 - 1,18 1,18 Fator Eficiência 14,16 11,51 20,25 11,56 11,80 Tempo Normal 5,47% 5,47% 5,47% 5,47% 5,47% Fadiga 3 % 3 % 3 % 3 % 3 % Ajustes Trocas Ferramentas 5 % 5 % 5 % 5 % 5 % Tolerâncias Pessoais 13,47 % 13,47 % 13,47 % 13,47 % 13,47 % Total de Abonos 16,06 13,06 22,97 13,12 13,38 Tempo Normal + Abonos 1/5 1/1 1/1 1/1 1/5 Freqüência 3,21 13,06 22,97 13,12 2,67 Tempo Padrão Tempo Padrão: tp = 3,21 + 13,06 + 22,97 + 13,12 + 2,67 = 55,03 cent. Min. = 0,5503 minutos Elementos Estranhos: Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 10 3.3 FILTRO ESTATÍSTICO Intervalo de confiança de 95% para considerarmos as leituras como válidas dentro da amostra considerada. Assim, se a leitura estiver fora do intervalo de confiança será desprezada. VL Valor lido X Média da amostra å= n 1 iVLn 1 X n Número de elementos da amostra 0e Extremidade do intervalo de confiança n 96,1e0 s= s Desvio padrão da amostra 2s=s ( )å -=s n 1 2 i 2 XVL n 1 Intervalo de Confiança: [ ]00 eXVLeX +££- de modo que: Pr [ ]00 eXVLeX +££- = 95% ü Fazer um tracking de modo que os valores lidos fiquem dentro do intervalo de confiança. Os valores fora do intervalo de confiança são eliminados e uma nova média é calculada Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 11 3.4 AVALIAÇÃO DO RITMO DE TRABALHO TABELAS CLASSIFICAÇÃO HABILIDADE ESFORÇO FRACA Não adaptado ao trabalho, co- mete erros e seus movimentos são inseguros. Falta de interesse ao trabalho e utiliza métodos inadequados. REGULAR Adaptado relativamente ao tra- balho, comete erros e seus mo- vimentos são quase inseguros. As mesmas tendências, porém com menos intensidade. NORMAL Trabalha com exatidão satisfató- ria e ritmo se mantém razoavel- mente constante. Trabalha com constância e se esforça razoavelmente. BOA Tem confiança em si mesmo e ritmo se mantém constante com raras hesitações. Trabalha com constância e con- fiança, muito pouco ou nenhum tempo perdido. EXCELENTE Precisão nos movimentos, ne- nhuma hesitação e ausência de erros. Trabalha com rapidez e com movimentos precisos. SUPERIOR Movimentos sempre iguais, me- cânicos, comparáveis ao de uma máquina. Se lança numa marcha impossí- vel de manter. Não serve para estudo de tempos. HABILIDADE VALORES FE S E B N R F A1 A2 B1 B2 C1 C2 D E1 E2 F1 F2 ESFORÇO 0,15 0,13 0,11 0,08 0,06 0,03 0,00 -0,05 -0,10 -0,16 -0,22 S A1 0,13 1,28 1,26 1,24 1,21 1,19 1,16 1,13 1,08 1,03 0,97 0,91 A2 0,12 1,27 1,25 1,23 1,20 1,18 1,15 1,12 1,07 1,02 0,96 0,90 E B1 0,10 1,25 1,23 1,21 1,18 1,16 1,13 1,10 1,05 1,00 0,94 0,88 B2 0,08 1,23 1,21 1,19 1,16 1,14 1,11 1,08 1,03 0,98 0,92 0,86 B C1 0,05 1,20 1,18 1,16 1,13 1,11 1,08 1,05 1,00 0,95 0,89 0,83 C2 0,02 1,17 1,15 1,13 1,10 1,08 1,05 1,02 0,97 0,92 0,86 0,80 N D 0,00 1,15 1,13 1,11 1,08 1,06 1,03 1,00 0,95 0,90 0,84 0,78 R E1 -0,04 1,11 1,09 1,07 1,04 1,02 0,99 0,96 0,91 0,86 0,80 0,74 E2 -0,08 1,07 1,05 1,03 1,00 0,98 0,95 0,92 0,87 0,82 0,76 0,70 F F1 -0,12 1,03 1,01 0,99 0,96 0,94 0,91 0,88 0,83 0,78 0,72 0,66 F2 -0,17 0,98 0,96 0,94 0,91 0,89 0,86 0,83 0,78 0,73 0,67 0,61 OBJETIVO - Normalização do tempo médio cronometrado Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 12 FATOR EFICIÊNCIA - Função da Habilidade e Esforço ú Habilidade: destreza na execução da tarefa; ú Esforço: vontade, empenho na realização da tarefa. CÁLCULO DO FATOR EFICIÊNCIA Habilidade Esforço f Hab f Esf Soma FE B1 B2 + 0,11 + 0,08 + 0,19 1,19 B2 F1 + 0,08 - 0,12 - 0,04 0,96 D E2 0,00 - 0,08 - 0,08 0,92 EXERCÍCIO: CALCULAR O FATOR EFICIÊNCIA Habilidade Esforço f Hab f Esf Soma FE B1 B2 B2 F1 D E2 A1 F2 D D B2 E2 D E2 Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 13 3.5 FADIGA TABELAS FADIGA MENTAL FADIGA FÍSICA GRAU ABONO % GRAU ABONO % Muito Leve ML 1,80 Leve L 0,60 Leve L 3,60 Médio M 1,80 Médio M 5,40 Pesado P 3,00 Pesado P 7,20 Muito Pesado MP 9,00 RECUPERAÇÃO DA FADIGA ABONO POR MONOTONIA % DE TEMPO FATOR CICLO min ABONO % 00 - 05 1,00 0,00 - 0,05 7,80 06 - 10 0,90 0,06 - 0,25 5,40 11 - 15 0,80 0,26 - 0,50 3,60 16 - 20 0,71 0,51 - 1,00 2,10 21 - 25 0,62 1,00 - 4,00 1,50 26 - 30 0,54 4,00 - 8,00 1,00 31 - 35 0,46 8,00 - 12,00 0,60 36 - 40 0,39 12,00 - 16,00 0,30 41 - 45 0,32 > 16,00 0,10 46 - 50 0,26 51 - 55 0,20 56 - 60 0,15 OBSERVAÇÕES 1. Percentagens altas de fadiga significam método de trabalho mal conduzido; 2. A fadiga física e mental em trabalhos industriais são consideradas do grau médio; 3. Quanto menor é o ciclo da operação, maior é o abono por monotonia; 4. Tolerâncias pessoais: o operador tem direito a 5% do dia de trabalho para as necessidades fisiológicas - 24 minutos em 8h de trabalho. Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 14 CÁLCULO DA FADIGA QUANDO EXISTE TEMPO AUTOMÁTICO 1. Fadiga mental e física: - Fadiga Mental M 1,80% - Fadiga Física M 5,40% Subtotal 7,20% 2. Recuperação da Fadiga: - Tempo de ciclo (11,51 + 20,25 + 11,56) 43,32 cent. minutos - Tempo de recuperação 20,25 cent. minutos - % de tempo (20,25/43,32) 47% - Fator de recuperação 0,26 3. Abono por fadiga: - Fadiga líquida 7,20 x 0,26 1,87% - Abono por monotonia 3,60% Total 5,47% CÁLCULO DA FADIGA QUANDO NÃO EXISTE TEMPO AUTOMÁTICO Abono por fadiga: - Fadiga Mental M 1,80% - Fadiga Física M 5,40% - Monotonia 3,60% Total 10,80%Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 15 3.6 AJUSTE E TROCA DE FERRAMENTAS OBSERVAÇÕES 1. A troca de ferramentas e o ajuste de máquinas são tarefas distribuídas aos preparadores de máquinas, sem acarretar desperdício de tempo por parte do operador, ocupado em outra tarefa. Quando tais ajustes são confiados ao operador, devem ser tratados como demoras e cobertos por tolerâncias; 2. As tolerâncias para esse grupo de demoras devem ser estabelecidas através de levantamento estatístico e com base nos pareceres dos técnicos e supervisores. A tabela apresentada tem apenas valor informativo e poderá servir como base para a aplicação das tolerâncias. TABELAS Máquina Tipo Tol. % Máquina Tipo Tol. % Paralelo 4 Alternativa 2 Revólver Horizontal 5-8 Serra Circular 2 Torno Revólver Vertical 5-8 Especial 2 Automático 12 De fita 2 Especial 5 Sem Centros 8 Copiador 4 Retificadora Especial 5 Horizontal 2 Para Ø Internos 3 Vertical 2 De Bancada 5 Fresadora Universal 2 De Coluna 5 Pantográfica 2 Rosqueadeira De Rolos 2 Especial 2 Especial 3 Manual 3 Pneumática 5 De Bancada 3 De Coluna 3 Aparelho Pontos 3 Furadeira Radial 3 de Oxiacetilênica 8 De Col. Plurimandril 5-10 Solda Elétrica 5 Especial 5 Múltipla 12 Presso Alumínio 5 Injetora Poliestireno 4 Fusão Silumin 5 Baquelite 4 Zamak 8 Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 16 4. OBSERVAÇÕES FINAIS 1. A folha de estudo de tempos prevê um espaço para anotação de todos os elementos estra- nhos ocorridos durante a cronometragem, como por exemplo, uma peça que cai, falta de energia, quebra de ferramenta, etc.; 2. Condições e estabilidade da operação estão vinculadas a fatores externos que modificam o ritmo de trabalho, afetando o tempo padrão; - Condições da operação: iluminação, higiene, segurança, etc.; - Estabilidade da operação: regulagem, rotação, lubrificação, etc.; 3. A operação realizada em condições e estabilidade ideais decrescem o tempo padrão de valores muito pequenos; daí ser mais racional levar as condições e estabilidade da opera- ção para parâmetros considerados normais dentro da empresa; 4. Há a necessidade do preenchimento da frente da folha de estudo de tempos e algumas transformações são importantes: - pc h tp min pc / [ / ] = 60 - Tempo tp [min / . .1000 1000 pcs / pc] 60 [horas / 1.000 pcs]= ´ - Exemplos: 0,25 min/pç 240 pç/h 4,17 horas /1.000 pç 12 min/pç 5 pç/h 200 horas/1.000 pç 1,20 min/pç 72 pç/h 20 horas/1.000 pç Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 17 Folha de Estudo de Tempos – Frente Desenho: Material: Operação: Denominação: Data: Estudo no: Estudo anterior no: Tempo anterior: RPM: Ferramentas: Velocidade de Corte: Máquina: Profundidade de Corte: Lubrificantes: Avanço: Dispositivos: Tempo Padrão: Produção/hora: Tempo de Preparação: Tempo/1.000 peças: Utilização do Operador: Utilização da Máquina: Croquis Observações Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 18 5. EXERCÍCIO Considere a operação esquematizada a seguir e os dados cronometrados. Calcule o tempo pa- drão da operação, a produção horária, o tempo por 1.000 peças, taxa de utilização do operador e da máquina. Informações adicionais para o cálculo: 1. Adotar grau médio para o cálculo da fadiga física e mental; 2. Os dados estão em centésimos de minuto; 3. Condições e estabilidade de operação: normais; 4. Habilidade do operador: Boa - nível C1; 5. Esforço do operador: Bom - nível C1; 6. Elemento 3 da operação: Manual. El. 1 El. 2 El.3 El.4 El.5 Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 19 Folha de Estudo de Tempos - Verso El Descrição 1 Pegar 15 peças e colocar no plano da máquina 2 Pegar 1 peça e fixar no dispositivo 3 Furar no diâmetro de 08 mm 4 Soltar peça do dispositivo e colocar no plano da máquina 5 Colocar 15 peças na caixa ao lado 6 7 Elementos Obs. 1 2 3 4 5 6 7 Data 1 15 21 30 35 Folha nº 2 40 48 54 HAB ESF 3 59 67 72 S A1 S A1 4 82 90 95 A2 A2 5 101 110 115 E B1 E B1 6 121 130 135 B2 B2 7 140 148 154 B C1 B C1 8 159 167 172 C2 C2 9 177 190 195 N D N D 10 201 210 215 R E1 R E1 11 221 230 235 E2 E2 12 240 248 254 F F1 F F1 13 259 267 272 F2 F2 14 277 285 295 COND ESTAB 15 301 310 315 325 Ideal Ideal 16 340 345 353 358 Ótima Ótima 17 364 373 378 Boa Boa 18 383 389 398 Normal Normal 19 403 412 417 Regular Regular 20 422 430 436 M á M á Soma Observações Tempo Médio Fator Eficiência Tempo Normal Fadiga Ajustes Trocas Ferramentas Tolerâncias Pessoais Total de Abonos Tempo Normal + Abonos Freqüência Tempo Padrão Tempo Padrão: Elementos Estranhos: Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 20 6. TEMPO PADRÃO E CUSTOS INDIRETOS Quando uma indústria fabrica apenas um tipo de produto, o controle da produção e também o controle dos custos ficam bastante simplificados. Assim, se a empresa produz 1.000 unidades de um único produto e os custos indiretos apropriados estão na ordem de R$ 10.000,00, então a distribuição dos custos indiretos pelos produtos produzidos fica facilmente estabelecida: R$ 10,00/ unidade. Considere o caso de uma empresa produzindo vários tipos de produtos, cada qual com dificul- dades de fabricação diferentes. Admita que os gastos indiretos de fabricação sejam de R$ 50.000,00 e que as quantidades produzidas estão discriminadas no quadro abaixo: Produto Produção (unid) A 1.000 B 500 C 5.000 Como distribuir o gasto indireto proporcionalmente a cada produto, levando-se em considera- ção a dificuldade de fabricação específica de cada um? O produto mais difícil de ser produzido deverá receber uma parcela maior do gasto indireto. Será demonstrado, a seguir, a forma de distribuição dos gastos indiretos da produção, levando- se em consideração as dificuldades específicas de fabricação de cada produto: Alíquota é a parte de um todo e deve ser entendida como dificuldade de fabricação. A alíquota depende do tempo padrão. O quadro abaixo esclarece a forma de se calcular as alíquotas de cada produto, através de seus respectivos tempos padrões: Produto tp (min/unid) Alíquota A 235 235/304 = 0,773 B 304 1 C 55 55/304 = 0.181 Rotina e Tempo Padrão Capítulo 4 - 21 O produto de maior tempo padrão é considerado como sendo aquele que possui a maior difi- culdade de fabricação, ou seja dificuldade de fabricação 1. Os demais produtos terão as suas dificul- dades de fabricação explicitadas como frações da unidade. Nestas condições é possível determinar o custo indireto da alíquota produzida: Produto Alíquota Produção (unid) Produção (alíquotas) A 0,773 1.000 773 B 1 500 500 C 0,181 5.000 905 Alíquotas produzidas 2.178 Assim, o custo indireto da alíquota produzida pode ser calculado em R$ 50.000,00/2.178 alí- quotas, ou seja R$ 22,96/alíquota. A distribuição dos gastos indiretos dos produtos produzidos fica facilmente determinada: Produto Alíquota Gasto/Alíquota Gasto/Produto Produção Gasto Total A 0,773 22,96 17,75 1.000 17.750 B 1 22,96 22,96 500 11.480 C 0,181 22,96 4,16 5.000 20.800 Total dos gastos indiretos50.000
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