Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Prof. Dr. Esperidião Fecury Pinheiro de Lima Flambagem - Exemplo prático 2 Flambagem - Conclusão – A flambagem (fenômeno de variação da resistência de uma peça comprimida) depende fundamentalmente: - Do comprimento da peça (pilar); - Do grau de liberdade de se movimentar; - Futuramente veremos que a forma e dimensões da seção transversal também influem na flambagem. Sejam dois pilares com: • Seções iguais(forma e área); • Submetidas a força P; • Alturas diferentes; Qual o mais resistente, mais estável? Quanto mais alto o pilar “parece” que ele perde sua resistência → Fenômeno de Flambagem. 3 Flambagem Então: “Flambagem é um fenômeno de instabilidade de equilíbrio que pode provocar a ruptura de uma peça com compressão predominantemente, antes de se esgotar a sua capacidade resistente a compressão.” ( CLÍMACO, 2015) Garante-se que : • Se os pilares fossem construídos de forma geometricamente perfeitas, e • Se a força fosse centrada no eixo ou uniformemente distribuído em todo o pilar. NÃO OCORRERIA O FENÔMENO DA FLAMBAGEM 4 Flambagem Na prática: Nenhum pilar é construído geometricamente perfeito; As cargas: Não são colocadas geometricamente no eixo ou Distribuídas uniformemente na área superior do pilar Na realidade: 5 Flambagem Devido a uma pequena excentricidade ∆1, quando aplicamos P, aparece um momento fletor M1 (flexão composta) 6 Flambagem A tensão de compressão no pilar inicialmente é P/A, acrescida de 𝑀1 𝜔 na face direita e decrescida de 𝑀1 𝜔 na esquerda. 𝜎1 = 𝑃 𝐴 ± 𝑀1 𝜔 𝜔 = módulo de resistência à flexão Logo, 𝜎2 = 𝑃 𝐴 ± 𝑀2 𝜔 7 Flambagem Tem-se: 𝜎1 = 𝑃 𝐴 ± 𝑀1 𝜔 Além disso o momento 𝑀1 tende a deslocar o pilar de sua posição inicial aumentando ∆1 para ∆2→ 𝑀1 aumenta para 𝑀2. Tem-se, 𝜎2 = 𝑃 𝐴 ± 𝑀2 𝜔 O acréscimo da deformação causada por 𝑀2 leva a uma situação ,mais crítica da excentricidade da carga P → ∆3> ∆2. 𝜎3 = 𝑃 𝐴 ± 𝑀3 𝜔 Assim ,o fenômenos cresce sucessivamente.......... 8 Flambagem Logo: ROMPIMENTO 9 Flambagem Para controlar o problema: 1. Tentar a centralização ou distribuição das cargas → IMPOSSÍVEL; 2. Tentar reduzir a altura dos pilares → PÉ DIREITO IMPRATICÁVEL 3. Tentar reduzir a facilidade dos pilares de ter excentricidades ∆1 aumentada para ∆2, etc. → INTERTRAVAMENTO; 4. Dar forma aos pilares que minimizem as tensões adicionais de compressão causadas pela Flambagem. 10 Flambagem Foi visto que: 𝜎 = 𝑃 𝐴 ± 𝑀 𝜔 𝜔 → Módulo de resistência a flexão relativa a fibra mais tracionada ou menos comprimida. (Diretamente proporcional a forma e dimensões da seção). Então: Quanto maior for 𝜔 , menor a 𝜎 (tensão), logo diminuem as consequências da Flambagem. Concluindo: A forma e dimensões da seção do pilar influenciam na Fambagem. 11 Flambagem Obs.: O fenômeno da Flambagem pode acontecer em qualquer eixo. Verifica-se o fenômeno de Flambagem para o eixo mais desfavorável (no caso XX). Se não houver Flambagem neste eixo, não haverá no YY, se houver Flambagem no XX, verifica-se o YY. 12 Flambagem Vamos determinar 𝜆 (Índice de esbeltez) 𝜆 = 𝑙𝑒 𝑖 1. Raio de giração (i) 𝑖 = 𝐼 𝐴𝑥 𝑖 → raio de giração da peça em torno de um eixo central. Momento de Inércia Área da seção 13 14 Flambagem a) Valor de “i” nas peças retangulares b a Direção XX 𝑖 = 𝐼 𝐴𝑐 = 𝑏𝑎3 12 𝑋 1 𝑎𝑏 = 𝑎2 12 = 0,288𝑎 Direção YY 𝑖 = 𝐼 𝐴𝑐 = 𝑎𝑏³ 12 𝑋 1 𝑎𝑏 = 𝑏2 12 = 0,288𝑏 15 Flambagem b) Valor de “i” nas peças de seção circular 𝑖 = 𝐼 𝐴𝑐 = 𝜋𝐷4 64 𝑋 4 𝜋𝐷2 = 𝐷 4 c) Valor de “i” nas peças de seção cantoneiras de abas iguais b b 𝑖 ≅ 𝑏 5 16 Flambagem 2. Comprimento Equivalente ou de Flambagem (𝑙𝑒) Depende da vinculação na base e topo: 𝑙𝑒 = 𝐾. 𝑙 𝐾 → 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 A NBR 6118 considera 𝑙𝑒 = 𝑙, nos pilares de edificações usuais. 17 Flambagem Então Em peças retangulares, têm-se: 𝜆 = 𝑙𝑒 𝑖 = 𝑙𝑒 𝑏/ 12 = 𝑙𝑒 0,288𝑏 Ou 𝜆 = 𝑙𝑒 𝑖 = 𝑙𝑒 𝑏/ 12 = 3,46𝑙𝑒 𝑏 18 Flambagem “Nas estruturas de nós fixos, o calculo pode ser realizado considerando cada elemento comprimido isoladamente, como barra vinculada nas extremidades aos demais elementos estruturais que ali concorrem, onde se aplicam os esforços obtidos pela análise da estrutura efetuada segundo a teoria de primeira ordem.” (NBR 6118- 15.6) 19 Flambagem 𝑙𝑒 ≤ 𝑙0 + ℎ 𝑙 𝑙0→ distância entre as faces internas dos elementos estruturais que se vinculam ao pilar; ℎ→ dimensão da seção transversal do pilar, medida no plano de estudo; 𝑙→ distância entre os eixos das vigas aos quais o pilar está vinculado. 20 Flambagem* Têm-se que: a) Pilares curtos (0 < 𝜆 ≤ 35); b) Pilares medianamente esbeltos (35 < 𝜆 ≤ 90); c) Pilares esbeltos(90 < 𝜆 ≤ 140); d) Pilares muito esbeltos (140 < 𝜆 ≤ 200) Obs.: A NBR 6118 não se pronuncia a respeito desse assunto, segue-se alguns autores por efeitos didáticos. Não pode haver pilares com 𝜆 > 200
Compartilhar