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Berne Dermatobia hominis é uma mosca
Dermatobia hominis é uma mosca da 
família Oestridae popularmente conhecida 
no Brasil como mosca-berneira ou mosca-
varajeira, possui forma robusta, com cerca 
de 12 mm de comprimento, aparelho bucal 
atrofiado e não funcional, cabeça com a 
parte superior e olhos marrons, parte ventral 
castanha, tórax cinza-amarronzado, com 
manchas longitudinais de cor escura, 
abdome azul-metálico, asas grandes e 
castanhas. Descrição da doença 
Dermatobiose ou mais comumente berne, é a 
denominação do estado larvar da 
Dermatobia hominis, parasitos de animais 
domésticos, em particular dos bovinos, 
produzindo uma miíase nodular.
As primeiras referências de parasitismo 
desta larva foram notificadas em silvícolas 
no século XVI, em regiões ribeirinhas no 
Brasil. A ocorrência desta parasitose 
estende-se por toda a América Latina, desde 
o Sul do México até o Uruguai, à excessão
do Chile, único país sem ocorrência. As 
larvas da D. hominis têm grande 
importância econômica, em função de suas 
larvas serem biontófogas, necessitando de 
tecido vivo para sobreviverem. A forma 
larval em seus três instares produz miíase
nodular ou furuncular, com grande prejuízos 
aos hospedeiros. Trata-se de parasito cuja 
importância econômica se ressente em 
quase 90 % das peles adquiridas pelos
ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS
www.controlarambiental.com.br AS MELHORES INFORMAÇÕES SOBRE PRAGAS URBANAS - Since 2001
BERNE - Dermatobia hominis
- Folha 1
cortumes. O mínimo de perfurações provocadas pelo ciclo parasitário, correspondente à metade do couro, ou seja, um dos lados do animal, pode 
variar de 15 a 531, sendo a média mais elevada 157,08 ± 63,13. Com isto, as indústrias coureiro-atacadista e de artefatos em geral, arcam com 
prejuízos na ordem de 20 % em sua produção. Em danos diretos, a dermatobiose pela irritação, interfere na produtividade de carne e leite, além 
de compromoter o desenvolvimento ponderal de animais em fase de crescimento. A mosca do berne é um inseto morfologicamente diferente das 
outras moscas, sendo de cor metálica azulada para esverdeada, grande, 3 vezes maior que as moscas-do-estábulo e domésticas. Além de parasitar 
os animais domésticos e silvestres, não muito freqüente,o berne também parasita os humanos. Para sua multiplicação e reprodução, a D. hominis 
necessita de outras moscas para veicularem seus ovos, as quais são chamadas de vetoras, foréticas ou veiculadoras de larvas do berne. 
Berne Dermatobia hominis Biologia
Os animais de pelagem escura são os mais 
atacados, devido esses animais atraírem os 
veiculadores dos ovos da D. hominis. A D. 
hominis possuem mais de 50 vetores de seus 
ovos, porém, nos bovinos, os principais 
vetores são a Stomoxys calcitrans, Musca
doméstica, Fannia pusio e Sarcopromusca
pruna. É um parasito que possui de acordo 
com cada país nomes vulgares, como: 
Argentina - Ura Brasil - Berne Bolívia -
Boro Colômbia - Nuche Costa Rica - Tórsalo
El Salvador - Nuche Equador - Tupe
Guatemala - Colmoyote Honduras - Tórsalo
México - Moyocuil Nicarágua - Tórsalo
Panamá - Nu che Paraguai - Ura perú -
Mirunta Uruguai - Ura Venezuela - Gusano
de montes ou Gusando de mosquito USA -
Human Botfly.
Biologia 
A D. hominis possui um aspecto curioso no 
hábito de oviposição, pois ela, precisa de um 
outro inseto, geralmente outra mosca, como 
vetor de seus ovos, para levar o berne até o 
hospedeiro e iniciar assim, seu ciclo 
biológico.
O ciclo de vida da mosca do berne é 
estritamente rural e nele devem-se distinguir 
as chamadas fase doméstica e fase 
selvagem. A fase doméstica se realiza entre 
os bovinos e os vetores de seus ovos, onde 
observa-se um grande número de animais 
com alto grau de infestação. 
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BERNE - Dermatobia hominis
- Folha 2
A fase selvagem ocorre em áreas de bosques com bovinos em volta, onde, tanto o número de animais infestados, quanto o grau de infestação, são 
baixos. 
O homem desempenha um papel importante na sua manutenção e disseminação, pela convivência com o parasitismo, pelo comércio de animais 
infestados, pela transferência de animais com berne para regiões livres deste e, pela manutenção de invernadas sujas e de animais infestados na 
propriedade. 
Berne Dermatobia hominis Controle
Controle 
É difícil estabelecer normas para erradicar a 
D. hominis, pois haveria a necessidade de se 
controlar não só os hospedeiros domésticos, 
mas também os silvestres e os vetores. A 
esterilização química ou física seria a única 
possibilidade, ainda que a longa prazo. Em 
relação ao controle biológico pode-se 
afirmar que ainda não foram encontrados, 
bactérias, vírus, parasitas, predadores 
eficientes e aplicáveis na prática. O controle 
desta mosca se faz quase que exclusivamente 
por meio de produtos químicos, visando o 
estágio larval (berne) que se realiza no 
hospedeiro, ocasião em que a maior parte 
dos danos já não têm mais como ser
revertida. Este controle diminui os prejuízos 
da produção, porém, pode deixar resíduos 
no animal e no ambiente. Os prejuízos no 
couro persistem pelas seqüência deixadas. A 
aplicação dos produtos químicos é realizado 
por meio de banhos de aspersão, dorsal, nas 
formas parenteral, subcutânea ou oral. 
Atualmente, entre os inseticidas mais usados 
estão os organofosforados, as salicilanilidas, 
as avermectinas (endectocidas), os 
piretróides e outros, entretanto, os resultados 
obtidos nem sempre são satisfatórios, 
devido as variações e peculiaridades de cada 
propriedade. Para se ter melhor resultado, o 
produto deve ser aplicado de forma 
estratégica e racional.
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BERNE - Dermatobia hominis
- Folha 3
A aplicação deve ser feita, nos animais, ao início da estação chuvosa (setembro/outubro), seguindo mais dois tratamentos com intervalos de 21 
dias. O tratamento ao berne pode ser associado ao tratamento de outras parasitoses, neste caso, utilizar produtos que tenham ação sobre os 
diversos parasitas, ao mesmo tempo, observando as recomendações de tratamentos para cada um. Os piretróides têm sido utilizados como 
controladores das moscas veiculadoras do berne, pois têm uma ação Mosquicida e Repelente bastante destacada, auxiliando de sobremaneira no 
controle das infestações. Este efeito pode ser notado, desde o final da década de 70, no Rio Grande do Sul, quando animais tratados em 
banheiros contendo carrapaticidas a base de piretróides, permaneciam com infestações reduzidas de berne. Atualmente, em algumas regiões usa-
se para controlar o berne, os endectocidas, os quais por sua potência, controlam com sucesso esta parasitose. 
Berne Dermatobia hominis Ciclo de Vida
Ciclo Evolutivo
A D. hominis faz um ciclo indireto, ou seja, 
ela não se aproxima de um animal. As 
fêmeas de tamanho grande e de porte 
superior aos machos, em condição de vôo
capturam um inseto vetor, um zoófilo para 
oviporem massa de ovos no seu abdomen. 
Os foréticos ou veiculadores das larvas da D. 
hominis, devem possuir algumas 
características importantes para levarem os 
ovos contendo larvas até os hospedeiros, ou 
seja: · Têm que ter atração para os animais 
(hábitos zoófilos) · Têm que ter hábitos 
diurnos · Têm que ter tamanho igual ou 
menor do que a D. hominis · Não devem ser 
muito ativos
Se tem reportado acima de 50 espécies de 
veiculadores dos ovos do berne, sendo que 
as principais moscas vetoras são a Stomoxys
calcitrans (mosca-dos-estábulos), a Musca
domestica(mosca doméstica), a Hydrotaea
aenescens, e a Sarcopromusca pruna. São 
moscas com hábitos diurnos, que procuram 
abrigar-se em locais onde haja vegetação 
abundante e onde os animais procuram 
descansar ou proteger-se do sol, como 
capoeiras, bambuzais, capineiras etc.. O 
início do ciclo se dá em dias muito quentes, 
quando os animais procuram sombreamento 
para se protegerem do sol e calor e então são 
atacados pelas moscas vetoras, contendo 
massas de ovos que variam de 30 a 60 ovos.
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BERNE - Dermatobia hominis
- Folha 4
Agregados uns aos outros,os ovos se apresentam na forma de massa, semelhante a uma cacho de bananas, sendo que se mantém fixos uns aos 
outros impermeabilizados por substâncias secretadas pela D. hominis, por um tempo médio de 8 dias. Após o amadurecimento dos ovos 
(embrionamento), as larvas desenvolvidas escapam, quando a mosca veiculadora pousa sobre o hospedeiro, estimulada pela temperatura 
corpórea e liberação de CO2. A larva infestante uma vez em contato com a pele, movimenta-se em média em 20 minutos até penetrar,
localizando-se no tecido subcutâneo. Durante 35-50 dias a larva desenvolve-se no tecido subcutâneo do animal, alcançando a fase de 3º ínstar
(média 32 dias) ou seja a sua maturidade. Após estar amadurecida cai no solo, de preferência em local umedecido e protegido onde inicia a sua 
fase de pupa.
Berne Dermatobia hominis Ciclo de Vida
O período pupal também sofre influência 
climática e temperatura de 25° C e 
umidade relativa de 60 a 80%, este período 
pode variar de 30 a 43 dias, com média de 
42 dias, acontecendo após a metamorfose, do 
qual emerge-se a mosca adulta, apta a 
copular e capturar os vetores e reiniciar o 
ciclo holometabólico. 
Normalmente, a emergência dos adultos do 
pupário ocorre pela manhã e 3 a 6 horas pós 
emergência, tanto machos como fêmeas 
iniciam a cópula, em média 3 a 4 vezes. 
A mosca adulta desprovida de aparelho bucal 
não se alimenta e sobrevive de 4 a 19 dias. 
A larva penetra através do folículo piloso 
alcançando o tecido subcutâneo, onde se 
aloja até completar os seus ínstares (L1, L2 
e L3). As regiões de maior incidência são os 
membros anterior, barbela e costal até a 
altura da última costela. Na região posterior 
a quantidade de berne é menor, devido ao 
movimento caudal do animal. Normalmente 
cada orifício nodular corresponde ao 
desenvolvimento de uma larva, entretanto, 
pode-se encontrar eventualmente duas ou 
três larvas se comunicando na mesma 
abertura. Quando a infestação advém de 
insetos veiculadores de hábito alimentar 
lambedor, nota-se a formação de extensas 
áreas de bernes formando placas.
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BERNE - Dermatobia hominis
- Folha 5
É que essas moscas se aglomeram em torno de exudato e assim as portadoras de ovos (foréticas), deixam escapar larvas no local com mais 
abundância.
Uma fêmea de D. hominis pode ovipositar até 200 ovos, em várias posturas. Em síntese, o ciclo total do berne pode durar em média de 3 a 5 
meses. 
Berne Dermatobia hominis Profilaxia 
O controle profilático do berne, é feito por 
meio de higienificação de estábulos, manejo 
das fezes e se necessário, o uso de 
inseticidas nas instalações, para controle das 
moscas veiculadoras do berne. Manejo das 
fezes. As fezes no estábulo, esterqueiras e 
proximidades, são as principais fontes para 
multiplicação das moscas veiculadoras dos 
ovos da Dermatobia hominis. O seu 
manuseio correto, proporciona uma ajuda 
considerável no controle desses insetos, pois 
são nos excrementos que a maioria das 
moscas se proliferam. Com a redução dos 
foréticos, as infestações por bernes 
diminuirão, pois a D. hominis não terá 
muitos vetores disponíveis para capturar. 
O esterco dos animais deve ser trabalhado, 
(principalmente se por perto houver criação 
de galinhas ou porcos), de duas maneiras: 
Através de esterqueiras ou trincheiras.
Juntando as fezes misturadas com palhas e 
cobri-las com uma lona de plástico 
Instalações Rurais
O uso de produtos com propriedades 
inseticidas e repelentes nas instalações 
rurais, que sejam isentos de toxicidade tanto 
para o homem como para os animais, 
auxiliam na profilaxia da larva do berne, 
pois controlam os veiculadores da larva, 
reduzindo em muito as infestações. Outras 
formas são utilizadas para controlar o berne, 
como o uso de extração manual das larvas
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BERNE - Dermatobia hominis
- Folha 6
em pequenas propriedades e com poucos animais (não muito recomendado) e o Controle Biológico, que devido à sua complexidade está sendo 
estudado com mais atenção. Devido a essa falta de compostos naturais de eficiência comprovada para o controle biológico dos insetos, as 
dermatobioses são tratadas com agentes químicos. Tratamento O controle químico do berne no Brasil é feito com produtos organofosforados, 
como Coumafós, Triclorfon, Diclorvos e Fention. Dentre os fosforados, o Triclorfon, descoberto há mais de 25 anos, ainda não apresentou 
resistência aos bernes . Os organofosforados são administrados nos animais, em formulações únicas ou associados com Piretróides, em banhos 
de imersão, pulverização costal atomizada, aspersão mecanizada ou em uso "Spot On", "Pour On", com resultados bastante variáveis.

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