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Slide-Direito Romano

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Capítulo VII
Garantia e reforço das obrigações
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7.1 Garantia das Obrigações
7.1.1 Noção
 - Proteção contra inadimplência
 - Nascia da espontaneidade 
 - Se dividia em garantias pessoais e garantias reais 
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Garantias Pessoais não revestidas do formalismo
Mandatum pecuniae credendae
Receptum argentiari
Cosnstitutum debitu
As fianças eram três tipos:
Sponsio
Fidepromisso
-Lex publilia
-Lex apuleia
-Lex fúria
-Lex cicereia
Fideiussio
Garantias Reais
Era a constituição, em favor do credor, de um direito real sobre bem ou coisa do devedor. Eram os bens móveis ou imóveis, pertencentes ao próprio devedor, que respondiam pelas dívidas contraídas. Tinham por função assegurar o cumprimento de uma obrigação. Era, portanto, uma obrigação acessória: 
Penhor
Fiducia cum creditore
Hipoteca
 REFORÇO DAS OBRIGAÇÕES
-O reforço da obrigação ocorria quando entre o credor e o devedor se estabelecia uma obrigação acessória, como garantia do cumprimento da obrigação principal.                                                      
 - Arras: Vem do latim arrha, tem o sentido próprio de garantia, referindo-se a tudo o que uma parte dava à outra a título de sinal de uma convenção e também para assegurar indiretamente a execução. Em regra, poderiam ser retidas pelo vendedor, caso o comprador se arrependesse da compra; porém, se o vendedor se arrependesse da venda, deveria restituir as arras em dobro, esta natureza penal das arras decorre da Constituição de Justiniano, promulgada em 528 d.C..
- O constitutum debiti proprii: Pacto de origem pretoriana, por meio do qual uma pessoa, que pode ser o devedor ou um terceiro, obriga-se ao pagamento da obrigação inadimplida em data determinada. Em regra, não implicava em novação da dívida, exceto quando tal condição fosse pactuada entre as partes.
- A cláusula penal: De natureza acessória, decorre de uma violação ou retardamento injustificado no cumprimento da obrigação, imputando uma pena pecuniária ao descumpridor. Materializa-se pela stipulatio ou por simples pacto. Sendo o contrato celebrado sem o requisito da boa fé, o credor poderia cumular ações de cumprimento da obrigação principal (contrato) e da acessória (cláusula penal); sendo o contrato de boa fé, o credor não poderia cumular as obrigações, devendo optar por uma delas.
O Direito Romano e o Código Civil Brasileiro
DIREITO ROMANO
CódigoCivil Brasileiro
Lein.°10.406 de 10.01.2002
A cláusula penal era um contrato acessório. Tinha por fim garantir o cumprimento da obrigação. Aparte que deixasse de cumprir uma prestação se obrigava a efetuar outra, geralmente em dinheiro, a título de multa.
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação,ou em ato posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora.
A cláusulapenal podia ter valor superior ou inferior ao da obrigação principal.
Art. 412.O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal.
As arras consistiam em certa importância,em dinheiro ou coisa, dada por uma parte à outra com a certeza de que um contrato principal seria firmado, geralmente a compra e venda. Além de uma função penal, referente à parte que desistisse do contrato: se fosse o presumido comprador, perdê-la-ias em favor do vendedor. Se o vendedor, restituiria em dobro o sinal recebido.
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito à indenização suplementar.
A fiança era uma garantia pessoal, dada por umtestiusquese comprometia, perante o credor, a pagar a dívida, no caso da insolvência do devedor.
Art. 818. Pelocontrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
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DIREITO ROMANO
CódigoCivil Brasileiro
Lein.°10.406 de 10.01.2002
O credor não estava obrigado a aceitar qualquer fiador.A LeiDecenviraljá estabelecia: “O rico será fiador do rico. Para o pobre qualquer um poderá servir de fiador”.
Art. 825. Quando alguémhouver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obrigação.
O fiador (sponsor) que pagasse a divida ao credor tinha o direito de impetrar contra o devedor insolvente uma ação penal para obtera quantia paga, no dobro do seu valor. (LexPublilia).
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da divida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens dodevedor.
O penhor era uma garantia acessória, dada pelo devedorou alguém por ele, que se concretiza com a entrega da posse de uma coisa móvel (no direito antigo, também imóvel), como garantia de um débito.
Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferênciaefetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.
A hipoteca se referia àscoisas imóveis. O devedor continuava na posse da coisa dada em garantia. Quando do vencimento da prestação, se o devedor não a cumprisse, o credor hipotecário pode entrar na posse da coisa hipotecada (iuspossidendi) ou aliená-la para recuperar a importância emprestada (iusdistrabendi).
Art. 1.473. Podem ser objetos de hipoteca:
I- osimóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;
II- o domínio direto;
III- o domínio útil;
IV- as estradas de ferro;
V- os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se acham;
VI- os navios;
VIII- as aeronaves .
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