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Artigo Techne Formas Metal ou madeira

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Fôrmas 
 
Madeira ou metal? 
Longe de serem concorrentes, os dois sistemas atuam em nichos distintos 
e podem, até mesmo, compor fôrmas mistas 
 
 
 
Inerente ao projeto de produção de obra, o sistema de fôrmas é o 
único determinante da geometria da construção, podendo afetar a 
produtividade e os custos ou mesmo comprometer o desempenho da 
estrutura 
 
 
O desempenho da estrutura está diretamente ligado ao sistema de fôrmas. Este apenas viabiliza o processo 
de produção estrutural e deve, portanto, facilitar e induzir a execução no menor tempo, com a melhor 
qualidade e, evidentemente, com o menor custo. 
 
Não por acaso a variável econômica é a que mais pesa na escolha entre os sistemas de madeira ou metálico. 
Apesar de, obviamente, existirem limitações, dentre as obras convencionais, como edificações comerciais e 
residenciais, quase sempre é possível adaptar o partido estrutural ao uso de um ou outro sistema. 
 
A primeira conta a ser feita é a do custo em função do prazo. Ou seja, considerar quanto custa alugar as 
fôrmas metálicas durante o período previsto para a execução. Na seqüência, considerar o quanto se gasta 
para fabricar fôrmas de madeira, sempre levando em conta que cada jogo costuma render, no máximo, 20 
reutilizações. A comparação entre os resultados obtidos permite mensurar o custo dos equipamentos. 
 
O cálculo da mão-de-obra costuma ser relegado pelos construtores, mas é muito significativo, uma vez que 
o sistema de fôrmas representa até 45% dos custos da estrutura. Enquanto o sistema de madeira apresenta 
produtividade média de 1 m2/hh, os sistemas metálicos podem atingir até 5 m2/hh. No entanto, as últimas 
normalmente necessitam de equipamentos de transporte, o que representa custos adicionais. 
 
A produtividade do sistema em si, verificado à parte da mão-de-obra, tem muito a ver com o ciclo de 
concretagem. Ao desformar antes, os equipamentos ficam livres para serem novamente utilizados, 
aumentando a produtividade. 
Associadas a essa complexa equação estão as variáveis técnicas e culturais. Diferentemente do modelo de 
concepção europeu, onde a mão-de-obra tem custo significativo, no Brasil é o concreto que representa um 
dos focos principais de enxugamento de custos. 
 
Assim, principalmente para edificações residenciais e comerciais, pilares, lajes e vigas são calculados com 
base no desempenho necessário mais a margem de segurança da norma. Como resultado temos elementos 
com dimensões destoantes de qualquer padrão, dificultando a adoção de fôrmas metálicas e abrindo o 
mercado para a madeira. 
 
Para Francisco Pedro Oggi, consultor da empresa Empório do Pré-moldado - assessoria e consultoria em 
sistemas construtivos -, é danosa a prática de conceber um projeto econômico apenas do ponto de vista do 
consumo de materiais, sem levar em conta o processo construtivo. "Muitas vezes um bom processo 
construtivo implica menor custo da estrutura porque haverá grande produtividade, redução de prazos e 
qualidade assegurada", pondera Oggi. 
 
Questões extra-orçamento 
Se para a opção por fôrmas metálicas é necessário, invariavelmente, modificar o partido estrutural, dispor 
de equipamentos de transporte e diminuir o prazo de execução, a predominância dos sistemas metálicos no 
que diz respeito aos escoramentos é inegável. Mais resistentes e leves, são também mais precisos, 
permitindo regulagens milimétricas. A interação com fôrmas de madeira - ou mesmo metálicas - não 
prescinde atenção para definição de procedimentos técnicos. 
 
O mesmo vale para quando é necessário complementar com madeira o uso de fôrmas metálicas. A interface 
entre sistemas distintos gerou confusões no passado por falta de definições precisas em relação às 
obrigações de cada fornecedor. "Hoje já há o entendimento por parte dos envolvidos sobre as 
responsabilidades pelos travamentos e acessórios", conta Paulo Takahashi, consultor em planejamento e 
projeto de fôrmas. 
 
Nos casos em que o uso de sistema misto não vem acompanhado de procedimentos executivos cuidadosos, 
o ganho com mão-de-obra pode ser nulo. "Há um certo ganho de produtividade, mas perda de madeira 
devido a desvios no prumo", comenta Paulo Assahi, consultor e projetista de fôrmas de madeira. Isso ocorre 
quando se cobre a maior parte de uma laje com painéis metálicos e o restante com madeira e, ao levar o 
sistema para o pavimento superior, é constatada variação no alinhamento. A adaptação acarreta no sacrifício 
da madeira, seja por aumento ou diminuição das dimensões. 
 
O acabamento do concreto, em especial quando se trata de concreto aparente, pode determinar o sistema. 
As diferentes espécies de madeira utilizadas para confecção de fôrmas proporcionam acabamentos distintos. 
Enquanto isso, as metálicas, que normalmente utilizam uma chapa compensada resinada ou plastificada no 
contato com o concreto, proporcionam um acabamento liso e até mesmo espelhado. Quando não há atenção 
especial, rebarbas podem aparecer na junção das chapas. 
 
O molde das fôrmas metálicas é feito, normalmente, com madeira compensada. Existem outras alternativas, 
como as chapas metálicas, menos populares em virtude do custo e do peso, e os laminados em resina 
melamínica, restrito a poucos fornecedores. 
 
A tendência atual, que aos poucos ganha o País, são os compósitos de PVC e alumínio. Trata-se de uma 
chapa de alumínio prensada entre duas chapas de PVC, que proporciona aderência reduzida. O acabamento 
final é espelhado e os equipamentos, projetados para muitas reutilizações, são recicláveis. 
 
 
 
Detalhes arquitetônicos ou pouco convencionais e com pouca 
repetição exigem o uso de sistemas em madeira 
 
 
Leves e pesadas 
Quando se fala de fôrmas metálicas é necessário especificar as características. Usualmente os fabricantes 
dispõem de dois tipos de sistema: leves e pesados. Os primeiros, pesando em média até 35 kg, são portáteis 
e aceitam menor pressão lateral. As outras, ao contrário, exigem equipamento de transporte - pesam até 70 
kg/m2 -, mas aceitam maiores alturas de lançamento. 
 
Outra diferença significativa está na quantidade de acessórios de travamento e alinhamento por metro 
quadrado. As fôrmas pesadas são, em geral, auto-alinháveis e utilizam até ¼ dos tirantes necessários no 
caso das leves. Os resultados são menos furos e maior produtividade na montagem. 
 
A aplicação também é distinta. As auto-alinháveis destinam-se à moldagem de grandes paredes, podendo 
ser transportadas e montadas em grandes seções. Por isso, são especificadas para grandes obras, como 
barragens e reservatórios, que dispõem de equipamentos de transporte. 
 
Se para grandes áreas de concretagem as metálicas dominam, para pequenas áreas a madeira predomina. 
Como mencionado acima, as fôrmas de madeira são amplamente utilizadas em obras de edificações 
residenciais, principalmente. 
O motivo está na configuração recortada desses projetos, com lajes menores e repletos de vigas. A 
flexibilidade da madeira, portanto, aumenta a competitividade, pois a capacidade de carga relaciona-se mais 
intimamente com os escoramentos. 
 
 
Cuidados para conservação de fôrmas metálicas: 
• Observar as normas para fixação, escoramento e atirantamento para evitar deformações 
• Manusear corretamente para evitar danos, pois peças danificadas devem ser repostas quando há cláusula 
no contrato de locação 
• Controlar a concretagem para manter a pressão lateral dentro do esperado 
• Evitar contato dos vibradores com os painéis 
• Exigir do fornecedor um projeto detalhado de montagem e desmontagem para atingir os índices de 
produtividade anunciados 
• Atentar para a disponibilidade de equipamentos na quantidade desejada 
• Observar a compatibilidade com o sistema de escoramento em relação à tipologia e à produtividade 
• Prever uso de equipamentos auxiliares, como caçambas, balancins, gruas e plataformasFonte: Francisco Pedro Oggi, engenheiro consultor 
 
 
Cuidados para conservação de chapas de madeira 
• Seguir o projeto específico de fabricação 
• Manter a organização na confecção e usar racionalmente os materiais, visando ao reaproveitamento 
• Utilizar serras com número de dentes adequados 
• Selar os topos das chapas com tinta impermeabilizante, principalmente quando houver cortes ou furos. 
Produtos indicados: tinta a óleo, tinta epóxi e borracha clorada 
• Não usar pregos ou parafusos nos topos das chapas. São permitidos somente no sentido perpendicular às 
lâminas 
• Utilizar desmoldante nas chapas, facilitando a operação de desforma 
• Usar somente espátula de plástico ou madeira para limpeza ou remoção de excesso de concreto ou nata 
• Na concretagem, utilizar vibrador com ponta revestida de borracha e espaçadores para não danificar o 
filme da chapa 
• Evitar que a chapa sofra batidas de canto 
• Substituir pés-de-cabra por cunhas de madeira, na desforma 
Fonte: Paulo Takahashi (engenheiro consultor) 
 
 
MILLS 
SL2000 
 
 
Aplicações: blocos, pilares, paredes, laterais de vigas e cintas 
Componentes: painéis, pinos de trava, conjunto de tirantes e porcas, 
escoras de prumo e acessórios 
Movimentação: manual 
Molde: chapa plastificada de 12 mm 
Resistência à pressão: 55 kN/m² 
Reutilizações: 60 a 70 vezes (chapa) e 300 vezes (estrutura metálica) 
Peso próprio: 33 kgf/m 
Produtividade: 0,37 hh/m² (apenas a montagem) 
Travamento: 0,89 tirantes/m² 
Altura máxima de concretagem: não fornecido 
 
ROHR 
HAND-E-FORM 
 
 
Aplicações: fundações, pilares, paredes, cortinas, muros de arrimo e 
pré-moldados 
Componentes: painéis, grapas de união, tensores, passadores e 
alinhadores 
Movimentação: manual 
Molde: chapa metálica 
Resistência à pressão: 60 kN/m² 
Reutilizações: 60 vezes (chapa) 
Peso próprio: 29 kgf/m² 
Produtividade: 0,20 hh/m² 
Travamento/m2: 0,72 
Altura máxima de concretagem: 3,60 m 
 
ULMA 
COMAIN 
 
 
Aplicações: paredes e cortinas mono e dupla face, pilares, vigas, 
fundações, obras-de-arte, pré-moldados, barragens 
Componentes: painéis, chavetas, alinhadores, escoras, tirantes, 
fixadores, plataformas de serviço e proteções 
Movimentação: manual 
Molde: chapa compensada plastificada de 12 mm 
Resistência à pressão: 40 kN/m² 
Reutilizações: 50 a 80 vezes (chapa) 
Peso próprio: 34 kgf/m² 
Produtividade: 0,36 hh/m² 
Travamento: 18 kg/m² 
Altura máxima de concretagem: 4 m 
 
ALU-L 
 
 
 
 
 
Aplicações: pilares e paredes 
Componentes: conjunto de tirantes e porcas, escora de prumo e 
acessórios 
Movimentação: guindaste ou manual 
Molde: chapa compensada plastificada de 15 mm 
Resistência à pressão: 60 kN/m² 
Reutilizações: 60 a 70 vezes (chapa) e 300 vezes (estrutura metálica) 
Peso próprio: 20 kgf/m² 
Produtividade: 0,10 hh/m² (apenas a montagem) 
Travamento: 0,30 tirantes/m² 
Altura máxima de concretagem: não fornecido 
 
FÔRMA PESADA 
 
 
Aplicações: paredes 
Componentes: painéis, escoras telescópicas de alinhamento e prumo, 
andaime de trabalho 
Movimentação: grua 
Molde: chapa metálica 
Resistência à pressão: 60 kN/m² 
Reutilizações: 60 vezes (chapa) 
Peso próprio: 370 kgf/m² 
Produtividade: 1,00 hh/m² 
Travamento: painel único 
Altura máxima de concretagem: 2,50 m 
 
ORMA 
 
 
Aplicações: paredes e cortinas mono e dupla face de maior 
envergadura, reservatórios, grandes pilares, barragens, obras-de-arte 
Componentes: painéis, grapas, alinhadores, escoras, tirantes, 
plataformas e proteções 
Movimentação: grua 
Molde: chapa compensada plastificada de 18 mm 
Resistência à pressão: 60 ou 80 kN/m² 
Reutilizações: 60 vezes a 100 vezes (chapa) 
Peso próprio: 60 kgf/m² 
Produtividade: 0,12 hh/m² 
Travamento: 25 kg/m² 
Altura máxima de concretagem: 12 m 
 
PERI 
HANDSET 
 
 
Aplicações: paredes, laterais de vigas, fundações e pilares 
Componentes: painéis, clipes de união, ancoragens e aprumadores 
Movimentação: manual 
Molde: chapa compensada plastificada de 12 mm 
Resistência à pressão: 40 kN/m² 
Reutilizações: 70 vezes (chapa) 
Peso próprio: 30 kgf/m² 
Produtividade: 0,50 hh/m² 
Travamento/m2: 1,48 
Altura máxima de concretagem: 3,00 m 
 
DOMÍNIO 
 
 
 
 
 
 
Aplicações: paredes e fundações 
Componentes: painéis, travas de união, ancoragens e aprumadores 
Movimentação: semimanual 
Molde: chapa compensada plastificada de 15 mm 
Resistência à pressão: 60 kN/m² 
Reutilizações: 80 vezes (chapa) 
Peso próprio: 45 kgf/m² 
Produtividade: 0,40 hh/m² 
Travamento: 0,80/m2 
Altura máxima de concretagem: 5,00 m 
 
 
MADEIRA 
 
 
Aplicações: fundações, pilares, paredes, vigas e lajes 
Componentes: chapa compensada, tábuas, sarrafos, pontaletes e 
acessórios para amarração e travamento 
Movimentação: manual 
Molde: chapa compensada plastificada de diversas espessuras 
Resistência à pressão: dimensionada para cada situação 
Reutilizações: depende da madeira, mas em geral até 20 vezes 
Peso próprio: peças dimensionadas para até 35 kg 
Produtividade: 1 hh/m² 
Travamento: 0,89 tirantes/m² 
Altura máxima de concretagem: ilimitada 
 
 
SH 
CONCREFORM 
 
 
Aplicações: paredes e pilares 
Componentes: painéis e acessórios 
Movimentação: manual 
Molde: chapa compensada plastificada de 15 mm 
Resistência à pressão: 60 kN/m² 
Reutilizações: 60 vezes (chapa) e cinco anos (estrutura metálica) 
Peso próprio: 30 kgf/m² 
Produtividade: 0,30 hh/m² 
Travamento: 1/m2 
Altura máxima de concretagem: ilimitado 
 
 
TEKKO 
 
 
Aplicações: paredes, pilares e fundações 
Componentes: painéis 
Movimentação: manual 
Molde: chapa compensada plastificada de 12 mm 
Resistência à pressão: 40 kN/m² 
Reutilizações: 60 vezes (chapa) e cinco anos (estrutura metálica) 
Peso próprio: 34 kgf/m² 
Produtividade: 0,90 hh/m² 
Travamento: 1,23/m2 
Altura máxima de concretagem: ilimitado 
 
 
TOPEC 
 
 
 
 
 
 
Aplicações: laje 
Componentes: painéis de alumínio 
Movimentação: manual 
Molde: chapa compensada plastificada de 10 mm 
Resistência: lajes com 22 cm de espessura 
Reutilizações: 60 vezes (chapa) 
Peso próprio: 12 kgf/m² 
Produtividade: 0,30 hh/m² 
Travamento: 0,5/m2 
Altura máxima de concretagem: ilimitado 
 
 
 
 
Texto original de Bruno Loturco 
Téchne 100 - julho de 2005

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